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Uma Princesa na Turquia

Reino de Sardônica

Reino de Sardônica…

A primavera é a minha estação favorita. As flores gigantes de ouro brilham de doer as vistas, na verdade, elas não são de ouro, mas as pétalas têm a cor que lembra o ouro, e quando os raios do sol resplandecem sobre elas, seu brilho invade todo o campo, o deixando completamente iluminado. É a coisa mais linda de se ver.

Princesa Taya

— Taya! Taya! — Ouço o Asnam me chamar.

Fico quietinha olhando ele de cima da macieira.

— Taya! O rei deseja vê-la. — Ele grita, me procurando entre as flores.

Pego uma maçã e arremesso, acertando precisamente a cabeça dele. 

— Aí! — Ele reclama, colocando a mão sobre a cabeça e olha para cima, me encontrando.

— Então, você está aí—Ele fala carrancudo.

— Estou! — Falo empolgada.

— Desce e vamos logo! — Ele fala.

— Espera que já vou. — Falo, pulando em cima dele. Caímos no chão, não me aguento e começo a rir. 

— Eu queria outro trabalho que não fosse ter que manter a senhorita em segurança.

— Asnam, eu não dou tanto trabalho assim, né? — Pergunto.

— Se agisse como uma verdadeira princesa, eu não teria tanto trabalho.

— Ser princesa é uma coisa chata, queria ser uma camponesa.

— A senhorita não sabe o que diz! Devia ser grata por nascer uma princesa.

— E você devia ser grato por cuidar de mim. — Falo e ele ri.

Monto em meu cavalo e ele no dele.

— Asnam, por que meu pai quer me ver? Sabe o motivo? 

— O rei de Alexandrita está no castelo, com o seu filho, o príncipe Cuskun. 

— E o que tenho a ver com isso? — Pergunto.

— Acho que chegou a hora. — Ele fala, parecendo triste.

— Hora de que Asnam? 

— De você casar. — Ele fala, olhando para frente e soltando um longo suspiro.

 Casar? Eu não quero casar! Os pensamentos de viver presa em um castelo longe de tudo que estou acostumada a viver me apavoram.

— Eu não quero casar, Asnam! 

— Não, é algo que possa escolher, se o rei decidir, estará decidido.

Começo a chorar, sinto meu coração apertar só de me imaginar indo embora daqui, e vivendo em um reino completamente diferente do meu, a minha liberdade presa em um monte de regras e deveres. Meu pai não se importa muito comigo, ele me deixa livre, isso porque sou uma filha que ele não queria.

— Tem que me ajudar, Asnam, não quero casar.

— Infelizmente, dessa vez não terei como ajudá-la.

Seco minhas lágrimas, desço do cavalo. 

— Falei para o rei que a senhorita estava pintando no lago. — Asnam fala.

— Certo!

— Agora se apressa e vá se preparar para apresentar-se.

Entro no castelo quando chego em meu quarto, as empregadas já estavam à minha espera, um lindo vestido verde sobre a minha cama. Elas começam a me despir, sinto um nó se forma em minha garganta, sem reação e conduzida por elas, entro na banheira e, uma de cada lado, começam a me lavar.

Depois, começam a me vestir com aquele monte de roupas que eu odeio!

— Não prendam o meu cabelo!

— Como desejar, senhorita.

Quando terminam, saio do quarto, o Asnam me olha triste.

— Está muito bela! — Ele fala.

— Obrigada, Asnam. — Falo triste.

— Hei, não fica assim, tudo vai ficar bem. — Ele me abraça e solta um longo suspiro.

— Eu queria que tivesse um portal para outro mundo, eu prefiro cair no escuro do universo a ter que me casar com esse tal príncipe Cuskun. — Falo com raiva.

— Eu queria poder ajudá-la, Taya. Mas agora precisamos ir.

Quando Asnam abre a porta, eu me nego entrar, simplesmente travo ali. Asnam me olha e faz sinal para que eu entre no salão, mas eu não consigo, não quero! Quero fugir! 

