NovelToon NovelToon

CASAMENTO SEM AMOR

01‐ Casamento

Era um final de tarde, um casamento.

O casamento de Suellen Marques. O enlace foi arranjado com um herdeiro muito disputado.

Para Suellen, era uma união improvável, já que ela vinha família sem tantas posses e o noivo em questão era um CEO conhecido entre os grandes empresários do país.

Brian Romero era o noivo, ele era namorado de Micaela Marques, prima de Suellen. Mas quando ele sofreu um acidente automobilístico e ficou sobre uma cama, ela foi estudar em outro país, deixando o namorado acamado.

A mãe de Brian, a senhora Ana Romero, muito supersticiosa, consultou-se com uma adivinha e viu nas cartas que casando o seu filho com uma Marques, ele teria a cura.

Não teve quem tirasse essa ideia da mãe confiante, mas os pais de Micaela e muito menos a moça, queriam essa união com um homem incapacitado, que a dois meses estava desacordado, necessitando cuidados constantes.

Ana sabia tudo sobre a jovem Suellen e não poupou esforços, convencendo o seu marido, Rômulo Romero a acertar o casamento e ali estava Suellen, caminhando sozinha em direção pequeno altar, onde o juiz de paz a esperava e o seu sogro a aguardava para assinar os papéis em nome do filho.

Suellen estava parada na porta que levava ao jardim da casa, onde algumas poucas mesas estavam postas com requinte. Ela teria que atravessar o gramado para chegar até o altar.

O seu vestido branco de noiva era lindo. Uma exigência da sogra que não aceitou a futura nora usando um vestido antigo e ultrapassado escolhido pela tia da moça.

Mesmo sendo uma cerimônia fechada, Ana Romero queria a nora estivesse maravilhosa num dia tão especial. Contratou um estilista de renome para confeccionar o vestido da noiva. Em suas orelhas, um par de brincos de diamantes, no pescoço as pedra se uniam em um belo colar, um presente da mulher que deixava bem claro a sua felicidade com a união de seu filho.

Suellen completou todo o caminho até o local da cerimônia de casamento sozinha. Apesar da situação, segurou o seu buquê e caminhou em direção ao pequeno palco onde era aguardada.

Ela podia ouvir alguns comentários em voz baixa enquanto caminhava rumo ao desconhecido. Com o coração aos saltos, as suas pernas fracas... mas tudo bem, ela sabia qual seria o seu destino, já estava acostumada a ceder.

Ao passar perto dos tios, recebeu um olhar severo de Maurício Marques, irmão de sua mãe, assim como a sua esposa, Beatriz Marques que lançou-lhe um olhar cheio de desprezo.

Suellen tinha pouco contato com os tios já que morava em um internato, onde cursava o último ano de economia. Nas férias vinha para Mansão dos Marques, eles estavam sempre em viagens ao redor do mundo e ela acabava por ficar na ala dos empregados, a casa ficava sempre fechada, foi assim por cinco longos anos, desde a morte de seus pais

Ela era um pacote indesejado.

Livrando-se dos pensamentos tristes, endureceu as costas e deu seus últimos passos rumo ao seu destino incerto, sem perceber o olhar atento, cheio de lascívia, vindo de um convidados sentado mais afastado.

A simples cerimônia aconteceu na mansão dos Marques, o jardim foi usado receber os poucos convidados para a ocasião. Suellen sabia que era uma desconhecida na sociedade, que essa união estava acontecendo por superstições da mãe do noivo e por conta do seu tio, que esperava receber incentivos financeiros na sua empresa.

A cerimônia realizada apenas para alguns parentes, logo acabou e Suellen foi levada para mansão dos Romero.

Enquanto os sogros ficavam no andar inferior, Suellen foi levada pela governanta para o andar superior. Ana Romero tinha pressa de unir o casal e assim a profecia se concretizar e o seu filho único voltar à vida.

— Senhora Suellen, essa é a suite do senhor Romero e agora será sua também. — com um sorriso que expressava incentivo, continuou.— Pode entrar, os seus pertences já estão no closet.

— Obrigada.— a noiva agradeceu com voz quase inaudível.

A mulher virou as costas e saiu rapidamente.

