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A Lenda de Fukugen

Prólogo

---Era uma vez um mundo onde as trevas dominavam o mundo todo, preste atenção pois vou contar a história de um ser poderoso.

Há muito tempo atrás, o ódio e a ganância circundavam toda a humanidade, era questão de tempo até que tudo desmoronasse causando um colapso entre o mundo dos homens e o dos animais... Em meio a tantas guerras e destruições entre feras e homens, apenas uma criatura poderia restaurar a paz entre a humanidade e a natureza... A criatura não era nada mais do que um ser místico com o poder de controlar a realidade e manipular as histórias, todos a chamavam de Fukugen. Sua missão era encontrar uma maneira de unir os povos e restaurar a harmonia no mundo. Mas quanto tempo levará para tal criatura emergir das sombras e despejar a luz no mundo novamente? Até que esse dia chegue, a humanidade e a natureza travarão batalhas intensas em busca do poder total. O mundo está à beira de um colapso... A ganância, o ódio e a corrupção estão por todo lado, as guerras entre os homens e as feras se tornaram mais violentas do que nunca, mas no meio desta escuridão, havia esperança...--- salientava a voz firme e rouca de uma figura turva masculina sentada a beira de uma cama, como se contasse uma história de ninar para uma criança. De repente um som frenético e agudo ecoa pelo pequeno quarto, anunciando a chegada de um novo dia, uma mão pesada dirige-se ao que estava provocando o som, desligando-o e derrubando o objeto barulhento no chão, uma silhueta se ergue de suas cobertas se preparando para encarar o dia.

---Esse sonho novamente? Quem está me contando essa história?--- Diz a jovem após sentar-se na cama, seus pensamentos vagam enquanto começa a despertar lentamente.

Longe dos perigos da natureza e das feras, a humanidade busca abrigo em centros de concentração localizados em áreas estratégicas para sua sobrevivência, embora seja um local seguro, ele está em constante ataque inimigo. A humanidade luta para sobreviver em um mundo cruel e desolado. O frio, a fome e o medo são constantes companheiros dos que permanecem naquele lugar, mas os mais fortes se levantam todos os dias lutando por sua sobrevivência. Assim foi definido o centro de proteção contra seres irracionais (CPSI) um programa do antigo exército que treina guerreiros para enfrentar os perigos desse mundo apocalíptico, existem cerca de cinco bases CPSIs espalhadas pelo mundo. cada uma delas se encontra dentro de centros de concentração em um continente diferente. O centro Sol localizado no continente Europeu, abriga a base Beta, o Cascata localizado no continente americano, abriga a base PI, o Terra localizado na Oceania, abriga a Alfa, O Carvalho localizado no continente Africano a base Omega, o centro Céu localizado na Ásia, a base Delta e o centro Vigor localizado na Antártica abrigando a base Esmeralda. O dever de cada CPSI não é só proteger a humanidade que vive nos principais centros de concentração do mundo, mas também proteger as que se refugiam em pequenos centros ao redor deles.

Passos ecoam pelos corredores, e vozes ferozes soam no ar, era uma manhã agitada no quartel, todos se preparavam para seus treinamentos. Os soldados se apressam para suas aulas, sabendo que não há espaço para erros em um mundo onde os monstros podem atacar a qualquer momento. O treinador é severo e exigente, empurrando seus alunos além de suas limitações. As salas de treinamento se dividem de acordo com o treino, quando o treino é feito em grupo com um instrutor a sala é localizada em uma área aberta, já quando é um treino solo, existem salas fechadas específicas para cada tipo de treino, corpo a corpo, com armas de fogo ou armas brancas, essas salas possuem um teto inclinado de vidro para que os outros possam observar os treinamentos dos outros soldados de cima a qualquer momento. Em uma sala de treinamento isolada, uma jovem de porte médio com faixas cobrindo seu olho direito e maxilar treinava intensamente enquanto os corredores ecoavam os sons agitados do quartel, em um local paralelo a agitação, acima dos corredores das salas de treino isolado, local onde permitia a observação perfeita dos treinamentos nas salas isoladas através de seu telhado invisível, um jovem pousava seu corpo sobre uma parede, apenas observando a movimentação à distância. A jovem lutadora era uma das melhores no campo de treinamento, sempre trabalhando duro para superar seus limites. O observador permaneceu na sombra, mantendo seu olhar fixo nela enquanto continuava a observá-la. De repente uma mulher elegante com seus saltos ecoando pelo caminho que percorria para em frente ao jovem, o olha de cima a baixo enquanto ajusta seu óculos.