— Por favor, Taya entre. — Asnam pede.

— Confie em mim, vamos dar um jeito, mas por hora entre nesse salão e aceite a proposta do rei. — Ele fala e então meus pés começam a obedecer meu comando.

Entro no salão, em seu trono real com toda sua soberania, está o meu pai, à direita dele o rei de Alexandrita, e à sua esquerda o cara de bunda do príncipe Cuskun. Eu já odeio ele só pela forma com que ele me olha, me sinto um pedaço de carne na frente de uma fera faminta.

— Esta, aí, a mulher mais linda de todo esse universo, princesa Taya! — Meu pai fala, e eu quero vomitar, literalmente, quero vomitar!

Príncipe Cuskun levanta e vem até a mim, meu pai pigarreia me lembrando que tenho que curvar-me, tá aí uma coisa que eu odeio! Se, no caso aqui, eu fosse outro príncipe, não precisaríamos dessa palhaçada, mas sou mulher e perante esse homem tenho que me curvar.

Eu queria dizer para eles umas boas verdades, esse velho caquético que diz ser o meu pai, e depois para esses dois idiotas, dizer: quero que todos vocês morram! Sei que é horrível desejar isso para o próprio pai, mas se vocês tivessem aqui no meu lugar, desejaria o mesmo e sem nem um pingo de remorso. 

Esse senhor que diz ser meu pai nunca demonstrou carinho, a pobre rainha, minha linda mãe, morreu de tristeza, e eu, se tivesse o lugar dela, também morreria.

Ele nunca me pegou no colo, sempre dizia que eu era algo que deu errado, porque o que ele sempre quis foi um filho homem, que a vida o castigou dando a ele uma filha mulher.

E agora? Ele me trocará por sabe-se lá o quê! Desgraçado! 

— Curve-se! — Ele esbravejar, me assustando.

Com meu coração tomado de raiva, me curvo e vejo então nos lábios do maldito príncipe um sorriso de satisfação. Sem pensar nas consequências, cuspo na cara dele.

— Esta ficando louca! — Meu pai se levanta do seu trono e me dá um tapa no rosto.

— Parece uma égua difícil de se domar. — O nojento príncipe fala limpando o rosto.

— Mas isso não é um problema, você sabe muito bem domar uma égua, meu filho. — O rei de Alexandrita fala. 

— Sim, papai, adoro as coisas difíceis.— Coskun fala.

— Podemos pular a cerimônia e irmos para lua de mel? — Príncipe Cuskun pergunta para o meu pai.

— Como deseja.

— Sou a sua única filha! E nem se quer irá fazer uma cerimônia? Vai me entregar assim? 

— É o que merece por ser tão rebelde. Vá arrumar suas coisas, partirá hoje mesmo com o seu marido. — Um nó se formam na minha garganta, saio daquele salão arrasada.

O Asnam me acompanha até o meu quarto, as criadas arrumam minhas malas, eu choro desesperada, esse não pode ser o meu destino, não posso terminar minha vida sendo esposa de um homem tão nojento! 

Quando tudo está pronto, o Asnam me entrega um anel.

— Era da minha mãe, ela me deu antes de morrer, ela dizia ser encantado, que passou por toda nossa geração, eu não sei se isso é verdade, mas tenho ele como meu amuleto da sorte.

— Então não posso aceitar Asnam.

— Deve aceitar, precisará dele mais do que eu.

— Obrigada, Asnam. — Dou um abraço nele e me despeço.

Durante o caminho para o reino Alexandrita, eu não consigo parar de chorar, penso em várias maneiras de sair dessa situação.

• Matar o príncipe Cuskun e me tornar prisioneira ou até morrer enforcada por isso.

• Tomar um veneno e morrer.

• Fugir sabe-se lá para onde.

— Vai ficar chorando a viagem toda? — O nojento pergunta. Eu nada respondo.

