Maria Clara, uma talentosa designer de moda de 29 anos, estava prestes a apresentar o projeto mais importante de sua carreira. Trabalhando em uma renomada empresa de moda, ela havia passado meses desenvolvendo uma coleção inovadora, na qual depositava todas as suas esperanças de ascensão na carreira.
No dia da apresentação, a sala de reuniões estava lotada com executivos da empresa e potenciais investidores. Maria Clara estava nervosa, mas preparada. No entanto, enquanto começava a falar, sentiu uma tontura súbita. Suas mãos começaram a tremer, a visão ficou turva, e antes que pudesse entender o que estava acontecendo, desmaiou.
Foi levada às pressas para o hospital. Ao recobrar a consciência, Maria Clara viu-se cercada por médicos e enfermeiros. O médico responsável, com uma expressão grave, deu-lhe a notícia que mudaria sua vida para sempre: seus órgãos estavam falhando, e ela tinha apenas três meses de vida.
Maria Clara ficou em choque. Como poderia sua saúde deteriorar-se tão rapidamente? Naquela mesma noite, ela saiu pela cidade sem saber o que faria. Lágrimas escorriam pelo seu rosto enquanto caminhava sem rumo pelas ruas iluminadas. Tudo aquilo que ela desejava realizar parecia não fazer mais sentido. Não chegaria nem aos 30 anos, não se tornaria a modista mais famosa, não se casaria, não teria filhos. Todos os seus sonhos desmoronavam diante da cruel realidade de que sua vida acabaria em apenas três meses.
Enquanto vagava pela cidade, Maria Clara encontrou-se em uma praça tranquila, quase deserta àquela hora da noite. Sentou-se em um banco, tentando absorver a imensidão de tudo o que havia perdido. Sentia-se vazia, derrotada, sem esperanças.
Mas o que Maria Clara ainda não sabia era que, nos últimos três meses de sua vida, ela viveria a história de amor mais linda que jamais imaginou. Enquanto estava sentada no banco da praça, perdida em seus pensamentos, um homem se aproximou silenciosamente e sentou-se ao seu lado. Ele tinha um olhar sereno e um sorriso acolhedor.
— Você parece precisar de alguém para conversar — disse ele suavemente.
Maria Clara, surpresa, olhou para o desconhecido. Havia algo em sua presença que era reconfortante. Com um nó na garganta, ela começou a contar sua história, desde a apresentação interrompida até o terrível diagnóstico.
O homem, cujo nome era Rafael, ouviu cada palavra com atenção. Quando Maria Clara terminou, ele segurou gentilmente sua mão.
— A vida é cheia de surpresas — disse ele, com um sorriso gentil. — Mesmo nos momentos mais sombrios, pode haver luz. Não sei o que o futuro reserva, mas posso te garantir uma coisa: você não precisa enfrentar isso sozinha.
— Obrigada pelas palavras — respondeu ela, com um suspiro. — Mas não tenho ninguém. Meus pais morreram em um acidente de carro quando eu tinha 23 anos, e sempre fomos só nós três.
Ele fez uma pausa, olhando-a com empatia.
— Nesse caso, deixe-me ser sua companhia. Passe seu número para a gente se encontrar e fazer uma lista de coisas que você quer fazer antes de morrer.
Ela hesitou por um momento, mas algo na sua voz a fez confiar.
— Está bem. Aqui está meu número — disse ela, entregando-lhe um papel com seu contato.
Ele sorriu novamente, guardando o papel no bolso.
— Perfeito! Vamos transformar esses sonhos em realidade juntos. Que tal começarmos com um café amanhã?
Ela concordou com um aceno de cabeça, sentindo uma pequena faísca de esperança.
No dia seguinte, encontraram-se em um café aconchegante na esquina. A conversa fluiu naturalmente, e logo estavam rindo e trocando histórias. Ele puxou um caderno da mochila e colocou sobre a mesa.
— Vamos começar a nossa lista — disse ele, abrindo o caderno. — Me diga, qual é a primeira coisa que você quer fazer?
Ela pensou por um momento, então respondeu com um sorriso tímido.
— Sempre quis aprender a tocar piano. Sei um pouco mas nunca cheguei a tocar uma musica se quer!
Ele anotou no caderno com entusiasmo.
— Tocar piano, excelente escolha! Minha irmã sabe tocar ela pode ensinar a música mais facil para você. E depois disso?
— Quero lançar minha marca de moda.
Ele assentiu, anotando mais uma vez.
— Perfeito! Vamos pedir mais uma chance para você apresentar seu projeto hoje mesmo. O que mais?
Conforme a tarde avançava, a lista crescia. Cada novo item trazia uma nova perspectiva e uma sensação de propósito. Ela percebeu que, mesmo com toda tristeza seus ultimos dias de vida poderiam ser felizes.
