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Imortal - Lua de Sangue

O Encontro Sobrenatural

Era uma noite nebulosa quando Emma, uma jovem de 17 anos com cabelos negros como ébano e olhos azuis claros e profundos, encontrou-se com Lukke, um rapaz misterioso que parecia saído de um conto de fadas sombrio. Eles se cruzaram em uma festa de Halloween na antiga mansão abandonada no topo da colina, onde histórias de fantasmas e lendas urbanas se entrelaçavam.

Emma não era do tipo que se aventurava em festas à noite, mas este evento prometia ser diferente. Ela estava vestida de maneira simples, com um vestido preto e uma máscara de gato, contrastando com a extravagância dos trajes dos outros convidados. Enquanto explorava os corredores escuros da mansão, Emma sentiu como se estivesse sendo observada. Foi quando viu Lukke pela primeira vez, encostado contra uma das colunas de mármore, com seus olhos vermelhos brilhando na penumbra.

"Olá", disse Lukke, sua voz suave e envolvente como uma canção de encantar.

Emma sentiu um arrepio percorrer sua espinha, mas algo no olhar de Lukke a atraiu. Ele era alto, com cabelos loiros bagunçados e um sorriso irônico nos lábios. Ao contrário dos boatos sobre vampiros que circulavam na festa, Lukke parecia humano em todos os sentidos, exceto por aqueles olhos intensamente vermelhos que pareciam penetrar sua alma.

"Oi", respondeu Emma, tentando parecer corajosa apesar da sensação estranha que ele despertava nela.

Lukke se apresentou como um amigo de um amigo e, antes que percebessem, estavam mergulhados em uma conversa profunda sobre música, arte e literatura. Emma ficou surpresa com o quão bem eles se davam, como se já se conhecessem há anos.

Lukke compartilhou histórias intrigantes sobre suas viagens pelo mundo, sempre evitando mencionar detalhes pessoais. Emma, por sua vez, revelou sua paixão por livros antigos e seu desejo de explorar lugares exóticos. A conexão entre eles cresceu rapidamente, como se estivessem unidos por laços invisíveis que transcendiam o tempo e o espaço daquela mansão sombria.

Conforme a noite avançava, a festa tomava um tom mais sombrio e misterioso. Rumores sobre a história sinistra da mansão começaram a circular entre os convidados. Alguns cochichavam sobre o espírito de uma antiga condessa que assombrava os corredores à noite, enquanto outros mencionavam um evento trágico que teria ocorrido décadas atrás.

Emma e Lukke decidiram explorar os cantos mais remotos da mansão, ignorando os avisos dos demais. À medida que caminhavam pelos corredores empoeirados e salões decadentes, a atmosfera se tornava cada vez mais opressiva. Lukke parecia intrigado com os relatos sobrenaturais, enquanto Emma tentava manter a mente racional, embora seu coração pulsasse com uma mistura de medo e excitação.

Em um dos quartos abandonados, eles descobriram um antigo diário escondido numa gaveta empoeirada. O diário pertencia a uma jovem dama da alta sociedade, cujas palavras revelavam um romance proibido com um homem de uma família rival. Emma e Lukke se envolveram na história do passado, imaginando os dramas e segredos que haviam se desenrolado naquelas paredes agora decadentes.

Emma notou que os dois estavam ali sozinho, oque mais poderia acontecer? Oque mais ela poderia descobrir desse jovem mistérioso? Ela queria detalhes, mas não como os das viagens de Lukke. Ela queria aqueles olhos fisgados somente nela.

Lukke por um momento se aproximou, o calor sobre os dois a fazia sentir arrepios, os olhos vermelhos vibrantes a fazia se sentir por algum motivo segura.

À medida que a noite avançava e a festa chegava ao fim, Emma e Lukke se viram relutantes em se despedir um do outro. Havia algo inexplicavelmente forte entre eles, algo que ia além das palavras e dos olhares intensos trocados naquela noite nebulosa.

"Eu gostaria de te ver de novo", disse Lukke, seu tom suave carregado de uma promessa não dita.

"Eu também", murmurou Emma, sentindo um arrepio percorrer sua espinha mais uma vez.

Eles despediram-se na entrada da mansão, com um olhar significativo que prometia encontros futuros. Emma partiu com o coração acelerado e uma curiosidade crescente sobre Lukke, o rapaz misterioso com olhos de fogo que havia cruzado seu caminho naquela noite especial de Halloween.

