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Você Me Pertence

Biografia Aviso Dedicatória Capítulo 1

Quero começar dizendo que não sou uma escritora profissional. Escrevo porque amo contar histórias, mesmo sabendo que ainda tenho muito a aprender. Peço que leiam meu trabalho com essa compreensão e considerem que estou em constante evolução como escritora.

Por favor, respeitem meu trabalho e compartilhem suas opiniões de maneira construtiva. Agradeço muito por todo o apoio e pela oportunidade de compartilhar minhas histórias com vocês.

Todos os textos e histórias aqui compartilhados são criações originais. Qualquer forma de plágio será tratada com as medidas legais cabíveis. E se houver qualquer que seja semelhança com alguma outra história, é apenas uma mera casualidade. Pois todas as minhas obras são feitas por mim, e registrada de acordo com a biblioteca nacional.

Espero que isso seja útil para você!

Qualquer palavra ofensiva 👇😁 E nem é piada.

...🍒...

• Nome: Lívia Santos

• Idade: 28 anos

• Data de Nascimento: 12 de março de 1996

• Local de Nascimento: São Paulo, Brasil

• Profissão: Jornalista investigativa

Habilidades:

— Investigação profunda e análise de dados

— Escrita jornalística e narrativa

— Entrevistas e coleta de testemunhos

— Fluência em inglês e italiano

• Nome: Eduardo Bellini

• Idade: 35 anos

• Data de Nascimento: 15 de agosto de 1988

• Local de Nascimento: Milão, Itália

• Profissão: Líder da família Bellini, uma das principais famílias mafiosas da Itália

Habilidades:

— Liderança e Gestão

— Estratégia e Planejamento

— Negociação

— Combate e Defesa Pessoal

...⚠️ AVISO DE GATILHO ⚠️...

Este livro contém conteúdo que pode ser perturbador ou desencadeador para alguns leitores. Entre os temas abordados estão:

* Violência física e emocional

* Dependência Emocional

* Tentativa de Estrupo

* Temas obscuros e perturbadores

A leitura é recomendada para maiores de 18 anos. Se você é sensível a algum desses temas, considere a possibilidade de não prosseguir com a leitura ou fazer pausas sempre que necessário. Cuide de sua saúde mental e procure suporte se precisar.

...🍒...

O vício é a marca de toda história de amor baseada na obsessão. Tudo começa quando o objeto de sua adoração lhe dá uma dose generosa, alucinante de algo que você nunca ousou admitir que queria — um explosivo coquetel emocional, talvez feito de amor estrondoso e louca excitação. Logo você começa a precisar dessa atenção intensa com a obsessão faminta de qualquer viciado. Quando a droga é retirada, você imediatamente adoece, fica louco e em crise abstinência.

...🍒 DEDICATÓRIA 🍒...

Dedico essa história a todas aquelas viciadas em Dark romance, e em um amor louco e possessivo.

Obra original© 2024 Todos os direitos reservados

Autora/Escritora ™ Naira Sousa

Capítulo 01

Lívia Santos caminhava pelas ruas movimentadas de Milão, uma cidade onde sempre acontecia algo. Aos 28 anos, ela era jornalista investigativa, o que significava que seu trabalho era descobrir coisas que as pessoas queriam esconder.

Originalmente do Brasil, Lívia havia crescido em uma casa onde a curiosidade era incentivada. Seus pais, ambos professores universitários, sempre a encorajaram a buscar conhecimento e a questionar tudo ao seu redor. Infelizmente, eles faleceram em um acidente de carro quando Lívia ainda estava na faculdade. Após a tragédia, ela decidiu que precisava de uma mudança radical e, assim, se mudou para a Itália, um país que sempre a fascinou por sua rica história e cultura vibrante.

Agora, ela dividia um apartamento acolhedor com sua melhor amiga, Giulia Rossi. Giulia era uma artista plástica talentosa, conhecida por suas pinturas abstratas e esculturas intrigantes. Elas se conheceram durante uma exposição de arte, pouco depois de Lívia se mudar para Milão. Desde então, tornaram-se inseparáveis, compartilhando não apenas um espaço, mas também sonhos, frustrações e momentos de alegria.

