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AS MUITAS VIDAS DE LAURA

CAPÍTULO

Ramon Diaz

Uma jovem desconhecida filha de família humilde. Até aí a sua vida estava mais que o normal de pouca badalação.

Reservada só entre seus familiares e nunca saia de casa. Vivia somente para seus familiares.

Mesmo assim, tinha pouco contato com as pessoas em volta. Ela tinha um divertimento, nas redes sociais, que era estar diretamente no Facebook. Com poucos amigos.

Até que um dia ela me adicionou. E eu aceitei nada que me chamasse atenção. A garota era tímida, não tendo o mesmo sobrenome que o meu, mas que dizia ser minha prima.

Então, a vida dela mudou. O dia estava cinzento céu coberto de nuvens. tudo tranquilo na vida de Laura quando ela entrou na rede social e me adicionou em seu Facebook.com.

E perguntei quem era? E se já me conhecia. Então para a minha surpresa, me relatou que era minha prima de 3° grau. Embora com sobrenomes diferentes. Até aí tudo bem.

Tempos depois ela percebeu que a sua vida já não era mais a mesma. E de fato não seria.

Era como se fosse um exército de anjos comandado por um homem misterioso com poderes paranormais trazendo sérios conflitos na vida de Laura.

E a partir daquele momento, se a vida dela estava digamos como água parada sem aventura, esse homem trouxe tempestades que virariam a vida do lado avesso.

Dizia ela que eu era um homem com forças protetoras que mudaria o destino da jovem para pior ou para melhor.

Ia depender das escolhas. É como está escrito num texto bíblico que lembra bem a chegada dele.

— Não se engane quem pensa que eu vim ao mundo trazendo paz, eu trouxe a espada da contradição. E a foice para separar o joio do trigo.

Pais se levantarão contra os filhos, e filhos contra os pais, filhas contra as mães, e mães contra as filhas.

Numa casa haverá divisão por causa do meu nome. Esse homem traria tempestades e calmaria, alegrias, e tristezas.

Mostraria o caminho das virtudes, mas havia outro que do nada surgiu tentando desvencilhar essa jovem para o caminho das trevas.

E haveria uma batalha sem tréguas pela alma dessa jovem chamada Laura.

Ele se chamava Alexandre, dono de uma seita misteriosa. Laura teve grandes desafios para vencer. E uma delas era a sua pior inimiga dentro dela mesma.

Aquela tarde alguma coisa em Laura estava mudando com a chegada de Ramón Diaz na sua vida. Novas descobertas, novos horizontes. E a sua vida passaria por grandes desafios, e transformações, na vida real e espiritual. As coisas que ela gostaria de entender e de aprender. Tinha inteligência fora de série que aprendia facilmente. O que faltava nela era alguém acreditar no seu potencial.

O que era muito difícil na sua cidade. Uma cidade famosa, mas que havia poucas oportunidades de emprego e de crescimento.

A sua vida só mudaria depois que ela mudasse para uma cidade grande com mais oportunidade para poder desenvolver seu talento que havia muitos dentro dela. O que Laura precisava era vencer seus inimigos que estavam dentro dela mesmo. E eram muitos. Um era seu medo de viver intensamente. Outro era a sua timidez que atrapalhava muito seu desenvolvimento, e sua vaidade também. Tinha dificuldade em confiar nela mesma, e nas pessoas, desconfiava de tudo e de todos.

E só com ajuda de Ramon, seu novo amigo e seu anjo da guarda que poderia mostrar o caminho da virtude e da sabedoria.

Mal o bem ela estava aprendendo rápido com ele. Dizia ela que ele foi um anjo enviado por Deus que colocou no seu caminho, porque sua vida era uma coca cola zero sem emoção até a chegada dele, que proporcionou muitas emoções fortes.

Embora de vez em quando, Ramon dava uma bronca pelos erros cometidos. E ele como mestre se sentia no direito de dar muitos puxões de orelhas nela. Afinal de contas ela era a sua alma gêmea. E os dois tinham muita coisa em comum, acreditavam nos mesmos sonhos, nos mesmos ideais, na mesma filosofia de vida. E tinham as mesmas semelhanças nas crenças que acreditavam.

CAPÍTULO 2

Laura aos poucos foi se soltando, tornando-se uma mulher mais confiável, mais madura, e segura de si mesma. Embora com seus problemas de entender o amor.

Sofreu muitas decepções amorosas. Mas não era tão primária quanto parecia.

