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Apaixonada Pelo Meu Inimigo

Capítulo 1

Xavier Smith tem 24 anos, ela é filha de um dos homens mais ricos do país e casou-se ainda jovem com o Murilo Vlasco, mas não foi por amor e sim, como um ato de proteção. Com o passar do tempo, ela descobriu que possuía um sentimento além da conta pelo seu marido, mas sempre soube que este amor seria impossível de viver, já que o mesmo ama outra mulher e tem planos de se casar com ela futuramente.

Murilo Vlasco tem 26 anos. Ele é filho adotivo de Carlota Bragança. Ele sempre teve um carinho muito grande pelo seu irmão adotivo, o Eduardo Bragança. Quando ele soube da morte do seu único e melhor amigo, o mesmo jurou vingança e deixou claro que acabaria com a vida da mulher que matou o seu irmão. Ele juntou-se a Carlota com as seguintes intenções: matar a Xavier e depois vingar a morte dos seus pais de sangue, tais que foram mortos brutalmente por ninguém mais e ninguém menos, que Carlota Bragança.

Débora Nolan tem 25 anos, é modelo e filha de um casal de empresários famosos do país. Ela namora a 6 anos com o Murilo, se noivou quando tinha 22 anos, mas os seus planos de se casar com o seu grande amor não ocorreu como planejado. Murilo deixou claro que após o tempo do contrato acabar, eles se casariam, mas ele não contava com os planos do futuro para eles...

Edgar Smith tem 48 anos, viúvo há 20 anos e sempre deu o seu máximo para cuidar da sua amada filha. Nunca deixou faltar nada em casa, foi um pai e mãe para a sua filha e a mesma tem orgulho do pai que tem.

MANSÃO XAVIER

— Se o senhor veio aqui novamente para discutir sobre o motivo da sua filha estar dormindo em outro quarto, sinto muito, mas eu não irei mudar de ideia! — Murilo se apressa em dizer, assim que seu sogro adentra na sala.

— Meu genro, eu sei que o casamento é falso, mas ambos tem que demonstrar que estão juntos e apaixonados! — Edgar incita persuasivo.

— Eu nunca irei amar aquela coisa, eu já disse, senhor Edgar. Eu nunca, nunca irei amá-la ou demonstrar que a amo! — diz firmemente.

Edgar suspira e logo percebe a presença da sua filha. Xavier estava vermelha, já que ela não queria ouvir aquilo vindo da boca do seu marido. Ela sabe o quanto errou mas pensou que ele poderia perdoá-la com o passar do tempo, e ouvindo agora o que ele acabou de afirmar com tanta convicção, a tirou qualquer esperança.

— Filha? O que faz aqui?

Xavier se aproximou do seu pai, e lhe entregou um envelope.

— Um senhor de meia idade estava aqui mais cedo. Eu não sabia pai, que o senhor estava acompanhado... peço perdão pelo incômodo! — ela diz cabisbaixa. — Tome papai, ele mandou eu lhe entregar isso. — entrega-lhe um envelope.

Xavier sai do cômodo sem olhar para o Murilo. Ela estava magoada e fingir que nada viu ou ouviu era uma missão impossível. Após a sua saída rápida, o Murilo se pronunciou:

— Eu conheço esse selo. Ele é dos Braganças, estou certo disso. — ele diz ao se aproximar e ver melhor a carta com um selo dourado.

— Ela não vai sossegar, ela quer a cabeça da Xavier!

Edgar fala exasperado.

— A sua filha matou o filho dela, o que o senhor achou que ela iria fazer? 

Pergunta Murilo com a voz carregada de ironia.

— Ele mereceu. Ele abusou da Xavier quando ela era apenas uma criança! A minha filha sofre com isso até hoje!

Edgar aumenta o tom de voz. Ainda não estava acreditando que o seu genro não tinha sequer compaixão.

— Ele era um conhecido meu. Ele deixou claro que foi a Xavier que o seduziu — insiste.

Edgar se enfurece, ele joga a carta na mesa já com algumas partes lidas e grita com o Murilo com a voz incrédula.

— ELA TINHA APENAS 12 ANOS, 12 ANOS MURILO!

— Para ser puta, não precisa de idade — Murilo diz com naturalidade. Ele não se abalou nenhum pouco com o pequeno surto do sogro.

