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Meu Gato Sumiu!

Capítulo 1. Nasce uma amizade.

Mia está pronta para abrir mais uma loja com produtos direcionados a Pets, se lembra como se fosse ontem o dia em que deixou o seu cargo de vice-presidente de uma empresa famosa e decidiu abrir uma pequena loja para trabalhar com o que sempre gostou: animais, principalmente cães e gatos. Não se arrepende nem por um minuto do que fez. Deixou tudo para trás, podem até dizer que fugiu, que se acovardou, não importa, vivia uma ilusão.

Quem a vê nem imagina ser a mesma pessoa de anos atrás, Micaela Rodrigues, formada em administração de empresas conseguiu, assim que se formou, estágio numa empresa famosa, sempre foi ótima em tudo que faz, dedicada e profissional logo foi contratada e em pouco tempo subiu de cargo chegando a trabalhar com a presidência.

Mia nunca se achou bonita. Sempre foi muito magra, não gosta de maquiagem mais o cargo exigia dela roupa sociais, salto e maquiagem leve. Durante quatro anos trabalhou ali, acreditava que era importante, insubstituível… "Era notada por sua inteligência e habilidades, não por sua aparência"...assim pensava.

É trazida a realidade com Andreia a chamando como sempre, como um pequeno furacão: - Mia, as lembrancinhas que encomendou para inauguração chegaram, ficaram perfeitas! Olhe!!

Andreia entra com um pequeno gatinho de biscui em sua mão mostrando a Mia.

Mia pega de sua mão: - Meu George em miniatura! Que delicadeza!

Andreia: — Eu falei-te que Do Carmo é caprichosa e perfecionista! Vou pedir para ela fazer os meus!

Mia: - Ficou idêntico!

Andreia é uma amiga que Mia fez depois que mudou de vida, como ela, ama animais, só que prefere os excêntricos, tem uma cobra de estimação, é formada em veterinária e uma defensora ativista dos animais, se conheceram quando Mia procurava dar um novo rumo em sua história, havia acabado de chegar na pequena cidade de Monte Alegre, a escolheu pelo nome, assim que desceu do ônibus ouve o miado de gatinhos novos, desesperados, parecia que a chamavam, que gritavam seu nome "Miaaaa!", desce a rua seguindo o som, Andreia também ouviu e como ela quer descobrir de onde vem.

Andreia: - Também está ouvindo? São gatinhos!

Mia: - Sim, acho que vem debaixo daquela ponte.

Seguem até o local e vem um saco dentro da água com a boca amarrada, Andreia procura algo para retirar o saco de onde está.

Mia: - Meu Deus!? Vão morrer!? Temos que salva-los!

Andreia: - Quem seria capaz de fazer uma maldade dessas? Gente sem coração!

Andreia não se aguenta, dá a sua bolsa para Mia segurar e entra na água retirando o saco e o trazendo até ela. As duas apavoradas tentam abrir mais está bem amarrado, Mia se lembra que tem uma pequena tesoura de unha na bolsa, com ela consegue cortar as amarras. Dentro haviam três gatinhos, um já sem vida. Andreia pega um e Mia o outro, os secam com as suas blusas mesmo, Andreia aplica os conhecimentos que adquiriu na faculdade que faz de veterinária.

Andreia: - Precisamos aquece-los! Moro numa República aqui perto. Vamos levar eles para lá. Sou Andreia.

Mia: - Sou Mia!

Dão as mãos cheias de lama, selando assim uma amizade sincera e juntas foram até a república. Andreia ajuda Mia com a mala, pois ela leva os gatinhos em sua blusa. Limparam os gatos, os alimentaram, cuidaram deles. Andreia ajudou Mia a encontrar um lugar para morar e a abrir sua primeira loja direcionada a Pets, assim que se formou fizeram uma parceria que dura quatro anos.

Mia: — Me lembro como se fosse ontem o dia que salvou George e Ben.

Andreia: — Salvamos! Nós duas! Nem lhe contei, Ben deu de querer brincar com Cleo!

Mia: - A sua cobra?! Ele está ficando louco!

Andreia: — Cleo é inofensiva!

Mia ri: — Sei! Eu é que não deixo George perto dela.

Andreia ri: — Conheço gente mais nocivas que ela.

Mia concorda: — Eu também conheci... vamos focar na inauguração, espero conseguir lares para vários dos nossos órfãos.

Andreia: — Vamos conseguir! Tenho certeza!

As duas são responsáveis por uma ONG que recolhe animais abandonados, de rua e tentam arrumar lares para eles. Alguns como George ganham o coração das duas sendo adotados por elas. Andreia tem Cleo, