Sou Alex Alencar, tenho vinte e nove anos e sou o mais velho de quatro irmãos, depois de mim vem o Fabrício que tem vinte e seis, depois vem Caio que tem vinte e quatro e por último Beatriz que tem vinte e dois.
Somos filhos de Fernando e Marisol Alencar.
Hoje somos pessoas bem sucedidas e da alta sociedade, mas nem sempre foi assim. Meus irmãos e eu tivemos uma infância bem humilde ao lado de nossos pais. Meu pai era motorista e minha mãe professora eles não ganhavam muito, mas era suficiente para nos sustentar, pelo menos comida nunca faltou em nosso mesa.
Meu pai estudou e se formou em direito depois que nós quatro já éramos nascidos. Ele estudou, se formou e começou a trabalhar em um escritório e quando começou a ganhar melhor investiu na bolsa e deu certo. Ele lucrou muito bem com os investimentos e logo fez fortuna e conseguiu abrir o escritório e hoje somos o que somos e temos o que temos graças ao esforço do meu pai.
Meus pais são casados faz tinta e um anos, acho linda a união deles, mas não quero isso para mim. Não busco um casamento e nem me imagino casado.
Estou muito bem da forma que estou levando minha vida. Tenho encontros casuais e busco mulheres que queiram o mesmo, não quero todo esse lance de romance e namoro.
A última namorada que tive foi ainda na adolescência, quando tinha dezesseis anos, durou por um ano e depois disso não namorei mais com ninguém, e nem pretendo mudar isso.
— Doutor Alex? — minha assistente me chama.
— Sim.
— O senhor tem hora marcada com a arquiteta.
— Ok.
— Às 17:00 horas.
— Ok, pode confirmar.
— Sim senhor.
O dia transcorreu bem, analisei alguns casos e foi só isso, já que não tive nenhuma audiência hoje.
Amo o que faço e meu pai sente-se muito orgulhoso pelos três filhos terem seguido seus passos, pois meus irmãos Fabrício e Caio também são advogados, Fabrício é trabalhista e Caio criminalista como eu.
Beatriz decidiu não seguir nossos passos e está estudando medicina, esse sempre foi o sonho dela e meu pai a apoia inteiramente.
Saio do escritório e passo na casa dos meus pais para tomar um banho, pois atualmente moro com eles. Por isso decidi comprar essa casa, para poder ir morar sozinho e ter minha privacidade.
Até pensei em comprar um apartamento já pronto e mobiliado, mas eu não gosto muito de apartamentos, prefiro as casas.
Por esse motivo, contratei uma arquiteta, pois a casa que comprei não estava da forma como eu queria e vai precisar passar por algumas reformas.
Contratei o melhor escritório de arquitetura da cidade, falam muito bem deles.
Tomo um banho, visto uma calça jeans bege com uma camisa social preta, que eu dobro as mangas até o antebraço e calço um sapatênis branco.
Passo um pouco de perfume, pego minha carteira, as chaves do carro e desço as escadas.
Caio está na sala junto com a namorada, a ruiva, amiga da Beatriz, a Bárbara, faz um pouco mais de um ano que estão juntos, os dois parecem que se gostam muito.
Eu que não quero compromisso com ninguém, longe de mim!
— Boa tarde. — digo.
— Boa tarde. — os dois respondem juntos.
— Volta para o jantar filho? — minha mãe pergunta.
— Não sei mãe, eu aviso. — digo e dou um beijo em sua testa. — Estou indo falar com a arquiteta que vai reformar minha casa.
— Não sei o porquê ir embora daqui! Uma casa tão grande dessa.
— Alex precisa de privacidade querida. — meu pai diz se aproximando dela.
— Exatamente. — digo.
— Mas não abuse tanto da privacidade, há uma hora que precisa sossegar, casar e formar uma família! Eu casei com sua mãe aos vinte e quatro anos, ela tinha apenas dezoito, dois anos depois tivemos você e pouco tempo depois seus irmãos. E eu não passei muito tempo enrolando sua mãe, casamos logo. Espero que você encontre alguém meu filho. — ele diz e faz uma pausa, mas logo continua. — E você meu filho, espero que não enrole a moça por muito tempo. — meu pai diz para Caio.
— Eu não vou casar agora pai, faz um pouco mais de um ano que estamos juntos, pensaremos em casamento mais à frente.
— Os jovens de hoje não querem casar! — meu pai diz.
— Preciso ir, estou em cima da hora e não gosto de deixar ninguém esperando. — digo e saio de casa.
O condomínio onde fica a casa que eu comprei fica bem perto daqui, pois dirijo apenas por uns dez minutos e logo chego ao meu destino.
Entro no condomínio, deixo avisado na portaria que irei receber uma pessoa e que a entrada dela está liberada.
Acabei esquecendo de comprar algo para oferecer para a arquiteta.
Como ainda tenho alguns minutos até a chegada dela, decido ir até ao mercadinho do condomínio para comprar algo.
Ainda não estou morando aqui, mas a casa já é minha, então tenho direito a usar todos os serviços do condomínio.
Compro um suco natural de laranja, água e biscoitinhos.
Entro de volta na casa e deixo tudo em cima da mesinha de centro, tem alguns móveis aqui, que eu ainda não tenho certeza se irei usar.
Logo a campainha toca e eu já sei que é ela, pois autorizei sua entrada direta.
— Boa tarde, sou Paloma Marinho, do Marinho Arquitetura.
Alguém pode levantar meu queixo, pois ele acaba de cair.
Que mulher bonita!
— Olá? É o senhor Alex Alencar? — ela diz parada à minha frente.
— Ah! Sim, sou eu!
Devo está com a maior cara de idiota na frente da moça.
— Bem vinda, pode entrar.
— Obrigada.
Dou espaço para ela entrar e não deixo de olhar para seu corpo, ela é cheia de curvas, tudo na medida certa.
Para terminar de f*der meu juízo está usando uma maldita saia que marca perfeitamente sua b*nda e deve está com uma calcinha minúscula, pois a saia é bem justa e não vejo marca de calcinha.
P*rra! Vai ser difícil me concentrar.
Controle-se Alex! Até parece que nunca viu uma mulher na vida.
— Seu sobrenome é Marinho? Tem parentesco com o dono? — pergunto.
— Sim! Sou filha dele.
Olhando bem essa menina é muito jovem, não deve ter mais que vinte e cinco, provavelmente é recém formada e o pai está incentivando.
— Já assinou algum outro projeto antes?
— Na verdade não. — ela me olha meio constrangida. — Será meu primeiro, óbvio se o senhor desejar, mas senão, pode pedir outro profissional do escritório, não há problema.
Eu desejo muito mais que ser seu primeiro cliente meu bem!
— Gostaria de ver sua proposta para poder tirar minhas conclusões.
— Claro.
— Aceita um suco?
— Gostaria de uma água, por favor.
— Ok, se incomoda em beber no copinho que vem a água, como pode ver, ainda vai demorar para eu mudar pra cá.
— Pode ser, não tem problema.
— Aqui, Paloma. — digo olhando em seus olhos.
— Bom, vamos aos trabalhos? — ela pergunta.
— Pode ficar à vontade, sou todo ouvidos.
Ela me apresenta sua proposta, que é muito boa por sinal, ela não tem experiência, mas com certeza tem um futuro promissor no escritório do pai.
— Então? O que achou? — ela pergunta sem jeito e eu olho para ela. — Não gostou não é? — ela é muito insegura ainda.
Tão bonita constrangida.
— Não gostei...
— Ah! — ela diz e levanta as sobrancelhas.
— Brincadeira... Eu gostei muito do seu projeto, está aprovado. Onde eu assino? — ela sorri.
— Segunda o contato estará em sua mãos.
— Ótimo, ficarei no aguardo.
— Bom, é isso, muito obrigada pelo voto de confiança. — ela diz e estende a mão para mim.
— Por nada, nos vemos em breve, Paloma.
— Sim. — seguro sua mão mais tempo do que deveria e ela olha para a minha mão e eu a solto. — Até logo senhor Alex.
— Alex.
— Então nos vemos em breve Alex.
— Te acompanho até a porta. — digo e a levo até a porta.
Observo ela entrar em seu carro e fico olhando até que ele suma de vista.
Controle-se Alex!
Essa moça é muito jovem e além de tudo é a arquiteta, temos um contrato profissional, nada de misturar prazer com negócios.
Sou Paloma Marinho Azevedo, tenho vinte e dois anos e sou recém formada em arquitetura.
Meu pai é arquiteto e tem um escritório muito renomado na cidade. Com isso não foi difícil escolher minha profissão, sempre fui fascinada pelo o que meu pai fazia e essa paixão só foi crescendo dentro de mim.
Após minha formatura comecei a trabalhar no escritório do meu pai, mas até então não havia conseguido nenhum projeto, pois as pessoas preferem arquitetos mais experientes, o que eu não julgo, mas nós que estamos começamos agora precisamos de uma oportunidade.
Meu pai me fez pegar um projeto simples, é apenas a reforma de uma casa de um figurão da advocacia, Alex Alencar o seu nome.
Andei dando uma pesquisada sobre sua vida e vi que ele e a família são muitos conhecidos na cidade, a ponto de ter matérias sobre eles em revistas famosas.
São quatro irmãos, herdeiros do patriarca Fernando Alencar, os três filhos homens são advogados como o pai e já a única filha estuda medicina.
Eles são uma família de posses e muito reservados, segundo a revista famosa, mas de acordo com as páginas de fofocas, Alex Alencar leva uma vida libertina e coleciona casos de uma noite só, entre suas conquistas, estão modelos, atrizes, cantoras, só gente famosa e da alta sociedade.
Os sites de fofoca dizem que ele não é muito de dar entrevistas, mas segundo fontes próximas a ele, revelaram que ele não quer se casar e nem ter relacionamentos sérios.
No momento estou igual a ele, mas não porque não quero um relacionamento sério, mas sim porque estou de coração partido. Meu namoro de seis anos acabou e o motivo que ele me deu foi absurdo.
Ele disse que estava terminando comigo, pois queria curtir sua vida, que era jovem ainda e que o tempo de curtir estava passando e que nossa vida estava monótona e que nada de diferente acontecia.
