"Frio... Estou com frio... O que é isso, porque estou sentindo tanto frio?"

"Meu corpo... Está diferente... Um choro... Estou escutando um choro de criança!"

Eu abri meus olhos.

"Está escuro, é noite, estou vendo o céu estrelado... E essa criança, porque não para de chorar?"

Eu olhei para as minhas mãos e era como se elas estivessem se formando diante dos meus olhos.

"O choro... Ele não para!"

Eu inclinei a cabeça de lado e olhei para minhas pernas, eu também as vi se formando.

Voz feminina: - Meu filho, por favor, poupe o meu filho!!!

"O filho... Essa mulher está pedindo pelo filho, alguém... Alguém ajude ela!!!"

Finalmente sentindo o meu corpo, eu me coloquei de pé e procurei com os meus olhos de onde vinha o choro da criança e a mulher, mas tudo o que vi foi um grande punhado de cinzas e brasas do que um dia foi um tipo de vilarejo.

"O que está acontecendo aqui?"

Eu comecei a caminhar pelo vilarejo destruído até ver vários corpos carbonizados espalhados nas ruas daquele lugar.

"Tantas pessoas mortas... Droga!" - Coloquei minha mão direita sobre a cabeça.

Eu senti uma forte dor de cabeça e um nome veio à minha cabeça.

"Elizabeth... Quem é essa, será que... Será que essa sou eu?"

Eu olhei para minhas mãos e depois para meu corpo.

"É isso, eu sou uma mulher... Elizabeth pode ser o meu nome, não é?

Eu voltei a caminhar até encontrar uma casinha que ainda estava de pé, me parece que na pressa, as pessoas ou criaturas que fizeram isso com o vilarejo, acabaram se esquecendo dela.

Eu entrei na casa que estava com sua porta destruída, e logo uma cena sangrenta tomou conta do ambiente. Havia cadáveres espalhados pela casa. Próximo a porta haviam dois homens, um com a garganta degolada, outro com seu peito aberto como se um enorme machado tivesse sido usado no processo, mais a frente haviam três mulheres, todas com suas roupas rasgadas, visivelmente violadas e mortas por estrangulamento, no canto da casa... Duas crianças aparentemente com idades entre 12 e 16 anos massacradas.

"Quem faria algo tão cruel?"

Por mais que eu quisesse, eu não conseguia chorar.

"Porque não consigo chorar, eu também não consigo falar, o que está acontecendo comigo?"

Eu estava prestes a sair da casa quando escutei um gemido, eu olhei ao redor e vi que a porta do fundo estava aberta, então eu segui por ela. Assim que passei pela porta, encontrei um homem caído do lado de fora com suas costas na parede.

"Ei, você está bem?"

Eu me aproximei do homem e quando o fiz, aquele homem me olhou dos pés à cabeça com seus olhos arregalados.

"Eu sei, estou pelada, mas será que você pode se concentrar em me contar o que aconteceu aqui?"

Na verdade, o que vi nos olhos do homem não foi desejo e sim medo, ele parecia estar em pânico ao me ver.

Com uma voz trêmula, o homem disse: - V-você é uma ceifadora, você veio me levar?

"O que, não entendi o que você quis dizer, como assim ceifadora?"

O homem começou a surtar dizendo: - Porque você não fala comigo, você vai mesmo ficar aí me olhando com esses olhos vermelhos sem falar nada, eu estou vendo que você quer tirar a minha vida, ceifadora, eu vejo isso, sou um assassino também, mesmo que traído pelos meus colegas, eu não sou uma vítima!

"O que você quer dizer com isso, você... Você está dizendo que é o responsável pelos assassinatos nessa casa?"

O homem começou a respirar pesado e disse: - Eu só... Quando entrei para esse bando, eu só queria dinheiro, mas... Eles ficaram mais e mais gananciosos, eu também fiquei consequentemente, mas nunca imaginei que a traição seria uma opção para enriquecer mais rápido... Desgraçados, espero que depois de ceifar a minha vida, você vá atrás daqueles malditos também!

Eu não senti raiva por ele ser um dos responsáveis pelas mortes, mas velo ferido e abandonado por seus companheiros, acabou me dando prazer, além do mais, meu estômago começou a roncar e o cheiro do sangue daquele bandido começou a ficar apetitoso.

"O que está acontecendo, porque estou sentindo isso... Porque estou com fome mediante a essa situação, além disso, porque ele disse que meus olhos estão vermelhos?"

