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Tudo Por Você!

1

...Anos antes......

Dirigindo após voltar de uma noite maravilhosa no seu restaurante favorito, Lorenzo ria ao lado de sua esposa, Sarah.

A chuva caia fraca ao lado de fora, ele olhou para ela e acariciou a sua barriga, onde os gêmeos se mexiam animadamente.

— Eles estão animados hoje — Sarah disse rindo.

— Os meus filhos são iguais a mim — Brincou.

— São mesmo, cheios de energia, igual ao pai.

Quando chegaram em casa, ao estacionar o carro, foram abordados por bandidos, seus seguranças correram para ajudá-los. Uma troca de tiro violenta começou e foi quando Lorenzo olhou para o lado e viu sua esposa jogada no chão e o sangue se espalhando para todos os lados, misturando-se com a água da chuva.

A polícia e ambulância rapidamente chegaram e eles foram levados para o hospital. Sarah não foi baleada, mas tropeçou e levou um grande susto, o que a levou a ter um parto prematuro de seus gêmeos.

Pela vidraça do hospital, em uma pequena sala de cirurgia, Lorenzo observava o parto cesariana da esposa que se manteve acordada, pois quis ver o nascimento dos dos seus filhos.

Ele podia vê-la sofrendo até mesmo para sorrir, o que fez o coração dele se desfazer em milhões de pedaços.

O lindo sorriso dela foi aos pouco se desfazendo, e o choro dos seus filhos não foi possível ouvir por estar abafado dentro da sala, que ele não pode entrar.

Então ele viu a sua amada morrendo, sem nem mesmo poder se despedir.

O filho, que antes seria a sua alegria, agora com a mãe partiu para longe, Lorenzo não conseguia mais controlar as suas lágrimas e o choro, ele até mesmo tentou entrar na sala de cirurgia, mas os médicos o seguraram firmemente.

Mesmo com a sobrevivência de um dos gêmeos, a sua menina, ele não possuía mais qualquer tipo de alegria, apenas viveu por não ter coragem de tirar a própria vida.

Dois anos passaram e ele continuou na mesma, sem coragem para olhar nos olhos de sua única filha, ele apenas contratou uma babá para ficar com a menina.

Ele não conseguia mais pensar no agora, nem mesmo no depois.

— Senhor? — A babá o chamou.

— Sim? — Ele não olhou para ela, apenas ficou olhando para o seu companheiro de todas as noites, o seu copo de whisky.

— Desculpe-me tocar nesse assunto tão delicado, mas a pequena Alicia não para de me chamar de mãe, eu estou sentindo que ela precisa de uma para ter um... — Ela foi interrompida.

— Isso não é um assunto seu — Ele disse em um tom de voz ríspido.

— Eu sei senhor, me perdoe, mas eu acho que o senhor precisa de uma mulher ao seu lado!

— E quem é você para achar algo? — Ele olhou para ela.

Só então ele pode ver o quando aquela mulher era linda e jovem, talvez fosse a opção perfeita para ser a figura materna de sua filha, ou poderia ser a bebida pensando por ele.

— Me perdoe — Ela abaixou a cabeça — Eu só pensei em ajudá-lo.

Ele levantou-se e foi até ela parando em sua frente e levantando o rosto dela para olhá-la.

— Pensa em ser mãe para minha filha? Acha que pode ser uma boa mãe para ela? — Ele perguntou.

— Eu... — Ela foi interrompida por um beijo bruto.

Meses depois nasceu uma segunda filha, a linda e graciosa Stephanie, o casal casaram-se.

...----------------...

...Vinte anos depois......

Alicia cresceu sendo atormentada por sua irmã e por sua madrasta, mas nada chegou ao extremo, ela as evitava e podia viver em paz. Ela passou mais da metade de sua vida nas sombras da casa, escondida de todos.

Vendo o seu pai brincar com sua irmã, tratá-la com amor e carinho, enquanto ela era tratada com tanta indiferença que ele nem mesmo podia olhar nos olhos dela.

