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Princesa Rebelde

Prólogo

História: Princesa Rebelde

Resumo:

Uma jovem determinada se recusa a sacrificar seus ideais para satisfazer os caprichos e ambições de seus pais. Embora sua aparência delicada engane muitos, ela possui uma coragem inabalável e uma visão de mundo à frente de seu tempo. Disposta a desafiar uma sociedade opressiva, ela reúne aliados improváveis e lança-se em uma batalha feroz contra qualquer um que ouse confrontar seus princípios. Em meio a pressões familiares e expectativas sociais, ela prova que sua força não está apenas na delicadeza de seu coração, mas na determinação de lutar por um futuro em que realmente acredita.

Enquanto aguardamos o lançamento do primeiro capítulo, vamos conhecer os personagens desta história.

Emily Princesa de Ahort

Piter mensageiro do Rei Anthony

Angus Príncipe de Morsaden

Evelyn criada pessoal de Emily

Anthony Rei de Ahort

Flora Rainha de Ahort

Lorde Baltazar de Morsaden

Valentina, esposa de Baltazar

Espero que gostem da história.

 1° capítulo será lançado sábado (10/08) às dezoito horas (horário de Brasília)

Capítulos:

Não faça isso

Não sou obrigada a nada

Haverá rebelião

O caos

Aceitando o destino

Fugindo da responsabilidade

Ganhando a confiança de Agnus

Uma criança a bordo?

Meus sentimentos a vossa alteza

Traição fatal

Um corpo sem coração

A vida de casados

Superando o passado

Enxergando a verdade

Tradição

Resquícios do passado

Uma nova herança

O meu amor por você

Vá em (sem) paz

Em direção ao futuro

Nesse primeiro momento quero inteirar os leitores com o mundo dessa história...

Essa história se passa num mundo fictício e qualquer semelhança com a realidade é coincidência.

Os reinos de Ahort e Morsaden planejam uma aliança entre os reinos através do casamento dos seus filhos (o príncipe e a princesa).

Porém, esses dois jovens esperam coisas diferentes para os seus futuros.

E se casar um com outro não é bem o que eles desejam.

Apesar dessa aliança ser querida pelos reis, os seus filhos farão de tudo para colocar por baixo essa aliança.

Essa história se passa no Século XV, nos reinos de Ahort e Morsaden.

O Reino de Ahort, tinha como majestade o Rei Anthony e a rainha Flora, pais da princesa Emily.

buscava aliança com o reino de Morsaden.

Ahort é um pequeno reino onde conta com pouco mais de 200 mil súditos contando a família real e todos os servos, nobres e plebeus. Dentre eles contava com 5 mil soldados bem treinados, mas insuficientes se caso houvesse uma guerra.

O reino de Morsaden estava sendo governado por seus ministros, pois os atuais rei e rainha haviam sido mortos em um naufrágio quando o príncipe Agnus tinha apenas seis anos de idade, ele fora criado por ministros e servos do palácio, crescendo com uma vida nada fácil, mas disposto a aprender tudo que fosse necessário para reinar sobre Morsaden.

No reino de Morsaden havia cerca de 980 mil de súditos, sem contar os nobres e os que moravam no palácio, servos e o príncipe, era conhecido como um dos maiores reinos na época, contava com um exercício de 100 mil soldados e 500 comandantes. Buscava aliança com o reino de Ahort por conta que a sua linhagem real seria preservada, já que outros reis não queriam casar as suas filhas com um príncipe conhecido por não ter princípios morais.

Então essa é a história em que você está prestes a embarcar, navegando na imaginação e se deleite com esse romance cheio de aventuras, guerras, traições, alianças improváveis e inimigos inimagináveis.

Boa leitura 🙏😘

Até dia 10 de agosto de 2024 às 18 horas.

Não faça isso

Emily pega a espada do soldado morto ao seu lado, após soltar o seu arco, e vai em direção ao rei e enfia a espada no seu coração, assim vendo o último suspiro de vida do Rei Angus.

Bem, não deve estar a entender.

Vou começar do início então.

Era uma linda tarde ensolarada, os passarinhos cantavam sobre o lindo jardim do castelo da cidade de Ahort, as flores haviam desabrochado lindamente, e Emily estava na janela do seu quarto olhando o jardim com toda a cena que parecia ter saído de um quadro.

Emily estava envolvida nos seus pensamentos que não percebeu que as empregadas haviam entrado no seu quarto e começaram a arrumar.