Ele saiu da sala calmo, e Edgar começou a derrubar várias coisas. Lágrimas começaram a rolar em seu rosto com as lembranças da sua pequena nos seus braços.

Quando a Xavier foi estuprada, ele foi o primeiro a encontrá-la no mato. A pobre garotinha estava toda suja e com marcas por todo o corpo, tirando o sangramento junto com sêmen que insistia em sair por entre as suas pernas.

●●●

Xavier estava na estufa, ela costumava ir lá quando estava triste. Lá era o segundo lugar que a deixava calma, livre de qualquer coisa que estivesse a atormentando. Murilo a observava com nojo do andar de cima. Vê-lá fingir que gostava de cuidar das coisas era repugnante.

Ele tinha todos os motivos para odiá-la, mas o que ela fez não foi proposital. Ela só queria salvar a sua vida. Na noite em que ela sofreu o abuso, ela matou o irmão do Murilo com uma faca. Xavier agiu em legítima defesa, e não pensou que aquele golpe seria fatal, já que o golpe foi na sua barriga e não no peito.

Na época que o Eduardo morreu, Murilo tinha apenas quinze anos, e ele só tinha o seu irmão para conversar e desabafar das coisas que aconteciam no dia a dia, já que a sua mãe nunca se importou com ele, nem sequer o procurava.

Quando o Eduardo morreu ele perdeu o chão, ele não via uma vida sem o Eduardo e desde então ele vive com a fé na sua vingança. Murilo sonha no momento em que ele irá tirar a vida da mulher que matou o seu irmão.

Após horas molhando e podando algumas rosas e plantas silvestres, Xavier adentrou na enorme mansão e arregalou os olhos ao ver a mulher loira e bem vestida sentada no seu sofá.

Ela estava ao lado do Murilo e ambos estavam envolvidos de um jeito um tanto quanto íntimo demais. Uma mão do Murilo estava na nuca da mulher e a outra por dentro da saia dela, provavelmente tocando-a intimamente. Xavier não se importa com quem ele transa ou deixa de transar, ela apenas não suporta aquele tipo de situação dentro da sua casa!

— Quantas vezes eu já deixei claro pra você? Eu já avisei mil vezes para não trazer essa mulher para cá Murilo! — Xavier exclama atraindo a atenção do seu marido e da mulher que a olha surpresa.

— Essa mulher é a minha noiva, e eu a trago aqui a hora que eu quiser! — ele diz com rispidez.

— Acho que vai ficar lindo, quando sair nas manchetes que o homem mais rico e respeitado da empresa Foxconn, foi pego traindo a esposa enquanto a mantém em cárcere privado em casa — debocha.

Murilo ficou enfurecido. Ele sentia vontade de matar a Xavier ali mesmo, mas se conteve, e mandou sua noiva ir para o hotel, pois  ele sairia de casa assim que trocasse de roupa.

Ele olhou a Xavier pela última vez antes de subir as escadas, porém antes de ele chegar no topo, Xavier gritou com sarcasmo o fazendo parar abruptamente.

— Espero que não haja uma próxima vez, pois se houver... eu não serei bondosa com vocês dois. E todos irão saber quem é o verdadeiro Murilo Vlasco!

Com um sorriso vitorioso nos lábios por ter confrontado o marido,  Xavier foi até a cozinha, onde encontrou as cozinheiras arrumando a mesa para o jantar.

— Colocam apenas seis pratos, o Murilo não vai jantar em casa hoje — anuncia tranquila.

— Senhora, acha certo colocar a gente para jantar com a senhora novamente? — Lucca pergunta receoso.

— Por favor, eu preciso de alegria nessa casa e vocês fazem parte da minha família agora — sorri meiga enquanto lança um olhar  carinhoso para Lucca.

— Obrigada senhora, é muito bom saber que a senhora nos tem como parte da sua família — Lucca agradece comovido.

— Para vocês é apenas Xavier! — repreende-os. — Agora vamos, eu irei tomar um banho e volto já para ajudá-los.

Xavier subiu as escadas correndo, ao passar pelo corredor ela parou na frente da porta do Murilo. O cheiro do perfume dele era impregnante, e ela queria sentir um pouco mais daquele cheiro doce e amadeirado que era quente e intenso, como sândalo, mas isso era a última coisa que ela faria.