Namoramos desde a adolescência, quando tínhamos dezesseis anos, nós temos a mesma idade. Dei nele meu primeiro beijo e ele foi meu primeiro e único homem, pois depois dele ainda não consegui ir para cama com ninguém, na verdade eu nem tentei.
Ele terminou comigo faz dois meses e eu ainda estou arrasada e de coração partido.
Hoje é sexta-feira e eu caí na besteira de aceitar o convite da minha amiga Patrícia para ir à uma balada, faz tempo que não faço isso. No final das contas o que o meu ex falava tinha um fundo de verdade, fazia tempo que não saímos para nos divertir, havia sempre outras coisas que vinham em primeiro lugar.
Só que essa culpa eu não levo sozinha, ele também havia se acomodado e não me convidada para sair, nem jantar fora nós íamos.
Termino de me arrumar, estou usando um vestido preto, curtinho e bem colado, nos pés uma sandália de salto, também preta e na boca um batom vermelho. Tudo obra da desmiolada da minha amiga, segundo ela tenho que ir vestida para matar e que hoje eu só saio da balada acompanhada.
Não estou nem um pouco afim de sair acompanhada, a verdade é que hoje só quero afogar minhas mágoas enchendo a cara.
Decidimos vir com o motorista do meu pai, já que vamos beber e não vamos dirigir alcoolizadas.
— Se eu gostasse de mulher eu te pegaria facinho. — Patrícia diz e eu sorrio, essa não tem um pingo de juízo.
— Só você mesmo para dizer uma coisa dessas. — digo e nós sorrimos.
O motorista do meu pai nos deixa em frente a boate e eu peço para que ele vá para casa, que quando for embora eu ligo e assim ele faz.
— Essa balada é incrível. — Patrícia diz.
— Já veio aqui?
— Quem não veio Paloma?!
— Eu!
— Você não conta.
— Nossa!
Entramos na balada e pegamos as pulseiras para o vip e subimos as escadas. Daqui de cima dá para ver toda a pista de dança que fica lá embaixo, onde muitas pessoas estão dançando, bebendo, conversando e se pegando.
— Isso aqui está bombando hoje.
— Eu só quero encontrar um lugar para sentar e beber até cair.
— Credo! Tem certeza que você só tem vinte e dois anos mesmo?!
— Sim! Eu sou uma jovem senhora de vinte e dois anos. — digo e nós sorrimos.
— Vamos dançar Paloma!
— Dançar?
— Sim, Paloma! Dançar!
— Eu não! Vai você, vou pegar uma bebidinha e sentar.
— Amiga você tem que sentar, mas é em outro lugar. — nego com a cabeça.
— Vai dançar vai!
— Eu vou mesmo.
Ela vai para a pista de dança e eu vou para o bar.
— Boa noite. — o barman diz.
— Boa noite.
— O que deseja? — ele pergunta e eu dou uma olhada no cardápio grande que está pendurado na parede atrás dele.
— O que me sugere?
— Quer algo mais leve ou mais forte?
— Algo leve, acabei de chegar e a noite só está começando.
— Espanhola, então. — levanto uma sobrancelha pelo nome sugestivo e ele sorri.
— E o que tem nessa espanhola.
— Abacaxi, leite condensado e vinho tinto.
— Vai ser esse então.
— Ok, pode sentar enquanto preparo seu drink.
— Ok. — sento e observo ele todo concentrado preparando minha bebida.
Ele é muito bonito, um moreno alto, cheio de músculos e com um sorriso bonito, mas tem uma aliança, então vou só admirar o barman bonitão mesmo.
— Amiga! A pista está bombando! — Patrícia diz se aproximando de mim.
— Eu posso imaginar. — digo.
— Sua bebida, moça. — o barman diz me entregando a bebida e eu experimento. — Hum, muito bom. — digo e o barman sorri.
— E a senhorita, o que deseja? — ele pergunta para Patrícia.
— Um mojito.
— Ok.
— Você nem sabe quem está aqui!
— Quem? — pergunto.
— Os irmãos Alencar! Os quatro.
— Hum... Eles não são de sair muito, não é? — digo.
— Sua bebida, senhorita. — o barman diz e entrega o mojito de Patrícia.
— Obrigada. — ela diz, dá um gole na bebida e continua a falar. — Caio e Alex são os que mais são vistos, Caio está com a namorada, uma ruiva muito bonita, Fabrício está com a esposa que também é ruiva, ele se casou bem jovem, Beatriz está com o namorado um figurão aí que vende carros importados e Alex ao que parece está sozinho. — Patrícia diz.
Essa sabe muito da vida deles, pois ela acompanha as páginas de fofoca e só o que eles sabem fazer é falar dessa família.
— Alex não tem namorada, o lance dele é pegar e não se apegar, pena que ele só fica com famosas e eu não sou uma. — Patrícia diz. — Mas, tem um amigo do Caio junto com eles, Maurício o nome dele, é o maior gato, já que Alex está fora do meu alcance... — nego com a cabeça e ela sorri.
Patrícia vira a bebida de uma vez e sai no rumo da pista de dança.
