Luna;
- Menina! volte aqui agora. - Fala a freira enquanto corro desesperadamente, pois sabia que levaria mais um castigo daquela bruxa que se fazia de anjo.
- Corro sem parar sem rumo, não queria voltar para aquele lugar, entro floresta a dentro, com meu vestido que não me ajudava muito, porque tinhamos que vestir roupas tão pesadas? - Aquilo passava na minha mente enquanto passava pelo pequeno rio com suas pedras escorregadias. Paro respiro ofegante buscando ar, sabia que ela não correria atrás de mim. Meu corpo sentia o gélido, esqueco completamente que estávamos em pleno inverno de Quebec (Canadá).
- Fico tempo rezando para que a bruxa, que dizer, a Lady Maria, se acalmasse, sabia que era algo impossível, ela sempre desconta suas frustrações em mim, como uma freira podia descontar raiva em uma criança órfã?
- O frio aumenta, e começo a congelar. O dia começa a virar noite, eu precisava voltar, começo andar pela a escuridão da floresta congelante, escuto alguns uivos, será que aqui tem lobos, quanto mais pensava, mais minhas pernas tentavam andar o mais rápido possível, ao ponto de esquecer do frio que estava. Olho para um lado e para outro e não me lembrava por onde havia passado, começo a me desesperar, por que tive que entrar na floresta sozinha?!Tenho a sensação que estou sendo perseguida. As folhas das árvores balançam com o vento, o cheiro da floresta está mais intenso.
- Não sabia se gritava ou apenas correria sem direção, o medo tomava conta de todo o meu ser, falo;
Quem está aí?
- Escuto a barulho de algo chegando, não parecia de pessoas, olho para todos os cantos e escuto rosnados. - Meu deus! - Não penso, corro, e vejo que eram lobos ou cachorros selvagens, não sei exatamente, estava atrás de mim, machuco meu pé um pedaço de árvore, e caio, rolando ladeira a baixo. Eu estava ferida, me arrasto o mais próximo da árvore, e pego um pedaço de galho e grito;
Não se aproxime. - Falo em meio a choro e pavor.
-Eu estava cercada, seria o meu fim.
- Eram muitos, um deles vem para cima de mim, e pega no meu pé já ferido, com pedaço de galho tento afastar a meio gritos e a muito dor.
- Quando do nada, vejo um grande homem, pegando aquele bicho e o jogando longe.
- Você está bem? - Pergunta
- Não! - O abraço
- Os outros bichos o atacam em suas costas, ele me afasta jogando contra a árvore. - Com a pancada desmaio.
- Acordo! Com uma Baita dor de cabeça. - Olho para tudo, vejo o mesmo homem, sentado próximo a cama onde estava. Seu cabelo loiro, com a pele branca, e seu rosto angelical, seria um anjo na terra?
- Como se senti? - pergunta
- Estou bem. - Falo ainda colocando a mão no meu pé, que estava enfaixado.
- Onde estou? - Pergunto curiosa
- Está em minha casa. Soube que fugiu do orfanato, senhorita? - Ele espera eu falar meu nome.
Luna Medina,senhor.
- O que fazia na floresta, perdeu juízo criança, poderia ter morrido, aqueles lobos podiam ter a devorado, sem contar com frio para mera humana.
- O que disse?
- Quero dizer, mera criança.
- Irei leva-la para orfanato.
- Não senhor! Ela vão me castigar. - Falo em lágrimas.
- Por isso fugiu?
- Faço sim com a cabeça.
- Não se preocupe com isso, irei falar com ela e garanto que você não será castigada.
Luna;
- Sou levada no colo por ele até carro, fico encantada por ele. Não demora muito para chegarmos ao orfanato. Fico olhando cada detalhe de seu lindo e perfeito rosto, como poderia ter um ser humano tão lindo. Estou em meus pensamentos quando ele me tira deles rapidamente, me trazendo a realidade.
- Chegamos! - Sua voz rouca suou em meus ouvidos como a mais bela música.
- Olho as grandes janelas daquele local que é minha casa desde que me entendo por pessoa.
- Ele novamente me pega em seu colo, pois na situação que estava ainda como uma nevasca seria quase impossível de conseguir andar.