Suelen olhou para a escuridão que se fazia presente naquele quarto e uma sensação ruim se apossou dela. Tateando a parede, encontrou o interruptor acendeu a luz do teto.

A escuridão era realmente assustadora para Suellen, que apenas não superava o seu medo de tempestades, foi então que viu o homem dormindo sobre a cama.

Ela sabia que o seu marido tinha 25 anos, era de uma família de renome e muito influente. Brian era o herdeiro do império dos Romero.

Algumas meninas do internato sempre mostravam as fotos do "homem dos sonhos de toda mulher". Em algumas das fotos, ele sempre estava ao lado de sua prima Micaela Marques. Era esperado que o casamento logo acontecesse, mas ela precisou viajar para terminar os estudos e Brian precisava de alguém.

E lá estava ela...

Suellen notou a intensa palidez do homem, parecia morto. Esse pensamento causou-lhe um arrepio sinistro.

Fechou a porta com suavidade, deixando o seu buquê um móvel perto da porta. Erguendo as saias do vestido de noiva, ajoelhou-se na cama com a mão perto do nariz de Brian ficando aliviada.

"Ele está respirando, ele está vivo."

Ficou satisfeita ao sentir o ar quente tocar os seus dedos com suavidade.

A mão esquerda dele estava conectada a um frasco de remédios. As unhas bem cortadas e os cabelos alinhados...

— Você é bonito.

Suellen desceu da cama, indo em direção ao banheiro, precisava parar de pensar coisas inapropriadas. Tomou um banho demorado e depois colocou o seu pijama do "Frajola". olhou-se no espelho do enorme cômodo. Ali era maior que o seu quarto no internato.

Ainda bem que o seu marido não podia ver o seu rosto cheio de sardas, ela não se achava bonita com aqueles cabelos cor de fogo e cheios de cachos.

A sua tia Beatriz nunca perdia a oportunidade de falar o quanto ela era fora do "tom" ou fora do padrão de uma mulher ideal para um bom casamento.

Após ouvir por anos que era inadequada para o casamento, Suellen abriu uma "loja online", onde ela administrava trabalhos de tradução de livros e documentos e as vezes participar de reuniões onde era tradutora de algum empresário.

Isso lhe rendia algum dinheiro, que ela guardava em uma conta secreta. Um dia ela poderia se livrar do julgo dos tios e ter um lugar só seu.

Os seus tios e a prima eram os seus únicos parentes restantes, mas não era amada. Sabia ser um fardo para eles e precisava se preparar para viver sozinha. A tia já havia em várias ocasiões deixado claro que ao completar 21 anos, ela conseguiria com alguma amiga para que Suellen fosse trabalhar em alguma mansão, assim teria moradia e alimentação garantidas.

02- Visita

 Ao sair do banheiro, pegou o seu hidratante e espalhou na sua pele.

 Ela viu alguns potes de cremes ainda fechado no closet, mas não se atreveu a pegar. A sua sogra havia compado várias peças de roupas e cremes, deixando Suellen encantada com tantos presentes, mas preferia certificar-se primeiro se eram dela mesmo.

 Olhou para o homem imóvel na cama. Ela ouviu dizer que ele era poderoso e estava presente nos sonhos de muitas damas da alta sociedade. No entanto, nenhuma delas gostaria de se casar com ele após o acidente que o deixou imóvel na cama.

 "O mundo era cruel". Pensou a moça, no entanto, Suellen sabia que se não fosse aquele estado vegetativo dele, a sua prima Micaela é quem estaria em seu lugar. Mas ela não tinha ressentimentos em seu coração, apenas gratidão por ter um lar agora.

 Olhou atentamente aquele homem inerte na cama. Os seus traços eram perfeitos, o rosto bem desenhado...

gostaria de saber qual era a cor de seus olhos...

 — Oi. Meu nome é Suellen, Suellen Marques. Eu tenho 20 anos. Você não me conhece, mas nos casamos hoje.— ela sorriu timidamente. — Boa sorte para nós, eu espero sinceramente que quando você acordar, não me odeie. — Suellen falou baixinho enquanto acariciava o rosto adormecido com a ponta dos seus dedos.

 De repente, pulou para trás retirando a mão daquela pele macia. Ouviu o barulho de alguém batendo na porta. Talvez fosse a governanta trazendo o seu jantar, ela estava faminta.