Quando se deu conta, após ser chamada por Evelyn, a sua criada pessoal voltou para dentro do quarto.

— Senhorita, qual vestido quer usar hoje?

Emily estava em dúvida entre o azul bordado branco e o lilás com rendas roxas, que estavam nas mãos de Evelyn.

— O azul

Evelyn entrega o outro vestido para uma das outras criadas, e põe o vestido escolhido sobre a cama.

A porta do quarto se abre e entra um mensageiro do rei com um recado para a princesa Emily.

—Milady a sua presença é requisitada na sala do trono o mais rápido possível, por sua majestade.

Emily olha para Piter, o seu coração acelerado por ouvir a voz do homem pelo qual ela era apaixonada desde menina, e agora com os seus dezoito anos não conseguia esconder os seus sentimentos, que era perceptível até por suas criadas, que tem que trazê-la de volta à realidade.

— Está bem! Vou arrumar-me para encontrar o meu pai, pode esperar-me do lado de fora do quarto.

Piter sai do quarto e fica a esperar pela princesa, ele até tenta negar, mas seu coração já pertencia à Emily.

Emily vai para o banho e usa os perfumes das flores, que inundavam todo o quarto com o seu cheiro de jasmim.

Ao sair do banho vai se preparar, vai colocar o vestido escolhido e uma bela tiara dourada com lindas pedras preciosas.

Saindo do quarto, acompanha Piter até a sala do trono, onde o rei Anthony esperava por ela com os conselheiros e a rainha Flora.

— O que será que o meu pai deseja dessa vez, Piter?

— Milady, acredito que vossa majestade terá um assunto sério para tratar com a senhorita.

Piter e Emily caminhavam em direção à sala do trono, e a cada passo que dava, o coração de Emily batia mais forte, pois estava ansiosa para saber do que se tratava, Piter sabendo sobre o que era evitava conversar com Emily e até mesmo olhar para ela.

Chegando à porta da sala do trono, Emily é anunciada e ao entrar ela consegue observar um Homem velho, com cabelos grisalhos, aparentando ter uns cinquenta anos com a sua esposa, ele olha para seus pais, e segue o caminho até eles.

Emily chega perto do trono e presta reverência a vossas majestades. O Rei e a Rainha.

—Essa é a Princesa Emily, lorde Baltazar.

Falou o Rei Anthony apontando-lhe e falando em direção ao homem velho que ela viu quando entrou na sala do trono.

Emily fez reverência, apenas curvando a cabeça, como cumprimento ao Lorde.

— Ela é muito linda, vossa alteza.

Falou Baltazar, observando a comprovação da sua esposa Valentina sobre a beleza da princesa.

— os nossos filhos farão netos lindos para nós, majestade.

Disse a esposa de Baltazar, causando em Emily uma cara de surpresa e tristeza, pois havia começado a entender o porquê daquela reunião.

— netos? Como assim?

Falou Emily olhando para os seus pais com desaprovação estampada no seu rosto.

O Rei Anthony se levantou, e foi até Emily, segurando a sua mão, começou a falar-lhe o motivo da reunião.

— Minha filha, precisamos fazer uma aliança com o reino de Morsaden, e a forma mais eficaz é com o casamento. Por esse motivo, a partir de agora você está prometida ao príncipe Agnus, futuro Rei de Morsaden.

Emily conhecia a reputação de Angus, e para ela, alguém como ele jamais deveria se tornar rei de uma nação, principalmente se casar com ela. Com o seu olhar enfurecido e ameaçador, ela nem esperou o seu pai terminar de falar.

— Eu não vou casar-me, com essa categoria de criatura, ele não serve para mim.

O Rei Anthony olhou enfurecido para ela, e deu-lhe um ultimato.

— Prepare as suas coisas, partirá em breve, com o lorde Baltazar e a sua esposa.

Após esse ultimato, o Rei olhou para Piter e ordenou que ele levasse a princesa de volta para os seus aposentos e a ajudasse com a preparação da sua bagagem.

Piter com olhar cabisbaixo segurando o braço de Emily para que pudessem sair da sala do trono, foi bruscamente empurrado pela princesa enfurecida.

— Como a vossa majestade ousa vender a sua própria filha, para o medíocre e sem escrúpulos, fixando na aliança política que pode obter.

Emily, esbravejando de raiva, gritou com o seu pai, falando com sarcasmo.

O Rei furioso tentou falar, mas Emily continuava a gritar.

— O senhor não podia fazer isso comigo.

