NovelToon NovelToon

Prometida Ao Mafioso

Sinopse

Otto, o subchefe da máfia suíça In Ergänzung comanda o clã em Nova Iorque, desde jovem soube que seu destino estava traçado com a doce Astra , devido um contrato firmado enquanto ela ainda era um bebê. Com o passar dos anos ele virou um homem que vive cada dia com uma mulher diferente, colocando na sua cabeça que nunca tomaria essa mulher como a sua, inclusive decide que não irá consumar a união após o casamento. Porém, ele não imagina que aquela criatura que ele sempre a rejeitou havia crescido e se tornado uma linda mulher. Astra é a personificação da mulher perfeita, mas a sua língua afiada tira qualquer homem do eixo. Ela foi criada para ser a mulher perfeita para ele, o problema é que quando ela saiu do colégio interno descobriu a liberdade e não quer ser mandada por um homem. Quem dirá aquele que a rejeitou desde que soube do seu compromisso.

Será que eles conseguirão se entender? Será que Otto não cairá em tentação se entregando a doce ruiva? Será que Astra deixará seu gênio indomável de lado e se entregará a essa paixão ardente que ambos negam que existe entre eles?

Notas Da autora: Queria deixar claro as seguintes informações sobre minha pessoa, minha escrita.

Sempre frisei, ninguém, ninguém, é obrigado a ler aquilo que não lhe agrada, assim como não sou obrigada a ficar ouvindo certas coisas maldosas.

“ Há autora, mas se você publicou, tem que ouvir.

Sim. Eu sei muito bem ouvir críticas construtivas, porém certas coisas não sou. Você não gosta só excluir a história do seu perfil.

Eu já falei lá no primeiro livro da série, como são os machos das minhas histórias, são escrotos, rudes, as meninas são boas demais para eles, doces, frágeis, burras como TITULAM. porém não os obrigo a ler.

aos demais que lêem, que dão sugestões, opiniões, críticas construtivas sou muito grata de coração ❤️ 🫂 e vamos a mais uma história.

Para quem pediu Verenna, ela será o próximo, o 4° livro da série. Ao todos são 5 livros da máfia In Ergänzung... Logo após teremos a continuação que também é perfeita com os herdeiros 🤗☺️

A prometida ao Mafioso é um livro Muito especial para mim, assim como os demais da série, mas se pensamentos e atitudes dos personagens te incomodam tanto ao ponto de não conseguir ler a obra, lamento mesmo. Se por um acaso algum assunto tratado na história te incomode, ou seja contrário ao que você pensa, por favor, seja compreensível que estarei trabalhando com o máximo de realismo por aqui. Humanos cometem erros, sofrem, desejam coisas fúteis e depois se arrependem. Se permita conhecer as nuances que definem estes personagens tão complexos,

e eu garanto que você não terá motivos para abandonar a leitura.

Primeiramente quero agradecer a Deus por me conceder a oportunidade de escrever mais esse livro. Minha família, meu marido e minhas filhas por sempre estarem ao meu lado. Tenham uma ótima leitura. Beijos da Malévola má.

Prólogo

Desço do carro olhando tudo à minha volta enquanto aperto minha jaqueta em meu corpo, sentindo as rajadas de vento o cortar.

— Precisava ser hoje, irmão? — pergunto bufando irritado.

— Sim, Otto, logo voltará para seu treinamento.

Reviro meus olhos. Desde que Andres assumiu a In Ergänzung a mordomia acabou, pois ele mudou quase todas as normas, deixando tudo ainda pior. Sei que futuramente vou agradecer, mas agora tudo que mais quero é acabar esse treinamento o quanto antes. Caminho ao lado de Andres um dia ainda vou ser igual a ele, meu irmão tem uma pedra no lugar do coração e é isso que quero, afinal me espelhar nele é um orgulho para mim. Subimos três lances de escada, o som do meu coturno ecoa no assoalho de madeira da varanda.

— Será que pode andar em silêncio? — adverte Andres. Para provocá-lo bato ainda mais meus pés. Logo que nos aproximamos da porta, que é aberta, uma senhora nos olha assustada.

— Sejam bem-vindos, o senhor Lehmann os aguarda na sala. — Aponta com a mão. andres não dá ouvidos e primeiro manda alguns soldados entrarem para fazer a vistoria do local. Fico ao seu lado olhando tudo entediado.