- Suspiro desanimada e ele com seu olhar intrigante tenta de alguma forma entender as minhas expressões.
- Somos recebidos pela bruxa cara de santa.
- Senhor Montane! Seja bem vindo. - Essa pirralha. - fala e depois, tenta consertar o que disse. - Quero dizer está criança travessa que o fez vim aqui apenas para trazê-la. - Falou me fuzilando como se falasse;
Aguarde! Você irá apanhar.
- Senhora lady Maria, onde posso colocar a pequena travessa. - Falou com sorriso.
- Venha comigo senhor. - Ela mostra o caminho e o quarto gélido a onde fico com mais 8 meninas. Ele fica analisando tudo, coloca-me na cama.
- Muito obrigado senhor! - Fala a bruxa, tentando tirá-lo dali rapidamente.
- Vamos ao meu escritório, lá poderei oferecer uma xícara de café e bolinhos.- Fala tentando o tirar do quarto.
- Muito obrigada Freira, mas prefiro ficar aqui um pouco mais com Luna. - Poderia nos deixar sozinho?
- Claro!- falou saindo e fazendo gestos como se não fosse para dizer nada a ele.
- Diga-me Luna, a quanto tempo está aqui?
- Eu já nem sei, senhor, apenas passo todos os dias querendo ir embora desse lugar. - Falo baixando a minha cabeça.
- Luna, quanto anos tem?
- Tenho 12 anos.
- Entendo!
- Já pensou no que seria se tivesse oportunidade de ir embora quando ficar maior?
- Não sei bem, mas já pensei que seria bom ter um trabalho, estudar e quem sabe ser uma médica.
- Você é bem audaciosa, médica?- Fala com um sorriso enorme e encantador.
- Faço apenas sim com a cabeça.
- Está bem menina, vou embora ainda este mês, estou apenas de passagem, não sou de ficar muito tempo em nenhum lugar. Mas, quero que saiba, que falarei com freira e vou garantir que quando sair daqui, terá dinheiro para iniciar a sua vida. Aguente mais pouco, logo estará livre daqui e poderá correr atrás do que deseja.
- Adeus pentelha. - Falou passando mão na minha cabeça.
- Uma lágrima insiste em cair mesmo tentando ser forte. Ele iria embora e não o veria mais, o meu anjo protetor.
- Passa alguns dias e a Freira Lady Maria, não me castigava, também chegaram cobertores e camas novas para todos nós orfanato e tudo tinha sido o senhor Montane. - Estou olhando a neve cair pela janela, quando Liana me abraça.
- O que está fazendo aí, parada? - Pergunta
- Estava pensando, como seria bom ser adulta e poder correr atrás do que queremos.
- Você sabe que é minha irmã de coração, e que mesmo eu sendo mais velha que você, assim que sair daqui, irei dar jeito de buscar você.
- Abraço forte e digo;
Você é melhor que uma irmã de verdade sabia. - Falo dando pequenos beijos em suas bochechas.
- Sua boba, você não tem irmãos como sabe. - Ela faz cócegas.
- Você realmente está apaixonado por aquele homem? - Falou me deixando vermelha.
- O que acha?
- Luna! Você ainda é uma criança, nem eu que tenho 17 anos, ele olharia para mim, imagina você que é ainda uma criança.
- Faço bico enorme e digo;
Não sou criança.
- Ok! Ouvir a freiras dizendo que ele partira amanhã. Foram agradece pelos presentes e ele informou.
- Por algum motivo ele antecipou a viagem(Penso)
- Por favor! Me ajude, a sair pouquinho para me despedir dele. - Faço um pico e ela sorri e diz;
ok! Tentarei cobri você nas tarefas, mas não demore, as freiras podem sentir a sua falta.
- Abraço forte.
;
Luna:
- No dia seguinte, ficamos de tirar a neve que estava toda em volta do orfanato, o acumulo estava tornando tudo mais frio na parte de dentro. Pegamos as ferramentas, e começamos a limpar. Liana me olha rapidamente e diz;
Vai agora, aproveita que a freira foi para dentro pegar café.
- Fiz sim com a cabeça e saio correndo.