Emily agora aos prantos, indignada por ser oferecida como objeto para alcançar uma aliança política que para ela era desnecessária.

Vendo como a situação complicou-se muito rápido, a rainha Flora, interveio.

— filha, vá para o seu quarto. O seu pai e eu precisamos ter uma conversa entre adultos.

Emily sabia que a sua mãe não concordaria em trocar a sua única filha por aliança política, visto que a rainha Flora sofreu muito para conseguir engravidar da princesa.

Emily consentiu com a sua mãe e saiu da sala do trono, no caminho para o seu quarto desculpou-se com Piter.

Piter, no que lhe concerne, sabia que não havia nada a ser feito. A mulher que amava seria de outro homem. O jeito era aceitar o seu destino de viver longe da princesa. Ele precisava esquecer os seus sentimentos, e priorizar o que fosse melhor para o reino.

Emily constatou no olhar de Piter, que ele estava a desistir do amor que sentia por ela. Chegando ao quarto, Emily ao se despedir de Piter, olhou para ele, os seus olhos lacrimejando, fez-lhe um pedido.

— Não faça isso com a gente.

Não sou obrigada a nada

Naquele mesmo dia, de tarde, Emily estava no jardim andando acompanhada de Evelyn.

— A senhorita está bem?

Evelyn podia ver a tristeza nos olhos de Emily, e não aceitava que a sua senhora desistisse dos seus sonhos para agradar e realizar aliança política.

— Ainda não sei, como escapar desse casamento arranjado.

Emily falava com tristeza no olhar.

Em certo momento ela avistou Piter sentado debaixo de uma árvore.

Ela seguiu até chegar perto dele, mas quando ele avistou Emily, se levantou e reverenciou.

— Precisa de algo, alteza!

Emily sentiu o tom seco de Piter e o seu coração apertou, a sua garganta deu um nó e as lágrimas, apesar de encher os seus olhos não escorreram pelo seu rosto, fazendo com que a dor no seu peito fosse tão grande que ela simplesmente saiu apressadamente sem lhe dá uma resposta sequer.

— Alteza, espere.

Evelyn que segurava um guarda-sol sobre a cabeça de Emily teve que apressar os seus passos para acompanhá-la.

Piter, sem entender, abaixou a cabeça e seguiu o seu caminho em direção contrária.

O dia já começava a dar adeus e a noite já mostrava os seus primeiros sinais.

A lua já começava a brilhar no céu e as primeiras estrelas já irradiavam. Emily olhava de dentro do seu quarto na janela, sentada numa (cadeira) que ela usava para observar o céu à noite.

Os seus olhos encheram-se de lágrimas, e assim começaram a escorrer pelo seu rosto, causando preocupação e empatia no coração das suas criadas.

— Majestade, está tudo bem?

Disse uma das criadas, mas não obteve resposta, e todas as se olharam.

Evelyn vendo que a situação estava muito séria.

— Saiam todas, podem ir para seus quartos descansar, vou ficar aqui com ela.

Todas saíram do quarto, e Evelyn se aproximou de Emily, indo até à frente dela, e abaixando-se para confortar a princesa.

— Alteza, não fique assim. Vamos dar um jeito nessa situação.

Emily olha para Evelyn e começa a enxugar as lágrimas do seu rosto.

— Evelyn, chame a rainha Flora até o meu quarto. E depois pode ir descansar.

Evelyn assentiu e foi até os aposentos da mãe de Emily, no caminho encontrou Piter tristonho indo em direção aos aposentos reais também, ele foi chamado pelo rei.

— Onde você vai Evelyn, o seu dormitório fica no térreo.

Piter pergunta bruscamente.

— Piter não preciso ser lembrada que sou apenas uma criada. Você pelo jeito é que precisa, nunca ficará com a princesa.

Piter olha para Evelyn e sente as palavras dela para cortar o seu coração. Os seus olhos lacrimejam, mas ele logo engole o choro e Evelyn continua a falar.

— Vou pedir à mãe da princesa para ir ao quarto dela.

Piter sente uma emoção e dá um sorriso.

— Quando chegarmos, você espera que eu vá avisar a sua presença à rainha.

Evelyn, inconformada com tudo isso, pois odiava ser uma criada, tinha vontade de poder estar no lugar de Emily, apesar do carinho que sentia pela princesa, no seu coração também começou a habitar uma inveja.

Chegando aos aposentos reais, Piter entra e informa a rainha que a criada de Emily quer falar com ela.