Seu tempo foi dirigido aos estudos, e ao seu lindo namorado, que passou muito tempo na casa dele, ele a ajudou muito. Ele vem de uma família muito rica, com bastante influência.

O noivado dos dois foi ótimo para ambas famílias, nem tanto para a família dele, mas muito para dela que tem o status menor que o dele, e agora com esse noivado ficará por igual.

Certo dia, após voltar da loja onde ela foi provar o seu vestido de noiva, Alicia foi direto para casa de Henry, chegando ao quarto dele ela viu a porta entre aberta.

Aproximando-se lentamente da porta ela podia ouvir gemidos que saiam de lá, e ao olhar pela fresta aberta da porta, o que ela viu a fez querer chorar e ao mesmo tempo vomitar.

Alicia abriu a porta com força e quando a viram o seu noivo e a sua meia irmã vestiram-se às pressas, ela não disse uma palavra, apenas saiu de lá sem olhar para trás.

Ela os ouviu chamá-la, mas correu, ela correu o mais rápido que podia e foi para sua casa arrumar as suas coisas.

Ela fez as suas malas enquanto as lágrimas escorriam de seus olhos, mas quando estava prestes a sair de casa ela parou abruptamente.

— Por qual motivo eu deveria sair de casa? — Ela perguntou-se.

Alicia foi aos poucos transformando a sua tristeza em raiva, ela cerrou os punhos e jogou a mala dentro do quarto novamente, arrumou-se e saiu de casa.

Ela foi para uma boate famosa, a qual ela sempre teve uma imensa vontade de ir, mas nunca foi por se privar de ir nos lugares onde o seu noivo dizia desprezar.

Alicia sentou-se no bar e começou a pedir bebidas uma atrás da outra, até que chegou ao ponto de contar toda a sua vida ao barman, que achou tudo isso uma graça.

— E foi assim que eu fui corna — Ela riu embriagada.

— Não acha que já chega de bebidas para você?

— Não — Ela balançou o dedo — Eu vou embora, mas não vou sair daqui sozinha — Ela riu.

— Eu vou pedir um táxi para você, onde é que você mora? — O barman perguntou.

— Me diga — Ela aproximou-se da bancada — Me diga quem é o homem mais gato daqui, eu vou me deitar com o homem mais gato daqui — Ela disse.

— Estou chamando um táxi — O barman mostrou o telefone.

— Você é chato — Ela levantou-se.

— Quando o táxi chegar eu vou levá-la até lá fora, fique por perto! — Ele disse.

Alicia levantou-se e deu uma cambaleada, foi só então que ela viu um homem majestoso, ela o descreveu como um homem perfeito.

Ela foi até ele, que levou um pequeno susto ao vê-la, seus seguranças se aproximam para tirá-la de perto dele, mas com um sinal que ele fez, os seguranças se afastaram novamente.

— Você é perfeito — Ela disse.

— Eu sei — Ele respondeu seriamente.

— Me leve para um hotel — Ela sorriu — Era para me casar, mas eu não vou mais me casar com aquele cretino, então eu vou dormir com você.

— Vai dormir comigo? — Ele sorriu.

— Eu vou — Ela passou a mão no rosto dele.

— Ok, então vamos — Ele levantou-se.

No carro dele, eles sentaram lado a lado, mas ela logo foi para o colo dele e o beijou.

— Ainda quer se casar? — Ele perguntou.

— Não com ele — Ela respondeu.

O homem sorriu misteriosamente e olhou para o seu motorista.

— Vamos para o cartório!

— Mas senhor, nessa hora não há ninguém lá, já fechou — O motorista disse.

— Então mandem abrir — Disse em um tom ríspido.

2

— Você vai casar comigo? — Ela perguntou rindo.

— Eu vou! — Ele sorriu.

Alicia beijou ele, ela foi descendo o beijo para o pescoço dele, mas ele segurou na mandíbula dela e a afastou.

— O que foi? — Ela perguntou.

Ele reparou em todo o rosto dela, as bochechas exageradamente coradas por causa do álcool, e os cabelos desgrenhados, mas ainda sim é uma mulher linda.