---Senhor Siva Polkinghorne, pelo seu estado de tranquilidade, eu presumo que já tenha acatado a ordem do comandante, levando uma informação à essa jovem que treina nesta sala abaixo.-- Fala com semblante sereno, o encarando esperando uma afirmação para sua dedução, a mulher ajeita seu óculos, o olhando friamente.

O jovem a olha com serenidade.

---Sim, senhora, Tenente. Estou aqui para entregar uma mensagem de vital importância à jovem que você mencionou.--- Responde o jovem de cabelos negros com um semblante sereno e um ar irônico.

---Pelo que parece você está mais para observador do que informante, vá e a notifique de antemão, o comandante a aguarda com urgência.--- Salienta em tom dominante, antes de retirar-se, a Tenente de cabelos longos e loiros se vira para continuar sua rotina, o jovem suspira de alívio enquanto passa uma mão em seus cabelos curtos.

---É... parece que não posso mais perder tempo aqui.--- Diz após um suspiro, dando mais um olhar de relance para a jovem em treinamento, vai em direção à escada que levava para o andar das salas fechadas e começa a fazer o percurso até a sala de treino onde a jovem estava treinando. "O que meu pai quer com ela?"

A missão

A jovem continua seu treinamento, desferindo golpes com uma velocidade impressionante. De repente, o jovem entra na sala de treino parando para observá-la a uma distância segura, pousando uma de suas mãos em sua cintura.

--Não se esforce tanto, isso não lhe fará bem algum, Kainna.-- Insinua a observando com um olhar de deboche e um sorriso maroto. Kainna apenas o olha de soslaio e continua sua sequência de golpes.

Notando o desinteresse da jovem, Siva pigarreia e reformula sua frase.

---Eu vim a mando do comandante. Ele deseja sua presença imediata na sala dele...---Diz em tom firme com o intuito de chamar sua atenção. "Algo não está certo, meu pai não chamaria ela em sua sala se não fosse algo extremamente importante."

A jovem para por um momento, apenas para suspirar e depois voltar ao treino. "O que ele está dizendo? Será apenas mais uma de suas brincadeiras sem graça?"

Siva percebe que Kainna não acreditou em suas palavras e fica nervoso.

---Eu estou falando sério!--- O jovem se aproxima com passos pesados e punhos serrados, seu semblante esboçava sua indignação com a falta de respeito da garota.

Kainna finalmente para de treinar e olha para Siva, sua expressão indiferente.

---O comandante pode esperar um pouco mais? Estou no meio do meu treinamento agora.--- Questiona com indiferença, mantendo uma postura ereta e alerta, observando o rosto fechado que a encara de punhos serrados. "Ele está muito sério para ser apenas uma brincadeira, será mesmo verdade?"

De repente Siva ataca Kainna de surpresa, com um soco, mas é surpreendido quando a mesma para seu golpe com uma das mãos. Rapidamente a jovem desfere um contra-ataque com seu punho esquerdo o acertando em cheio, fazendo-o cambaleiar para trás. Siva cospe um pouco de sangue por ter cortado seu lábio inferior com o golpe de Kainna.

---Você não muda nada, sempre precisa nos golpes...--- Ele a olha determinado, limpando seu lábio e partindo rapidamente para outro ataque. chutes e socos são efetuados e rebatidos por ambos, os dois seguem nessa luta intensa.

