Natália Neres:

Acabo de colocar a última peça de roupa dentro da mala. Fecho a mesma sem dificuldades pois não tinha muita coisa para levar.. Me sento na cama com a vista cansada e os meus olhos observa cada canto daquele quarto aonde vivi toda a minha vida.. Hoje faz um mês que perdi meus pais em um grave acidente de carro e para cumprir o último desejo do meu pai, vou me casar com um dos filhos da família Navarro.

Deixar tudo para trás, inclusive meu trabalho como recepcionista de uma clínica hospitalar na minha cidade.

A despedida do quarto de infância é um momento melancólico, cheio de lembranças e saudades dos meus pais falecidos. Cada objeto me lembra um momento que vivemos juntos, as risadas, os abraços, cada conversa séria. As paredes ainda ecoam suas vozes, trazendo um conforto amargo ao meu coração. A realidade do trauma e da solidão após o acidente me envolve mais uma vez, mas procuro me apegar ao desejo do meu pai como uma âncora neste mar tumultuado de emoções.

Nesses vinte e três anos que morei nessa casa, tive momentos maravilhosos..

Meu pai se chamava Alfredo e minha mãe, Lúcia , ambos tinham 43 anos de idade..

Honrar o último desejo do meu pai não é uma escolha fácil. Aceitar casar-me com alguém escolhido por ele, sem amor, sem paixão prévia, é uma prova de fé nos seus desejos para comigo.. As expectativas e receios para o casamento me consomem. Como será minha vida com a família Navarro? Será que encontrarei espaço para plantar novas raízes, criar novas lembranças, talvez até descobrir o amor? Na imensidão de meus pensamentos me perco a notar que esse tipo de casamento pode vim ao fracasso a qualquer momento..

Eu não queria me casar, pois carrego um trauma dentro de mim, já que fui abandonada pelo meu ex noivo, mas como meu pai e a senhora Navarro, já tinha feito esse arranjo antes do acidente por motivos que eu desconheço, não posso rejeitar a vontade do homem que me criou e ao lado da minha mãe, me educaram de forma honesta.. A família Navarro é uma das mais influentes e ricas do país, e hoje estou me perguntando o porquê da senhora Navarro ter me escolhido para ser a esposa de um dos filhos dela, pois ela mesmo me disse que tem dois filhos homens, um deles será o meu marido..Sou apenas uma jovem simples que vive numa cidade de poucos habitantes e trabalhei muito como recepcionista de uma clínica para ajudar meus pais dentro de casa..

Pouco sei sobre a família Navarro, mas o que meu pai me falava é que devia favores a eles .. Mas depois da morte dos meus pais, uma mulher muito bem vestida e aspecto gentil esteve na minha casa e me falou sobre tudo que meu pai Alfredo já havia falado, e hoje estou de malas prontas.

Aquela mulher se chama Sueli Navarro, minha futura sogra..E quanto a seus dois filhos, nunca me interessei em saber sobre eles, embora que nesses últimos dias a curiosidade tenha sido grande, mas mesmo assim, estou deixando para conhecer-los quando chegar na mansão..

Embora achasse tudo estranho, decidi fazer a última vontade do meu pai e me casar com um homem totalmente desconhecido..

Enquanto o carro se afasta da casa que um dia foi meu lar, eu sinto um misto de emoções me invadir. A tristeza pela perda dos meus pais ainda é intensa, mas também há curiosidade e nervosismo em relação ao meu futuro com os Navarro. Olho pela janela e vejo a cidade passando rapidamente, as luzes brilhando como estrelas distantes. Sinto-me pequena e vulnerável diante do desconhecido, mas também determinada a seguir em frente.. No entanto, também há uma chama de coragem dentro de mim, pois decidi honrar o último desejo do meu pai e enfrentar esse novo capítulo da minha vida.

Os prédios altos passam como sombras ao longo do caminho, enquanto me distancio cada vez mais da minha velha casa. Uma sensação de insegurança misturada com curiosidade cresce dentro de mim à medida que penso no futuro desconhecido que me espera como esposa de um dos filhos de Sueli Navarro. Ainda assim, não posso negar a curiosidade e a coragem em meu coração para seguir em frente.