Às vezes se sentia desanimada por achar que não tinha sorte no amor, mas Ramon aconselhava da melhor forma de que na vida é preciso aparecer pessoas erradas para ensinar encontrar a pessoa certa. Laura nunca conseguia se apaixonar pelo homem que ela conhecia, até porque ela nunca se apaixonava pelo homem que ela mantinha relação tanto sexualmente como emocionalmente. E sobre seu inconsciente a admiração que tinha por Ramon que era solteiro que morava sozinho, e era independente de si mesmo. Era inteligente emocionalmente. E que fez admirar e amá-lo de alguma forma que todo homem que ela se envolvia tinha vida em comum com Ramon. E queria que eles fossem o mesmo modelo que ele para ela se relacionar.

Ou até quem sabe se casar e ter uma família. E por essas razões se decepcionava por não encontrar neles os mesmos ideais que ela encontrava em Ramon. Que com o passar do tempo acabou se apaixonando por ela. Mas o fato deles serem parentes em terceiro grau a impedia por princípios, e ética moral, de que parente não pode se relacionar como homem e mulher. Até quando isso ia resistir? Só o tempo diria. E os relacionamentos de Laura eram um fracasso atrás do outro por nunca se apaixonar pela pessoa.

E sim por uma ideia de homem que ela criou obsessivamente com sua mente, e que acabava metendo as mãos pelos pés.

E isso segundo Ramon como amigo, para Laura ainda tinha muita estrada para percorrer e quem sabe seu grande amor estava mais próximo do que ela imaginava. E só o tempo ia mostrar a verdade nua e crua. Ela sentia que carregava muita culpa por ter cometido erros no passado, e isso a impedia de se relacionar melhor com as pessoas. Eu diria que ela e Ramon foram feitos um para outro. Ramon também já teve seus fracassos amorosos.

E acreditava que Laura fosse a sua esposa que morreu há 24 anos e ele nunca mais amou uma mulher assim como estava amando Laura. Ela deu um novo sentido, aliás, os dois eram na verdade dois solitários que tinham uma intensa busca pelo amor verdadeiro.

E talvez nunca houvesse percebido que um nasceu para outro, havia muitas brigas entre os dois por ciúmes e impaciência da parte de ambos.

Mas era um amor virtual pela internet. É possível duas pessoas se amarem assim à distância? Eu acredito que sim.

Até porque Ramon sentia todo um universo a respeito dela, mesmo a distância.

E sabia tudo o que acontecia com ela. Sabia quando ela estava triste, e feliz, ou deprimida, ou estressada. Até mesmo quando estava excitada, na medida em que falavam em sexo.

Os dois sentiam excitação um pelo outro, era diariamente que passavam conversando.

E quando não conversavam por motivos de brigas parecia uma página em branco, um mundo vazio na vida de cada um.

Estranha era essa atração entre os dois. Até o cheiro de sexo ele sentia quando ela ficava excitada, eu particularmente nunca vi uma coisa dessas. Seria uma conspiração do cupido querendo unir os dois por alguma razão? Cansei de ver casais casados há tanto tempo e não havia tanta conexão poderosa como a Ramon e Laura.

Ramon estava ficando louco de ciúmes, e para ele estava sendo difícil ter que confiar nela à distância.

Afinal ela era jovem de 22 anos de idade. Mas porque dessa atração de ambos, porque tinha que ser ele um homem com idade para ser pai dela?

Tinha que ter uma explicação. Ou quem sabe um estudo científico talvez. Ou quem sabe viajar a vidas passadas e descobri que mistério havia sobre esses dois.

O fato era que ele sabia tudo sobre ela até mesmo o que ela era capaz de pensar. Adivinhar pensamentos não era o forte dele, teria que ser um vidente coisa que ele não era!

Isso era óbvio. Não existe ninguém que consiga isso senão Jesus Cristo, e mais ninguém.

E desde que eu me conheço por gente, que razão explica isso tudo dele sentir até mesmo quando ela estava excitada e passava pra ele essa excitação que deixava ele perturbado. E ela por sua vez sentia um grande vazio toda vez que ele resolvia sair uns tempos para ficar longe dela. Ele o amava, mas precisava de espaço para refletir a respeito dos seus sentimentos. Se for amor ou uma ilusão criada por ele mesmo, já que tinha uma mente aberta a muitas coisas e até mesmo poderia ser apenas uma ilusão.

Mas não era. Ninguém pode saber tanto de uma pessoa nessa distância? Nunca ouvi falar, talvez sejam mesmo almas gêmeas, só isso pode explicar esse mistério?

Ela ficava deprimida sentia falta dele, o mundo parecia ter fim, perdia a graça e a vontade de viver, faltava ânimo até mesmo para entrar nas redes sociais.

E logo ela que passava a maioria do tempo nas redes sociais. E nem graça tinha sem ele, tinha que estar perto dele.

Que se sentia amada e protegida e desejada, sentia-se mais mulher, mais segura, e inteligente. E ele como ninguém sabia colocar ela nas alturas, e sabia que ela tinha talento para muita coisa. E até o futuro dela, ele sabia como ninguém, onde isso ia terminar? Só o tempo diria!