Kainna sorri e se move para bloquear os ataques de Siva, seu corpo é um borrão enquanto ela desvia dos golpes com habilidade. Ela contra-ataca rapidamente, acertando Siva no rosto com seu punho direito. O jovem cai no chão levantando poeira.

---Grrhhh!!--- Exclama com o impacto de seu corpo no chão.

---Você não é pário para mim sem suas armas, Siva, desista.--- propôs Kainna o observando no chão. O jovem cospe o sangue de sua boca novamente, em seguida levanta e limpa a poeira de suas roupas. O rapaz corre na direção da jovem e desfere um golpe que é facilmente esquivado, porém em seguida ele usa a esquiva da jovem contra ela, deslizando ao redor de seu corpo até conseguir aplicar um "mata leão". Siva usa a velocidade de sua esquiva para executar um mata leão em Kainna, imobilizando-a no chão. Ele sorri maliciosamente e puxa uma faca do seu cinto.

---Eu nunca saio do quarto sem elas...---Ele aponta a faca para o rosto da jovem que faz um movimento preciso acertando sua cabeça contra o rosto dele, o fazendo afrouxar o aperto dando-lhe a oportunidade para escapar.

Enquanto Siva geme de dor, Kainna rapidamente assume uma posição de luta, sua expressão mostrando determinação. Ela faz um movimento rápido para desarmar Siva.

---Argh!--- O jovem esguio tem sua faca derrubada por um chute veloz desferido por sua oponente, fazendo-a cair a alguns metros de distância.

Kaina se apressa para pegar a pequena lâmina cortante, em seguida o imobiliza com a mesma. Siva luta contra o aperto de Kainna, tentando se libertar. Ele tenta se desvencilhar usando sua força, mas usa sua perna para derrubá-lo novamente.

Deitado no chão Siva é mais uma vez imobilizado, Kainna segura um de seus braços em uma posição onde ele não consiga se mover e com a outra mão segura a faca em seu pescoço.

---Argh, aí, aí, acho que já chega, você já não treinou o suficiente?--- Pergunta o jovem visivelmente desconfortável ao ser imobilizado daquela maneira.

---Pare de falar, Siva. Você sabe muito bem que não treinou o suficiente até agora!--- Ela aperta mais seu braço e empurra a faca um pouco mais perto do pescoço dele.

---Argh, estamos falando de você ou de mim? Ah! Meu braço!--- Exclama o rapaz após Kainna forçar seu braço imobilizado.

Após alguns minutos de tensão e agonia, Kainna se levanta, liberando-o e jogando sua faca no chão, fazendo ela cair fincada no chão, refletindo sua imagem como se fosse um espelho afiado e mortal. "Embora ele seja apenas um bobão, irei acretar em suas palavras..."

---Estou indo... para a sala do comandante.---Ela vira-se e caminha até a saída da sala.

---Ai... cruel como sempre...--- Siva se levanta desnorteado, sacode a poeira e retrucando enquanto a observa se distanciar lentamente. "Espero que não seja algo perigoso..."

Kainna sai da sala de treinamento, deixando Siva para trás. Ela continua seu caminho até a sala do comandante. Subindo escadas, atravessando corredores desviando de corpos estressados pela agitação dos treinos e situação, ignorando tudo em sua volta ela segue adiante até chegar em uma grande porta, ela se prosta diante dela e exita em batê-la, após seu batido ecoar pelo corredor, ela ouve uma voz grave e rouca confirmando sua entrada.

Kainna entra na sala do comandante e se curva respeitosamente diante da figura imponente e respeitosa.

---Comandante, você me chamou?--- Pergunta ainda em dúvida sobre a informação recebida por Siva.

---Sim. Há algo que só você pode fazer nesse momento...--- Ele faz uma pausa, analisando cada parte da jovem, o que a deixa um pouco tensa.

---Diga-me, Comandante. O que você precisa de mim?--- Ela tenta se manter calma enquanto olha para ele.

O comandante pega uma pasta embaixo de alguns arquivos em sua mesa e começa a folhear, Em seguida começa a ler.