— Pode chorar, mas chorar mesmo vai ser quando eu te pegar de jeito em meus aposentos. 

Ele foi longe demais, prefiro morrer do que me submeter a esse traste.

Quero sumir daqui, quero sumir daqui. Começo a repetir sem parar, as minhas lágrimas jorram como uma cachoeira, agarro o anel que Asnam me deu. Enquanto isso, fecho os olhos e começo a rezar, súplica pelos deuses, minha mãe e por qualquer coisa que possa tirar dessa situação.

— Pare com isso! — Ouço longe a voz do idiota e, de repente, uma luz muito forte sai daquele anel como um clarão toma conta da carruagem.

Entrevista

Istambul, Istinye Park, Turquia...

— Senhor Osman, a Melisa Dongel o espera para a entrevista.— Aylin minha secretária, me avisa.

Se tem uma coisa que eu gosto é da minha privacidade, só aceitei dar essa entrevista porque a Esra, minha relações-públicas, disse que seria importante para a imagem da minha empresa.

Sempre evitei as câmeras e mesmo assim esse pessoal da TV e revistas não me deixam em paz. Essa vai ser a primeira vez que falo para uma emissora, e como as perguntas eram apenas sobre os meus negócios, não vi problema em conceder para eles essa entrevista.

Entro na sala e lá está ela, a senhorita insistente Melisa Dongel, é uma bela mulher solteira e adora uma farra, e o jeito que ela me olha dá para saber que é mais uma que adoraria ter uma noite de sexo comigo. Se ela não fosse uma jornalista, quem sabe eu a deixaria sem nem poder se sentar no outro dia.

— Boa tarde, senhor Osman Osberk, é uma honra para mim poder entrevistá-lo.— Olho para a mão dela estendida.

— Boa tarde, senhorita Melisa, não fez seu dever de casa direito, se não saberia que eu não pego na mão de ninguém se não estiver devidamente higienizada. Isso na sua frente é álcool.— Falo apontando para o álcool na mesa de centro.

— Perdão, senhor Osman, já higienizei minhas mãos, fiz meu dever de casa direitinho. — Ela fala.

— Eu não vi, então faça de novo.— Falo serio.

Ela, um tanto sem graça, passa o álcool novamente em suas mãos, e dessa vez eu estendo a mão para um cumprimento.

Após nos acomodarmos, ela dá início à entrevista.

— Senhor Osman, quando tudo começou? 

— Meu pai morreu de tuberculose, deixando para minha pobre mãe uma dívida altíssima que ela não conseguiu pagar. Então, perdemos nossa casa e passamos a morar de aluguel, fomos despejados várias vezes, minha mãe chorava. Teve uma noite que dormimos no banheiro de uma rodoviária, até que um dia minha mãe conseguiu um emprego de babá e a sua patroa muito generosa permitiu que eu também ficasse na casa, eu sempre dizia para minha mãe: eu vou crescer e lhe dá uma mansão, você terá sua casa e ninguém mais vai te jogar para fora. Sempre me encantei por construções e os detalhes de decoração das casas e prédios na verdade isso começou depois que perdemos a nossa casa, quando passávamos em frente a um edifício falava para minha mãe: quando crescer, quero construir um prédio assim. E ela dizia: Tem que estudar e se formar na área para construir um prédio assim, ser um engenheiro civil, arquiteto. Tudo começou nesse exato momento, e acho que o fato de ficarmos sem nossa casa também influenciou na minha formação.

— Quem vê o senhor assim hoje não imagina que passou tantas dificuldades. Quando foi a virada de chave? O senhor se tornou um dos homens mais poderosos de Istambul.