O apartamento que dividiam era pequeno, mas cheio de personalidade. Situado no bairro boêmio de Brera, ele tinha uma vista encantadora para as ruas estreitas e charmosas de Milão. As paredes eram adornadas com obras de arte de Giulia, dando ao lugar um toque único e inspirador. A sala de estar, com seus móveis antigos e uma biblioteca repleta de livros, era o coração do apartamento, onde passavam horas conversando sobre suas vidas e carreiras.

Lívia estudou Jornalismo na Universidade de Milão, e após se formar, começou a trabalhar como repórter em um jornal local. Foi lá que descobriu seu amor por investigar quando começou a apurar um aumento nos crimes na cidade. Seu trabalho chamou a atenção de várias publicações e, eventualmente, a Revista Effetti, uma revista italiana conhecida por descobrir histórias importantes, a contratou pela sua determinação e habilidades em descobrir segredos.

Para Lívia, investigar não era apenas um trabalho, mas uma paixão. Ela gostava de seguir pistas, falar com pessoas que sabiam coisas importantes e revelar a verdade para todos. Cada história que descobria era uma vitória, pois significava que as pessoas poderiam saber o que estava realmente acontecendo.

Naquela manhã, enquanto caminhava pelas ruas charmosas de Milão em direção à redação da Revista Effetti, Lívia estava pronta para começar uma nova investigação. Ela sabia que descobrir segredos em uma cidade complexa como Milão não seria fácil, mas estava determinada a fazer a diferença.

Enquanto caminhava, Lívia pensava nos desafios que viriam pela frente. Sabia que o próximo caso poderia levá-la a desvendar segredos perigosos, especialmente quando se tratava de figuras poderosas como os Bellini, uma família de empresários italianos que tinham grande influência em diversos setores econômicos da cidade. Os Bellini haviam estabelecido uma série de empreendimentos na Europa, e sua presença em Milão havia causado um certo burburinho. O patriarca, Alessandro Bellini, era conhecido por sua astúcia nos negócios e seu estilo de vida reservado. Lívia estava determinada a descobrir mais sobre os negócios da família e seu impacto na economia local.

Ao chegar na redação da Revista Effetti, um edifício histórico com uma fachada de tijolos vermelhos e janelas grandes, Lívia foi recebida pelo ambiente frenético da sala de imprensa. Jornalistas correndo de um lado para o outro, telefones tocando incessantemente e o som constante dos teclados preenchiam o ar. Ela adorava aquela energia, a sensação de estar no meio da ação.

Seu editor, Matteo Bianchi, um homem de meia-idade com um ar severo, mas justo, a aguardava em sua mesa. Matteo era conhecido por sua habilidade em identificar histórias importantes e por sua abordagem implacável ao jornalismo investigativo. Ele havia sido uma figura crucial no desenvolvimento da carreira de Lívia.

— Bom dia, Lívia. Temos um novo caso para você — disse Matteo, entregando-lhe um envelope pardo. — Preciso que você investigue os Bellini. Há rumores de que estão envolvidos em algo grande, mas ninguém sabe exatamente o quê. Quero que você descubra o que pode ser. Isso nos renderá uma boa grana, faz muito tempo que não vejo os leitores eufóricos. Vamos lá garota, você consegue.

Lívia pegou o envelope e deu uma olhada rapidamente no conteúdo. Havia recortes de jornais, fotografias e notas sobre a família Bellini. Ela sabia que seria uma tarefa desafiadora, mas estava pronta para o desafio.

— Deixe comigo, Matteo. Vou começar agora mesmo — respondeu Lívia, com um sorriso determinado.

Ela se dirigiu à sua mesa, onde começou a organizar as informações que tinha sobre os Bellini. Decidiu que a primeira etapa seria conhecer mais sobre a história da família e seus negócios na Europa. Para isso, ela precisaria falar com fontes confiáveis e talvez até viajar para outros países onde os Bellini tinham operações.