O Reencontro

Nos dias subsequentes à celebração de Halloween na mansão desabitada, Emma não conseguia afastar Lukke de seus pensamentos. Seus devaneios frequentemente retornavam aos olhos vermelhos penetrantes e às conversas profundas que compartilharam naquela noite enevoada. Ela se questionava se ele também pensava nela, se sentia a mesma conexão inefável que ela experimentara.

Uma semana após a festa, Emma estava navegando pelas redes sociais quando recebeu uma notificação inesperada: um pedido de amizade de Lukke. Seu coração deu um salto de alegria entremeada com nervosismo enquanto ela aceitava o pedido. Imediatamente, uma mensagem privada apareceu.

"Olá, Emma. Ainda pensando naquela noite?"

Ela sorriu ao ler aquelas palavras. Lukke também estava pensando nela. A conversa fluiu naturalmente, como se não houvesse se passado apenas uma semana desde que se viram pessoalmente. Eles compartilharam detalhes de suas vidas cotidianas: os estudos de Emma, as aventuras de Lukke em fotografia e arte.

Os dias transformaram-se em semanas, e logo Emma e Lukke trocavam mensagens diariamente. Cada diálogo aumentava a intensidade da conexão entre eles, como se estivessem a construir um universo particular apenas deles através das palavras digitais.

Finalmente, Lukke sugeriu um encontro presencial. Eles combinaram de se encontrar em um café acolhedor no centro da cidade. Emma estava nervosa enquanto esperava por ele, revivendo mentalmente todos os momentos que compartilharam na festa. Quando Lukke finalmente apareceu, seu sorriso caloroso dissipou qualquer nervosismo que ela pudesse ter sentido.

O encontro foi um êxito. Eles conversaram por horas, rindo de piadas internas e compartilhando histórias de infância. Lukke revelou um lado mais íntimo, contando a Emma sobre a sua paixão pela fotografia e o seu desejo de capturar momentos efêmeros que transmitissem emoção e mistério.

Emma se sentia cada vez mais atraída por Lukke, não apenas por sua aparência intrigante, mas pela maneira como ele compreendia suas paixões e sonhos. Descobriram uma afinidade mútua por música e decidiram explorar a cidade juntos, visitando pequenos shows e exposições de arte.

À medida que o tempo passava, Emma percebeu que Lukke era mais do que um rapaz enigmático com olhos vermelhos. Ele era alguém que a entendia profundamente, que a desafiava a pensar além do óbvio e a abraçar o desconhecido.

No entanto, nem tudo era perfeito. Emma começou a notar que Lukke tinha momentos de distanciamento, ocasiões em que ele parecia perdido em pensamentos sombrios. Ela tentava entender o que o perturbava, mas Lukke sempre desviava o assunto ou mudava de humor rapidamente.

Apesar desses momentos, Emma estava determinada a descobrir mais sobre Lukke e a explorar o que havia entre eles. Ela sentia que havia um mistério profundo por trás da fachada enigmática de Lukke, algo que ele estava relutante em compartilhar, mas que ela estava resoluta em desvendar.

Conforme os meses passavam, Emma e Lukke aprofundavam seu vínculo, e a sensação de familiaridade mútua crescia. Cada encontro revelava camadas mais profundas de suas personalidades, e as discussões sobre arte, música e filosofia tornavam-se cada vez mais intensas e significativas.

Um dia, durante um passeio em uma galeria de arte contemporânea, Emma notou uma mudança sutil no comportamento de Lukke. Ele parecia mais introspectivo do que o habitual, seus olhos vermelhos brilhando com uma intensidade diferente. Decidida a não deixar passar a oportunidade, ela o confrontou gentilmente.

"Lukke, eu sinto que há algo que você não está me contando. Vejo nos seus olhos que carrega um peso. Por favor, confie em mim."

Lukke suspirou profundamente, como se estivesse se preparando para um mergulho em águas desconhecidas. "Emma, há coisas sobre mim que são difíceis de explicar. Coisas que não se encaixam na lógica comum."

Ela o incentivou com um olhar compreensivo, pronta para aceitar qualquer verdade que ele estivesse prestes a revelar.

"Eu não sou como os outros," ele começou, escolhendo suas palavras com cuidado. "Meus olhos vermelhos não são apenas uma peculiaridade genética, somente isso que posso te falar".

Emma sem saber oque falar, ficou em silêncio.