CAPÍTULO 3

Laura resolveu procurar um especialista que desvendasse os mistérios sobre vidas passadas, encontrar respostas porque dos seus fracassos amorosos.

Ou saber por que às vezes agia de forma estranha de fazer coisas que ela nunca gostava de fazer. Tentava entender esse mistério, seria algo de espíritos obsessores?

O psiquiatra especialista em desvendar mistérios de vidas passadas se chamava Lauro, que estudou muitos casos.

E escreveu livros a respeito desse assunto tão polêmico e complicado. Laura precisava desabafar sobre seus traumas do passado.

A clínica onde Lauro trabalhava ficava no décimo andar de um edifício no centro da cidade. Laura não queria que ninguém soubesse sobre essa experiência, até mesmo a sua família. A única pessoa que sabia desse segredo era seu amigo Ramon.

Ela subiu por um elevador que levava até o décimo andar na sala 1110. Entrou e sentou e ficou esperando a sua chamada, estava quase desistindo.

Laura não tinha muita paciência para ficar esperando, e isso ela precisava descobrir porquê dessa necessidade de querer as coisas para ontem.

E até que enfim ela foi chamada depois de uma hora de espera, e ao entrar ficou encantada com a decoração do lugar. A sala era aconchegante, bem espaçosa, que dava vista para o centro da cidade, e podia-se ver outros prédios da cidade. Havia uma poltrona cama. O psiquiatra era um senhor de idade já com 65 anos de idade, rosto magro e cabelos branco, simpático pediu que ela se deitasse na poltrona e relaxasse. E começou fazer perguntas.

— Então, senhora, como se chama mesmo?

— Eu me chamo Laura!

— Bonito nome, de forte personalidade, e bem popular!

— Obrigado Doutor!

— Bom, o que traz aqui? E qual é seu problema afinal?

— Ela suspirou nervosa e impaciente com tantas perguntas, mas tinha que ser educada.

— Muita coisa Doutor, não sei o que acontece porque faço coisas que não quero fazer, às vezes sinto necessidade em pisar em alguém para me sentir bem, depois me dá uma crise de arrependimento, sofro com o que eu mesma faço. E queria saber por que eu sou assim. E me sinto angustiada por causa disso!

— E desde quando você faz isso?

— Desde criança, sempre fui movida ao impulso de querer as coisas e não descanso até conseguir, nem sempre eu acho certo, mas preciso fazer. É mais forte do que eu.

— O que acontece quando você consegue atingir seu objetivo?

— Ai e que está, nunca fico satisfeita, parece um abismo sem fim!

— O que de tão grave você fez a ponto de carregar essa culpa?

— Culpa? — Perguntou Laura espantada pensando. "Como ele sabe que me sinto culpada por algo grave que eu fiz no meu passado?".

— Sim, você parece carregar uma grande culpa, ou remorso, deve ter cometido algo que você não tem coragem de revelar ou contar para alguém.

E para eu te ajudar precisa se livrar desse peso que carrega, só assim poderei te ajudar?

— Não sei se estou pronta, é muito íntimo e me sinto envergonhada, me sinto suja por causa disso, doutor, não sei se estou preparada!

— Bom, nesse caso, hoje nem vou te cobrar a consulta porque não haverá mais tratamento!

— Como assim não haverá mais tratamento se eu mais preciso?

— Bom, senhorita Laura, eu tenho muita gente que precisa de ajuda. E eu não posso perder tempo.Você quer ajuda, mas não quer desabafar e colocar seus problemas fora. Aqui é sigiloso, tudo o que disser será só eu e você, a saber, fica entre quatro paredes! Sou um profissional e tenho que agir com a minha ética, se sabe que eu tenho fama e muitos clientes, é porque sou de confiança e eu não brinco com vidas e nem com dinheiros dos meus clientes, você decide? — Laura não tinha escolha, ou ela confiava nele e colocava para fora seu problema, ou seguiria com a sua vida mal resolvida, até quando? Não sabia!

— Está bem doutor, eu vou contar o que me aflige, eu tinha sete anos quando tive minha primeira experiência sexual!

— Hum... Achei que tinha estrangulado um gatinho ou um cachorro de estimação, ou que fosse algo mais grave? — Laura não gostou muito do tom irônico de Lauro com aquela observação.

— Porque o doutor está sendo irônico com meu problema sério?

— Porque transar com sete anos de idade e brincar de boneca é a mesma coisa!

— Sim o que o doutor não sabe com quem eu comecei a manter relações sexuais! — Lauro ficou espantado com o que acabara de ouvir, mil pensamentos se passaram na cabeça dele.

— Como assim? Pode dizer para que eu possa entender, e poder te ajudar?