Lívia passou a tarde mergulhada em pesquisas. Descobriu que os Bellini haviam começado sua trajetória empresarial na Itália, com investimentos em moda e imóveis. Com o tempo, expandiram seus negócios para outros setores, incluindo uma empresa de tecnologia inovadora e uma cadeia de hotéis de luxo.

Ao anoitecer, Lívia retornou ao apartamento. Giulia estava no estúdio, trabalhando em uma nova pintura. O cheiro de tinta fresca preenchia o ar, e o som suave de música clássica tocava ao fundo.

— Como foi o dia? — perguntou Giulia, sem desviar os olhos da tela.

— Intenso, como sempre. Matteo me deu uma nova investigação. Tenho que descobrir o que os Bellini estão tramando — respondeu Lívia, jogando-se no sofá.

Giulia parou de pintar por um momento e olhou para a amiga, com o semblante assustado.

— Os Bellini? Isso será complicado. Eles são poderosos e muito discretos.

— Eu sei. Mas é isso que torna o trabalho interessante. Começarei falando com algumas fontes amanhã. Tenho a sensação de que algo grande está prestes a ser revelado — disse Lívia, sentindo a adrenalina da expectativa.

As duas amigas passaram o restante da noite conversando sobre o caso e relaxando após um dia agitado. Lívia sabia que teria uma jornada desafiadora pela frente, mas estava confiante em suas habilidades e determinada a descobrir a verdade.

No dia seguinte, Lívia começou suas entrevistas. Primeiro, falou com um ex-funcionário da empresa imobiliária dos Bellini, que mencionou práticas questionáveis na aquisição de propriedades. Depois, encontrou-se com um jornalista de Roma, que tinha informações sobre as atividades da família na Itália. As peças do quebra-cabeça começaram a se encaixar.

Conforme avançava em sua investigação, Lívia percebeu que os Bellini estavam envolvidos em um esquema de lavagem de dinheiro que abrangia vários países. As evidências eram claras, mas ela sabia que precisaria de provas concretas para publicar a história. Determinada, continuou a seguir pistas, sempre um passo à frente daqueles que tentavam esconder a verdade.

Lívia estava prestes a descobrir algo que mudaria não apenas sua carreira, mas também como as pessoas viam a poderosa família Bellini.

Capítulo 02

Eduardo Bellini, de 35 anos, estava sentado em sua luxuosa sala de estar, observando o horizonte de Milão através das enormes janelas de vidro. Ele era o único herdeiro da poderosa família Bellini, cuja influência se estendia por vários setores econômicos, mas com raízes profundas na máfia italiana. Seu pai, Alessandro Bellini, construiu o império com mãos de ferro, mas agora estava gravemente doente, deixando a responsabilidade de manter e expandir os negócios nas mãos de Eduardo.

Eduardo herdou não apenas a fortuna da família, mas também o legado sombrio de poder e criminalidade. Ele era um homem inteligente e astuto, conhecido por sua habilidade em manipular situações a seu favor. A doença de Alessandro, um câncer avançado, havia debilitado o patriarca, deixando Eduardo no comando total dos negócios da família.

Sentado ao lado de Eduardo estava Leandro, seu consigliere e homem de confiança. Leandro, um homem de 40 anos com uma presença imponente e um olhar penetrante, era responsável por aconselhar e proteger Eduardo em todos os aspectos dos negócios.

— Leandro, preciso saber todos os movimentos dessa jornalista. Andei sabendo que ela está me investigando, isso não me agrada. — disse Eduardo, com um tom firme. — Ela está se aproximando demais. Não podemos permitir que ela descubra nada sobre nossos negócios.

Leandro assentiu, seu rosto sério refletindo a gravidade da situação.

— Já estamos monitorando-a de perto, senhor. Temos informantes na redação da Revista Effetti, e estamos rastreando suas atividades. Até agora, ela não conseguiu nenhuma prova concreta, só tem suposições.