Correu até a porta e abriu, para a sua surpresa, havia um desconhecido. Os seus traços lembravam o seu marido.

 — Sim?

— Então nos encontramos pessoalmente...

 — Quem é você? — Suellen perguntou, segurando a porta para não ser aberta totalmente.

 — Sou Athos Romero. Primo do seu marido. — Ele olhou-a dos pés à cabeça, com os olhos brilhantes.

 Diante de Suellen estava um homem alto, bem-vestido. Podia-se dizer que era bonito, mas algo no seu sorriso e no brilho do seu olhar desagradava a moça.

— Já é tarde e eu estou cansada. Eu não acredito ser um lugar para apresentações. — ela falou educadamente, mas não gostou daquele homem que a olhava de forma estranha, sendo parente ou não.

 Quando ela tentou fechar a porta, foi impedida, pois ele colocou o pé na frente da porta. Ele a olhava com luxúria, Suellen sentiu aquele olhar e se envergonhou por estar com a sua roupa de dormir, mesmo sendo bem fechada.

 — Sabe, o meu primo não viverá por muito tempo...

 — Melhor sair, senhor. — Suellen cortou a fala daquele ser maléfico.

 — Vejo que ainda é jovem… virgem…

— Senhor...

 — Não perca tempo negando. Eu investiguei a sua vida logo que soube dos planos da minha tia Ana. Ela acredita que o seu filho viverá, mas está enganada. — Suellen não gostava daquele parente. — Logo será o seu enterro, eu serei o herdeiro de todo o império dos Romero.

 Suellen ficou horrorizada com aquilo, não entendia como os ricos davam tanta importância por status e dinheiro.

 — Eu acredito que você seja uma noiva burra. Já deve ter percebido que se ficar do meu lado, só terá a ganhar. O seu marido está sofrendo, talvez se ele tomar nas veias o "remédio certo", ele possa ter um descanso...

 Suellen não queria acreditar no que ouvia, só podia ter entendido errado.

 — Com licença, senhor…

 — Pode me chamar de Athos. Afinal, somos primos agora. — olhando para as coxas bem torneadas que o pijama deixava a mostra, ele acariciou o braço dela. — Talvez possamos nos conhecer melhor e você verá que se aliando a mim, terá apenas a ganhar.

 Suellen sentiu-se enojada! O toque daquela mão suada, aquelas palavras rebaixando a uma mera prostituta assassina...

 Ela não era tola, podia viver fechada há cinco anos num internato, mas ela lia os jornais, assistia a filmes e tinha redes sociais. Ela sabia quão imunda era a alta sociedade. Pensando assim, os seus olhos tornaram-se frios como gelo.

 — Acho melhor o senhor se retirar.— falou ela, tentando fechar a porta.

 — Meu primo é um morto vivo.— com o rosto agora demonstrando pura maldade, continuou. — Me escute.Suellen, o meu primo não viverá por muito tempo, podemos apenas diminuir o seu sofrimento. Seria um desperdício uma virgem viúva.

 Aquelas palavras deixaram Suellen indignada, mas não disse uma palavra e o seu silêncio fez com que Athos passe que ela estivesse cogitando ajudá-lo, então continuou tentando persuadi-la.

 — Não se preocupe. Eu gostei de você. Além de nos divertirmos, você poderá ajudar-me. Então eu poderei herdar império dos Romero, eu saberei como recompensa-la.

 Ao falar isso, ele forçou mais uma vez a sua entrada, acreditando que teria uma noite quente com a prima virgem, já se excitando com a expectativa de possuí-la sobre a cama, ao lado do "primo vegetal".

 Suellen segurou a porta com toda a sua força, bloqueando a passagem daquele verme.

 Os olhos dela eram frios como gelo e o seu rosto foi revestido por uma máscara de frieza.

 — Eu não posso te ajudar! — falou ela com voz elevada. — Saía agora ou chamarei os outros.

 — Escolheu o caminho mais difícil. — ela podia sentir a ameaça naquelas palavras. — A fortuna será minha e você? Você irá implorar para que eu me enfie entre as suas pernas.

 Dizendo isso, Athos seguiu para o final do corredor, pois ouviu passos na escada, era uma funcionária da mansão.

 — Boa noite, senhora Suellen. Olga pediu que trouxesse o seu jantar.