Após mais alguns minutos ali parada ela começou a ouvir os passos dele se aproximando da porta, e ela rapidamente começou a andar e entrou no seu quarto.

Saber que ele estava produzido para estar nos braços de outra mulher era frustrante. Ela estava chateada e com isso começou a se despir e seguiu para o banheiro, e após um banho longo e nada agradável, ela seguiu para o quarto e pegou um vestido branco soltinho no closet para vestir.

— A Xavier é tão bela, acho que agora eu sei o motivo de todos a amarem. Claro, que além de bela ela tem um coração bondoso! — Mailica incita com um tom adorável.

— Não diga isso, a beleza não importa... — Lucca começa dizendo, mas é interrompido.

— Sim, ela importa. Hoje em dia, infelizmente todos só sabem apreciar a beleza física ao invés da beleza interior. — Xavier diz pensativa.

— A senhora... que dizer... Xavier, você brigou com o chefe? — Fernanda pergunta com curiosidade.

Xavier ficou calada. Ela não queria enganá-los, mas o que ela podia fazer?

— Sim, tivemos uma pequena discussão — Murmura.

— Xavier, aquela prima dele, não gosta de você né? — indaga Luís  fazendo careta ao citar a prima de Murilo.

Luís era o cozinheiro chefe, ele era bem alegre e às vezes sério, dependendo da situação. Débora não é prima de Murilo, ele só disse isso para evitar falatórios maldosos e desnecessários sobre eles.

— Não, ela nunca gostou de mim — confirma chateada.

Xavier tinha em mente que ela o odeia por causa do casamento falso dela com Murilo. Já que Débora era a noiva dele e o noivado deles acabou por conta dela.

Após um jantar calmo e delicioso, Xavier resolveu se juntar com o pessoal para curtir, já que eles planejavam passar a noite curtindo em uma boate.

Hoje era um dia para se distrair. Afinal, depois da tempestade, enfim viria a calmaria, e Xavier queria relaxar depois do que viu mais cedo, porque por mais que o Murilo não sinta nada por ela, ver ele com outra na sua própria casa não a agradou nenhum um pouco.

Capítulo 2

Autor a narrar

Lucca Gued tem 28 anos, perdeu os pais quando tinha 15 anos e desde então vive pela paixão culinária. Lucca nunca namorou, o mesmo sempre se importou mais com o trabalho, se importou tanto que esqueceu de namorar ou de encontrar um grande amor. Ele trabalha a 6 anos para o Murilo, e o mesmo nunca reclamou dos seus serviços, muito pelo contrário, Murilo adora o jeito de governar do Lucca na cozinha.

Mailica Torres tem 30 anos. Já teve um noivo, mas devido a uma traição por parte dele, ela deu um basta no relacionamento e desde então divide o aluguel com Fernanda, a sua companheira na cozinha e amiga. Mailica tem passado por momentos difíceis após a volta do seu ex, pois o mesmo insiste em dizer que ela pertence a ele e ninguém além dele pode ter posse do seu corpo.

Luís Augne tem 35 anos, ele já foi casado mas perdeu a esposa num acidente de moto a alguns anos atrás. Luís ama a sua profissão como jardineiro, ele coloca amor e dedicação em tudo que faz e nunca desapontou os seus chefes. Luís tem uma paixão secreta pela Mailica, mas o mesmo nunca deixou transparecer os seus sentimentos por ela.

Fernanda Lima tem 25 anos, não tem um namorado, mas tem um ficante fixo, tal esse que é o seu melhor amigo de infância. Fernanda foi abandonada pela mãe quando tinha 16 anos de idade, ela foi adotada por um casal de idosos e agora tudo o que ela mais quer é poder criar uma família com alguém que a faça feliz.

NA BOATE

Já fazia quase meia hora que Xavier e os seus amigos chegaram na boate. O local estava lotado, e várias músicas haviam sido tocadas. Estava um clima bom e harmonioso no local, deixando Xavier livre dos seus pensamentos, tais que estavam em ninguém mais e ninguém menos, que no Murilo.

— Aceita? — Lucca pergunta a Xavier enquanto lhe oferecia um copo com bebida.