— O que você quer? — Ele perguntou.

— Você! Eu quero você aqui, e agora!

— Não podemos, não aqui!

— O que foi? — Ela riu — Você é impotente?

— Não sou — Ele riu.

...----------------...

No dia seguinte Alicia sentiu a sua cabeça latejar, ela olhou em volta e não reconheceu o quarto em que se encontrava deitada. Ela olhou para o lado e viu uma figura masculina ao seu lado, ela olhou de baixo da coberta e se viu somente de lingerie, e o homem ao seu lado somente de cueca.

— O que eu fiz? — Ela sussurrou para si mesma.

Ela olhou para o lado e viu a carteira do homem, ela pegou e viu a foto dele, ela abriu a boca em choque com a beleza do homem, que agora, ela descobriu ser Alessandro.

Alicia observava atentamente Alessandro enquanto ele dormia ao seu lado. O quarto estava mergulhado em uma penumbra suave, iluminada apenas pela luz do sol que entrava pelas frestas das cortinas. Cada detalhe de sua aparência parecia acentuar a perfeição que ela viu nele.

Ele tinha uma altura imponente de 1,90m, e mesmo deitado, sua presença era dominante. Seus músculos bem definidos, fruto de uma rotina disciplinada de exercícios, destacavam-se sob a pele bronzeada, conferindo-lhe uma aparência atlética e elegante.

Alicia passou os olhos por seu rosto, admirando os traços marcantes e bem esculpidos. Sua mandíbula forte e definida dava-lhe um ar de masculinidade e poder que ela nunca tinha visto em outro homem. As maçãs do rosto altas e proeminentes adicionavam um toque aristocrático ao seu semblante adormecido.

Ela se deteve nos olhos fechados de Alessandro, sabendo que, quando abertos, revelariam um azul penetrante, como safiras reluzentes. Esses olhos, intensos e profundos, tinham o poder de hipnotizar qualquer um que cruzasse seu caminho, misturando mistério e domínio. Seus cílios longos e escuros contrastavam com o azul vibrante de suas íris, algo que a deixou totalmente sem fôlego.

Seu cabelo, escuro como a noite, estava ligeiramente despenteado, mas mesmo assim mantinha o charme despretensioso que era característico dele.

A pele de Alessandro, bronzeada e sem imperfeições visíveis, parecia ainda mais suave à luz do dia. Seu estilo de vestir, normalmente composto por ternos italianos de alta costura e complementos luxuosos, estava ausente naquele momento, revelando um homem ainda mais íntimo e vulnerável. Mas mesmo em sua simplicidade, ele exalava elegância e poder.

Alicia não pôde deixar de notar a pequena cicatriz na sobrancelha esquerda dele. Para ela, paradoxalmente, essa cicatriz aumentava seu charme, adicionando um toque de perigo e mistério. Havia também uma tatuagem discreta no antebraço direito, um símbolo que ela não conhecia, ela delicadamente acariciou com a ponta dos dedos.

Perdida em seus pensamentos, Alicia quase não percebeu quando Alessandro começou a se mexer. Lentamente, ele abriu os olhos, revelando o azul hipnotizante. Ele a fitou com um olhar profundo e sonolento, e um sorriso suave curvou seus lábios.

— Bom dia! — Ele disse com uma voz forte.

— Ah, bom dia — Ela evitou o olhar dele.

Alessandro se levantou e estava indo para o seu closet quando ouviu a voz de Alicia.

— Sr. Alessandro? Estamos na sua casa, certo?

— Sim — Ele virou-se para ela.

— Eu gostei muito da noite passada, e do que nós fizemos... — Ela foi interrompida.

— Gostou do que fizemos na noite passada? — Ele perguntou aproximando-se dela.

— Sim!

Alessandro abaixou-se e deu um beijo na bochecha dela, ele levou o lábio até o ouvido dela e sussurrou:

— Não transamos, você estava muito bêbada, eu não sou esse tipo de homem!

