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Minha Redenção

Marisa

Nunca mais deixe de me servir no momento que eu desejar, eu mato você, te alimento é o mínimo que você pode fazer, sua vadia- eram as palavras que meu pai dizia, isso enquanto os pratos estavam quebrados no chão, ele jogou a comida em mim, isso tudo porque avisei que antes de colocar sua comida iria ao banheiro, minha mãe morreu quando nasci e isso trouxe muita raiva sobre a minha vida, eu nunca entendi ao certo porque, não é minha culpa, eu não pedi para nascer, depois de muito me bater ele sempre sai para beber, dessa vez vi que meu rosto estava todo inchado, é irreal acreditar que alguém faz isso, eu mesmo não acreditaria se não vivesse isso, tenho duas amigas, Samira e Luna, elas são minha paz, nos encontrávamos em momentos noturnos, mas Samira começou a trabalhar, Luna a qual é a única menor de idade tem o melhor dos pais, nós fizemos um pacto:

" Juraremos que a primeira que conseguir escapar desse lugar vai ajudar as outras duas, não poderemos nos afastar nunca"

Concordo- falou Luna.

Eu também, vamos alugar um apartamento no centro e ser feliz- falou Sami.

Nesse dia voltei para casa e meu pai estava acordado, seus amigos ainda na sala jogando cartas, droga se ele tiver me procurado vou acabar apanhando, entrei em casa lentamente e sua voz me chamou, pelo enrolar da língua percebi que ele estava bêbado, eu não tinha o que fazer, então me aproximei e o respondi:

Sim pai- falei.

Não me chama de pai sua maldita, pega uma cerveja para mim e para meus amigos- ele falou e assim fiz, não adiantava brigar e reclamar então só fiz isso.

Peguei a cerveja para eles e deixei na mesa, a casa estava uma verdadeira zona, tanta sujeira e desorganização que eu teria trabalho para mais dias, virei as costas para sair e um dos amigos do meu pai me deu um tapa na bunda, todos eles começaram a rir e me virei indignada, poderiam fazer a bagunça que fosse, mas não me tocariam, dei-lhe um tapa na cara e ele levantou furioso, me acertou um soco e cai no chão, eu esperei uma atitude do meu pai, mas ele não fez nada, o cara me ergueu pelos cabelos e falou:

Você é só uma vadia, não ouse erguer a mão para mim, José darei uma lição nela- ele falou ainda olhando em meus olhos e meu pai continuava bebendo sem se importar, o infeliz me arrastou até o meu quarto e me bateu, fiquei aliviada que ele não me tocou, eu morreria se isso acontecesse.

Quando meu sofrimento vai ter fim, se eu ir para rua vou morrer, se ficar aqui vou morrer, porque eu vivo essa situação meu Deus- falei deitada na minha cama sem conseguir levantar, acabei dormindo e quando acordei vi uma movimentação no quarto, meu pai estava ali.

Pai? O que quer?- falei amedrontada.

Já te disse para não me chamar de pai- ele falou se aproximando e me deu outro tapa, mas o pior viria a seguir, meu pai subiu em cima de mim e rasgou a minha roupa, meu desespero foi tão grande que vomitei na hora.

Pai me solta, não faz isso- chorei desesperada, mas foi em vão, meu pai fez a maior crueldade que podia, fiquei largada na cama chorando, vomitada, eu lutei, juro que lutei, mas não consegui impedir, me senti nojenta e completamente sem valor, para mim a minha vida tinha acabado, podia morrer, fui tomar banho e sentia minha garganta doer, meu peito parecia esmagado e queimava, chorei copiosamente enquanto esfregava meu corpo com força, eu nunca perdoaria meu pai por isso, esfreguei meu corpo com tanta força que começou a machucar, sentei no chão e pus a mão na minha intimidade, a virgindade que eu tanto guardava para o amor da minha vida acabara ali, saí do banheiro e vi que estava sozinha em casa, fui para o quarto e dessa vez não me importei em limpar nada, deitei na minha cama e tentei dormir, lembro que tive pesadelos a noite inteira e quando amanheceu fui acordada aos berros.