Eduardo se levantou e caminhou até a janela, olhando para a cidade abaixo.

— Não podemos subestimá-la. Ela é persistente e inteligente. Precisamos tomar medidas para desviar sua atenção. Encontre algo para distraí-la, algo que tire ela do nosso caminho de uma vez por todas.

Leandro ponderou por um momento antes de responder.

— Podemos criar uma pista falsa, algo que a leve a investigar outra direção. Talvez um escândalo em outra família poderosa. Isso deve mantê-la ocupada por um tempo.

Eduardo sorriu, satisfeito com o plano.

— Perfeito. E certifique-se de que nossos negócios estejam mais protegidos do que nunca. Qualquer desvio ou falha pode ser fatal agora.

Enquanto isso, no quarto andar da mansão Bellini, Alessandro estava deitado em sua cama, lutando para respirar. Sua pele estava pálida, e os olhos, antes tão cheios de vida e determinação, agora refletiam a dor e o cansaço de uma longa batalha contra a doença. Eduardo subiu as escadas silenciosamente e entrou no quarto do pai.

— Pai, como está se sentindo hoje? — perguntou ele, suavemente.

Alessandro abriu os olhos com esforço e olhou para o filho. Sua voz era fraca, mas cheia de autoridade.

— Eduardo, você precisa ser forte. Nossos inimigos estão sempre à espreita, esperando qualquer sinal de fraqueza. Não confie em ninguém além de Leandro. Ele é leal e saberá te guiar.

Eduardo assentiu, segurando a mão do pai.

— Não se preocupe, pai. Estou fazendo tudo o que posso para proteger nossa família e nossos negócios. Descansa e foque em sua recuperação.

Alessandro sorriu levemente, fechando os olhos novamente.

— Confio em você, meu filho. Lembre-se sempre do que te ensinei. A família vem em primeiro lugar, sempre.

De volta à sala de estar, Leandro continuava a elaborar o plano para desviar a atenção de Lívia. Ele sabia que não seria uma tarefa fácil, pois a jornalista era conhecida por sua tenacidade e habilidades investigativas. No entanto, ele também sabia que a família Bellini tinha recursos e influência suficientes para criar obstáculos quase intransponíveis.

— Eduardo, preciso de sua aprovação para envolver alguns de nossos contatos na polícia e na mídia. Eles podem nos ajudar a plantar informações falsas e garantir que Lívia seja desviada do caminho correto — disse Leandro.

Eduardo voltou a se sentar, cruzando os braços.

— Faça o que for necessário. Não podemos permitir que ela descubra nossos segredos. E se, mesmo assim, ela continuar a se aproximar, precisamos considerar medidas mais drásticas.

Leandro compreendeu a insinuação. Ele sabia que Eduardo estava disposto a fazer qualquer coisa para proteger a família e os negócios, mesmo que isso significasse eliminar obstáculos permanentemente.

Enquanto isso, Alessandro estava em seus últimos dias. A cada dia, sua força diminuía e os médicos já haviam informado que ele não tinha muito tempo. Eduardo sabia que, além de administrar os negócios, teria que lidar com a perda iminente de seu pai. Alessandro Bellini não era apenas o patriarca da família, mas também um mentor e figura central na vida de Eduardo. São muito apegados.

Eduardo passou muitas noites em claro, sentado ao lado da cama do pai, ouvindo suas histórias e conselhos. Alessandro falava sobre os velhos tempos, sobre como construiu o império dos Bellini do nada, enfrentando adversidades e traindo inimigos para alcançar o poder que hoje a família desfrutava.

— Lembre-se, Mio Figlio, o verdadeiro poder não está apenas no dinheiro, mas no medo que você inspira — dizia Alessandro, com a voz enfraquecida, mas firme. — Nunca deixe ninguém ver suas fraquezas. E sempre esteja um passo à frente dos seus inimigos.