— E você não vai dançar também como sua amiga? — o barman pergunta.
— Eu não danço.
— Entendi, desculpe perguntar, mas o que faz aqui então?
— Sabe essa doida que está comigo? — ele assente. — Então, estou aqui por causa dela.
— Entendi.
— Um Whisky. — alguém pede se aproximando do balcão.
— É para já. — o barman diz.
— Paloma Marinho? — a voz masculina me chama e eu me viro para olhar quem é.
— Oi. — digo olhando para o lindo homem à minha frente.
— Que surpresa agradável você por aqui.
— Seu whisky. — o barman diz.
— Amiga! — Patrícia volta eufórica. — Descolei dois gatos pra gente.
— Eu passo.
— Deixa de ser chata Paloma, você tem vinte e dois anos, tem que curtir a vida menina! — olho para Alex que faz sua melhor cara de paisagem.
— Eu não quero ficar com ninguém, Paty, pode ir lá e aproveitar.
— E eu fico com os dois é?!
— Aí fica a seu critério. — ela sorri, minha amiga é uma pervertida.
— Se incomoda se eu for?
— Não, terminando essa bebida eu ligo pro Sandro vir me buscar.
— Ok, te amo amiga.
— Eu também te amo, me manda sua localização e quando chegar em casa me liga.
— Pode deixar. — ela me dá um beijo e sai.
Patrícia estava tão empolgada que nem se deu conta de que Alex estava aqui, do contrário teria falado com ele.
— Sua amiga é moderninha, não é? — ele pergunta e sorri.
— Ela é.
— E você?
— Eu o quê?
— É moderninha também?
— Não.
— Ah!
— Eu suponho que você sim. — digo sem pensar.
— Pior que não, não curto muito essas coisas.
— Mas já experimentou? — as palavras só estão saltando da minha boca e eu mesma não acredito que perguntei isso, Alex sorri de lado.
— Já, mas não é algo de que eu me orgulhe e nem pretendo repetir. — ele diz e eu levanto uma sobrancelha, mas não digo nada.
— Pode me dar minha comanda, por favor?
— Não vai querer experimentar outro drink? — o barman pergunta.
— Não, eu já estou indo. — ele assente e me entrega a comanda.
— Tão cedo e você já vai? — Alex pergunta.
— É! Minha amiga já foi e eu só vim pra fazer companhia a ela, então já estou indo também.
— Não precisa ir, eu te faço companhia. — ele sorri.
Que sorriso!
— Vamos até minha mesa, estou com meus irmãos aqui, um com a esposa, outro com a namorada, a outra com o namorado e um amigo do meu irmão.
— Agradeço pelo convite, mas não quero atrapalhar e também já estou de saída.
— Quer que eu te leve em casa.
— Não precisa se incomodar.
— Não é interessante uma mulher ir embora sozinha, essa cidade está ficando perigosa.
— O motorista do meu pai vem me buscar.
— Alex! Que demora. — a linda morena de cabelos cumpridos e olhos verdes se aproxima, essa é a irmã, Beatriz. — Hum... estou vendo porque se distraiu. Olá, sou Beatriz, irmã mais nova dele.
— Muito prazer, Paloma.
— O prazer é todo meu, você é muito bonita Paloma.
— Muito obrigada, você também é linda.
— Vem pra nossa mesa?!
— Já estou de saída.
— Toma só um drink conosco.
— Eu agradeço muito o convite, mas já estou indo.
— Se conheceram hoje? — Beatriz pergunta.
— Não, no início dessa semana, sou a arquiteta que está cuidando da reforma da casa do seu irmão.
— Ah! — ela olha para o irmão e sorri. — Só um drink, vamos? — Beatriz me olha e sorri.
— Ok. — digo e ela dá um pulinho de alegria e bate palmas.
Acho que ela tem mais ou menos minha idade. Ela é muito bonita e muito animada.
— Gente, essa é Paloma, amiga do Alex. — todos que estão na mesa olham para mim, inclusive as duas ruivas que me olham com cara de poucos amigos.
— Olá. — Caio diz super sério.
— Oi.
— Sou Caio.
— Muito prazer.
— E eu Fabrício.
— Muito prazer.
— Essa são, Bárbara, namorada do Caio e Mariana, esposa do Fabrício.
— Muito prazer. — as duas me dão um meio sorriso.
Já não gostei dessas duas, tem cara de serem metidas e esnobes e eu detesto gente assim, não suporto quem quer ser mais que os outros.
— E esse é meu namorado Michel.
— Olá Paloma. — ele diz.
— Olá.
— Muito prazer.
— Igualmente. — digo.
— Sente. — Alex diz me indicando um lugar vazio e logo senta ao meu lado.
— Obrigada. — digo e ele sorri.
Alex chama o garçom e dessa vez eu peço um mojito e esse vai ser meu segundo e último drink da noite, depois daqui vou para minha casinha.
— Paloma é uma excelente profissional, está cuidando da reforma da minha casa.
— Você é arquiteta? — o namorado de Beatriz pergunta.
— Sou sim, meu pai também é, trabalho no escritório dele.