 Suellen deu passagem para a moça, que deixou a bandeja sobre uma pequena mesa no canto do quarto. Lançou um olhar apavorado para o corpo inerte na cama e saiu apressada.

 Não pôde acreditar no que via. Era a sua primeira noite na mansão e já percebeu que tinham um medo do seu marido e que o primo o queria morto, tudo por conta do dinheiro. Suellen que perdeu a sua família, não conseguia entender a maldade entre os próprios familiares. Ainda por cima aquele tal Athos querendo se deitar com ela, sabendo que ela tinha um marido!

 Nunca entenderia os ricos. Ricos não, milionários.

 Ela sempre teve uma boa vida ao lado dos pais. Mas essas pessoas tinham tanto dinheiro que provavelmente nem sabiam da exatidão da própria fortuna.

03‐ Aproximação

 Faltavam poucos meses para que ela se formasse. Mesmo casada, ela precisava terminar os estudos, pois onde quer que estivessem, ela queria que os pais se orgulhassem dela.

 Lançou um olhar para o marido imóvel .Talvez o seu pai não aprovasse o seu casamento, ele sempre a incentivou a casar-se por amor e jamais aceitar menos que isso.

 Para Suellen, a idéia de limpar o chão de alguma amiga milionária da sua tia era o mesmo que a morte, não que desmerecesse esse trabalho, afinal ela já o fazia no internato.

 Após ficar um tempo pensando, recostada na porta fechada, Suellen se aproximou da cama, olhou para o rosto adormecido e com tristeza nos olhos falou para ele:

 — Você ouviu isso? Athos, o seu primo quer roubar a sua fortuna exige a minha ajuda. Não conheço você, mas a sua mãe é gentil e muito boa comigo, não irei pagar o que ela me faz de bom com o mau, mas não sei se posso fazer alguma coisa para te ajudar...

 Ela aproximou-se mais e percebeu como o rosto dele era bonito, o queixo definido, forte... suspirou. Ela poderia se apaixonar facilmente por um homem tão lindo como aquele.

 Suellen pensou que não conseguiria dormir por conta das emoções do casamento, adormeceu apoiada nos ombros de Brian.

......................

 Sem entender bem, ela sentiu como se alguém a beijasse no rosto, tentou se esquivar, queria continuar a dormir.

 — Suellen. — a voz profunda soou nos seus ouvidos.

 Suellen ficou chocada. Abriu os olhos e bem à sua frente havia um belo rosto, era o seu marido.

 — Brian? — ela esfregou os olhos — Você acordou?

 — Sim...

 Suellen sentiu-se desconfortável quando ele acariciou o seu rosto e logo em seguida a beijou, pressionando-a na cama com peso do seu corpo. Lutou contra aquilo e lágrimas vieram nos seus olhos, não queria ter relações, mesmo ele sendo o seu marido... eles não se conheciam!

 — Por favor... Brian...

 Mas o marido não a ouviu e prendeu os seus pulsos com a mão grande e forte.

 — Você é minha.

 De repente, um barulho ensurdecedor fez-se ouvir.

 Suellen abriu os olhos e percebeu que já estava amanhecendo. Virou-se e viu o marido adormecido e imóvel ao seu lado. Ela levantou o edredom. A sua roupa estava limpa e arrumada, não foi forçada, não aconteceu nada e muito menos havia chorado.

 Ela teve um sonho sensual com o marido!

 Ficou envergonhada por ter sonhos com alguém inocente.

 — Suellen, está acordada?

 A voz de Ana, a sua sogra foi ouvida juntamente com batidas na porta.

 Suellen levantou-se rapidamente, ajeitou os cabelos e a roupa, foi abrir a porta trancada. Ana estava acompanhada de duas empregadas e um médico jovem, muito bonito por sinal, que olhou curioso o pijama da mulher na sua frente.

 — Vá trocar de roupa, menina. — a senhora falou calmamente. — Doutor Marcelo, essa é a jovem esposa do meu filho.

 Já no closet, Suellen envergonhada, se recriminava. Ficou de roupa de dormir na frente de um estranho... a sua sogra provavelmente desaprovou o seu comportamento.