Ao cruzar os portões da grandiosa Mansão Navarro, meus olhos mal podiam acreditar na beleza e imponência que se desdobrava à minha frente. A arquitetura era uma mescla perfeita entre o antigo e o moderno, com muros altos que pareciam tocar o céu enquanto as pedras das paredes contavam histórias de séculos passados. Os jardins eram uma explosão de cores, com flores de todos os tipos que se estendiam aos arredores da casa..

-- Chegamos senhora Navarro.

O motorista diz ao estacionar o carro em frente a porta de entrada da mansão.. Confesso que fiquei sem jeito, pois ainda não tinha me casado e ele respeitosamente me chamou de senhora Navarro..

Ao sair do carro, meus olhos imediatamente se perderam na magnificência daquela casa que se erguia majestosamente diante de mim. O estilo arquitetônico, a imensidão dos jardins e o silêncio quase soturno que a envolvia, tudo aquilo parecia saído de um conto de fadas. Minha admiração foi interrompida apenas quando a porta se abriu.

De repente, uma mulher muito sorridente vem em minha direção.

E com um sorriso acolhedor me disse. — Bem-vinda, minha querida – disse ela com um entusiasmo que imediatamente me fez sentir em casa. Respondi " Obrigada" com um sorriso tímido, ainda absorta na surpresa de ser recebida de forma tão calorosa.

— Vamos, entre. A senhora Navarro está à sua espera na sala – continuou a mulher sorridente, guiando-me para dentro. O interior da casa era tão impressionante quanto o exterior, com cada detalhe revelando um cuidado meticuloso na decoração. Então, avistei Sueli Navarro.

Com passos firmes e um sorriso que iluminava a sala, Sueli veio ao meu encontro.

— Natália, que bom que veio. Seja bem-vinda à mansão Navarro – disse ela, envolvendo-me em um abraço tão forte que por um momento fiquei sem reação. A surpresa de um acolhimento tão caloroso fez com que palavras me faltassem.

— Como foi a viagem? – perguntou ela, com genuíno interesse, assim que nos afastamos. A simplicidade da pergunta, feita após um abraço tão cheio de significados, deixou-me ainda mais surpresa. Ali, naquele momento, senti que a mansão Navarro guardava muito mais do que histórias e antiguidades; guardava calor humano e possivelmente, muitos segredos.

Sueli Navarro convida Natália para se sentar. O seu olhar ansioso acompanhava a futura nora enquanto a mesma se aconchegava no grande sofá luxuoso.

-- Já tenho tudo preparado, amanhã será o seu casamento com o meu filho Bryan..

Sueli diz com voz calma, porém no seu coração uma dúvida insistia em fazê-la ficar nervosa.

-- Tudo bem, senhora. Natália responde gentilmente.

-- Que bom minha querida. Tenho algumas coisas para falar sobre o casamento e sobre meu filho Bryan, mas sei que a viagem foi longa e quero que descanse um pouco, tome um banho, daqui a pouco o jantar será servido.

Sueli chama uma das empregadas que se chama Noemi, a mesma que recepcionou Natália quando a mesma chegou na mansão. Noemi acompanhou Natália até um dos quartos da mansão.

-- Aqui senhora. Esse é o quarto..

Natália entra e se admira mais uma vez da beleza do lugar. O quarto ficava no segundo andar da mansão e as grandes janelas tinham a visão perfeita para o grande jardim.

-- Esse lugar é muito lindo. Ela diz sorrindo se aproximando da janela.

Na hora do jantar, só estavam a mesa Natália e Sueli onde tudo ocorreu tranquilamente.

-- Minha querida, vamos ao escritório da mansão. Preciso conversar sobre o casamento e sobre o meu filho Bryan..

As duas mulheres sairam juntas até o escritório..

-- Natália, talvez você já deve saber, o meu filho Bryan está em estado vegetativo a quase três meses.. Ele precisará muito da sua ajuda, apesar do Bryan não falar, não andar, não mover o corpo, acredito que com uma esposa cuidando dele, podemos ter uma chance de termos o meu filhinho de volta como era antes..