— É bom fazer o que ama, dá pra ver pelo seu olhar que ama o que faz. — ele diz.
— Sim! Realmente eu amo o que faço e faço com muito amor. — Beatriz olha para mim sorrindo e logo olha para o irmão.
— Acho que escolhi bem. — Alex diz.
— Escolheu sim. — Beatriz diz e pisca para o namorado que sorri para ela.
Termino de beber o drink e decido que agora é hora de ir embora.
— Eu já vou indo, foi um prazer conhecer vocês. — digo me levantando e chamando o garçom para pagar pelo meu drink.
— Pode deixar que nós pagamos, eu que convidei. — Beatriz diz.
— Obrigada.
— Domingo vamos passar o dia na piscina, se quiser vir está super convidada.
— Obrigada. — digo para ser educada, mas óbvio que não vou aparecer coisa nenhuma.
As duas ruivas fuzilam a mim e a Beatriz com os olhos, não gostei mesmo dessas duas.
— Me empresta seu celular? — Beatriz pede e eu entrego meu celular para ela.
— Pronto! Salvei meu número e já liguei para mim para salvar o seu também. Eu te ligo.
— Tá! — essa moça é bem insistente, estou vendo que não vou ter como me livrar desse compromisso.
— Até domingo. — Beatriz diz e me abraça.
— Até. — digo.
— Foi um prazer. — o namorado dela diz e aperta minha mão.
Caio e Fabrício também apertam minha mão e as duas ruivas se esforçam para sorrir. Essas aí são duas cobras fingidas.
— Eu te levo. — Alex diz se levantando.
— Não precisa, eu vou de motorista.
— Faço questão.
— Não precisa se incomodar, você está com seus irmãos, não quero atrapalhar.
— Não atrapalha, vamos?
— Sim.
— O Caio vai pagar minha parte. — Alex diz e Caio nega com a cabeça.
— Vou! Só porque a garota é bonita. — Caio diz e eu sorrio.
Alex e eu saímos de dentro da boate para o estacionamento. Logo manobrista traz seu carro.
Alex abre a porta para mim e logo vai para o lado do motorista.
— Pode digitar seu endereço no GPS. — ele pede e assim o faço. — Obrigado.
— Não precisava se incomodar, você estava aproveitando a noite com seus irmãos e cunhados e eu moro muito longe da sua casa.
— Sabe onde eu moro?
— Quem não sabe que os Alencar tem residência fixa em Nova York e aqui no Brasil tem residência fixa no Alphaville.
— Está me stalkeando?
— Não! Mas o nome da família Alencar está sempre em alta nas páginas de fofoca, eu acredito que saiba que vocês são muito conhecidos, tipo celebridades locais.
— É... Eu sei sim.
— É por isso que eu sei.
— Entendi... Mas isso é injusto, você sabe tanto de mim e eu não sei nada de você, me fala sobre você.
— O que quer saber sobre mim?
— O que quiser que eu saiba, estou todo ouvidos.
— Não há muitas coisas interessantes a meu respeito.
— Eu duvido.
— Eu sou filha única, moro sozinha com meu pai desde os oito anos, me formei em arquitetura ano passado e é isso.
— Hum... E namorado você tem?
— Não.
— Uma mulher tão bonita e não tem namorado.
— Você também é muito bonito e não tem namorada! — ele sorri de lado.
— Me acha bonito?
— Sim! E você sabe que é, não precisa que eu diga.
— Dizem isso por aí... estou começando a acreditar que sou mesmo bonito. — reviro os olhos.
— Quem é bonito sabe que é bonito.
— Posso saber porque não tem namorado?
— Porque acabei de sair de um relacionamento e não pretendo entrar em outro tão cedo!
— Também não quero um relacionamento sério.
— Você é do tipo que fica com uma por noite, eu sei bem como é.
— Não com uma por noite, isso é exagero, uma por final de semana, ou duas ok, mas eu não faço sexo todas as noites, eu trabalho bastante e só tenho folgas no final de semana, saio às sextas, tipo hoje e aos sábados e no domingo fico com a família e não bebo, pois no outro dia vou trabalhar.
— Entendi.
— Chegamos. — ele diz parando o carro em frente ao portão do condomínio.
— Obrigada.
— Quer que eu entre e te deixe na porta de casa?
— Não precisa, muito obrigada.
— Então tá! Venho te buscar domingo às 09:00 da manhã.
— O quê?!
— Para almoçar na minha casa, minha irmã te convidou.
— Eu não confirmei.
— Confirmou sim, o que você falou para minha irmã é o suficiente.
— Eu não...
— Esteja pronta. — ele diz descendo do carro e abrindo a porta para mim.
— Eu não vou...
— Você não vai fazer essa desfeita com minha irmã, vai? Ela é muito amável.
— Ah! Tudo bem! — digo e ele sorri.
— Venho te buscar às 09:00.
— Ok.
— Boa noite, Paloma. — ele diz dando um beijo no meu rosto.
Logo entra em seu carro e sai e eu fico com a maior cara de boba.
Aí Paloma você se mete em cada uma!
...Alex Alencar...