— Por que eu tenho que me casar? Por que não pode ser você? — pergunto bufando. Sem virar o rosto na minha direção, ele diz baixo quase imperceptível:

— Primeiro, seu casamento será daqui dezoito anos, segundo, sou eu quem decide como pretendo fazer. — Reviro meus olhos.Nossa entrada é permitida, sigo Andres por um hall em tons claros e coloco as mãos nos bolsos do meu jeans olhando em volta curioso.

— Sejam bem-vindos — um senhor rechonchudo diz vindo em nossa direção. — Sentem-se. — Aponta para um dos sofás. Meu irmão é o primeiro a se sentar e posso vê-lo endireitando suas costas, acredito que a arma deve estar incomodando, mas ele não anda sem uma e não vejo a hora de ter a minha. Eu me sento ao lado dele, avisto um carrinho de bebê e ali está ela, minha futura noiva, admito que tenho vontade de gargalhar alto.

— Então, Lehmann, em troca do seu silêncio e da sua ajuda com meus negócios, vamos assinar o contrato agora que a criança já nasceu com vida — Andres diz indo direto ao assunto. Uma mulher que embala o carrinho olha apavorada, será ela a mãe?

— Quer algo para tomar? — Herbert Lehmann pergunta pegando uma garrafa de whisky ao lado no seu minibar. andres recusa.

—Pretendo ser breve, odeio sair da minha casa! — Andres cruza suas pernas. — Já acertamos tudo antes, agora precisa apenas assinar o contrato.

O senhor se senta ao lado da mulher.

— Sabe que trabalho na prefeitura da cidade e posso te deixar a par de tudo. — Andres concorda fazendo sinal para um dos seus homens entregar o contrato ao Herbert. Observo uma jovem criança que olha assustada em um canto, não sei quem ela é e não tenho interesse em saber.

— Otto tem atualmente treze anos — andres diz com firmeza. — Ele terá trinta e um quando for se casar e a sua filha dezoito. —Passo uma perna por cima da outra enquanto a mulher pega as folhas em sua mão.

— Herbert, tem certeza? — diz com a voz temerosa.

— Sim, tenho!

— Aqui está escrito que ele pode fazer o que quiser com nossa filha após o casamento, por favor, Herbert, isso é loucura. — A voz da mulher se torna embargada.

— Tragam uma caneta. — A mulher se levanta indo embora com o carrinho e agradeço interiormente assim posso respirar melhor sem aquela pequena coisa ali. Herbert assina todas as folhas sem nem ao menos ler direito o que está escrito, ele realmente não se importa com o bem-estar da bebê apenas com o status de uma filha pertencer a família mais poderosa da Suíça. Ele se levanta e entrega o contrato na mão do meu irmão, que assina todas as páginas.

— É um prazer fazer negócios com você, Lehmann — Andres diz autoritário.

— Saiba que tenho uma filha mais velha, caso queira se casar, Don — o senhor diz ambicioso. Meu irmão não diz nada, ele não faz esforço algum para responder às perguntas idiotas. Herbert em nenhum momento me olha, nem ao menos está preocupado com quem sua filha se casará. Levanto assim que Andres o faz e sigo seus passos saindo da residência dos Lehmann. Olho o céu nublado prevendo uma nevasca em breve. Posso ter treze anos, mas tenho consciência suficiente de que nunca me casarei por amor, afinal esse sentimento não pertence ao nosso clã. Deixo Andres para trás enquanto ele se despede de Herbert, vejo a porta do carro aberta sendo segurada por um soldado, por isso entro e sou acolhido pelo calor do automóvel. Tiro o celular do bolso do meu jeans quando sinto o banco afundar ao meu lado e o cheiro almiscarado do meu irmão invade o ambiente.

— Vamos, Hadrian — meu irmão ordena. — Jordan mandou mensagem informando que pegaram o contrabandista. —Olho para o lado empolgado.

— Me deixa extrair as informações dele, Andres?

— Com certeza, hoje é seu dia de sorte. —Pelo menos um fato bom no dia. Andres entrou neste mundo muito cedo, assim ele está fazendo comigo e eu agradeço.