— Mas estamos semi-nus — Ela disse.

— Você vomitou em suas roupas, e eu só durmo assim — Explicou se afastando novamente.

— Ok, então eu estou indo embora — Ela disse se levantando e se cobrindo com a coberta.

Ele levantou uma sobrancelha ligeiramente, sorriu e se aproximou novamente de Alicia.

— Não se lembra de nada mesmo?

— Não, eu fiz algo de errado? — Ela perguntou confusa.

— Nós nos casamos — Ele disse de uma só vez.

— Não — Ela riu — Isso não faz sentido!

Alessandro não respondeu, ele apenas sorriu, foi até a gaveta de seu criado mudo e entregou a ela a certidão de casamento.

— Isso é autêntico, como eu pude fazer uma coisa dessas? Nós vamos nos divorciar, ninguém sabe disso mesmo — Ela engoliu em seco.

— Querida, eu farei tudo o que você quiser — Ele se aproximou dela — Só não me peça o divórcio!

Alessandro deu um beijo na testa dela e entrou em seu closet. Ele pegou apenas uma toalha e saiu, Alicia ainda se encontrava parada no mesmo lugar.

— As suas roupas estão ali, já estão limpas — Ele apontou para uma mesa e entrou no banheiro.

Alicia vestiu-se rapidamente, ela havia lido apenas o primeiro nome do homem, então não sabia de que família ele é.

A casa dele aparenta ser maior que a dela e que a de seu ex noivo juntas. Alicia andou pela casa perdida e sem saber para onde ir, ela não encontrou nenhum funcionário, então andou não sabe por quanto tempo.

Quando finalmente achou a saída, ela deu de cara com muitos seguranças.

— Sra. Moretti, o senhor pediu para encontrá-lo na piscina depois que terminasse de andar pela casa, eu vou guiá-la até ele — Um homem disse.

Alicia não disse nada, ela olhou para o tento e viu que pelo caminho haviam muitas câmeras segurança, ela apenas seguiu os seguranças, até que ela chegou em uma enorme piscina, provavelmente a maior que ela já havia visto em toda sua vida.

Alessandro saiu da piscina expondo o seu corpo majestoso e foi até ela.

— Para onde você está indo? — Ele perguntou.

— Tenho os meus assuntos para resolver — Ela respondeu.

— Com quem?

Ela apenas arqueou a sobrancelha, cruzou os braços e ele suspirou.

— Leve o meu cartão — Ele olhou para um dos seus seguranças que entregou o cartão a ela.

— Use para o que quiser, ele não tem limite.

— Eu... — Ela foi interrompida por um dos seguranças.

— Senhor, já está na hora — O segurança disse.

Alicia olhou todos eles saindo e ficou confusa, ela então se virou para sair de lá e um segurança a seguiu.

— Não precisa vim comigo — Ela disse tímida.

O homem não respondeu, apenas continuou a seguindo, Alicia então apenas se conformou e seguiu o seu caminho. Ela cuidaria desse casamento depois de resolver o problema com seu ex-noivo e com a meia-irmã primeiro.

Ela saiu da enorme mansão e o segurança abriu a porta de um carro.

— Esse carro é para senhora — O segurança disse.

— Então você fala — Ela disse fingindo estar surpresa.

Alicia entrou no carro e quando chegaram em sua casa ela o fez parar um pouco antes e foi andando até lá. Para sua sorte, ela não encontrou com ninguém, ela foi para o seu quarto e tomou banho, escovou os dentes e desceu.

— Mery? Onde estão todos? — Alicia perguntou.

— Foram marcar a data do casamento — Mery respondeu de cabeça baixa.

— Mas não vou mais me casar — Alicia pareceu confusa.

— Srta. Alicia, o casamento é da sua irmã com o seu ex-noito — A mulher disse sem conseguir encarar Alicia.

— Onde é que eles estão? — Alicia perguntou furiosa.

3

Alicia saiu de casa e entrou no carro que ainda esperava. Ela deu o endereço e no caminho recebeu uma ligação de um número desconhecido.