Hoje finalmente é domingo e eu não consegui dormir até tarde. Acordei às 6:00 da manhã e saí para correr um pouco e logo após fui à academia malhar. O que faço todos os dias, mas durante a semana acordo às 5:00 horas para dar tempo de fazer tudo antes das 8:00, que é a hora que chego no escritório.
Geralmente no domingo acordo por volta das 8:00 horas, mas hoje acordei e não consegui voltar a dormir. Acho que saber que logo mais irei buscar a Paloma está me deixando ansioso e por isso não consegui dormir.
Essa mulher tem algo que me prende e me fascina. Sei que ela é bem jovem, tem a idade da minha irmã mais nova, mas ela se porta como alguém de mais idade, sabe conversar, é muito madura.
Nem lembro se já fiquei assim por causa de alguém, mas essa mulher é diferente, tem algo nela que me atrai. Talvez seja porque ela não me deu mole nenhuma vez, talvez isso seja só um desafio, ou o tesão falando mais alto, talvez se ficar com ela somente uma vez isso passe.
Acho que Paloma tope ficar comigo, afinal de contas ela disse que não quer um relacionamento sério e eu também não, então podemos só tr*nsar e voltar cada uma para sua vida.
Não sei como propor isso a ela, já que Paloma não demonstrou interesse em mim nenhuma vez, muito pelo contrário, ela é muito séria e me trata polidamente.
Não sei o que farei, mas a terei em minha cama e isso tem que ser logo!
...****************...
Paro o carro em frente ao portão do condomínio dela e antes que peça para o porteiro interfonar para a casa dela, ela aparece lindamente vestida em um vestido verde água, o vestido vai até metade das suas coxas, e a cada passo que ela dá sobe um pouco.
O dia de hoje vai ser difícil, Alex!
Vou ter que me concentrar muito para não ter uma ereção na frente de todos.
Oh mulher gostosa do c*ralho!
— Bom dia Paloma. — digo.
— Bom dia, Alex.
— Dormiu bem?
— Sim, maravilhosamente bem, e você.
— Muito bem também. — minto, dormi mal para caramba.
— Que bom.
— Sim. Já tomou café?
— Tomei, meu pai não me deixa sair sem tomar café com ele, é nosso momento.
— Meus pais também gostam de fazer as refeições em família, mas nem sempre conseguimos fazer todos juntos, um dos meus irmãos já é casado e mora com a esposa, Bia passa o dia na faculdade e só está em casa à noite, isso quando ela não vai direto pra casa do Michel, Caio e eu trabalhamos bastante e nem sempre conseguimos estar presentes. Meu pai ainda trabalha, mas bem menos que antes, já que tem nós três para ajudar, Caio se formou há dois anos, mas já atua em muitos casos, tem tudo para ser melhor que eu.
— É bom estar em família e também deve ser bom fazer parte de uma família grande, aqui somos só meu pai e eu.
— Me desculpe se estou sendo indelicado, mas onde está sua mãe? Faleceu?
— Não! Se separou do meu pai e nunca mais me procurou, então desde os oito anos, somos apenas meu pai e eu.
— Ele não se casou de novo?
— Não, ele até tem suas namoradas, mas nunca quis casar de novo, acho que tudo por causa de mim, já conversei com ele sobre isso e ele disse que não, que não casou outra vez porque não encontrou alguém que despertasse essa vontade nele.
— Entendi.
— E olhe que meu pai é jovem ainda, tem quarenta e dois anos, quando minha mãe foi embora ele tinha vinte e oito.
— Jovem ainda.
— Pois é, talvez se um dia eu me casar ele resolva se casar também.
— Tem vontade de casar?
— No momento não, mas já tive vontade sim, mas passou.
— Partiram seu coração, não é?
— Oh, se partiram!
Falar sobre esse ex não deveria, mas me incomoda e eu nem sei porquê, não tenho nada com ela, além do quê Paloma nem está mais com ele.
Acredito que o problema é saber que de certa forma ele ainda mexe com ela, pois todas as vezes que fala nele os olhos dela ainda brilham e ela fica triste no mesmo instante.
— Ainda bem que isso não aconteceu comigo. — digo, pois é verdade.
Nunca gostei de ninguém a esse ponto de sofrer por amor e nem pretendo.
— Sorte a sua então, mas ninguém está livre de passar por isso.
— Ninguém nunca despertou tais sentimentos em mim e acredito que aos vinte e nove anos não irá acontecer.
— Você não sabe, nós não temos controle sobre isso, simplesmente acontece e às vezes você nem se dá conta que está apaixonado.
— Eu acredito que você tem controle sobre isso sim, uma pessoa só entra na sua vida o tanto que você deixa, você que dá poder a ela de entrar, se você não deixar ela entrar demais você se livra dessas decepções.
— Aí, aí, Alex! Você tem quase trinta anos, mas ainda tem tanto para aprender na vida.
— Quem vai me ensinar? Você?
— Não! A própria vida se encarregar disso.
— Hum... E a senhora é muito experiente com todos os seus vinte e dois anos, não é?
— Sou! As mulheres amadurecem primeiro, os homens têm uma certa dificuldade para amadurecer.
— Me acha imaturo?