Olha o estado dessa casa sua vadia, vou pescar e quando voltar se não estiver brilhando você vai me pagar, eu te mato- falou ele e saiu, eu não consegui o encarar, minha cabeça dizia que eu deveria matá-lo, mas como fazer isso?

Levantei e comecei a limpar a casa, não tínhamos água na torneira porque meu pai não tinha pago a taxa para quem cuidava disso, é inacreditável que até itens básicos devem ser pagos para essa gangue do Arnaldo, meu pai não deixou nada para comer, então fiz um chá para forrar o estomago e fui até o mar pegar água, é melhor água salgada do que não ter água para limpar isso, estava envergonhada porque estava ferida e não sabia o que diriam, encontrei Luna no caminho e ela veio até mim, pôs as mãos na boca e parou antes de chegar a mim.

Meu Deus, o que aconteceu com você?- perguntou ela.

Não faz alarde, não quero que notem- reclamei da sua reação.

Impossível não notarem, seu lindo rosto está inchado e com marcas, o que aconteceu?- quando ela disse isso eu larguei o balde e corri para dentro, as pessoas ali ficaram olhando e imaginei se alguém imaginava o que tinha acontecido ali durante a madrugada.

Marisa, o que houve? Me fala, quero te ajudar- falou ela para mim.

O que aconteceu aqui?- ela perguntou olhando a bagunça, peguei um saco de linhagem e fui colocando os lixos dentro e ela logo foi me ajudando.

Eu não aguento mais isso, as agressões, os amigos, as palavras, ser escrava, essa noite foi a gota d'água- falei e sentei em meio ao lixo, ela se aproximou e segurou minhas mãos.

O que esse monstro fez? Me fala Marisa, Samira está trabalhando, nós podemos sair daqui, cumprir nosso pacto, me fala, você não está sozinha- falou e abaixei a cabeça envergonhada.

Ele fez, ele teve coragem, mas não foi minha culpa, eu juro que não queria- falei e encolhi as pernas lembrando e tendo a sensação da sua presença nojenta ali.

Ai meu Deus, ele não fez- ela falou já com lágrimas escorrendo.

Marisa eu sinto muito, ai meu Deus, vem eu vou te ajudar a limpar isso e vamos dar um jeito, amiga nós vamos sair daqui, vamos embora desse lugar- ela falou e assenti, mesmo sabendo que não era tão fácil ir embora assim.

Naquele dia arrumamos as coisas e Luna foi embora pelos fundos assim que meu pai chegou, não tinha o que comer então não fiz nada, corri para o meu quarto e me tranquei lá, logo se ouviu muitos barulhos de gente rindo e conversando, mas pelo menos aquele dia ninguém me chamou, durante essa semana fiquei sozinha em casa, não sai para nada, não vi Luna e Samira mais e estava tão triste e desestruturada que não saia da cama.

Uma semana depois saiu a notícia que Samira tinha fugido devendo para o Arnaldo, que estavam a caçando e fiquei nervosa, os homens disseram que ele tinha pago muito por ela, mas deu errado, que alivio saber que ela não passou pelo que passei, eu tinha o telefone dela e ligaria depois.

Um dia estava na padaria quando o atendente disse:

Porque não vai embora?

Desculpe, não entendi- respondi confusa.

Você é tão linda, seria facilmente uma modelo de muito sucesso, porque viver aqui com um pai como o seu, todos sabem o que ele te faz- ele disse e nesse momento me desesperei, sai correndo e fui para casa, joguei qualquer roupa fora e comecei a usar tudo largo, não deixaria que meu corpo chamasse atenção e não aceitaria que nenhum homem me tocasse nunca mais.