— Sim, muito obrigada — ela agradeceu pegando o copo, logo em seguida toma um longo gole que desce rasgando a sua garganta.

— Espero que o senhor Murilo não brigue conosco, caso a senhora chegue tarde demais em casa — Luís diz temeroso.

— Ele não irá. Aliás... foi bom que vocês dois tenham vindo, assim nos divertimos todos juntos! — diz, e toma mais um gole da sua bebida.

— Vamos dançar mulher! — Diz Mailica e sai puxando a Xavier para o meio da multidão mais a Fernanda.

Após muitas horas dançando e bebendo praticamente todas, Xavier agora se encontrava num canto escuro no fundo do bar com um homem moreno, alto e muito lindo.

Ele beijava-a com vontade enquanto explorava o seu corpo com as suas grandes mãos ágeis que descia pela cintura e agarrava a sua b#nda com força. Xavier não estava muito no clima, mas até que ele beijava bem e tinha uma pegada maravilhosa. Após um tempo, ela saiu e foi para a pista de dança e logo os seus amigos a chamaram para ir embora.

— Xavier, tem certeza que não quer que a gente lhe acompanhe? — Lucca perguntou mais uma vez, o tom preocupado era iminente no seu tom de voz.

— Claro que eu tenho, fique despreocupado e sigam o caminho de vocês — ela tranquiliza-o com um meio sorriso agradecido pela preocupação.

— Vamos ficar, já que o patrão tá vindo aí na sua direção... — Lucca diz a arregalar os olhos, ainda não acreditando que Murilo realmente estava ali, e tinha um olhar assassino enquanto caminhava a passos comedidos

— Você disse...o qu..? — Xavier tenta questionar, mas é interrompida, e quando se vira para olhar o dono da voz que ela conhecia bem, captura-o com um sorriso falso nos lábios.

— Minha flor, está fazendo o que aqui? — pergunta com falsa simpatia. Sua voz estava tão arrastada que saia quase como um rosnado.

— Murilo... o que faz... que dizer... amor o que faz aqui? — ela sorri sem graça depois de tropeçar nas palavras.

Murilo abre um sorriso falso e a abraça por trás enquanto observa os seus funcionários indo embora.

— Que droga você faz aqui em? Esqueceu que a sua cabeça está a prêmio garota? — vocifera só pra ela ouvir enquanto observa as pessoas ao redor. — E que roupa é essa? — questiona a analisando de cima a baixo.

— Não lhe interessa! — berra. — A vida é minha e o corpo também, então eu faço o que bem entender com ele, e a roupa que eu visto, também não lhe diz respeito!

Murilo revira os olhos e quando desce o seu olhar para o pescoço dela, o mesmo bufou irritado e a puxou pelo braço, a levando até um beco escuro encurralando-a na parede gélida.

— Você é burra ou o que Xavier? — pergunta eufórico, a raiva o consumindo por inteiro. As artérias se contraindo.

— Dá para me soltar? — Xavier indaga com indignação.

Murilo bufa, ele leva as suas mãos até o pescoço dela e antes mesmo de começar a enforcar-la, ele se afastou e mudou de assunto.

— Você tá cheia de chupões, como você acha que vai ficar se alguma foto sua com chupões no pescoço vazar?

— Eu sou casada, não é? Então você será o culpado!

Falou sendo óbvia.

— Não Xavier, pois você estava aqui sozinha e deu para o primeiro que apareceu!

— Eu não dei, eu apenas flertei e nada a mais! — esclarece, a voz arrastada por conta da embriaguez.

— Vadia... — murmura entre dentes sentindo um enorme repúdio pela confissão dela.

— Ahn?

— Toma e esconda esses malditos chupões!

Disse ele, jogando o casaco dele, nela sem nenhum cuidado.

— Eu não irei esconder nada, você nunca escondeu os seus e porquê eu deveria?

— Olhe bem para o meu pescoço Xavier, você está vendo alguma marca estranha nele!? — exclamou apontando para o próprio pescoço.

Xavier encara o pescoço dele com os olhos apertados por um breve momento, e ao ver que não havia nada nele, ela rapidamente o puxou pela nuca e chupou o pescoço lentamente, causando um frio na barriga dele.