— Trabalhei muito para isso, comecei a faculdade com dezoito anos, quando ganhei uma bolsa de estudos, com meus vinte e três me formei em engenharia civil. Comecei trabalhando na empresa de um dos meus professores da faculdade, foi quando trabalhei no projeto que ajudou a mudar a minha vida, nunca havia recebido tanto dinheiro, comprei a casa para minha mãe. Ainda estava trabalhando na mesma empresa quando voltei para faculdade, dessa vez para estudar arquitetura, fui ficando conhecido e aos meus trinta anos abrir minha empresa de arquitetura, Arte Osberk que tinha apenas dois funcionários, eu e meu amigo Burak, e com um ano já tínhamos quinze funcionário, no terceiro ano conseguimos fazer um projeto incrível e foi a minha virada de chave.

— A sua empresa completará sete anos, como estão os preparativos da festa? 

— Isso eu também quero saber, até agora não me passaram os relatórios, RH terá trabalho essa semana.— Falo e ela ri.

— Para terminar essa entrevista, sei que essa pergunta não estava na lista, mas a minha chefe adicionou ela de última hora. O senhor é o solteiro mais cobiçado de Istambul, nunca foi visto com uma mulher, por que não tem uma namorada? 

Essa pergunta me irrita profundamente, não gosto de improvisos, não gosto que invada minha privacidade.

— Senhorita Melisa Dongel, diga à sua chefe que a minha vida pessoal só diz respeito a mim, essa entrevista acaba aqui.— Falo, laçando um olhar frio e me levanto, retirando-me da sala.

— Senhor Osman, vamos finalizar a entrevista, corta, corta a gravação! — Melisa grita para os cinegrafistas.

Ela segura em meu braço, mais uma coisa que me irrita.

— Tire as suas mãos cheias de germes de cima de mim, senhorita Dongel.— Falo friamente.

— Perdão, senhor Osman, mas por favor, termine a entrevista.

— Não, já decidir.

Após sair daquela chata entrevista, entrei em meu escritório e me servi de uma dose de uísque.

Fui para uma reunião e seguir com Burak para um bar aonde sempre vamos para relaxar na sexta-feira a noite.

— A Ayla disse que a tal jornalista saiu chorando, o que fez? Você precisa ser mais amigável, meu irmão.— Ele fala irônico.

— Sabe que gosto da minha privacidade, você é o único que tem acesso a tudo na minha vida. 

— O único que atura esse seu humor amargo.— Ele fala fazendo graça. 

— Você é um idiota! — Falo socando o braço dele.

— E você é um otário! 

Ficamos ali por um tempo, e entre doses de uísque percebo que estou bêbado o suficiente para chegar na minha casa e apagar.

— Eu amo você, Burak, é um irmão que eu nunca tive.

— Começou a se declarar, com certeza está bêbado.— Ele fala. 

— Sim, seu filho da mãe.— Falo.

— Vou te ajudar a chegar até o seu carro.— Ele fala.

Chegamos no meu carro Hilal, meu motorista ajuda o Burak a me colocar no banco traseiro do carro.

— Se cuida, irmão. E Hilal fala para Zeynep caprichar no café amargo amanhã.— Burack da instrução para o Hilal.

— Eu estou consciente, seu idiota!— Falo.

Hilal entra no carro e dá partida. Quando chegamos, Zeki o meu segurança, ajuda a abrir a porta do carro e me leva até o meu quarto. Eles já sabem que toda sexta à noite eu chego assim em casa.

— Obrigada, Zeki.

— Boa noite, patrão.

Deito na minha deliciosa e confortável cama, amo essa minha vida, não ter ninguém para encher a minha paciência é a melhor parte, eu nunca vou casar, quero viver assim, sexo sem compromisso, voltar para casa a hora que eu quiser e sem ter que dar satisfação da minha vida. 

Acordo com o barulho do meu alarme, com dificuldade abro os olhos, eu acho que continuo bêbado e alucinado, porque parece que tem uma princesa da Disney dormindo na minha cama. Esfrego os olhos, me beliscando para garantir que estou acordado. 

Osman Osberk

— Aí, meu Deus!— Exclamo, tocando nela, é verdade! Tem uma jovem fantasiada de princesa na minha cama! 

Isso só pode ser uma brincadeira de mal gosto do Burak, eu vou matá-lo! 