Julian

Sou o executor e chefe dos soldados, sou Julian Hunter já estou com 28 anos e me relaciono com Cassy, minha namorada não é da máfia e assim não somos obrigados ao casamento, mas nós nos amamos, meu irmão Olavo é minha única família, quero pedir minha namorada em casamento esse mês e estou preparando uma surpresa para ela.

Vou para a minha aula- falou Cassy e eu sorri, minha linda namorada, minha futura esposa, ela trabalhava como atendente em uma loja de roupas e fazia natação no centro da cidade com um grupo de alunas, o professor delas Smith Jr já se apresentou a mim e apesar de não confiar em homem nenhum eu confio nela, sou um homem sério, tenho honra e sei que ela também tem.

Honra, foi por isso que os pais de Janet me escolheram como chefe, quando ela se casou com Banin e depois que eles morreram eu vi que minha honra seria a única coisa que me manteria no meu lugar, nunca fui de me meter na vida dos outros, mas percebi que ela já não sorria mais, Banin não era o homem ciumento ou possessivo, ele era um sádico, observando seus atos entendi que ele era homossexual, escondido em seu casamento e fazendo a pobre esposa sofrer.

Julian? Me diga quantos anos trabalhou com meus pais?- ela me perguntou.

desde o dia que fiz 18 anos senhora, por quê?- respondi curioso com o que ela queria.

Sabe o que eu vivo aqui dentro? - ela questionou ainda olhando para a revista que tinha nas mãos.

Não senhora- respondi.

Ele vai me matar, ele me bate demais, me ajuda a fugir, por favor, me ajuda a escapar disso- ela falou e de início não respondi.

Julian, por favor, ele sai para fazer suas maluquices e tenho a noite livre, me ajuda a escapar, pelos meus pais- falou e assenti.

Tem um plano?- perguntei.

Sim, Bélgica, minha tia mora lá, poderei escapar, eu abri mão de tudo quando me casei, ele herdou tudo, então posso fugir, só preciso ir até o aeroporto e conseguir embarcar, aí estarei livre- ela falou e assenti.

Dois dias, se prepare, te ajudarei, me encontre o Palace, lá lhe deixarei a par de tudo e não confie em ninguém- falei e saiu, naquela noite Banin me chamou no sótão, ele tinha levado uma menina para lá e eu o odiava por isso, maldito abusador, quando desci a escada ele estava pelado se masturbando e a menina morta, será que ele a matou e vai transar com o corpo ou matou durante o sexo? A menina estava ferida e tinha sangue em todo lugar, os outros soldados saíram no momento que entrei, então ele falou:

Sabe Julian, você é um bom soldado, muito bonito também, te ofereço um bom cargo e muitos milhares de dólares para que transe comigo- ele falou e dessa vez eu quase caí para trás.

Como é? - questionei segurando minha arma.

Sim, você vai colocar seu pau no meu cu e gozar dentro dele enquanto eu vejo o corpo dessa putinha morto, eu a matei e preciso gozar olhando minha obra de arte- ele disse e percebi que nem sua mulher sabia do que ele realmente fazia.

Você só pode estar louco, não vou colocar meu pau em lugar nenhum do seu corpo- falei e ele respondeu.

Sabe que posso te matar né.

Sabe que seus soldados respondem a mim né- falei e ele parou para analisar, ele só ataca com sinal de rendição e eu jamais me renderia a esse maldito.

Certo então, pode ir- falou e eu saí, não faria nada disso e ficaria de olho, voltei aos meus afazeres e iria ver Cassy hoje, mas antes liguei para ela:

Julian: Amor?

Cassy: OI, Oi Julian.

Julian: Vamos jantar?

Cassy: Estamos com uma aula extra hoje de natação, Smith só pode a noite hoje, as meninas também vão.

Julian: Huum, me trocando pelo professor né, tudo bem, vou entrar em um atendimento e não conseguirei te ver amanhã e sexta, mas sábado teremos nossa noite especial, acho que vai gostar da surpresa.

Cassy: Marcado, deixa eu ir, tchau Ju.