- Ando muitas quadras, não sabia o seu endereço, estava congelante o dia, há névoa forte, tento lembrar como era a casa dele. Estava cansada e não iria desistir, tento pensar em todo trajeto, no entanto estava tão encantada por ele, que não fiquei prestando atenção. Após uma longa caminhada, eu encontrei a casa. Entro pelo grande portão preto, a casa não era bem uma casa e sim linda mansão com ar de castelo.
- Eu estava tão cansada que mal conseguia andar. Caio naquele monte de neve que estava em todos lugares, quando o vejo saindo da casa e entrando no carro, tento gritar, mas não tinha forças para isso, mal conseguia falar.
- Senhor!- falo em meios a sussurros. - encho meu peito máximo com ar para conseguir gritar.
- Senhor! - Grito e ele olha diretamente para mim.
- Ele corre em minha direção e me ajuda a levantar.
- Menina! O que faz aqui, enlouqueceu?
- Eu precisava me despedir. - Falo tremendo
- Ele me ajuda a entrar,me colocou em seu belo sofá. -Seu rosto expressava irritação.
- Luna! - Fala andando de lado para outro.
- Logo vem uma empregada com xícara.
- Pegue criança, tome ,isso irá ajudá-la aquece.
- Tomo devagar o chocolate quente.
- Luna! Você perdeu a cabeça, as freiras irão puni-la por tamanha desobediência.
- Eu não me importo, eu precisava me despedir do senhor.
- Sua irritação se transforma em doçura.
- Tudo bem! Assim que terminar, pedirei ao meu empregado que a leve para orfanato, depois ligarei para a freia para não castigá-la.
- Eu preciso ir, não posso perder o trem.
- Se cuide, e juízo mocinha.
- Quando ele vai sair, eu falo;
- Quando ficar maior, eu vou te encontrar. - Ele para sem olhar para trás.
- Eu te amo. - Falo em meio a lágrimas.
- Luna! - Fala em tom de grito. - Você é uma menina, não sabe o que diz.
- Vamos! - Falo ao motorista.
- Ele entra no carro e corro para vê-lo pela última vez e grito:
Você ainda será meu.
Klaus;
- Escuto aquela pequena criança dizer que me ama e ainda que serei dela. - Dou sorriso de canto de ironia. - Ela não sabe o que diz..
- Em todo caminho penso em tudo o que houve. - Ela na floresta sozinha, sinto o cheiro doce, enquanto estava caçando um grande animal. Escuto seus gritos e logo paro minha refeição e vou ver quem era. Uma criança em perigo, não pensei, mesmo sendo arriscado perde controle, não poderia deixa-la morrer ali, sendo devorado por lobos, a protejo com meu corpo, ela me abraça forte, o cheiro doce com sangue, tornava ainda mais difícil me controlar, mas quando olhei aqueles olhinhos trêmulos, esqueci de tudo, só queria protegê-la, assim fiz, matei um dos lobos e os demais fugiram, a levei para casa desacordada devido forte empurro que dei para não deixar o lobo pega-la, e cuidei do seu ferimento, claro que quem limpou foi minha empregada, a espero acordar e ela com seus olhos brilhantes fala o que estava fazendo na floresta, estava fugindo de um castigo. Não poderia julgá-la, mesmo tendo passado tanto tempo, eu tinha minhas memórias de criança e fui muito levado.
- A levo para orfanato, e vejo a freira que a maltratava, queria arrancar a cabeça dela, no entanto, me mostrei cordial, vi como era situação daquelas crianças quando a deixei em seu quarto compartilhado, camas antigas e pouco lençóis em lugar frio. Converso com ela e me explica que mora ali há muito tempo. Pobre criança. - Decido que vou ajudá-la, faço algumas perguntas e ela me diz que gostaria de ser médica. Após minha conversa, vou falar com a freira. Deixo claro que ela não toque mais em nenhuma das crianças, pois estaria de olho, e se eu sonhasse que tocou em alguma criança, principalmente em Luna, ela saberia o poder que tinha. - Mando alguns presentes.
- senhor chegamos. - Fala motorista abrindo a porta do carro.
Para mais, baixe o APP de MangaToon!