---Kainna, sem sobrenome e sem data de nascimento, uma jovem mulher que não possui pais vivos e não conhece outros parentes. Tem bom porte físico e é um bom soldado, usa faixas em seu rosto para cobrir ferimentos severos dos quais desconhece a origem. Nunca foi em uma missão fora dos muros da base Pi, esta base.--- Após concluir, ele fecha o arquivo e entrelaça seus dedos, curvando seu corpo até deixar seu queixo próximo aos dedos entrelaçados, olhando-a fixamente.

Kainna sente uma sensação de nervosismo ao ouvir o comandante ler sua ficha. Ela tenta se manter calma, mas suas mãos começam a suar, concordando com um aceno de positivo com a cabeça.

O comandante suspira e se apoia em sua cadeira.

---Está insinuando que você não faz ideia de quem é, nem de onde veio?--- Questiona rispidamente em busca de alguma informação a mais.

---Não, Comandante. Eu não tenho memórias de minha infância ou de onde eu vim. A única coisa que me lembro é ser treinada para se tornar uma soldado aqui na base Pi.--- Responde com franqueza, o encarando.

O comandante ouve suas palavras atentamente depois se inclina para frente olhando-a com serenidade.

---É comum recrutarmos crianças como você por aqui, porém não é normal uma outra base pedir exatamente por essa criança para que vá até sua base. É o seu caso. Recentemente, eu recebi uma carta de uma base desconhecia localizada na antiga América do Sul que hoje chamamos de região das águas, é uma base localizada ao Sul da América do Norte, onde a base Pi e o centro Cascata está localizado. Recentemente eles enviaram uma carta estranha pedindo seu apoio em uma missão interna...--- Ele faz uma pausa esperando por algum comentário da jovem, aproveitando seu silêncio para pegar um papel enrolado em uma das gavetas de sua mesa.

---Uma missão interna? Mas eu não entendo... por que eles precisam de mim especificamente para esta missão?--- Pergunta incrédula e intrigada com a notícia.

O comandante observa atentamente seus semblantes nervosos e confusos e percebe que ela não poderia estar relacionada com isso.

---Bom, isso é o que queremos saber. Na carta pedia apenas que você fosse e mais ninguém, o que é preocupante, já que até onde sabemos, você nunca saiu desses muros e não enfrentou o inferno fora deles, será perigoso para um soldado inexperiente atravessar toda a vegetação densa e percorrer todo o caminho até essa base desconhecida localizada do outro lado do continente.--- Encarando-a com um semblante neutro, ele cruza os braços e se inclina para trás na cadeira.

---É o que eu quero que você faça, descubra o que eles querem com você e nos mantenha informados sobre essa base, já que não sabíamos da sua existência até agora, nenhuma das outras bases sabe o que acontece por lá. Nós não temos outra escolha, você deve ir o quanto antes.--- Finaliza em tom sereno e preocupado, voltando para sua mesa, desenrolando o papel na mesa.

---Esse é o mapa de antes de perdermos os contatos com nossos satélites a 4 anos atrás, o território continua o mesmo até o antigo Texas, a partir daí não conseguimos avançar mais para atualizarmos o mapa. Supondo que nada tenha mudado, você deverá seguir este caminho até encontrar esse riacho, depois irá seguí-lo até chegar nessa montanha, lá você conseguirá enhergar um pequeno centro chamado Plumas, nele possuí uma fábrica de aviões antigos do modelo junkers J I que com dificuldades ainda conseguem mantê-los ativos.--- Diz enquanto aponta a rota mais segura para a jornada.

--Eu entendo, Comandante. Irei à esta base desconhecida e descobrirei tudo sobre ela... farei o meu melhor para cumprir suas ordens.-- Kainna aceita a missão e faz continência, esperando alguma outra instrução.