— Jovenzinha, pode abrir os olhos!— bato no ombro dela. 

Ela solta o longo suspiro e empurra minha mão ainda de olhos fechados.

— Me deixa dormir, Asnam...— ela resmunga baixo.

É uma ótima atriz, pego o copo com água, mesinha e jogo na cara dela.

— Chega dessa palhaçada!— Esbravejo e então ela abre os olhos.

E em seguida, grita feito uma louca.

Um reino diferente

Taya...

Eu estava para morrer de pavor, nunca fui acordada dessa maneira, onde estou? Quem é esse maluco gritando comigo? E cadê as roupas dele? Tampo meus olhos imediatamente e me viro para não vê-lo. Está praticamente pelado, vestido um pedaço de pano pequeno colocado no corpo dele.

— Escuta aqui, minha filha! Eu não sei quem é você e nem quanto recebeu do Burak para fazer essa brincadeira sem graça comigo, então acho melhor você sumir da minha frente!— Ele fala.

— Dá para parar de gritar!  Escuta aqui, você! Como ousas falar comigo dessa maneira? E vai vestir uma roupa!— Falo ainda de costas para ele.

Ele riu como um louco e, de repente, sinto sua mão em meu braço me virando. Seus olhos encaram os meus, seu olhar traz um estranho arrepio até o final da minha coluna.

— Quem é você? O que faz na minha casa?— Ele pergunta.

— Sou a princesa Taya, do reino de Sardônia.

— Só pode ter problemas mentais, com certeza você tem! Ninguém em sã consciência se atreveria a tanto. Vou te dar mais uma chance, quem é você, o que faz aqui na minha casa? — Ele pergunta.

— Sou Taya, do reino de Sardônia. — Falo já sem nenhuma paciência. 

— Vai continuar com esse joguinho, né? Tudo bem. 

Ele estava falando quando uma coisa pequena, retangular e preta começou a fazer barulho, tipo um instrumento tocando; nunca havia visto aquilo.

— Só um minuto.— Ele fala apontando o dedo para mim, pega aquela coisa pequena e coloca no ouvido e começa a falar com aquilo. Depois, eu é que sou a louca.

— Você tem a cara de pau de ainda ligar para saber se a sua brincadeira deu certo, né? Isso não teve graça, Burak.— Ele fala com aquele negócio.

— Não sabe do que estou falando? Eu sei que você está por trás disso, dessa vez você foi longe demais.— Ele esbraveja.

— Venha para minha casa agora mesmo, Baruk!— Ele grita e joga aquele negócio em cima dessa cama muito esquisita.

Depois se vira para mim.

— E você não vai sair daqui até que esclarecemos tudo!— Ele fala apontando o dedo para minha cara, isso me irrita tanto que eu pego o dedo dele e falto quebrá-lo.

— Ai, sua maluca!— Ele fala puxando o dedo.

— Nunca mais aponte esse dedo para mim!— Falo firme com ele. 

— Você é muito atrevida, vou processar-lhe. 

Ele fala umas coisas que eu nunca ouvi na vida. 

Processar? 

Ele sai do ambiente em que estamos e bate a porta, depois escuto um barulho, corro para tentar abrir a porta e então percebo que ele me trancou.

Minha barriga faz um barulho absurdo, estou faminta, com sede e com a bexiga para estourar. Preciso fazer xixi! 

Procuro embaixo dessa cama e não acho o penico.  Onde esse maluco faz as necessidades? 

Começo a bater na porta e a gritar.

— Abra essa porta! Não pode me trancar aqui!

Esse anel do Asnam trouxe-me para um reino completamente desconhecido. Olhando para a parte boa, é que me livrei do cara de bunda do príncipe Cuskun.

— Me tira daqui!

Então ouço passos vindo. A porta se abre e é o maluco com outro homem, que se vesti muito esquisito. Que lugar esse? Por que essas pessoas são tão estranhas?