— Quem é? — Ela perguntou assim que atendeu.

— O seu marido — Disse Alessandro — Salva o meu número e não ande sem o Maurício.

— Moretti? Você é um Moretti? — Ela perguntou.

— Eu não sou um Moretti, eu sou o Moretti, o dono de tudo! — Ele disse em um tom melancólico e encerrou a ligação.

— Ele é mesmo o Moretti? — Ela perguntou ao segurança, que não respondeu.

Ela suspirou e foi o caminho em silêncio, assim que ela chegou no famoso clube onde só pessoas da mais alta sociedade faziam parte. Ela entrou e assim que chegou no saguão viu sua família, e decidiu ouvir um pouco do diálogo.

— Mas mamãe, eu quero me casar aqui, sempre foi o meu sonho — Stephanie fez voz de neném.

— Nós vamos pagar para duzentos convidados, já aumentamos a quantidade — A mãe de Stephanie insistiu.

— Me desculpem, essa quantidade ainda é pouca e não alugamos assim — A mulher disse.

— Sabe quem é o noivo? Sabe o sobrenome dele? Tem noção de como quem está falando?

— Se acalma mamãe, eu tenho certeza de que ela dará um jeito — Stephanie disse sem tirar os olhos da moça.

— Me desculpem, mas não é assim que funciona, temos regras. Se esse clube for caro demais para vocês então procurem outro — A mulher diz sem se deixar intimidar.

— Mamãe!!! — Stephanie fez cara de choro e bateu os pés no chão.

Alicia adentrou no saguão sentindo ser essa a hora certa para agir, ela disse para o seu segurança não interferir em nada, apenas observar de longe.

— Alicia? O que faz aqui? — Sua madrasta perguntou.

Alicia não deu importância, apenas seguiu em direção a funcionária que agora também olhou para ela.

— Eu quero alugar o clube — Alicia disse fazendo todos da sua família rir.

— Com o que irá pagar? — O pai perguntou em um tom debochado e curioso.

— Você não tem um tostão — A madrasta disse.

— Eu vou alugar todas as vezes que quiserem marcar algo — Alicia entregou o cartão para mulher.

— Como conseguiu esse cartão? Somente cinco famílias no mundo tem esse cartão, nem nós temos! — O pai perguntou, agora em um tom de surpresa.

— Ela deve ter se deitado com um milionário, ela só pode ter roubado o cartão! — A sua madrasta disse com rispidez.

— Irmã, você me perdoou e ainda vai pagar o meu casamento? — Stephanie foi abraçar Alicia que deu passos para trás.

— Não vou pagar por seu casamento, eu vou fazer de tudo para que você nunca, jamais, tenha o seu casamento dos sonhos — Alicia disse com desdém.

— Alicia? — Henry a chamou — Não faça isso!

Alicia olhou nos olhos dele e sentiu o seu peito doer, ela engoliu em seco, proibindo a si mesma de chorar.

— Não magoe a sua família! — Ele pediu.

— Você não quer que eu os magoe? Mas não pensou duas vezes antes de partir o meu coração, né? — Alicia riu com desdém.

— Irmã, não o culpe — Stephanie correu para os braços de Henry — Ele não teve culpa, se quiser descontar em alguém, então desconte apenas em mim!

Alicia riu de tão nervosa que ficou, ela então olhou com um sorriso para Stephanie e Henry.

— Eu jamais deixarei que sejam felizes — Alicia disse.

— Não seja tão dura conosco, isso fará mal ao nosso bebê — Stephanie colocou a mão na barriga.

Alicia ficou paralisada, como assim Stephanie engravidou? Quanto tempo eles dois estão tendo esse caso às escondidas?

— Você está grávida? — Alicia perguntou — Eu vou vomitar, que nojo de vocês!

— Chega Alicia, não faça escândalo! — O seu pai diz.

— Escândalo? Nem mesmo nesse momento você consegue ficar ao meu lado, pai? Que tipo de pai é você? Eu tenho nojo de todos vocês! Eu tenho nojo dessa família de merda!!! — Alicia disse, e seu pai foi para cima dela.