O comandante assente com a cabeça entregando o mapa para o soldado jovem e inexperiente que acabara de mandar em uma missão perigosa, Kainna pega o mapa e sai da sala um pouco tensa e emocionada, era sua primeira missão fora dos muros e ela estava pronta para o desafio, embora não tivesse experiência lá fora. Ela parte para seu quarto, passando pelo jovem de cabelos pretos que acabara de treinar juntos, ele a olha como se quisesse saber o que aconteceu na sala do comandante. A jovem arruma sua mala e se prepara para sair da base.

Kainna se certifica de ter tudo o que precisa para a sua viagem, incluindo roupas adequadas e equipamentos necessários. Ela pega uma mochila com alguns suprimentos extras, armas e ferramentas de sobrevivência. Antes de sair da base Pi pela primeira vez em sua vida, ela não pode deixar de sentir um pouco de medo ao pensar na dura jornada à frente, parada em frente ao portão de saída para a floresta da base Pi, a jovem suspira, fechando seus olhos ao sentir a brisa fresca em seu rosto.

De repente passos rápidos são ouvidos cada vez mais perto, uma respiração ofegante chamava a atenção de quem a pudesse ouvir.

--Ei!... não vá tão... rápido...!-- Exclama ofegante.

Kainna se vira e reconhece o dono da voz, era Siva que corria em sua direção para uma despedida. Ofegante ele continua.

--É muito... perigoso... você não deve... ir... só...-- Em busca de ar e palavras o rapaz tenta impedí-la de ir.

--Eu sei, Siva. Mas não posso recusar uma missão direta do Comandante... preciso ir para a base Beta e descobrir o que eles querem comigo. Você entende?--

Siva faz uma careta de reprovação e frustração. "Se ela for sozinha... Ela morrerá... Ela não vai me ouvir... Mas..."

--Droga! Então... me deixe ir com você!-- Grita com semblante irritado e preocupado.

--Você não pode vir, eu tenho que ir sozinha.--A jovem explica em alto tom. enquanto o rapaz range os dentes frustado. Em seguida a jovem sai da base, seguindo o caminho indicado no mapa pela floresta densa.

A densa floresta

A jovem se depara com uma densa vegetação, o caminho é cheio de obstáculos e perigos. Ela tenta focar no que está à sua frente, ignorando a preocupação crescente por Siva que estava fora de si ao partir.

O horizonte transborda beleza e os ventos sinuosos da manhã envolvem o ar e balançam as copas das árvores enquanto o canto das aves ecoa pela densidade da floresta, formando uma bela atmosfera natural, Kainna se surpreende com a beleza da natureza e se pergunta quais os perigos de um lugar tão belo? Porém, sem a mesma notar, três sombras esguias a espreitava sob os arbustos, observando cada movimento dela.

Kainna sente um olhar penetrante em suas costas, mas tenta ignorar e se concentrar na missão à frente. Ela continua caminhando por uma trilha desconhecida até ouvir ruídos risonhos e sussurrantes atrás dela.

Ela olha para trás, mas não consegue ver nada nem ouvir mais, com uma estranha sensação de perigo ela decide seguir seu caminho, mesmo com um mau pressentimento. Horas após adentrar a floresta, as silhuetas das árvores começam a ficar mais deformadas e incolores, a brisa da lua dava vida a ruídos sigilosos, sombrios e um semblante medonho para o ambiente, mesmo com desconforto Kainna decide acampar em uma pequena clareira.

A jovem acende uma pequena fogueira para se aquecer e cozinhar alguns alimentos, ela também decide descansar um pouco antes de continuar sua jornada.

---Pelo que vejo, levarei no mínimo 6 dias para chegar ao centro de Plumas... --- Reflete enquanto observa seu mapa minusiosamente iluminadobpelas chamas de sua pequena fogueira.

As copas das árvores farfalham sons agudos relutantes, o céu estrelado e os sons tenebrosos da floresta noturna pesam o ar de quem os presencia pela primeira vez. Enquanto observa seu mapa, a luz da lua brilha através das árvores revelando o perigo em que está agora. De repente, arbustos começam a se mover e rosnados juntos a risadas medonhas ecoam pela floresta densa, o coração de Kainna começa a acelerar.