— Estou pensando em tomar uma parte de Nova Iorque, dizem que os negócios por lá estão bons.

Meu irmão fisga minha atenção.

— Vou passar um ano por lá, deixarei o território pronto e depois colocarei alguém de confiança para cuidar. —Andres não dá ponto sem nó, sei que algo ele tem em mente, por isso espero que continue a falar: — Quando tiver idade suficiente será meu subchefe e provavelmente tomará a frente dos negócios de Nova Iorque.

— E quando isso acontecerá? — pergunto animado.

— Quando completar dezoito anos e eu sentir que está pronto.

— Sério? — Reviro meus olhos. — Mas isso é só daqui cinco anos.

— Um bom motivo para se esforçar mais nos treinos sem deixar os estudos de lado.

Como se já não bastasse essa merda de casamento arranjado! Andres não diz nada diante do meu resmungo e certamente iria me surpreender se ele falasse algo.

Capítulo 1

^^^Quatorze anos depois...^^^

Não sei por que insistiram para me trazer a esse casamento, já não basta a humilhação que passo todos os dias no internato quando zombam de mim por conta do meu noivado com o subchefe mais mulherengo que se ouve falar. Cruzo meu braço no do meu pai com a minha irmã agarrada no seu outro braço e passamos por um caminho de cascalho, o Sol resolveu nos presentear com a sua gloriosa presença. Às vezes queria a vida de Asli, ela não precisa se casar por conveniência, pode curtir a sua liberdade, ao contrário de mim que tive o meu futuro dado nas mãos desse homem que praticamente não conheço. Chegamos aos fundos da casa, onde acontecerá o casamento ao ar livre, e uma mulher altiva vem na nossa direção. Observo o ambiente, um rio cortando os fundos e música instrumental é tocado por músicos ao canto enquanto algumas pessoas conversam sentadas nas suas cadeiras de frente ao altar. Seguimos a mulher até pararmos numa fileira de cadeiras, Asli entra primeiro sentando seguida do meu pai e faço o mesmo, ficando ao lado da passagem.

— Pai — peço num sussurro. — Qual irmão vai se casar mesmo?

— Klaus Zornickel com aquela rebelde dos Vogel.

Posso ver meu pai bufar já que o sonho dele era ver as duas filhas casadas com um Zornickel, não sei qual o motivo dessa cobiça dele por poder. Klaus era a sua última chance, já que o Don é casado e com um filho pequeno. Todos ficam em silêncio, logo uma música suave começa a tocar, os primeiros a entrar são os padrinhos e pelo pé manco deduzo que é o Don, ao lado dele uma jovem mulher com a barriga saliente usando um vestido rosa bebê arrastando no chão graciosamente conforme ela anda, percebo que mesmo grávida ela se mantém no salto. Logo atrás deles vem os dois outros irmãos, Verenna e Otto. Meu primeiro olhar cai sobre Verenna, a garota mais linda do internato, todas brigam para ficar ao lado dela, mas quase não falo com ela, não temos assuntos. Verenna é um ano mais nova que eu, por isso seu ciclo de amizades é outro, não que eu tenha muitas amigas. Sem contar que olhar para ela me faz lembrar que me casarei com seu irmão. Próximo do meu corpo ele passará e essa será a primeira vez que o verei de perto e ao vivo. Otto passa de cabeça erguida e se ele me viu, não sei. Posso estar errada, mas tenho quase certeza de que ele me ignora, minha existência é quase como um castigo para esse homem, como se eu tivesse escolha.

Assim que chega ao altar para ao lado do seu irmão, segurando no braço de Verenna que sorri radiante. Fico olhando a família, todos muito elegantes e altivos, como se o mundo girasse ao redor deles, o centrodo universo, o rei na barriga irradia neles. Eu me encontro distraída olhando para a família a minha frente até que encontro o olhar dele sobre mim, fui ensinada no internato que nunca devemos sustentar o olhar de um homem, que se ele nos olha devemos abaixar o olhar e ser submissa, mas eu não consigo, aqueles intensos olhos verdes me avaliam até a alma e de longe ele consegue me manter desestabilizada, com medo do que ele poderá me causar. Otto ergue uma sobrancelha como se estivesse me testando até onde eu poderia ir, quando recebo uma cotovelada do meu pai.