— Irmão, essa princesa é muito linda. Prazer, eu sou o Burak. — Ele se aproxima, pega em minha mão e beija meu rosto.

Que atrevimento! Eu lhe acerto um tapa no rosto.

— Como ousas? Me respeite, não sou sua esposa para que me trate com intimidade.— Falo e ele olha para mim massageando o rosto.

— Mão pesada heim princesa...— Ele fala.

— Tem certeza de que não foi você que pagou para ela fazer toda essa encenação? — O maluco pergunta para o atrevido.

— Não, irmão, nunca nem vi essa moça.

— Se ele não pagou você, quem foi?— Ele se volta para mim.

— Eu não sei como vim parar aqui, só sei que meu pai havia me obrigado a casar com o príncipe Cuskun de Alexandrita, a última lembrança que tenho é de estar na carruagem com aquele nojento, foi então que comecei a desejar que meu destino fosse mudado, e então fui acordada de forma desrespeitosa por você.— Falo.

— Irmão, essa mulher deve estar chapada ou é bem doida.— O tal Burak fala.

— Não sou doida, e essa outra coisa que você falou também não sou!

— Já sei como descobrir como você entrou aqui. Venha comigo! — Fala o idiota que até agora não vestiu uma roupa. Me pega pela mão e sai me arrastando. Puxo minha mão bruscamente.

— Eu não vou a lugar nenhum, mais um passo e eu vou fazer xixi na roupa.— Falo. 

— Tudo bem, pode usar o banheiro. Fica ali.

— Banheiro? 

— Sim, minha filha, banheiro.

— Eu não sei o que é um banheiro.

— Ai, meu Deus! Quer me enlouquecer? Pode parar de fingir. O banheiro fica ali.— Ele fala, apontando para a porta. 

Vou até esse banheiro e quando entro é um lugar com um espelho, um negócio que parece o mesmo material dos penicos de sardônica. Será esse o penico dele? 

Volto para o quarto para perguntar.

— Aquele negócio pregado no chão branco é o penico?

Os dois idiotas se entreolham e começam a rir.

— O que tem de engraçado? — Pergunto.

— Por favor, Burak apresenta o banheiro para essa maluca.

Não querendo mais discutir e por estar quase fazendo xixi na roupa, eu ignoro o fato dele ter me chamado de maluca.

— Então, princesa, vou-lhe apresentar o banheiro, esse lugar aqui é onde fazemos toda nossa higiene e necessidades fisiológicas. Traduzindo: aqui tomamos banho, e esse negócio aqui é o sanitário onde você faz xixi e caga.— Ele fala de um jeito engraçado, então acabo sorrindo.

— Você fica ainda mais bela quando sorri.— Ele fala e então meu sorriso some e dou lugar a um semblante sério.

— Elogiei demais.— Ele diz. 

— Agora que sei, pode dar-me licença? 

— Toda.  Só mais um detalhe, esse botão aqui dá a descarga, assim que termina aperte. E aqui você lava as mãos.— Ele fala e sai, me deixando sozinha.

Já no desespero, levanto toda minha roupa e sento naquele negócio, que é bastante confortável, parece que estou mijando toda água de Sardônia.

Após terminar, apertei onde ele falou, e caramba! Aquilo é como mágica! Se o Asnam visse isso aqui, ia ficar tão surpreso quanto eu. 

Isso aqui eu sei para o que serve, a diferença é que não tem uma criada segurando, é a toalha que limpamos a nossa região íntima após fazer as necessidades. Limpo-me, lavo as mãos e não sei como a água sai quente, esse reino está bem mais evoluído!

Volto para o quarto e então, sem dizer nada, ele. Apenas faz sinal para que o siga e assim faço.

Fico observando tudo. É muito diferente, não tem ouro e nem pedras preciosas, não tem molduras como é no castelo, as paredes são cinzas como as nuvens em dias de chuva, tem quandros rabiscados nas cores branco e preto. Esse castelo parece muito triste e sombrio.

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