Ela desligou e voltei para meus afazeres, Olavo não entendia como eu confiava nela, mas eu amava demais para duvidar, passaram os dois dias e nos preparamos para fugir, levaria ela até o aeroporto enquanto seu marido faz aquela nojeira no sótão, mas não imaginava que daria tudo errado, Banin apareceu.

Você falou para alguém? - perguntei para ela.

Many, contei para a Many- falou ela apavorada, fechei os olhos sabendo que provavelmente iriamos ser mortos fui até a porta e abri.

Querida esposa, em um quarto de hotel com meu soldado?- falou ele e todos nos apontavam armas.

Sabe que não é isso, nem tente Banin, porque seu segredo não está só comigo e não me custarei em falar e se sumir algo vai sair nos jornais- falei blefando, não poderia morrer sem falar com Cassy.

Vamos fazer um acordo, ela vai morrer, não posso aceitar isso, ainda mais com meus homens vendo, você poderá sair da Itália agora mesmo, mas seu irmão ficará comigo, será meu escravo- ele falou e me enfureci.

Não se preocupe que não é o que pensa, ele vai ser meu motorista, assim teremos algo um na mão do outro- ele disse e não tive escolha, olhei para ela e tive pena, mas foi a única culpada, afinal falei que ela não deveria contar para ninguém.

Aceito, mas saiba que manterei contato com Olavo, e no primeiro vestígio de mal trato eu mesmo te entregarei- falei e ele sorriu diabolicamente.

Acompanhem Julian direto para o aeroporto, não quero que passem em lugar algum- ele disse e o cara foi me tocar, na hora quebrei seu braço.

Julian não me dê prejuízo, vá de uma vez- falou Banin.

__ Não toquem em mim- falei e sai, daria um jeito de falar com Cassy depois, mas não poderia colocar a vida do meu irmão, no aeroporto escolhi como destino o Brasil e embarquei, com meu dinheiro colocaria uma boate lá e faria algo até poder voltar.

Ligação surpresa

Passaram meses e não vi mais Luna nem Samira, acho que foram embora e me esqueceram, no fim nosso pacto não passou de palavras, eu não consegui ir embora, me julguem, mas não tenho para aonde ir, tenho medo de dizer não e meu pai me bater mais ou até mesmo me matar não temos família nem nada, então o que posso fazer? O que eu uma menina com 19 anos faria? Ontem meu pai chegou com aquele amigo dele, eu fiquei enjoada só de olhar para a cara dele, e mais uma vez o infeliz tentou me tocar, mas dessa vez não reagi, servi a cerveja e voltei para o quarto, passou alguns minutos e meu pai entrou, me puxou da cama e cuspiu em mim, me deu um chute e perguntei:

O que eu fiz?

Você não vale nada, morre de uma vez- ele falou com ódio, as palavras doíam e me fizeram chorar, mas falei algo que estava entalado na minha garganta:

Vai chegar o momento que você vai morrer engasgado com suas palavras e eu estarei viva para  curtir isso- quando disse isso ele me acertou um único soco, senti meu olho fechar na hora e entendi que era só isso que ele queria, uma reação minha e me agredir, ele saiu rindo do quarto e chorei mais uma vez, sempre que acordava ele não estava em casa, graças a Deus porque eu não suporto o olhar, pelo menos ele não tentou abusar de mim mais, acho que sou capaz de matar ele se tentar mais uma vez.

Passei o dia sozinha e me surpreendi com uma ligação de vídeo, pensei em não atender com o olho roxo, mas também não importava mais, minha vida não tem nada de bom e acho que nunca vai ter:

Amiga, como está? — Aquela voz, ai meu Deus, Sami e Luna, estão juntas, que alivio ver seus rostos, fiquei tão emocionada que logo chorei.