Natália fica paralisada com a notícia.. Seu futuro marido era um homem vegetativo.. A mente de Natália começou a imaginar como seria cuidar de alguém tão dependente. Será que ela teria forças para enfrentar todos os desafios que viriam com essa responsabilidade? Mas, ao olhar nos olhos da mãe de Bryan, vi uma mistura de esperança e desespero que fez Natália se sentir ainda mais determinada a ajudar. Ela respirou fundo, tentando processar todas as informações que acabara de receber. Embora se sentisse desorientada e assustada com a situação, uma onda de compaixão percorreu seu coração. Natália sabia que não podia retroceder apesar da notícia ter sido tão inesperada.

-- Está tudo bem, minha linda? ficou tão pálida com a notícia sobre o meu filho, acredito que não sabia que ele era vegetativo.

Sueli se sente frustrada. Ela sabia que Natália era uma boa moça, obediente aos pais, a candidata perfeita para ser sua nora, e que seria uma ótima esposa para o seu filho Bryan..

-- Não é isso senhora. Não tenho preconceito por ter um futuro marido em estado vegetativo, mas o que me incomoda, é que talvez, eu não seja uma boa esposa para cuidar de alguém tão especial assim..

Sueli segura firme nas mãos de Natália.

-- Não se preocupe meu bem, eu estarei aqui para te ajudar..Bryan já é acompanhado por um médico da família que vem aqui três vezes na semana. Eu cuido pessoalmente do meu filho, não confio em ninguém, mas confio em você, minha querida, sei que Bryan estará bem em suas mãos..

Sueli com olhos marejados, se expressava com voz trêmula..

-- Obrigada senhora. Fico lisonjeada por sua confiança. Tentarei o meu melhor para ser uma boa esposa..

-- Muito obrigada, Natália. Agora venha conhecer o seu futuro marido..

Sueli, segurando firme nas mãos de Natália a leva até o quarto de Bryan. Natália estava com um pouco de receio.. afinal, seu futuro marido era um homem vegetativo que precisava de cuidados especiais e aquela seria a primeira vez que ela veria o homem que iria se casar.

Ao entrar no quarto, Natália se depara com um ambiente acolhedor e sereno. A luz suave do abajur iluminava o belo rosto de Bryan, que estava deitado em uma cama confortável com olhos fechados exalando uma beleza que impressionava... Mesmo em estado vegetativo, Bryan emanava nobreza.

Sueli sorri para Natália e diz:

 -- Ele pode não falar ou se mover, mas tenha certeza de que ele escuta tudo ao seu redor.. O meu coração de mãe não se engana... Sueli estava confiante que Bryan a ouvia ..

Natália se aproxima da cama, com seus lindos olhos verdes escuros observando atentamente o rosto bonito de Bryan. Ela sente um misto de emoções, uma mistura de incerteza e compaixão. Ela sabe que a vida ao lado dele não será fácil, mas algo no rosto tranquilo de Bryan a tranquiliza. Ela segura sua mão delicadamente e sussurra suavemente em seu ouvido:

 -- Bryan, eu estou aqui.. Eu irei cuidar de você muito bem.. Mesmo sem resposta aparente, ela sente uma conexão instantânea entre eles deixando Sueli com um amplo sorriso no seu rosto..

-- Tenho certeza que ele irá te amar incondicionalmente e vocês serão muito felizes juntos, -- Ela expressou-se emocionada.

Natália olha para a sogra e admira-a pela esperança de ver o filho, um dia, recuperado..

-- Vou deixar vocês a sós um pouco. Converse com ele. Daqui a pouco estarei de volta.

Sueli sorriu satisfeita e saiu logo em seguida..

Natália observa o rosto tranquilo de Bryan por um momento, sentindo uma mistura de emoções. Ela se acomoda em uma poltrona ao lado da cama, o pequeno móvel era confortável feito por um tecido macio e design aconchegante e segura a mão Bryan gentilmente. Ela começa a compartilhar suas esperanças e sonhos com ele, como se estivesse conversando com um amigo próximo. Embora não haja resposta aparente, ela sente que há algo especial acontecendo entre eles.

-- Bryan, já estava esquecendo de me apresentar: o meu nome é Natália Neres. Muito prazer em ti conhecer, eu serei a sua esposa a partir de amanhã.