— Pronto, agora tem! — ela diz e o encara com um sorriso cínico nos lábios, e logo depois o empurra e sai quase que correndo do beco.

Ela ainda não acredita que teve mesmo coragem de chupar o pescoço do Murilo. O pescoço que aquela mulher provavelmente lambeu e beijou…

Capítulo 3

...Autor a narrar...

Ao chegar em casa, Xavier correu para o seu quarto. Sacudiu a cabeça em negação enquanto lembrava da besteira que tinha cometido com o Murilo. Ela entrou no closet, tirou as suas vestes e colocou no vaso de roupas sujas. Escolheu uma roupa de dormir, pegou alguns cremes que ela usava antes de dormir e seguiu para o banheiro. Ligou a torneira da banheira e esperou ela encher, pegou alguns sais minerais com cheiro e colocou na água, depois o sabão e foi prender o cabelo.

Ela tirou a maquiagem do rosto, passou um creme e deixou agir por alguns minutos. Depois lavou o rosto com água e sabão, o enxugou e passou o óleo que ela sempre usava antes de dormir. Após isso, ela tirou o roupão do corpo, desligou a torneira e entrou na banheira. A alguns minutos atrás, ela estava embriagada, mas agora está mais sóbria e consegue raciocinar com perfeição.

Chupar o pescoço do Murilo sem a permissão dele não foi agradável para ela que é uma moça que nunca gostou de fazer algo sem a permissão do próximo. Após o banho, ela se arrumou e deitou-se na cama, suspirou enquanto colocava as mãos nos lábios e sorriu ao fechar os olhos para dormir.

No dia seguinte, ela estava na estufa plantando algumas flores que lhe foi dada por um amigo. Lucca, estava molhando as plantas e quando olhou para a Xavier, ela estava suja de terra e ele rapidamente disse.

— Pode deixar que eu cuido disso Xavier, as suas vestes estão sujas!

— Não se preocupe, eu faço questão de cuidar da minha estufa...

— Certo Xavier. Irei buscar um pano, água e sabão para você se limpar.

Lucca saiu antes dela falar algo, ela sorriu e pensou no quanto era sortuda por ter empregados e amigos tão atenciosos. Xavier limpou o suor da sua testa com a bainha do seu vestido, ela suspirou e ao olhar para as belas flores plantadas, ela sorriu mas logo o seu sorriso sumiu quando ela sentiu ser mordida por um animal.

O grito dela ecoou por todo o local e em menos de segundos todos já estavam ali na estufa. Quando o Murilo chegou, ela já estava desmaiada e uma cobra coral muito venenosa, estava prestes a atacar Xavier novamente. Murilo pegou um vaso e com rapidez prendeu o animal ali. Ele mandou o Lucca cuidar da cobra, pegou Xavier no colo e correu para o carro.

Murilo sabia que aquela cobra havia sido colocada ali de propósito, já que não é comum ter cobra coral nesta região. E a única pessoa capaz de fazer tal loucura, só pode ser a sua mãe, já que a mesma está impaciente com ele.

No hospital, ele deixou Xavier sobre os cuidados dos médicos, fez a ficha dela e ligou para o seu sogro. Depois ele saiu e foi direto para a empresa da sua mãe. Ele queria tirar aquela história a limpo. Ao chegar na empresa, ele foi direto para a sala da CEO e já entrou na sala gritando por seu nome.

A mulher parecia estar esperando por ele, pois a mesma estava com uma caixa, supostamente a caixa onde a cobra foi transportada.

— Eu sabia que tinha dedo seu no meio disso tudo! — Afirma com convicção.

— E porquê veio aqui? Se já sabia que a mandante era eu?!— Diz a sorrir.

— Não cansa de fazer merda? Eu deixei claro que a morte dela não poderia acontecer agora! Eu preciso da assinatura dela, para poder tomar tudo dela e da família! — Diz furioso.

— Estou farta de esperar Murilo. Você está demorando demais e eu quero a cabeça dela para ontem, entendeu?! — Esbraveja.

Murilo socou a mesa a sua frente, encarou ela com fúria e disse, antes de sair do local a todo vapor.

— Ela morre quando eu quiser. Não tome mais decisões precipitadas, sua dissimulada!

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