__ Péssima, acabada, no fim da vida, mas hoje vou dar um jeito nisso, que bom que escaparam desse inferno, Arnaldo está a caça da Luna, seu pai foi procurado e estão vigiando ele, amiga? Esse número é seu? É confiável? Se eu precisar de ajuda posso ligar?-perguntei correndo e vi que um homem passou olhando para a tela, foi bem rápido, mas vi que era lindo.

__ Sim, é meu, mas ligue que te socorreremos, temos um pacto lembra- Sami falou e desliguei, agora teria uma chance de escapar, eu teria que fazer algo certeiro e uma única vez, pois meu pai me mata se descobrir.

De certa forma ver as duas me encheu de esperança, olhando o noticiário vi que ela tinha casado com um multimilionário, não acreditei nisso, será que se eu cometer um crime ela vai poder me ajudar antes da corja do Arnaldo me pegar?

Durante aquela semana estava mais confiante, decidida que ou mataria meu pai, ou me mataria, não poderia mais lidar com os abusos, nada vale a pena enquanto eu estiver aqui.

Julian...

 No fim uma pessoa mandada por meu irmão foi quem me trouxe de volta a Itália, é inacreditável como o destino atuou aqui, Samira veio fugida e quando descobriu uma gravidez fui obrigado a avisar seu parceiro, amigo, sei lá, ele era logo o Dante Rossi, nosso Don, sabia que ele seria o único a nos ajudar, assim que o chamei ele veio até o Brasil, sabendo que Olavo estava a salvo o contei a verdade e com Samira fora de perigo resolvemos voltar, era bom estar de volta e a primeira coisa que fizemos após nossa chegada foi procurar Cassy, fui em direção ao apartamento dela, mas me surpreendi quando quem abriu a porta foi Smith e ele estava só de cueca.

Que caralho você está fazendo aqui?- falei e ele olhou sério para mim, chamou Cassy e entrou, o covarde nem teve a cara de me enfrentar.

Julian? Achei que estava morto- falou ela tranquilamente.

Eu ia te pedir em casamento? Mas algo me diz que minha saída da cidade foi a sua chance, eu saí para te salvar, mas vejo que você já sentava nele né, eu fui um idiota mesmo- falei.

Julian, não é assim, você não é idiota, só não fomos feitos um para o outro- ela falou, nem negou a acusação, ele se aproximou e foi sair de dentro da casa, mas o segurei e dei um soco em seu rosto.

Você é um idiota, eu não vou matar você porque ela merece o que vai fazer com ela, sabia que ela tinha um relacionamento e mesmo assim a aceitou, e vai fazer o mesmo com ela né, Cassy eu valia a pena e vim te dar isso- mostrei-lhe o anel e seus olhos brilharam na hora.

Mas você não merece isso, adeus- joguei o verme no chão e saí, eu valia a pena e ela não me merecia, eu não vou chorar nunca por ela.

Fui para a casa do Dante e ele estranhou minha vinda mais cedo do que avisei.

Algo a declarar?- falou ele para mim.

Não, quero somente trabalhar, o amor da minha vida tinha outro amor, fiquei oito meses sem transar porque não queria ser infiel e eu já tinha chifres- falei tentando soar como quem não se importava e esperava que ele acreditasse nisso.

Não vou abrir meu coração nunca mais e vou

Dante me pediu que cuidasse da segurança da Samira e aceitei, viemos para a mansão e meu irmão ficou acompanhando o pai dele, Olavo não parece mais o mesmo e me pergunto o que ele sofreu nas mãos do Banin

Samira casou e no outro dia Fernando Trouxe uma moça, Luna, uma coincidência saber que já eram amigas, as duas não se desgrudam mais e Fernando me pediu que ficasse de olho nela também provisoriamente e aceitei, passamos esse mês falando de bobagens e vi que elas falavam de uma amiga, Marisa, no dia que ligaram para ela pude contemplar seu rosto tão lindo, seu olho roxo me deixou furioso e seus olhos claros passaram rapidamente pelo meu, quando ela chorou senti vontade de estar perto dela e queria muito mesmo cuidar daquele ferimento.

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