Quando terminaram a lista, decidiram ir direto ao trabalho de Maria Clara. Lá, pediram para falar com sua chefe, Dona Elizabeth, solicitando uma nova oportunidade para ela apresentar seu projeto. Após muita insistência, Dona Elizabeth finalmente cedeu.
— Está bem, Maria Clara — disse Dona Elizabeth, olhando para o relógio. — Você pode apresentar seu projeto daqui a duas horas.
Felizes com a notícia, Rafael levou Maria Clara até a casa dela para se arrumar e pegar o pen drive com o projeto. No caminho, ele percebeu a mistura de nervosismo e empolgação no rosto dela.
— Você está preparada? — perguntou ele, lançando-lhe um olhar encorajador.
— Acho que sim — respondeu ela, respirando fundo. — Tenho trabalhado tanto nesse projeto. É a minha chance de mostrar meu valor.
Rafael sorriu e apertou sua mão de leve.
— Você vai arrasar. Eu acredito em você.
Chegando à casa de Maria Clara, ela rapidamente se trocou e pegou o pen drive. Sentiu uma onda de gratidão por Rafael estar ao seu lado nesse momento crucial.
De volta ao escritório, Maria Clara estava pronta para a apresentação. Rafael lhe deu um abraço apertado.
— Boa sorte. Estarei aqui torcendo por você.
Ela entrou na sala de reuniões, onde alguns colegas e Dona Elizabeth a aguardavam. Com confiança renovada, Maria Clara começou a apresentação. Seu entusiasmo e dedicação transpareciam em cada slide, e a audiência ficou visivelmente impressionada.
Quando terminou, houve um momento de silêncio, seguido por aplausos. Dona Elizabeth levantou-se e dirigiu-se a ela.
— Excelente trabalho, Maria Clara. Vamos levar seu projeto adiante.
Maria Clara mal podia acreditar. Saiu da sala com um sorriso radiante e encontrou Rafael esperando por ela.
— E então? — perguntou ele, ansioso.
— Eles adoraram! — exclamou ela, abraçando-o. — Vamos seguir com o projeto!
Rafael a levantou no ar, girando-a.
— Eu sabia que você conseguiria!
Naquele momento, Maria Clara percebeu que, com determinação e com Rafael ao seu lado, novas aventuras e conquistas estavam apenas começando.
Logo após a reunião, Rafael decidiu levar Maria Clara à casa de sua irmã, Bel, que era uma pianista talentosa. Já que aprender a tocar uma música, mesmo que fosse a mais simples estava na lista de fazeres de Maria Clara.
— Tenho uma surpresa para você — disse Rafael, com um sorriso misterioso.
— O que você está aprontando agora? — perguntou ela, curiosa.
— Você vai ver. Confie em mim.
Chegaram à casa de Bel, que os recebeu calorosamente.
— Bel, esta é Maria Clara. Maria Clara, esta é minha irmã, Bel — apresentou Rafael.
— Prazer em conhecê-la, Maria Clara! Rafael me contou sobre sua vontade de aprender piano. Vamos começar? — disse Bel, conduzindo-os até a sala de música.
Maria Clara sentou-se ao piano, um pouco nervosa, mas animada. Bel mostrou paciência e habilidade, ensinando-a as primeiras notas de uma canção simples. Aos poucos, Maria Clara começou a tocar a melodia.
— Você está indo muito bem! — incentivou Bel, sorrindo.
Rafael observava com orgulho, vendo Maria Clara se dedicar a aprender algo novo. Após algumas horas, ela conseguiu tocar a música inteira, ainda que de forma hesitante.
— Consegui! — exclamou Maria Clara, radiante.
— Você foi incrível! — elogiou Rafael. — Estou muito orgulhoso de você.
— Obrigada, Rafael. E obrigada, Bel. Isso significa muito para mim.
Enquanto saíam da casa de Bel, Maria Clara sentiu uma sensação de realização e gratidão.
— Este é apenas o começo, Maria Clara. Temos uma lista inteira de sonhos para realizar — disse Rafael, apertando sua mão.
— Eu sei. E mal posso esperar para realizar o próximo item — respondeu ela, com um sorriso confiante.
Com a lista de desejos em mãos e o apoio de Rafael, Maria Clara sentia-se preparada para enfrentar a morte. mas ainda assim doía saber que não iria conseguir fazer coisas que não caberia em uma lista de 3 meses.
Rafael perguntou:
— Qual é o próximo item da lista?
Maria Clara sorriu e respondeu:
— Ver a Aurora Boreal.
Ele sorriu de volta e disse:
— Ótimo! Hoje à noite comprarei as passagens e amanhã à tarde partiremos. Certo?