Quando ela ia tomar um tapa, Henry segurou a mão no sogro o impedindo de acertar Alicia.

— Não faça isso, ela só está com raiva, mas logo irá passar — Henry pede.

— Não vou bater em você, mas eu irei castigá-la.

— Me castigar? — Alicia perguntou arqueando a sombrancelha.

Seu pai segurou em seu braço e a levou embora arrastada de lá, o segurança caminhou em direção a eles, mas Alicia negou com a cabeça disfarçando e Maurício a entendeu.

Em sua casa Alicia foi trancada em seu quarto, ela estava deitada em sua cama quando recebeu uma ligação de Alessandro.

— O que houve? Maurício me contou! — A voz dele era calma — Quer que eu vá buscá-la ou consegue resolver essa situação?

— Me encontre no portão de casa em meia hora.

Alicia iria aproveitar que sua família iria jantar na casa de Henry para fugir de casa.

Quando todos saíram, ela pulou da varanda de seu quarto para piscina, que fica embaixo de sua sacada, mesmo molhada ela conseguiu pular o muro com um pouco de dificuldade e ficou durante horas esperando por Alessandro.

Um carro aproximou-se lentamente, quando a janela de abriu, ela viu que ele chegou, Alicia correu para dentro do carro, e Alessandro a encarou confuso.

— Está ensopada, o que aconteceu? — Ele tirou o seu paletó.

— Você demorou! — Ela se encolhida.

— Tive imprevistos — Explicou — Tire esse vestido molhado.

Ela concordou com a cabeça e o segurança saiu do carro para lhes dar privacidade, ele a ajudou se despir e a vestiu com o paletó. Antes que Alicia pudesse responder, um carro com o farol alto parou próximo a eles.

— É o meu pai, não quero que saibam de nós dois ainda — Ela disse, ainda trêmula com o frio.

— Abaixe-se, eles estão vindo — Ele disse deitando ela no banco do carro.

Ele abaixou o vidro para que pudessem ver apenas o rosto dele, e apagou a luz do carro. O seu motorista entrou no carro novamente.

— Sr. Moretti, que honra, o que faz aqui? — O pai de Alicia perguntou.

— Eu estou interessado na sua filha, ela tem um talento especial que chamou a minha atenção, convidarei vocês para um evento em breve!

Alessandro fez um sinal ao motorista que logo saiu de lá. Alicia levantou e olhou para ele.

— Talento especial?

— Sim, soube que a sua irmã tocou muito bem um piano na festa do seu pai — Ele respondeu.

— Ah, é mesmo! — Alicia concordou e em seguida espirrou — Desculpe.

— Tudo bem! Vou mandar prepararem algo bem quente para você comer quando a gente chegar em casa.

Ela concordou com a cabeça e apoiou-se no vidro do carro, e sentiu o seu corpo ficar leve, enquanto as suas pálpebras ficaram pesadas.

— Dizem que você é da máfia — Ela disse baixinho e Alessandro a olhou — Mas eu não acredito!

Alessandro a fitou, mas logo percebeu que ela havia adormecido e olhou para janela, ao chegar em casa ele a pegou em seus braços levando-a para o quarto.

Ele a deitou na cama com cuidado para que ela não acordasse, saiu do quarto e em cerca de alguns minutos voltou com uma canja para ela comer.

Ele colocou ao lado e gentilmente acordou ela, que se sentou rapidamente na cama, Alessandro ajudou-a colocar a bandeja equilibrada para que não caísse.

— Obrigada! — Ela agradeceu.

— De nada, depois de se alimentar coloque uma roupa mais quente — Ele disse — Você deixou o cartão no clube e devolveram para mim, mas por qual motivo quis alugar o clube inteiro?

— Para atrapalhar o casamento da minha irmã, só por isso — Ela respondeu com sinceridade.

— Mesmo depois de tudo o que Henry fez, você ainda o ama? — Ele perguntou.

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