Mediante ao que parecia inevitável, o homem colocou sua barba de lado expondo o seu pescoço. O pulsar de sua artéria tornou uma ideia louca ainda mais atraente... Eu senti o desejo de morder e beber todo o sangue do pescoço daquele homem.

O homem decidido disse: - Vamos, é só cortar a minha garganta e eu morrerei... E você poderá levar a minha alma!

"Droga, minhas mãos estão tremendo, eu... Eu... Eu não aguento mais!!!"

Eu agarrei a cabeça daquele homem e cravei meus dentes em seu pescoço, o homem começou a gritar de dor enquanto eu comecei a beber todo o sangue, o homem tentou se debater, mas parece que minha força é superior a dele talvez porque esteja ferido, então ele apenas agonizou enquanto eu tirava cada gota do seu sangue... Eu me alimentei do homem até que ele parasse de se mover e finalmente viesse a óbito.

De repente eu senti algo diferente, assim que eu terminei de beber a última gota de sangue do bandido, eu senti a minha garganta mais livre, senti uma força maior, tomar conta do meu corpo, eu me senti mais livre e muito mais confiante também. Eu também senti que havia adquirido

habilidades que eram daquele homem, tanto habilidades de combate, quanto as mais simples.

Confusa eu me perguntei: - O que foi isso?

Eu acabei me assustando pois essa foi a primeira vez que eu ouvi a minha própria voz.

Com um sorriso eu disse: - Agora posso falar... Falar de verdade, mas... Eu ainda não me lembro de nada e... O que foi aquilo que aconteceu agora pouco, eu adquiri as habilidades daquele bandido?

Eu olhei para meu corpo que antes estava com uma coloração pálida, agora estava com uma cor vivida e energética.

Depois de olhar mais uma vez para o cadáver do bandido, eu me coloquei de pé e vi que meu corpo também estava mais bonito, e é claro que isso me agradou bastante, então eu disse a mim mesma: - Eu não sinto mais fome, meu corpo está mais bonito, eu sinto isso... Mas mesmo assim, preciso encontrar algumas roupas, não posso ficar andando por aí nua dessa forma!

Eu voltei para dentro da casa e fui direto para um dos quartos. Como eu havia previsto, aquele era o quarto de uma das mulheres, então eu peguei "emprestado" um conjunto de lingerie e um vestido de suas roupas para me vestir.

Com um sorriso eu agradeci: - Muito obrigado pelas roupas!

O vestido ficou um pouco apertado nos seios, mas era até confortável. Então eu fui até um pedaço de espelho que estava preso na parede para dar uma olhada, e o que vi me agradou, mas ao olhar a minha aparência, eu fiquei surpresa... Cabelos brancos, curtos acima dos ombros, a íris dos meus olhos vermelhos, lábios carnudos e macios, orelhas pontudas, seios fartos, minha pele é escura e meu corpo é musculoso e muito bem desenvolvido, eu poderia até estimar que minha altura seja de mais ou menos 1,90. Depois que sai da casa, eu olhei para a entrada da floresta pensativa.

"De repente estou sentindo um peso no peito... Como se eu tivesse algo pendente para resolver!"

Depois de um tempo pensativa, eu disse a mim mesma: - Então é isso... Aquele homem pensou que eu fosse uma ceifadora por conta da minha aparência anterior!

Minha aparência anterior era muito diferente, eu não podia ver o meu rosto, mas meu corpo sim e ele estava magro e meus seios nem chamavam tanta atenção quanto agora.

- Bom, antes de decidir o meu próximo passo, preciso analisar algumas coisas... Eu ainda não me lembro de nada, sei que é possível que meu nome seja Elizabeth, e também que pelo visto, me alimento de sangue... Seria eu uma vampira?

Pensativa no assunto, eu resolvi que precisava me abrigar, mas que não poderia ficar por ali, então depois de caminhar um pouco, eu encontrei uma grande caverna, e então simplesmente entrei.

- Estou ficando sonolenta... Acho que preciso descansar um pouco!

Eu me deitei no canto da caverna, fechei os meus olhos e me entreguei ao sono.

Quando acordei, foi em um baita susto, eu sonhei com pequenas mãos tocando o meu corpo enquanto outras rasgavam o vestido que eu estava.

- Mas o que está acontecendo aqui? - Perguntei assustada.

Assim que tudo ficou claro aos meus olhos, eu vi que se tratavam de goblins, goblins armados e cheio de tesão.