 Logo Olga, a governanta, entrou e com um sorriso explicou:

 — O closet foi dividido, metade com as suas coisas e a outra metade com as do senhor Brian. A senhora Ana tomou para si o dever de abastecer o seu guarda-roupa com a alta costura venha, irei ajudá-la.

 Suelen observou a saia bem cortada e a blusa de pura seda nas mãos da mulher, nunca usou roupas tão caras na sua vida, nem mesmo nos tempos em que os seus pais estavam vivos. Na sapateira havia uma coleção de sapatos novos com a sua numeração exata. A sua sogra investigou a sua vida até nos detalhe, sorriu e foi para a parte de dentro onde havia uma penteadeira rosa repleta de produtos. Maquiou-se levemente, não gostava de mostrar as suas sardas.

 Arrumou-se rapidamente e voltou para o quarto, onde o doutor Marcelo terminava de administrar os remédios do seu marido.

 Uma empregada de mais idade, limpava o corpo de Brian sob a supervisão da senhora Ana Romero. Suellen ficou admirada vendo físico bem definido daquele homem, lembrando-se do sonho, virou o seu rosto, envergonhada.

 — Suellen, minha filha, o Doutor Marcelo vem todos os dias para examinar Brian. Quando eu não estiver , receba-o por mim. — a senhora Ana explicou para sua nora.

 A jovem esposa reparou no quanto a mão dele estava marcada, provavelmente por estar há tanto tempo no soro. Foi para o banheiro e logo voltou trazendo consigo uma toalha quente, que colocou sobre a mão ferida do seu marido.

 A senhora Ana sorriu, sabia haver feito a escolha certa. A moça era cuidadosa com o seu filho, diferente da sua prima Micaela Romero, que ao saber que o namorado ficaria sobre uma cama, viajou rapidamente para fora do país.

 — Com o está o meu filho hoje, doutor?

 O médico foi verificar os batimentos cardíacos e ficou um pouco confuso.

 — Os batimentos estão diferentes…

 — Diferentes? O que quer dizer? — Ana preocupou-se.

 — Não se preocupe. Ele está melhor que ontem.

 — Doutor, o senhor acha que se for estimulado, ele responderá ao tratamento mais rápido? — Suellen quis saber, pensando nas intenções de Athos e em como o seu marido estava indefeso.

 — Bem... — Marcelo pensou por um tempo. — Você pode conversar com ele frequentemente, isso estimula o cérebro e as massagens são bem-vindas para que o corpo não "morra".

 Suellen tinha um pouco de entendimento sobre esses cuidados, já que no internato, havia uma interna com dificuldades físicas e as massagens a ajudavam muito.

 Quando os cuidados com Brian terminaram, desceram todos para o café da manhã e para o desgosto de Suellen, lá estava Athos, o primo de seu marido, com uma falsa cortesia.

 A sua sogra o abraçou e agradeceu pela visita. Quando Suellen teve a mão segura pela dele, numa saudação, sentiu-se enojada. Logo o senhor Rômulo juntou-se a eles e pelo seu silêncio, não gostou muito da visita.

 Sentados à mesa, o dono da casa praticamente se escondeu atrás do jornal, enquanto lia as notícias, para assim não ser obrigado com o sobrinho.

 Suellen não tinha dúvidas de que o seu sogro também não estava contente com a presença de Athos na sua casa, naquela manhã.

Ana conversava cheia de sorrisos enigmáticos, Athos tentava de tudo para chamar a atenção da moça, mas ela apenas se concentrou no seu café da manhã e logo para contragosto do seu sogro, Athos o seguiu, indo com ele para a empresa.

Quando ficaram a sós, Suellen pôde perceber o quanto a sua sogra ficou mais tranquila, resolveu então contar-lhe o que aconteceu na noite passada. Mesmo com medo de ser mal interpretada, ela decidiu contar tudo, a vida do seu marido corria riscos.

— Senhora Ana...

— Nada disso menina. Pode chamar-me apenas de Ana ou simplesmente de sogra. — A senhora falou com aquele sorriso acolhedor estampado no seu rosto, sorriso que aquecia o coração solitário da moça.

— Sogra, eu preciso contar algo importante. — a moça falou enquanto apertava a mão sobre o seu "colo". — Athos quer prejudicar o meu marido.

Para mais, baixe o APP de MangaToon!

novel PDF download
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!