Essas palavras ecoavam na mente de Eduardo enquanto ele planejava suas próximas ações. Ele sabia que proteger o legado dos Bellini exigiria decisões difíceis e, às vezes, cruéis. Mas ele estava preparado para isso.

Certa manhã, após uma longa noite ao lado do pai, Eduardo foi acordado por uma chamada urgente de Leandro.

— Senhor, temos um problema — disse Leandro, sua voz tensa. — A jornalista conseguiu uma nova fonte. Ela pode estar perto de descobrir algo significativo.

Eduardo levantou-se rapidamente, sentindo a adrenalina correr por suas veias.

— Quem é essa nova fonte? — perguntou ele, vestindo-se rapidamente.

— Um antigo contador que trabalhou para nós. Parece que ele guardou registros detalhados de algumas transações ilícitas. Ele está disposto a falar em troca de proteção — explicou Leandro.

Eduardo apertou os punhos, tentando controlar a raiva.

— Precisamos agir rápido. Encontre esse homem e cuide disso. Não podemos deixar que ele fale com ela, me entendeu?

Leandro saiu imediatamente para coordenar a operação. Enquanto isso, Eduardo retornou ao quarto do pai. Alessandro estava mais fraco do que nunca, e ele sabia que o tempo estava se esgotando.

— Pai, estou lidando com uma situação complicada — disse, sentando-se ao lado da cama. — Mas prometo que vou proteger nosso legado. Não deixarei que nada aconteça com a nossa família.

Alessandro abriu os olhos com dificuldade e olhou para o filho, tentando sorrir.

— Eu sei que você vai, Eduardo. Você é um Bellini. Nunca se esqueça disso.

Eduardo segurou a mão do pai, sentindo a força vital dele desaparecer lentamente. Era uma sensação dolorosa, mas também um lembrete da responsabilidade que ele carregava.

Naquela noite, enquanto Leandro e seus homens estavam em campo, Eduardo revisou todos os documentos e registros dos negócios da família, procurando por qualquer brecha que pudesse ser usada contra eles. Ele sabia que qualquer erro poderia ser fatal. A pressão aumentava, mas ele estava determinado a não falhar.

Horas depois, Leandro retornou com uma expressão severa no rosto.

— O contador foi neutralizado. Ele não será mais um problema — informou Leandro.

Eduardo assentiu, aliviado.

— Bom trabalho, Leandro. Continue monitorando a jornalista. Qualquer movimento suspeito, me informe imediatamente.

Leandro saiu para continuar suas tarefas, enquanto Eduardo permaneceu no escritório, refletindo sobre os eventos do dia. Ele sabia que a luta para proteger a família e os negócios estava longe de acabar. Cada decisão, cada movimento tinha que ser calculado com precisão.

Capítulo 03

Após mais um dia cansativo de trabalho, Lívia estava em seu pequeno e acolhedor apartamento, revisando as notas sobre a família Bellini. Ela havia passado semanas investigando suas atividades e esperava que o contador, que alegava ter provas contra os Bellini, aparecesse para eventualmente lhe passar essas informações. No entanto, ele não apareceu, o que ela achou bastante estranho, já que ele parecia decidido a ajudá-la em tudo.

Ela sabia que havia voltado à estaca zero, mas ainda assim, não desistiu de continuar procurando por provas. Nos últimos dias, uma fonte confidencial havia lhe fornecido informações que direcionaram a sua atenção para a família Moretti.

Os Moretti, ao contrário dos Bellini, eram conhecidos por suas atividades mais visíveis e brutais. Essa nova informação a levou a reconsiderar sua abordagem. As evidências indicavam que os Moretti estavam profundamente envolvidos em um esquema de tráfico humano e lavagem de dinheiro. Decidida a expor essas atividades, Lívia começou a redigir um artigo que certamente atrairia muita atenção dos espectadores e principalmente das autoridades.