Ela concordou, e cada um foi para sua casa. Na manhã seguinte, encontraram-se na pracinha onde se conheceram. Rafael trouxe um milkshake de chocolate para ele e um de morango para ela.
— Para começarmos o dia bem — disse ele, entregando o milkshake a Maria Clara.
Eles caminharam um pouco, apreciando a manhã ensolarada. Foram à biblioteca, onde compraram alguns livros para a viagem. Rafael a acompanhou até a casa dela para pegar a mala e, em seguida, passaram pela casa dele para pegar a dele.
No caminho para o aeroporto, a empolgação era palpável. Chegando lá, passaram rapidamente pelo check-in e embarcaram no avião, sentando-se lado a lado na janela.
— Não acredito que estamos realmente fazendo isso — disse Maria Clara, olhando pela janela enquanto o avião decolava.
— Estamos, sim. E vai ser incrível — respondeu Rafael, segurando a mão dela.
Horas depois, após uma viagem tranquila, aterrissaram na Noruega. A paisagem coberta de neve era deslumbrante. Pegaram um táxi até o hotel, que ficava em uma pequena cidade conhecida por suas vistas espetaculares da Aurora Boreal.
Naquela noite, vestiram-se com roupas quentes e saíram para encontrar o local perfeito para observar o fenômeno. Caminharam até um ponto afastado, longe das luzes da cidade. O céu estava claro, e as estrelas brilhavam intensamente.
De repente, uma dança de luzes verdes, azuis e roxas começou a preencher o céu. Maria Clara ficou sem palavras, maravilhada com a beleza do espetáculo.
— É ainda mais lindo do que eu imaginava — sussurrou ela.
Rafael, com um olhar carinhoso, respondeu:
— Fico feliz que possamos compartilhar esse momento juntos.
— Porque esta fazendo tudo isso por mim se nos conhecemos a tão pouco tempo?
— No começo só estava disposto a te fazer mais feliz, mas agora sinto algo por você e gosto de estar com você!
— Também estou sentindo coisas por você alem de gratidão e amizade a outro sentimento que não sei dizer
Enquanto assistiam à Aurora Boreal, Maria Clara sentiu uma paz profunda e uma gratidão imensa por estar ali, vivendo aquele sonho. Rafael, ao seu lado, era uma constante lembrança de que, com apoio e coragem, os sonhos podem se tornar realidade.
Quando as luzes começaram a desaparecer, eles retornaram ao hotel, sentindo-se revigorados e conectados pela experiência compartilhada.
— E agora, qual é o próximo item da lista? — perguntou Rafael, enquanto caminhavam de volta.
— Aqui ta dizendo que a nossa próxima aventura vai ser um passeio de balão de ar quente! — Disse ela com os olhos brilhando de entusiasmo.
Rafael sorriu, contagiado pelo entusiasmo de Maria Clara.
— Passeio de balão de ar quente! Já consigo imaginar a vista lá de cima. Vamos planejar isso assim que voltarmos dessa viagem!
Na manhã seguinte, enquanto faziam as malas para retornar, ambos estavam animados com a perspectiva da próxima aventura. No avião de volta, Rafael pesquisou destinos famosos por passeios de balão de ar quente e encontrou um lugar
— Maria Clara, o que acha dessa cidade para nosso passeio de balão? — perguntou Rafael, mostrando fotos deslumbrantes das paisagens.
— Parece perfeito! Mal posso esperar — respondeu ela, já sonhando com as vistas aéreas.
De volta ao Brasil, Maria Clara e Rafael começaram a organizar a viagem para a Toscana. Reservaram voos, hospedagem e, é claro, o tão esperado passeio de balão. As semanas passaram rapidamente, e logo estavam de volta ao aeroporto, prontos para mais uma aventura.
Ao chegarem à Toscana, foram recebidos por colinas verdes, vinhedos intermináveis e uma atmosfera romântica. Na manhã do passeio de balão, acordaram antes do amanhecer e seguiram para o ponto de encontro. O balão estava sendo inflado, suas cores vivas contrastando com o céu ainda escuro.
— Pronta para voar? — perguntou Rafael, segurando a mão de Maria Clara.
— Mais do que pronta! — respondeu ela, com um sorriso radiante.
—então iremos depois de amanha!
— Qual será a próxima aventura? — perguntou Maria Clara, enquanto caminhavam de volta ao hotel.
Rafael abriu o caderno da lista, ansioso para descobrir o próximo sonho a ser realizado.
— Que tal aprender a surfar no Havaí? — sugeriu ele, rindo.
— Perfeito! Não vou ser a melhor mais sera uma otima aventura e não vamos ao Havai sera por aqui mesmo — respondeu ela, rindo também.
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