A rainha Flora vai ao encontro de Evelyn.

Quando a rainha abre as portas dos aposentos, Evelyn curva a cabeça e inclina o seu corpo para a frente em reverência à majestade.

— Sim, criada, o que deseja?

Aquelas palavras entraram como uma flecha nos ouvidos de Evelyn e como uma espada no seu coração. A raiva quis tomar conta do seu corpo, ela prendeu os dentes e mordeu a sua língua para não desrespeitar a rainha.

Evelyn levantou o seu rosto e ficou em pé na frente da rainha.

— Emily pediu para que a vossa majestade fosse até os aposentos dela, minha rainha.

Flora olhou com desdém para Evelyn a fazendo sentir cada vez mais que era injustiçada pela vida por ser uma criada.

— Está bem, eu irei. Pode ir para o seu dormitório, criada.

Evelyn se retirou da presença da rainha em direção ao seu dormitório para descansar, e a rainha Flora foi até o quarto da princesa.

Enquanto a rainha se dirigia até o quarto de Emily, nos aposentos reais, o rei dava uma ordem para o seu mensageiro Piter.

— Sim, majestade, o que o senhor deseja?

Piter, intrigado com o porquê do rei mandar chamar ele em seus aposentos.

— Quero que você vá até o reino Morsaden, e traga o príncipe para oficializarmos o casamento dele com a princesa Emily.

Piter, arregala os olhos em expressão de susto com a ordenança do rei Anthony. E tenta dissuadir o rei.

— Majestade, Emily... Quer dizer, a princesa não disse que não iria se casar com ele.

O rei olhou de forma ameaçadora para Piter, e ordenou mais uma vez.

— Quero que você vá até o reino Morsaden, e traga o príncipe para oficializarmos o casamento dele com a princesa Emily. Eu sou o rei, e quem dirá com quem ela vai se casar sou eu.

Piter entende o recado e sai dos aposentos reais para preparar os mantimentos para sua partida até o reino Morsaden.

Já chegando no quarto de Emily, a rainha Flora abre a porta e adentra.

Ela observa a sua filha sentada olhando para as estrelas e com um semblante triste.

Chegando perto da princesa, só então Emily nota que a sua mãe já está no quarto.

— Mãe, eu não quero casar com aquele imbecil.

Ela abraça a sua mãe e começa a chorar.

A rainha segura a mãos de Emily, que contorna a sua cintura, e tira saindo do abraço da filha.

— Você é uma menina mimada.

Flora, despeja sobre Emily essas palavras que a fazem ficar sem entender nada.

A princesa Emily pensava que a sua mãe iria intervir nessa loucura de casamento para alcançar aliança política.

Ela percebeu que estava completamente enganada, quando sua mãe continua a falar.

— Sempre foram feitos tudo que você queria. Pensa que pode desobedecer uma ordem do Rei.

Emily tenta argumentar.

— Mas, mãe.

Sendo interrompida.

— Mas, nada. Se prepare, pois, o mensageiro Piter partirá amanhã para buscar o seu futuro marido.

Emily arregala os olhos e o seu rosto começa a ficar vermelho de raiva.

— Eu não vou ser obrigada a casar com um homem que nem de ser humano, pode ser classificado.

A sua mãe chega perto dela e segura o seu braço com força.

— Você prefere se casar com Piter, e ser uma criada como Evelyn.

Emily olha para a sua mãe e percebe que a rainha sabe dos sentimentos que ela, a princesa, nutria pelo mensageiro do Rei.

— Como!?

Emily tenta despistar.

— Não se faça de boba, sei muito bem que você gosta daquele mensageiro, não te culpo, ele é vistoso aos olhos. Mas não serve para casar com você, minha filha.

Emily enxugando as lágrimas que haviam no seu rosto, se solta do aperto da sua mãe no seu braço. E dá um ultimato.

— Eu não serei obrigada a casar com Angus. Não vou casar com ele, e ninguém vai conseguir forçar-me a isso.

Flora vê a determinação da sua filha nas suas palavras, e começa a pensar numa maneira de fazer ela obedecer ao rei Anthony, mesmo sofrendo ao ver que a sua filha não vai ficar com o homem que ama. Flora não pode arriscar do rei arrumar outra rainha para o reino.

Enquanto Flora está perdida nos seus pensamentos, Emily grita para quem estar perto do seu quarto escutasse.

— Eu sou a princesa, e não sou obrigada a fazer nada que não queira.

Ela estava errada.

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