Tudo começou quando Lívia encontrou um pacote misterioso em seu apartamento, deslizado por baixo da porta. O mesmo continha um pendrive, onde havia transações financeiras que ligavam os Moretti a uma série de empresas de fachada. Intrigada, Lívia seguiu a pista, que a levou a uma série de entrevistas com ex-funcionários de empresas ligadas à família Moretti. Um contador, em particular, forneceu detalhes essenciais sobre como os Moretti lavavam dinheiro por meio de operações imobiliárias e empresas de tecnologia, e também confirmou que eles estavam realmente envolvidos não só no tráfico humano, como também em vendas de órgãos humanos, o que lhe deixou extremamente horrorizada.

Dias depois, Lívia marcou um encontro com esse mesmo contador após o trabalho, ansiosa para obter mais informações adicionais. Após um dia intenso na redação da Revista Effetti, ela dirigiu-se ao café onde haviam combinado de se encontrar. Chegando lá, percebeu que o contador não estava presente. Inicialmente, pensou que ele estivesse atrasado, então esperou pacientemente.

O tempo passou e ele não apareceu. Lívia decidiu ligar para ele. Após várias tentativas, um homem atendeu o telefone.

— Alô? — disse uma voz grave e desconhecida.

— Olá, eu gostaria de falar com o senhor Lucca. Ele tinha um encontro comigo hoje — respondeu Lívia, tentando esconder sua frustração.

— Desculpe, senhora. Lucca não pode atender. Ele… Ele foi encontrado morto nesta manhã. — respondeu à voz, com um tom de tristeza.

Lívia ficou em choque. Desligou o telefone rapidamente, tentando processar a informação. Seu coração acelerou enquanto ela pensava nas implicações. Lucca estava a ajudar a revelar segredos importantes, e agora estava morto. Será que sua morte estava ligada ao que ele sabia?

Ela entrou no carro e dirigiu de volta para seu apartamento, tentando manter a calma. Nervosa, ela conectou novamente o pen drive ao seu laptop e encontrou uma série de arquivos detalhando mais transações financeiras e ligações dos Moretti com várias figuras de destaque.

Entre os documentos, um nome se destacava: Giovani Rinaldi, um homem conhecido por suas doações e caridade. Giovani era amplamente respeitado na comunidade por seu trabalho filantrópico, mas os documentos revelavam um lado obscuro. Ele era um dos principais financiadores dos Moretti, usando suas instituições de caridade como fachada para lavar dinheiro e financiar atividades criminosas.

Lívia não conseguia acreditar no que estava vendo. Ela sabia que essa revelação poderia causar um grande impacto, mas também entendia o perigo que representava. Decidiu que precisava agir com cautela. Passou a noite revisando os documentos, verificando a autenticidade e organizando as informações para seu artigo. Ela poderia pedir conselhos a sua amiga Giulia, mas ela não estava em casa. Havia ido viajar a trabalho em Paris.

Naquela mesma noite, enquanto revisava seus escritos para enviá-los a Matteo, uma batida forte na porta interrompeu sua concentração. Sem imaginar o perigo, ela se aproximou e abriu a porta. Antes que pudesse reagir, dois homens mascarados a agarraram, amordaçando-a e amarrando suas mãos. Em um instante, Lívia foi levada à força para uma van estacionada na rua. Enquanto um deles trazia consigo seu laptop, papéis que estava preparando, e o pendrive que havia recebido.

Seus olhos arregalaram de medo ao ouvir um dos homens ordenar ao outro que lhe desse um remédio para que ela dormisse, impedindo-a de ver por qual caminho a van estava seguindo. E assim fizeram.

Horas mais tarde, Lívia acordou em um porão úmido e mal iluminado, suas mãos ainda amarradas e a boca seca pela mordaça. O lugar exalava um cheiro forte de mofo e medo. Suas tentativas de se libertar eram inúteis, mas seu espírito investigativo permanecia inquebrantável. Ela ouvia passos pesados do lado de fora e vozes abafadas discutindo em italiano.

Um dos Raptores, um homem corpulento com uma cicatriz no rosto, entrou no porão e arrancou a mordaça de sua boca.

