Mamaeeee, já vou! - grita Annie arrumando os lindos cupcakes na bandeja.
Ilda guia a cadeira de rodas até a filha, e diz - Deus lhe acompanhe minha doce menina - diz ela com o coração apertado.
Annie sorri, beija a mãe, beija o filho que assiste Tv, e segue para uma rua movimentada, onde fica no farol, tentando vender seus doces, enquanto Ilda fica orando e pedindo a Deus que cuide da filha.
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- Só um tio, por favor. Só um docinho- diz o garotinho fazendo sinais com as mãos
Felipe suspira - eu já disse que não, não podemos sair por aí comprando essas coisas que vendem na rua, com certeza devem ser sujos Can.
O garotinho revira os olhos, e então olha a bela moça pela janela, segurando a bandeja de cupcake e sorrindo.
Felipe deixa o sobrinho na sala com a avó, e segue até a sala ao lado, onde liga para Alan.
- Sim, sim Alan. Sei. A mesma coisa, ela não sai desse quarto. Sabe, não sei mais o que fazer.
- Ela é sua irmã. A incentive a procurar ajuda. A sra Lúcia pode te ajudar.
Felipe suspira- tá. Agora vamos ver, onde encontraremos o sr Halil? Digo, qual restaurante
- Você sabe que ele ama ir até sua casa
Felipe suspira enquanto se senta e leva a mão a testa - sem chances. Estamos sem cozinheira. Mamãe já tem muito trabalho com o Can, não posso sobrecarrega-la.
Alan concorda, e combinam um lugar.
Pela noite, Annie segue fazendo mais alguns doces, já que pela manhã terá aula e não conseguirá trabalhar pela manhã.
Depois, ela segue até o filho, conta histórias até ele dormir, e então vai até a mãe.
- Mamãe, como passou o dia hoje?
Ilda segura as mãos da filha - ah filha, bem. Mas muito preocupada com você. Não gosto quando sai sozinha. Você sabe
Annie sente uma pontada no peito - tá tudo certo mamãe. Não se preocupe
Ilda - minha maior preocupação é que façam mal a você outra vez
Annie - ninguém fará mamãe, eu prometo, tá bom?
Ilda faz que sim com a cabeça, e enxuga as lágrimas , enquanto Annie a beija na cabeça e a abraça, logo a ajudando a guiar a cadeira de rodas até a cama.
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No dia seguinte, Felipe conversa com a mãe, sobre ainda não terem conseguido uma nova cozinheira.
- Sim mamãe, não gostei de nenhuma dessas que fizeram o teste.
Leman suspira - é, também não gostei muito. Ah, poderíamos aceitar a ajuda da Lúcia, já que o marido dela trabalha na universidade, e lá tem tantas estagiárias.
Felipe ri com deboche - quer uma garotinha de 20 anos para comandar a cozinha da nossa casa? Fala sério Mãe!
Leman revira os olhos - falou o senhor de 25 anos
Felipe - sme chances. Essas estagiárias costumam não terem responsabilidade
Ele juntas os documentos que estavam sobre a mesa, beija a mãe na testa e logo sobe, ligando para Alan e o chamando para irem até uma casa de show.
Lá, eles se divertem com algumas mulheres, e depois Felipe segue para o motel com uma ruiva, que depois, pede o número do celular dele.
O rapaz ri - nada disso gata, o que fizemos aqui acaba por aqui mesmo - diz ele arrumando o zíper da calça - foi uma linda noite - e dá um beijo demorado na mulher, logo saindo.
Pela manhã, Felipe arruma os punhos da camisa, quando Leman bate na porta do quarto.
- Diga - diz ele ainda olhando para a roupa
Leman suspira - A Sabrina não quer sair nem do quarto hoje, por nada
Ele suspira - vou lá ver
Ele segue até a irmã, que está sentada na beirada da cama.
Ele se abaixa, e de frente a ela, diz - bom dia meu amor. Não está se sentindo bem?
Sabrina suspira - é apenas dia 7. Você sabe, quero ficar sozinha.
Ele a beija na testa - o Can precisa de você
Sabrina olha para o chão, e não responde.
Felipe - já fazem dois anos Sabrina, dois anos. Não irá sair nunca mais?
Sabrina - o último dia que saí a minha vida parou
Felipe engole seco - por mais doloroso que seja, a visa continua
Sabrina sente as lágrimas descendo - eu estava dirigindo. Eu matei o Ian, eu quase matei o Can. Eu não posso me aproximar dele
Felipe segura as mãos dela - pode, pode sim, claro que pode. O que aconteceu com vocês foi um acidente
Sabrina altera um pouco a voz - eu estava dirigindo, eu matei o meu marido!
Felipe - não, você não matou!
Sabrina - e quase matei meu filho!
Felipe - não é verdade
Sabrina tampa os ouvidos com as mãos - me deixa sozinha
Felipe - você...
Sabrina grita - sai daqui! Anda, sai daqui, por favor, sai
Leman vai até eles, e dá sinal para que o filho saia.
Ao ficarem sozinhos, Felipe diz a mãe - ela vai acabar se matando dessa forma!
Leman - não fale assim!
Felipe anda até a porta da sala, mas volta e diz - O Can precisa dela. Nós precisamos dela, eu quero a minha irmã de volta!
Leman - e acha que não quero minha filha de volta também? Han? Eu não sei mais o que fazer!
Felipe fica quieto, enquanto Leman chora, e sente como se algo lhe tirasse o ar por alguns segundos.