Pronta para reagir, eu disse: - Nem pensar que vou me deixar ser violada por vocês, seus malditos monstrinhos verdes!!!

Mesmo com quatro das criaturas de cada lado segurando os meus braços, eu tive força suficiente para liberá-los, em seguida eu agarrei a cabeça de um deles e a choquei contra a parede esmagando o seu crânio. Como resposta a minha reação violenta, um deles tentou me apunhalar no abdômen, mas eu libertei uma de minhas pernas que também estavam sendo seguradas por mais desses monstrinhos e chutei ele para longe.

- Vou matar cada um de vocês que tocaram o meu corpo sem a minha permissão!!! - Gritei cheia de raiva.

Eu agarrei outro goblin que estava com uma lança na mão, girei seu pescoço ao contrário quebrando-o, tomei sua lança em minhas mãos e assassinei três outros goblins de uma só vez.

- Muito bem, eu acabei acordando com fome mesmo, então acho que dois de vocês eu vou usar como alimento! - Digo brandindo a pequena lança.

Eu matei quase todos os goblins ali sem muita dificuldade, os únicos sobreviventes foram três deles que eu deixei aleijados para me servirem de alimento.

Olhando para os goblins que rastejavam na esperança de fugir de mim, eu disse: - Olha, eu sei que disse que dois de vocês seriam o suficiente para me alimentar, mas depois dessa luta eu acabei ficando com ainda mais fome... Então... Vamos ao que interessa então!

Eu agarrei o primeiro goblin e mordi seu pescoço, perfurando sua artéria e bebendo todo o sangue de seu corpo.

Assim que terminei de beber seu sangue, eu adquiri suas habilidades.

- Hum... Interessante... Certo, vamos para o próximo! - Eu logo agarrei outro goblin.

Eu recebi outras habilidades individuais ao beber do próximo goblin.

- Essas habilidades são um pouco menos úteis que as anteriores, mas ainda é alguma coisa. Próximo! - Eu agarrei o goblin que conseguiu se rastejar para a entrada da caverna, quase conseguindo sair para fora.

Assim que bebi todo o seu sangue, eu acabei adquirindo uma habilidade um pouco... Peculiar.

- Mas o que... Apetite... Sexual, isso é uma habilidade?

Eu fiquei confusa com a última habilidade adquirida, não esperava que isso pudesse ser considerado uma habilidade. Eu fiquei com o rosto corado após receber tal habilidade, mas então olhei para os corpos dos goblins espalhados pela caverna e decidi que deveria dar um jeito naquilo.

Depois de recolher todos os corpos dos goblins, eu os empilhei do lado de fora da caverna e usei a minha nova habilidade de criatividade primitiva para criar fogo e queimar os cadáveres e evitar o mal cheiro.

Depois disso eu usei partes das peles de animais que eles estavam vestindo para fazer uma nova vestimenta para mim. É claro que a nova vestimenta ficou bem primitiva, mas ficou bastante confortável e me deu mais liberdade de movimentação. Um top e uma canga de peles foi o que consegui fazer naquele momento, a maior vantagem é que de qualquer maneira, eu não sinto frio.

Em seguida, eu fiquei pensando na possibilidade de adquirir novas habilidades, eu ainda não tinha um motivo em especial para ficar mais forte, mas a necessidade de sobreviver a um mundo rodeado de violência era um ótimo incentivo.

Então depois de me organizar, eu usei novamente a minha habilidade de criatividade primitiva para construir uma marcação na frente da caverna e até enfeitei com crânios dos goblins na intenção de sinalizar o perigo para quem tentasse invadir o meu novo lar.

Depois do feito, por eu sair para caçar usando uma faca que adquiri dos goblins, afinal de contas não sou tão burra de desfazer das armas deles, eu as armazenei no fundo da caverna, podem vir a calhar.

Enquanto caminhava pela floresta, eu marquei as árvores por onde passava usando a faca, afinal de contas, aquela era uma área desconhecida e eu não queria me perder. Felizmente não foi preciso andar muito para encontrar uma presa.

A presa que eu encontrei tratava-se de um esquilo armado, eu não sei como conhecia o nome daquele animal, mas o nome vem de sua mandíbula reforçada com uma massa óssea extra, seus dentes da mandíbula também são maiores e bastante afiados, além de seu tamanho. Os esquilos armados podem medir de 1,30 metros a 1,60, variando muito entre machos e fêmeas.