O tempo parece voar enquanto Natália conversa com Bryan sobre seus sonhos para o futuro - uma casa cheia de amor e risos, uma família feliz. Ela imaginava como seria vê-lo sorrir e promete estar ao seu lado durante todo o processo de reabilitação. Enquanto suas palavras ecoam no quarto silencioso, havia uma sensação profunda de esperança pairando no ar. Natália era como Sueli, as duas mulheres acreditavam na recuperação de Bryan Navarro.

No outro dia, era o casamento, mas diferente dos casamentos habituais, Natália entrou sozinha no grande salão de festas da mansão sob os olhares atentos dos convidados.

O salão estava repleto de flores e luzes brilhantes enquanto Natália caminhava lentamente em direção ao altar solitário. Seu vestido branco delicado flutuava atrás dela conforme avançava com graciosidade e confiança exalando um charme encantador de uma mulher pura. Não havia tristeza em seu rosto, apenas a promessa de amor eterno que ela estava prestes a fazer.

Os olhos de Natália encontram os do cerimonialista, que a aguardava no altar com um sorriso reconfortante. Ele começa a cerimônia com palavras cheias de esperança e encorajamento, lembrando-a do poder do amor verdadeiro em superar qualquer obstáculo.

O olhar dos convidados estavam sobre a noiva que não só exalava beleza e humildade, mas também coragem para casar com alguém em estado vegetativo, muitos até murmuravam que Natália era interesseira e só aceitou se casar com Bryan por causa da fortuna da família Navarro.

Depois do casamento, teve um jantar luxuoso, Natalia se sentindo indisposta, pediu a sogra para se ausentar..

Natália vai direto para o quarto de Bryan. Agora que eles estão casados, ela finalmente conseguiu organizar suas coisas no armário do casal. Após tomar um banho refrescante, ela veste seu pijama favorito e se aninha na grande cama ao lado do marido. O aconchego dos lençóis acaricia sua pele enquanto ela fecha os olhos e cansada do enfado do dia, logo adormeceu profundamente ao lado de Bryan..

No outro dia, Natália acordou cedo como costumeiramente fazia. Ela veste outra roupa e sai pelos arredores da mansão para fazer a caminhada matinal que rotineiramente fazia parte da vida Natália.

Após andar alguns minutos, ver um homem de mais ou menos a idade dela.

-- Bom dia! Ele diz educadamente ao se aproximar dela.

-- Bom dia! Ela respondeu gentilmente.

-- Então, é você que se casou com o meu irmão Bryan? Puxa, minha mãe poderia ter me apresentado antes..

O rapaz brinca com as palavras sorrindo para Natália..

-- Então, você é o meu cunhado? A senhora Sueli me disse que tinha dois filhos, mas não te vi esses dias na mansão.

-- Sou Gustavo Navarro, desculpa cunhada não ter participado do casamento, tive um imprevisto no exterior e só deu para vim hoje.

Gustavo Navarro era um dos gerentes da empresa da família Navarro, empresa esta que dá qual Bryan era o presidente.

-- Não se desculpe. Eu compreendo. Agora me dá licença que preciso terminar minha caminhada.

Natália saiu sem olhar para trás. Gustavo estava admirado da beleza notória dela.

-- Que mulher linda. Como minha mãe pode fazer isso comigo? Porque ela prefere sempre o Bryan mesmo ele estando vegetativo? isso só me dá mais raiva..

Gustavo ficou parado no mesmo lugar, observando Natália se afastar. Ele sentia uma mistura de admiração e ressentimento em relação a ela. Afinal, como a sua mãe poderia escolher Bryan em vez dele para casar com Natália? Ele sempre trabalhou na empresa da família Navarro, mas parecia que a sua mãe só conseguia observar o seu irmão Bryan, e por causa disso, Gustavo estava disposto a mostrar a todos que ele era tão capaz quanto Bryan, se não mais. Ele decidiu que faria de tudo para chamar a atenção da mãe e provar o seu valor...

Gustavo entra na mansão enquanto Natália continuava a sua caminhada.

Uma hora depois estavam Natália e Sueli na mesa para o café da manhã.

-- Natália, esse é o meu filho mais novo Gustavo. Ele vive viajando a negócios e por isso não estava ontem no casamento.

Sueli fala para a nora com Gustavo se aproximando da mesa..