Assim, enquanto sua história de amor continuava a se desenvolver, Emma via-se cada vez mais envolvida em um mundo de mistério, paixão e descoberta ao lado de Lukke, o rapaz cujos olhos vermelhos haviam capturado não apenas sua atenção, mas seu coração.

Revelações

As semanas de mistério e paixão que se desenvolveram entre Emma e Lukke culminaram em um momento de revelação que mudaria tudo para sempre. Era uma noite de lua cheia, onde o silêncio da cidade era quebrado apenas pelo suave farfalhar das folhas nas árvores, criando um cenário quase mágico. Emma estava sentada no terraço da mansão de Lukke, onde ele a havia convidado para um jantar especial. Ela observava as estrelas, imersa em pensamentos, enquanto aguardava o retorno de Lukke, que havia saído para comprar algo de última hora.

O som dos passos de Lukke se aproximando a fez virar-se abruptamente. Seus olhos se encontraram, e Emma pôde ver algo diferente nele naquele momento — uma determinação tranquila que ela nunca havia visto antes.

"Lukke, o que está acontecendo?" ela perguntou, percebendo a seriedade em seu semblante.

Ele aproximou-se dela lentamente, cada passo ecoando no silêncio da noite, intensificando o suspense do momento. "Emma, há algo que eu preciso lhe contar. Algo que eu deveria ter dito desde o início."

Emma sentiu um leve aperto no peito, uma mistura de apreensão e curiosidade tomando conta de seus pensamentos. Ela se levantou do sofá, ficando de frente para ele, tentando decifrar a expressão em seus olhos.

"Lukke, você está me assustando um pouco," admitiu ela, sua voz tremendo ligeiramente, refletindo a incerteza do momento.

Ele respirou fundo, reunindo coragem. "Emma, eu não sou como os outros. Eu confio em você e preciso lhe contar a verdade. Eu não sou... completamente humano."

Os olhos de Emma se arregalaram em surpresa, mas algo dentro dela já suspeitava de que havia algo diferente. Ela segurou a mão dele, sentindo-a fria e firme contra a sua pele quente.

"Lukke, do que você está falando?" ela sussurrou, seu coração batendo forte no peito, cada batida ressoando como um tambor em seus ouvidos.

Ele olhou nos olhos dela com uma intensidade que a fez estremecer. "Emma, eu sou um vampiro."

As palavras ecoaram no ar, preenchendo o espaço entre eles com um peso significativo. Emma piscou algumas vezes, tentando assimilar o que acabara de ouvir. Ela pensou em todas as pistas, nos pequenos detalhes que antes pareciam insignificantes, mas agora faziam sentido em um novo contexto.

"Um... um vampiro?" ela repetiu, sua mente girando enquanto tentava processar a revelação que alterava sua percepção da realidade.

Lukke assentiu lentamente, observando sua reação com cautela, como se cada movimento dela fosse crucial. "Sim. Eu vivi muitos anos, vi muitas coisas. Mas nada disso importa tanto quanto você, Emma."

Ela olhou para ele, observando a sinceridade em seus olhos vermelhos que antes eram apenas um detalhe intrigante. Ela respirou fundo, sentindo um turbilhão de emoções dentro dela. No entanto, em meio ao choque, havia uma estranha sensação de aceitação, como se o seu coração já soubesse disso há muito tempo.

"Lukke," ela começou, sua voz suave e hesitante, "eu não sei o que isso significa, mas eu sei que eu..." Ela não conseguiu terminar a frase antes que ele a interrompesse suavemente.

E então, sem outra palavra, Lukke segurou o rosto de Emma entre suas mãos frias e a beijou. Foi um beijo cheio de ternura e desejo, um encontro de lábios que selou não apenas sua paixão, mas também sua aceitação mútua de tudo o que eles eram e poderiam ser juntos.

Sob o brilho prateado da lua cheia, Emma compreendeu que o amor podia transcender todas as barreiras, até mesmo aquelas entre a vida e a imortalidade. Ela se sentia pronta para enfrentar qualquer coisa ao lado de Lukke, sabendo que, apesar das diferenças, a conexão que compartilhavam era mais forte do que qualquer obstáculo que pudessem encontrar. E assim, naquele momento de união sob as estrelas, eles começaram uma nova jornada, um capítulo repleto de descobertas, desafios e, acima de tudo, um amor que superava qualquer fronteira.

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