— Desvia o seu olhar, porra! — Passo a mão em meu braço fazendo uma careta. — Será que não te ensinaram nada nesse internato?

Resolvo não olhar mais para o altar. Os noivos entram e eu praticamente não presto atenção, pois não quero irritar meu pai. Quando ele fica bravo perde o controle e acabo apanhando ou ficando de castigo, alegando que está me treinando para meu noivo que será dez vezes pior que ele. A cerimônia chega ao final, ergo meu olhar e vejo a linda mulher passar ao meu lado em seu vestido branco com a pele em tom caramelo realçando seus lindos olhos verdes escuros. Edvige é uma linda mulher e pelo que fiquei sabendo ela passou maus bocados nas mãos desse clã, o que não entendo é como ela foi se casar com um deles. Certamente deve amar muito esse homem, já que foi espalhado para a cidade inteira que o casamento é por amor. Assim que todos passam, me levanto segurando no braço do meu pai e seguimos as pessoas indo em direção onde montaram uma luxuosa tenda com várias mesas espalhadas e decoração em tons dourado e branco.

— Vou conversar com seu noivo, quer vir junto?

Automaticamente recuso e para a minha sorte ele aceita, agradecendo por me deixar sozinha já que Asli o acompanha, posso estar enganada, mas a cobra da minha irmã esconde algo e quando se trata de homens ela joga sujo, não querendo nem saber a quem vai ferir. Ando pelo lado do salão ouvindo o barulho das águas raivosas, sendo guiada pela minha curiosidade. Eu me aproximo parando na beirada em cima de uma pedra e fico absorta em pensamentos, imaginando onde esse lago levará. Mais de uma vez pensei em fugir, ir embora, recomeçar, mas como farei isso se sou apenas uma menina? Odeio o fato do meu pai ter me entregado a um desconhecido e tenho medo do meu futuro. Papai me colocou para estudar nesse internato para me ensinarem a ser a melhor esposa e como levar o tapa e permanecer calada, já que a culpa nunca é do homem. Odeio esse mundo machista em que vivo.

Odeio o fato de ser fraca para não poder tomar minhas próprias decisões. Decido voltar já que estou muito tempo absorta em meus pensamentos. A festa está animada e todos conversam animadamente, é difícil presenciar esses homens que na maioria das vezes são sérios e agora estão relaxados e descontraídos. Não encontro o meu pai, por isso paro num lugar mais alto procurando, somente neste momento percebo que estou ao lado do bar. Estou prestes a sair dali quando sinto alguém apertar meu braço com uma força maior do que esperado. No impulso olho e encontro intensos olhos verdes me observando.

— Então quer dizer que essa ratinha é minha noiva? — Cospe cada palavra zombando. Tento puxar meu braço, mas a força dele em nada se compara com a minha. — Quando me falaram que era magricela, não imaginei que com quatorze anos nem seios teria ainda — diz sem desviar os olhos do meu rosto. Essas palavras me remetem ao internato, onde todas riem de mim por ser alta e magricela, e que meu noivo nunca vai sentir prazer por mim, já que na minha idade, todas as garotas já têm seios e um corpo mais evoluído, menos o meu.

— Isso é bom, assim manterá suas mãos imundas longe de mim — digo sem pensar, sentindo lágrimas de ódio brotando em meus olhos.

— Acha mesmo que eu quero encostar em você? — Solta meu braçodando um passo a minha direção com sua boca em uma linha reta. — Para mim, você não passa de uma pedra no meu calçado. Odeio o fato que terei que me casar com uma garota sem sal como você e se depender de mim, nunca sequer consumarei esse casamento. Pode morrer virgem que de mim não terá nada.

Minhas pernas falham devido suas palavras me atingirem com tamanha repugnância.

— Otto, vá para o inferno! — Meus olhos encontram com os da senhora Zornickel que está xingando o cunhado. — Vem comigo, Astra, não dê atenção a esse verme. Sofie me estende sua mão, a qual eu aceito, então me abraça e sinto as lágrimas banharem meu rosto.

— Não queria estar aqui, não queria me casar com ele — digo em meio as minhas lágrimas.

— Sinto muito — diz palavras reconfortantes.

Para mais, baixe o APP de MangaToon!

novel PDF download
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!