— Para algumas coisas sim, como pode alguém não acreditar em amor e decepções? E ainda por cima acreditar que você pode controlar isso?!
— Espera aí! Eu não disse que não acreditava em amor e decepções. Eu acredito sim em amor, até porque meus pais são o maior exemplo disso, casados há trinta e um anos, se isso não é amor, então eu não sei o que é! Também tem meus três irmãos, Fabrício se casou aos vinte e três anos e super apaixonado, Caio está namorando há dois anos e também super apaixonado, sem contar na Beatriz que namora faz três anos já, e sempre faz juras de amor ao namorado, então senhorita Paloma, eu sou cercado por pessoas apaixonadas, e sei que essa história de amor existe. E quanto às decepções eu sei que elas existem e que são reais, mas que no meu ponto de vista você quem dá poder do outro te machucar. — ela nega com a cabeça.
— No dia que alguém partir seu coração nós conversamos.
— Não vão partir!
— Ok! Se iludir é importante. Vamos?
— Vamos. — digo e abro a porta do carro para ela.
Logo chegamos à casa dos meus pais, abro a porta do carro para ela e ajudo a descer. A proximidade faz com que eu sinta melhor seu cheiro, cheiro esse que dominou meu carro assim que ela entrou.
— Que casa linda. — ela diz olhando para a casa de três andares dos meus pais.
— Eu também acho.
— Podemos seguir essa mesma linha na sua, fazemos alguns ajustes e posso deixar bem parecida com essa que é simplesmente linda.
— Confio no seu trabalho, faça como preferir, você tem carta branca.
— Sério?
— Sim, faça a sua maneira, a seu gosto, sei que irei gostar como gostei da sua proposta.
— Nossa! Obrigada pela confiança.
— Por nada. Vamos entrar?
— Vamos.
Logo que passamos pelo portão Beatriz vem correndo abraçar Paloma, que a abraça de volta.
— Que bom que veio! Trouxe biquíni?
— Estou com ele por baixo do vestido, mas não sei se vou entrar na água e nem pegar muito sol.
— Ah! Que pena, mas tira esse vestido e fica mais à vontade. — Beatriz diz arrastando Paloma para dentro, minha irmã é uma figura.
...Paloma Marinho...
— Vou te apresentar meus pais, eles estão ansiosos para te conhecer, Alex nunca trouxe uma mulher aqui, eles estão empolgados demais. — Beatriz diz.
Acredito que ela esteja achando que Alex e eu temos algo e eu preciso deixar claro que nós não temos nada. Alex é lindo, mas não ficaria com um homem que não deseja algo sério, que não pensa em construir um futuro. No momento, eu não penso em ter um relacionamento sério e nem em casar, mas isso porque ainda estou triste e magoada e ainda gosto daquele traste, mas no futuro quando isso passar, vou querer namorar e consequentemente casar, ter filhos e construir uma família.
— Mas Alex e eu não estamos juntos, na verdade mal nos conhecemos, nos conhecemos semana passada e eu sou apenas a arquiteta que está cuidando da reforma da casa dele.
— Eu conheço meu irmão Paloma, ele está bem empolgado com você, como nunca vi com nenhuma outra mulher.
— Mas eu não quero que você e seus pais confundam as coisas, nós não temos nada, eu acabei de sair de um relacionamento de seis anos, faz dois meses ainda e seu irmão, como você deve saber, não quer ter um relacionamento sério e eu também não quero um no momento.
— Alex diz isso porque não encontrou a pessoa certa ainda.
Também penso o mesmo!
Um dia o bonitão vai encontrar uma mulher que vai deixar ele de quatro, um bobo apaixonado, espero estar por perto para ver essa cena impagável.
— Meus pais são incríveis, você vai amar eles. — ela diz empolgada.
Entramos na casa, que tem uma decoração elegante e muito delicada, tudo em tons claros, fazendo com que o ambiente fique bem iluminado.
— Mãe, pai, essa é a Paloma.
— Olá, meu bem, que linda você é. — a mulher de cabelos loiros e olhos azuis me olha sorrindo e logo me abraça.
— Muito obrigada, a senhora também é muito bonita.
— Sou Marisol.
— Muito prazer dona Marisol.
— Besteira! Me chame só de Marisol.
— Tudo bem.
— Muito prazer. — o homem alto de cabelos escuros e olhos castanhos aperta minha mão. — Sou Fernando.
— Muito prazer. — digo.
— Seja bem vinda a nossa casa, pode ficar à vontade.
— Muito obrigada.
Alex e Fabrício herdaram os olhos azuis da mãe, já Caio e Beatriz têm olhos verdes, misturou os azuis da mãe com os castanhos do pai e saiu verde.
Fernando e Marisol são um casal muito bonito, por isso os quatro filhos são lindos, os três irmãs são uma perdição, por onde passam devem arrancar suspiros, pense em três homens bonitos, Beatriz também não fica atrás, é linda demais.
— Tira esse vestido boba, fica à vontade. — Beatriz diz quando voltamos para a área da piscina.
As duas najas de cabelos ruivos já estão aqui, elas me olham com cara de poucos amigos e eu nem me importo, não tenho medo de cara feia.