- Certo... Ele está se alimentando, essa e a minha chance!

Eu usei a minha habilidade de me esgueirar e quando me aproximei o suficiente sem ser notada, eu apunhalei o esquilo na região do coração e antes que ele pudesse tentar fugir, eu o agarro com força e perfuro sua jugular com minhas pressas iniciando a extração de seu sangue. O esquilo se debatia ele até quase me arrastou com sua força monstruosa para seu tamanho, mas foi tudo em vão, quanto mais ele se esforçava, mais ele sangrava através do ferimento no coração e mais eu conseguia beber através da sua jugular.

Quando o esquilo armado veio a falecer, eu consegui beber todo o resto do seu sangue e naquele momento, eu pude sentir que minha mordida havia ficado mais forte, e que eu poderia facilmente escalar qualquer uma daquelas árvores facilitando a minha caça.

- Eu preciso de mais, preciso de mais poder!!! - Disse cheia de empolgação.

Após terminar com a aventureira, eu adquiri todas as suas habilidades, inclusive a habilidade Thunder shotgun, o que me deixou bem empolgada.

- Agora eu entendo porque ela não fez um segundo disparo... Ela só tinha mana suficiente para um disparo. Felizmente eu possuo mana suficiente para três disparos! - Disse a mim mesma.

Olhando o corpo da jovem aventureira no chão, eu decidi que deveria dar a ela um enterro digno, mas antes, eu tive que pegar alguns de seus pertences, pois logo que adquiri também seu conhecimento além de suas habilidades, a maioria de seus itens acabou tendo bastante importância para mim.

- Bem, é isso, espero que seja o suficiente para você descansar em paz! - Digo olhando para o túmulo da jovem.

Enquanto eu caminhava de volta para a minha caverna, pensamentos sobre o meu sonho tomaram a minha cabeça. Por mais que o meu sonho tenha sido como escutar gravações em um cristal mágico, foi uma coisa que me deixou intrigada.

Depois que cheguei na caverna, eu juntei os itens mágicos que consegui da jovem aventureira, me sentei no chão de frente para eles e usei um feitiço de reconhecimento para mapear a região.

- Isso é incrível, aquela garota tinha muito conhecimento em feitiço de exploração, além do mais, ela era uma sobrevivente nata, eu adquiri várias habilidades com ela!

Enquanto eu mapeava a região usando um dos cristais de memória deixados pela aventureira, eu vi que haviam várias marcações no novo mapa e uma delas estava sobre a minha caverna.

- Mas o que é isso, alguém marcou a minha caverna como ponto de risco? - Aquilo me deixou encabulada.

Depois de fechar o mapa, eu sai para o lado de fora da caverna e olhei de um lado para o outro, pensativa.

- Seria possível haver um batedor por essa região? - Me perguntei.

Eu resolvi caminhar pela floresta e explorar mais a região, assim consequentemente eu poderia também verificar algumas das marcações no mapa. E depois de caminhar por algum tempo, eu cheguei a uma parte da floresta que não se podia ouvir barulho algum. Não havia cânticos de pássaros ou se quer algum barulho de insetos.

- Esse lugar não é como o outro lado da floresta de onde eu vim! - Disse olhando de um lado para o outro.

Eu abri o mapa mágico e vi que havia chegado a uma marcação, uma marcação de local de perigo. Também havia o desenho de um pentagrama.

- Isso é um pentagrama... Quer dizer que existe um monstro da raça demônio aqui! - Um sorriso lateral surgiu em meu rosto.

"Quanto mais poderosa minha presa for, mais benefícios terei ao beber o seu sangue!"

Empolgada, eu adentrei no território do demônio. Já nos seu território, não foi muito difícil chamar a sua atenção, e logo eu estava sendo observada. Enquanto caminhava, eu pude sentir um mal cheiro intensamente desagradável de putrefação, logo seguindo o meu faro, eu cheguei a um lugar onde a terra era avermelhada e os troncos das árvores eram deformados e contorcidos como se alguém as tivesse feito daquele jeito com as próprias mãos.

Assim que o odor ficou mais forte, eu tive total certeza de que tinha chego no local certo. Eu estava de frente para uma enorme árvore com um buraco nela e rodeada de restos de cadáveres, membros e ossos já sem a carne de seus corpos.

- Sem sombra de dúvidas, esse é o lugar! - Disse a mim mesma.

- Não pensei que você fosse encontrar, mas já que encontrou, você se juntará a eles! - Disse uma criatura com chifres que saia de trás da grande árvore.