— Nem sei como dizer, doutor, se o arrependimento matasse eu estaria morta, morro de vergonha de lembrar!

— Bom senhorita Laura, por favor, diga com quem?

— Meus amigos de infância, doutor. — Laura estava querendo se atirar do prédio depois que deixou escapar aquela verdade dolorosa e cruel.

— Foram eles que te forçaram, ou foi vontade sua?

— Foi vontade minha, doutor, achava tudo normal, sentia curiosidade e vontade às vezes, não entendia porque, mas fiz, e me arrependo mil vezes porque eu fiz isso, me sinto envergonhada e tenho até pesadelos por causa disso!

— Acalma-te senhorita, nada o que fez possa se envergonhar, como eu disse fazer sexo nessa idade ou brincar de bonecas e a mesma coisa. Você era uma criança, feio e adultos, como vejo muitos casos de pais abusar de criança com sete anos de idade, padrasto ou até irmãos mais velhos, aí sim seria trágico, não no seu caso! Não se envergonhe disso, é passado, e se você realmente se arrependeu é sinal de grandeza, agora esqueça o passado e tente levar sua vida normal!

— O senhor tem certeza disso?

— Sim, tenho absoluta certeza, vejo casos de mocinhas que sofreram abusos de pais e até de padrasto, essas sim que é preocupante, no seu caso não, foi apenas uma brincadeira de criança, assim como acreditar em papai Noel, mula sem cabeça, coelhinho da páscoa, hoje você é adulta sabe disso o que é real e fantasia, mas precisa livrar-se dessa culpa que pode te atrapalhar muito a sua vida!

— Sim Dr. Eu entendi que vou fazer o possível!

— E depois o que aconteceu?

— Depois parei, estava crescendo e me tornando uma mocinha, mas com aquele peso na minha consciência e nunca mais me envolvi com mais ninguém.

— E quando foi a sua última relação amorosa? Desculpe a pergunta, não é nada pessoal?

— Bom, na verdade, depois que conheci um amigo pela internet que se tornou especial na minha vida me dando dicas para eu sair e me divertir, porque até aí eu só ficava trancada dentro de casa, minha vida era um marasmo. Aí a minha vida mudou!

— Como isso mudou? O que ele tem de tão especial e como ele se chama?

— Ele se chama Ramon Diaz. E me sinto bem com a presença dele mesmo que seja à distância, embora eu nunca a conhecesse pessoalmente, mas há uma grande conexão entre nós que mesmo pela internet me sinto perto dele, assim como ele se sente perto de mim, é difícil explicar, mas a minha vida não é nada sem ele para conversar, por isso que estou aqui em busca de ajuda para entender o que está acontecendo comigo!

— E depois que ele apareceu na sua vida mesmo sendo pela internet, o que aconteceu de fato a ponto de me dizer que a sua vida não é mais a mesma?

— Bom, encorajada por ele comecei a me soltar e me envolvi com alguns caras aí, mas todos foram uns fracassos. Eu admiro tanto meu amigo que acho ele tão perfeito que na verdade queria encontrar alguém que fosse igual a ele!

— Porque tinha que ser alguém como ele?

— Ele é meu anjo da guarda, me sinto bem assim, ele é inteligente e sábio, mora sozinho e sei lá, difícil explicar essa sintonia que há entre a gente, doutor!

— Já tiveram algum contato físico?

— Ainda não, doutor, mas aí é que está, sinto a presença dele constantemente sem ser tocada, sinto ele dentro de mim, até fazendo amor comigo, não consigo entender porque isso acontece, nunca senti algo tão forte assim em toda minha vida. E isso que já me envolvi com muitos caras daqui de perto, mas que nenhum me marcou tanto como esse de agora. E acho que estou ficando maluca, por isso não consigo imaginar a minha vida sem ele, a vontade que eu tenho de ir ao encontro dele na cidade onde ele mora, doutor!

— Desde quando vocês se conhecem?

— Faz uns três anos, mas antes era só amizade, e mesmo assim eu sentia falta dele quando não falava comigo mesmo sendo nas redes sociais.

O psiquiatra Lauro ficou pensativo com que ouvira da sua paciente, e como ele era especialista em fazer regressões a vidas passadas, sentiu que podia fazer uma experiência com Laura. Havia a necessidade em ajudar aquela jovem em sérios apuros e conflitos. Estava esperando ela voltar na próxima sessão e propor a ela essa experiência. Deu a sessão por encerrada.

— Bom, por hoje estamos encerrando a sessão, mas se quiser continuar fazendo um tratamento, terá que vir várias vezes!

— Aceito a sugestão,

Quanto eu devo?

— Por hoje não paga nada, e sim se aceitar fazer um tratamento, aí sim quando terminar acertamos!

— Vou fazer sim, porque eu preciso!

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