---Quem é?!--- Seus olhos se abrem com total atenção aos sons vindos da floresta, seu corpo se ergue e se posiciona para se defender a qualquer momento.

Os ruídos vão ficando cada vez mais altos e Kainna começa a arfar de preocupação, ela se posiciona para combate enquanto seu coração dispara, minutos de tensão se transformam em desespero quando de repente uma figura medonha salta rosnando para cima da jovem, mas ela consegue se esquivar com dificuldade contra-atacando a besta, que só dá alguns passos para trás balançando sua cabeça pela pancada dos golpes desferidos pela garota que estava com sua adrenalina à altura de seu desespero diante da criatura brutalmente medonha, seu corpo era esguio revestido por um manto de pele de cervo, seu rosto era de uma fera canídea selvagem. Ela então rapidamente pega uma de suas armas e se prepara para enfrentar a criatura que a atacou. "Que... Que monstro é esse?!"

Ela observa a criatura medonha ruidosa pronta para enfrentá-la, porem ela ouve nos arbustos mais risadas macabras e rosnados, sinalizando que não era apenas uma fera... De repente duas vozes sussurrantes são ouvidas pela floresta.

---Corre...--- Uma voz suave ecoa pelos arbustos entre os rosnados.

---Fuja...--- A voz mais grave é dispersa entre os farfalhares dos arbustos densos e risadas macabras.

A garota olha em volta com medo, tentando localizar as vozes. --Quem está falando? Tem mais alguém comigo?!-- Ela percebe que a criatura se foi e o som das risadas está ficando mais alto. Era questão de tempo até a criatura medonha atacar novamente, cada minuto carrega uma tensão que esmagava o peito de Kainna, a deixando ofegante e desesperada, os arbustos se movimentam cada vez mais e as risadas e rosnados se intensificam, a criatura salta novamente em sua direção. A jovem desvia com dificuldade rolando pelo chão, levantando com dificuldade, mas velozmente e começa a correr pela floresta densa, sem se importar com seus pertences ou com o que está a frente, enquanto ela corre, galhos sendo quebrados e folhas sendo arrastadas seguidas por rosnados e risadas medonhas ecoam em sua retaguarda, enquanto ela corre desesperadamente para escapar.

---Rápido...---A voz grave sai como um sussurro rouco.

---Siga em frente...---A voz suave se esgueira dos arbustos como um leve suspiro.

Kainna ouve vozes sussurrando para continuar e vê de soslaio figuras esquias correndo pelos arbustos ao seu lado.

Kainna continua correndo, tentando encontrar uma maneira de se livrar das criaturas medonhas. A floresta densa faz com que ela se perca e fique ainda mais desesperada. Enquanto corre, os sons das risadas e rosnados seguem-na cada vez mais perto.

Ela corre rapidamente pela densidade e escuridão da floresta úmida, até que lhe falta chão, por um momento o tempo para e seu coração congela, seus batimentos acelerados e respiração pesada são ensurdecentes.

---Essa sensação... É como... Se isso já tivesse acontecido...--- Ela cai, rolando morro abaixo até cair em um precipício que levava a um riacho com uma forte correnteza.

Kainna cai no riacho, batendo em uma grande rocha, ela luta para ficar à tona e respirar enquanto a água a envolve antes de perder sua consciência, assim ela é levada pela correnteza furiosa rio abaixo, minutos depois de perder a consciência ela consegue ter deslumbres, vendo apenas águas furiosas e pedras ao seu redor, ela tenta lutar contra a correnteza para alcançar a margem, mas em vão, as águas desaguavam em um abismo, deixando-a mais desesperada para alcançar as margens, por sorte ela segura um cipó que aguenta seu peso, mas com a força da correnteza a levando não leva muito tempo para o cipó ceder e ela cair no abismo da cachoeira.

---Arrhh!!! A...--- Seu corpo cai na água com uma violência brutal, seus gritos são abafados pela água enquanto perde aos poucos sua consciência novamente.

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