A criatura aparentava ter seus 3 metros de altura, chifres curvos como os de um bode, aparência humanoide, garras enormes e afiadas, calda de serpente, patas de bode, olhos amarelos e seus dentes eram grandes e afiados como lanças.

Surpresa eu disse: - Uma Quimera... Vocês são criaturas criadas por magos com alto grau de magia, o que me faz pensar... O que você está fazendo aqui na floresta?

- Eu posso sentir que você tem o conhecimento dos homens, jovem elfa! - Disse a criatura.

- Elfa? - Perguntei.

- Não uma simples elfa, mas uma elfa de sangue, uma espécie amaldiçoada pelos próprios deuses! - Disse a criatura.

- Elfa de sangue... Isso explica muita coisa... - "O motivo de eu poder andar à luz do sol e não ter minha própria visão noturna, por exemplo!"

A criatura sorriu e disse: - Então podemos dizer que você também não deveria estar aqui, jovem elfa de sangue!

- Eu... Eu não me lembro do meu passado... Não sei como vim parar aqui!

A quimera passou os dedos sobre seu queixo e disse: - Me parece que você é uma criatura recém nascida!

- Recém nascida, como assim, eu sou claramente uma adulta... Apesar de não me lembrar da minha idade!

- Pobre criatura ignorante, sendo assim, posso deduzir que você não tem ideia de como nascem os elfos de sangue! - Disse a Quimera após uma risada discreta.

Irritada pelo comentário, eu disse: - Deduza o que você quiser, demônio, se você não tem nada útil para me dizer, então vamos começar a lutar agora mesmo!

A quimera sorriu e disse: - Por favor, tenha calma minha jovem elfa, antes de decidir se devo ou não lutar, gostaria de lhe dar algumas informações sobre você, e se depois disso ainda quiser lutar, então assim o faremos!

- Tudo bem, então conte-me! - Eu caminhei até um tronco caído de árvore e me sentei.

- Sua espécie, não é uma raça comum. Um elfo de sangue só nasce depois que um elfo da lua morre em total agonia e sofrimento... Quando um elfo da lua morre com ódio em seu coração, ele renasce como um elfo de sangue após receber a benção da deusa da morte e das trevas Ydethidy... Sua habilidade de receber conhecimento e amplificar suas habilidades físicas e mágicas após beber o sangue de suas vitaminas, é o efeito da benção da deusa!

- Espera, então você está dizendo que eu já fui uma elfa da lua e que eu morri?

A quimera sorriu e disse: - Não só isso, você também morreu com bastante ódio em seu coração, afinal de contas eu tenho que admitir que a séculos que não vejo um elfo de sangue como você!

Confusa, eu perguntei: - Como assim, como eu?

A quimera respondeu: - Você não só se tornou um elfo de sangue, mas também tem a capacidade de evoluir para uma raça mais poderosa, uma raça mais selvagem e violenta!

- Evoluir... Como você sabe disso?

A quimera estendeu sua mão esquerda para mim, eu estendi a minha também, então ele segurou suavemente a minha mão e passou levemente suas garras da mão direita sobre a palma da minha mão e um estranho símbolo apareceu.

- Essa é a marca da deusa Ydethidy, isso prova que você é bastante especial para ela, afinal de contas, a evolução de um elfo de sangue para um demônio selvagem é uma transformação poderosa... Eu não sei qual o pacto que você fez com a deusa, mas ela te deu uma prova muito grande de seu amor! - Disse a quimera olhando fixamente para a estranha marca.

- Se ela tem "amor" por mim, porque me deixou sem memória, já que o objetivo do pacto é eu conseguir a minha vingança, ela não deveria permitir que eu me lembre de quem me assassinou?

A quimera sorriu com gentileza e disse: - A deusa Ydethidy costuma ser um mistério às vezes, ela é tão misteriosa que até hoje nem mesmo a sua aparência física é conhecida, diferente de suas irmãs e irmãos que gostam de se exibir bastante!

- Então... Qual é o meu próximo passo, o que devo fazer para recuperar a minha memória? - Perguntei preocupada.

- Bom... Para começar, você tem a opção de lutar comigo agora e tomar para você o meu conhecimento e habilidades, ou pode simplesmente sair e começar a procurar o seu caminho! - Disse a quimera me olhando sério.

Eu me coloquei de pé, olhei nos olhos da quimera e disse: - Eu... Não vou lutar com você!