Ele entao suspira, e sai para ir até a empresa, onde chega e diz a secretária que ele não está para ninguém.
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Ainda na faculdade, Annie pergunta a alguns professores se não sabem de algum trabalho.
Edman - olha... Você transferiu o curso para Bosrun ( cidade) já no final... Você não conhece praticamente ninguém aqui, e todos pedem referencia
Annie abaixa a cabeça - entendi.
Edman, que sabe a situação delicada da garota, pergunta - as diárias no restaurante não estão ajudando?
Annie sorri - claro que está. Muito obrigada professor. Estou indo todo domingo
Edman- se souber de algo te aviso.
Annie concorda com a cabeça, e segue para casa, onde almoça com a mãe e o filho, arruma algumas coisas, e depois vai vender seus doces.
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Alan busca Can no curso de inglês, e o mesmo se anima ao vê-lo.
Can - tio Alan! Onde tá o tio Felipe?
Alan - está em uma reunião
Can - ahn, já sei, coisa de adultos
Alan ri - isso mesmo campeão
Eles entram no carro, e no segundo semáforo, o garotinho vê Annie com seus doces.
Can - tio Alan, compra um pra mim, por favor
Alan suspira - seu tio me mata se souber que eu comprei doce pra você, ainda mais na rua
Can revira os olhos e resmunga - sou só uma criança. Que as vezes quer um docinho. Passo aqui tantas vezes, vou morrer de tanta vontade de experimentar esses doces. Coitado de mim!
Alan suspira e abaixa o vidro da janela, fazendo sinal para a moça vir até ele.
Quando ela se aproxima, Alan se surpreende, pois além de linda, é muito nova.
Can bate palmas no banco de trás, enquanto Alan lhe entrega o Cupcake, dizendo - come logo, e pelo amor de Deus, esquece isso.
Can - tio Alan, você é o melhor! - diz ele enquanto se lambuza com o doce - que delícia
Ao chegarem na casa de Felipe, Leman agradece ao rapaz, e diz que Sabrina não amanheceu bem, e por isso ela não foi até Can.
Alan - tudo bem tia Leman
Leman suspira - estamos desfalcados, sem cozinheira, o motorista passou mal... Ai filho está complicado
Can - mas acho demais quando o tio Alan me busca
Leman - ae, porque?
Alan se apressa - porque somos parceiros né campeão
Can faz uma carinha de sapeca - claro - diz ele, enquanto Alan se despede deles.
Annie volta para casa animada, já que duas senhoras fizeram encomendas de cupcakes com ela. Ela aproveita e também faz alguns cookies para vender no dia seguinte, indo dormir muito tarde.
Pela manhã, ele vai até a secretaria da faculdade e pede autorização para vender seus doces ali, e a diretora concorda, já que ficou completamente apaixonada pelo trabalho da garota.
A tarde, Annie tira o tempo para o filho. Brincam juntos, fazem massinhas, e depois, eles saem com Ilda até a praça.
Ilda suspira ao ver o neto correr atrás da bola com outras crianças - maldita a hora que fiquei assim.
Annie sente uma pontada no peito - não fala assim mamãe
Ilda - não posso correr com meu neto. Te dou muito trabalho
Annie se apressa - nada disso! Você faz maioria das suas coisas sozinha mamãe. E mesmo se não fizesse, eu faria tudo por você, com o maior prazer.
Ilda apenas a olha alguns segundos, e depois volta o olhar para Benício, que ri junto a outros coleguinhas.
No dia seguinte, Leman diz a Felipe que não tem como esperar mais, e que ele precisa considerar a ideia de pedir uma indicação de Edman.
Felipe revira os olhos - vou falar com a Lúcia.
Já no escritório, quando Lúcia passa a agenda do dia, Felipe pergunta - sra Lúcia... Você comentou comigo uma vez que o seu marido poderia me indicar outra cozinheira caso eu precisasse
Lucia - posso ver com ele outra vez sr Felipe
Felipe - espero que dessa vez de certo. Minha mãe está me torrando com esse assunto.
Lúcia sorri - já vamos resolver isso.
Felipe a agradece, e logo a mulher se retira, ligando para o marido e passando o assunto para ele.
Edman desliga a chamada, e vai até o pátio. Vê Annie entregando alguns saquinhos de doces a outros alunos, e se compadece do esforço da garota.
Edman - será que dará certo meu Deus? - diz ele sozinho
Ele então caminha até Annie, e diz - Annie, fiquei de ajudá-la. Mas preciso que me ajude também.
Annie - claro professor
Edman - o chefe da minha esposa precisa de uma cozinheira, pensei em você
Annie arregala os olhos - um restaurante?
Edman - é para uma casa de família. Alguma objeção?
Annie se apressa - claro que não. Eu preciso de um emprego
Edman passa o endereço, onde Lúcia a esperará para uma entrevista, e logo ele diz - Annie. Apesar de te conhecer a poucos meses, eu me compadeci da sua história, do seu esforço com a sua mãe, com seu filho. Por favor, não me decepcione, continue dando o seu melhor, faça o seu melhor ali
Annie - mas é claro professor
Edman - já indiquei outras pessoas assim, que diziam precisar do emprego, iam dois ou três dias, e não apareciam mais. Inclusive ao sr Felipe. Ele é terrível
Annie - mas vou falar com a sra Leman certo?
Edman - sim. Mas é ele quem comanda tudo. Seja profissional
Annie - confie em mim.
Edman consente com a cabeça, enquanto a garota o agradece, e segue para casa de Leman.
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