— Bom dia. — digo.
Já estão todos aqui, as ruivas, Caio, Fabrício e Michel, os que faltavam.
— Oi Paloma. — Michel diz.
— Oi.
— Que bom que veio.
— Não tive como recusar o convite.
— Eu sei como minha morena é insistente.
— Amor! Não fale assim de mim. — ela diz e ele beija sua testa, de longe se nota o quanto os dois são apaixonados.
As duas ruivas me incomodam um pouco, mas logo desviam suas atenções de mim, Caio vai para perto da namorada e Fabrício para perto da esposa.
Deixo minha bolsa em cima de uma espreguiçadeira e tiro meu vestido, estou usando um biquíni preto, básico e bem comportado já que não estou em casa, o biquíni é tomara que caia e na parte de beijo é um shortinho, o que dispensa o uso de saída de banho.
Beatriz está conversando com as ruivas, ela parece ser bem próxima delas, principalmente da namorada do Caio.
— Quer uma? — Alex me oferece uma cerveja.
— Quero. — digo e ele vai buscar uma cerveja para mim.
— Aqui.
— Obrigada.
Alex está sem camisa, usando somente um calção de tecido fino, é difícil não olhar muito, porque ele é bonito demais.
— Disse que não bebia no domingo! — digo olhando para a cerveja na mão dele.
— Ah! Umas cervejas apenas e só durante o dia.
— Hum... Não pode beber e dirigir, como vai me levar pra casa? Se eu soubesse teria vindo de carro.
— Vou beber pouco, mas se preferir pode ficar para dormir.
— Nem pensar! Não gosto de dormir fora de casa.
— Não dormia na casa dos seus namorados?
— Não.
— Nunca dormiu com ninguém?
— Dormi, mas só em viagens.
— Hum...
— E você? Dorme com suas conquistas?
— Geralmente as pessoas com quem eu fico também só querem sexo e nunca querem ficar para dormir, uma ou outra ficam, mas raramente acontece.
— Entendi.
— Tudo é mais fácil quando não envolve sentimentos.
— Dessa vez preciso concordar, quando envolve sentimentos é difícil deixar ir.
— Ainda gosta do seu ex?
— Infelizmente sim, foram seis anos juntos.
— Você perdeu boa parte da sua adolescência em um relacionamento só?! Nessa época era pra você estar curtindo e fazendo besteiras por aí.
— Eu me apaixonei.
— Entendi... Você é jovem ainda, pode aproveitar agora.
— No momento vou focar no trabalho, no caso sua reforma.
— Você é bonita Paloma, os homens devem se jogar pra você.
— Nenhum que me interesse.
— O que um homem tem que ter para despertar seu interesse?
— Ser inteligente, conseguir manter uma conversa agradável, ser educado, ter unhas limpas, não ter mal hálito e ser cheiroso. — digo e ele sorri.
— Bem específica você... Bom, eu tenho unhas limpas, como pode ver. — ele diz me mostrando as unhas e eu sorrio. — Não tenho mal hálito. — ele diz bem próximo de mim. — Sou cheiroso, se quiser pode me cheirar para comprovar. — ele diz colocando o pescoço bem próximo no meu nariz e eu respiro fundo, sem encostar meu nariz e sim, ele é cheiroso. — O que mais? Me formei em direito com nota máxima, passei na prova da ordem de primeira, então acho que isso faz de mim inteligente e no caso de manter uma conversa agradável deixo para você me dizer se consigo. E aí? Minha conversa é agradável?
— Sim.
— Então eu atendo todos os requisitos que um homem tem que ter para despertar seu interesse. Eu te interesso?
— Muito engraçado você.
— E aí? Desperto o seu interesse?
— Desperta.
— Ficaria comigo?
Direto esse homem!
— Só sexo? — pergunto.
Disse que não ficaria com um homem como ele, mas se é só sexo não tenho porque me preocupar se ele não quer um relacionamento sério.
— Só sexo, nada mais.
— Se você se apaixonar por mim? — ele sorri.
— Eu não vou.
— Então tá!
— Você topa?
— Topo!
Nunca pensei que falaria sobre sexo abertamente com um homem que não fosse aquele cretino, mas não adianta eu negar, Alex me atrai e se estou afim de ficar com ele e ele comigo, porque me negar esse prazer.
Vai ser um pouco estranho tr*nsar com outro homem, já que só tive um na vida, mas ter novas experiências faz parte da vida.
— Vamos sair daqui? — ele me convida.
— Pra onde?
— Hotel, motel, onde você quiser.
Direto!
— E o que vamos dizer aos outros?
— Deixa comigo.
Alex se afasta e fala algo com Beatriz que sorri e acena de longe para mim.
Logo ele volta com a maior cara lisa.
— O que disse a ela?
— Que vou te levar para almoçar.
— Hum...
— Pode se vestir.
— Ok.
Visto meu vestido e Alex sua camisa e nós dois andamos até seu carro.
Talvez eu esteja cometendo uma loucura, mas eu preciso disso, sempre fui muito certinha, preciso meter o louco algumas vezes.
E nada melhor do que meter o louco com um gato desse...
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