— Finalmente acordada, princesa? — disse ele, com um sorriso sádico.

— O que vocês querem de mim? — Lívia perguntou, a voz trêmula, mas tentando manter a compostura.

— Você tem se metido onde não devia, mexendo com coisas que não te dizem respeito. Achou que podia investigar os Moretti sem consequências? — ele riu, balançando a cabeça. — Garotinha ingênua. — disse ele, proferindo um tapa em seu rosto.

O gosto metálico logo veio à sua boca.

Lívia engoliu seco, tentando manter a calma. Sabia que qualquer movimento em falso poderia ser fatal.

— Eu só quero expor a verdade. As pessoas têm o direito de saber o que vocês estão fazendo — respondeu, com um fio de coragem.

O homem se aproximou, segurando seu queixo com força.

— E nós temos o direito de silenciar quem for necessário para proteger nossos negócios. — Ele a soltou bruscamente. — Não tente ser esperta. Isso só vai te causar mais dor. — Avisou, saindo dali.

Durante seu cativeiro, Lívia conseguiu observar as dinâmicas entre seus Raptores. Um dos homens, Marco, parecia menos brutal que os outros. Ele frequentemente hesitava antes de obedecer ordens cruéis. Percebendo uma fraqueza, Lívia começou a conversar com ele sempre que tinha a chance, tentando ganhar sua confiança.

— Marco, não é? — perguntou Lívia, tentando parecer calma.

— Como sabe meu nome? — Marco respondeu, desconfiado.

— Ouvi os outros chamarem você. Olha, eu sei que você não quer fazer isso. Você pode me ajudar a sair daqui — implorou ela.

Marco hesitou, mas antes que pudesse responder, o chefe entrou novamente.

— O que está fazendo, droga? — rosnou ele, olhando furioso para Marco. — Está se tornando mole, Marco? Lembre-se do que está em jogo.

Marco abaixou a cabeça, visivelmente pressionado.

Os Moretti se reuniram em um galpão abandonado na periferia de Milão. O lugar, mal iluminado e cheirando a óleo e ferrugem, era o cenário perfeito para uma reunião de negócios obscuros. No centro do galpão, uma mesa de metal estava coberta com os papéis e o laptop de Lívia. Ela estava sentada em uma cadeira, amarrada, com o rosto marcado por arranhões e hematomas.

O chefe dos Moretti, o homem corpulento com a cicatriz no rosto, estava de pé diante dela, observando enquanto um de seus capangas destruía seu laptop com uma marreta. Cada golpe no aparelho fazia Lívia se encolher, seus olhos arregalados de desespero.

— Não, por favor! Vocês não sabem o que estão fazendo! — implorou ela, a voz embargada pelo medo e pela frustração.

O chefe riu, um som frio e desdenhoso.

— Sabemos exatamente o que estamos fazendo, Lívia. Estamos apagando você e qualquer chance que você tenha de nos expor. — Ele se abaixou, aproximando seu rosto do dela. — Você acha que pode nos parar com essas provas ridículas? Somos os Moretti, o que pensou que aconteceria com você, se nos expôse? Parece que não pensou, não é? — Ele agarrou seus cabelos, apertando grosseiramente. — Você não pensou, não é maldita. — socou-lhe um soco em seu estômago, fazendo com que Lívia chorasse por sentir aquela dor terrivelmente forte junto com a falta de ar.

Ele fez um gesto, e outro capanga começou a rasgar os papéis de Lívia, jogando os fragmentos no chão como se fossem lixo. A cada documento destruído, a esperança de Lívia desmoronava um pouco mais.

— Por favor, não façam isso. Vocês estão cometendo um erro terrível. — ela disse, lutando contra as lágrimas, e a falta de ar.

O chefe apenas sorriu.

— A única verdade aqui, querida, é que você está nas nossas mãos. E garantiremos que você nunca mais tenha a chance de sair delas. — Ele se endireitou, olhando para seus homens. — Levem-na daqui. Tenho planos para ela.

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