-- Já nos vemos, mãe. Inclusive, contei a minha cunhada sobre isso. Ela me compreendeu.

Sueli sorriu insegura e logo depois perguntou a Natália.

-- Onde conheceu Gustavo? A curiosidade da sogra fez Natália piscar os olhos rapidamente.

-- Hoje pela manhã enquanto eu fazia caminhada encontrei com ele nos jardins da mansão.

Sueli fica pensativa por um instante, mas colocando os pensamentos em ordem, responde a nora .

-- Está bem, minha querida.

-- Mãe, Natália irá trabalhar na empresa? Como esposa de Bryan, será preciso exercer alguma função na empresa da família.

Gustavo sabia que todos os membros da família Navarro trabalhavam na empresa, e com Natália, que era esposa do presidente, não seria diferente.

Natália escuta as palavras de Gustavo e se engasga com café.

-- Desculpa.

Ela, envergonhada, diz abaixando a cabeça.

-- Natália, a família Navarro é muito produtiva e trabalhora. Na verdade, não precisamos trabalhar, temos pessoas que podem fazer isso, mas desde que o meu pai fundou essa empresa, ele nos ensinou que a mão do dono deve estar sempre nos seus negócios. E sempre coloquei meus filhos, meus irmãos e sobrinhos para trabalhar na empresa, e quero que você também possa trabalhar.

Sueli ainda não havia falado sobre isso, por isso, Natália ficou muito surpresa.

-- Tudo bem, sogra. Eu gosto de trabalhar. Mas não sei se vou fazer fazer direito o serviço de uma empresa tão bem sucedida.

Sueli segura na mão de Natália a confortando.

-- Não se preocupe. Eu mesmo vou te ensinar. Como esposa de Bryan, deve aprender tudo sobre negócios e me ajudar a administrar o negócio da família.

Enquanto elas conversavam, Gustavo observava tudo em silêncio.

-- Agora vamos cuidar de Bryan..O nosso bebê precisa se trocar.

Sueli e Natália sobem ao quarto do casal.

-- Sempre pensando no filhinho mais velho. Minha mãe sempre coloca Bryan em primeiro lugar.

Gustavo murmura engolindo um pouco de leite.

No quarto, Sueli ensina a Natália os cuidados com Bryan. Agora a responsabilidade de cuidar dele estava sobre Natália.

-- a senhora nunca pensou em contratar uma enfermeira ou técnica de enfermagem para fazer os cuidados do Bryan?

-- Sim, já contratei no início que ele ficou assim, mas não cuidavam bem do meu filho. Por isso, eu mesmo que cuidei até hoje..

-- Entendo perfeitamente. Não se preocupe, vou cuidar muito bem do meu marido.

Natália se expressou deixando Sueli contente.

-- Nos próximos dias, vou levar você para empresa. Que tal trabalhar como gerente de relações públicas? Acho que seria uma boa função para você..

Natália arqueia respectivamente as sobrancelhas.

-- Gerente de relações públicas? Senhora Navarro, seria melhor se eu fosse secretária ou recepcionista.

Sueli olha seriamente para a nora.

-- Nem pensar, Natália. Você é a esposa do presidente da empresa, como poderia ser uma simples secretária? Vou coloca-la como gerente de relações públicas, mas não se preocupe. Irei contratar um profissional que vai te ajudar a ensinar tudo que precisará saber sobre essa função.

Natália admira a determinação de Sueli..

-- Tudo bem, senhora. Vou me esforçar para aprender rapidamente.

Sueli continuou explicando a Natália sobre os cuidados com Bryan.

Alguns dias se passaram, Natália já estava mais famíliazada com os Navarros.

Sueli estava aniversariando. E todos os anos ela fazia um jantar luxuoso para os familiares e amigos mais próximos..

A sala da mansão estava repleta de pessoas, especialmente curiosas para saber mais sobre Natália.

Natália se ausenta depois do jantar e vai ao jardim respirar um pouco de ar puro.

-- A noite está linda. As estrelas brilham muito no céu.

Natália admirava a noite quando Gustavo chegou em silêncio e a observou atentamente.

-- Sim, cunhada, a noite está linda.

Ele disse assustando Natália..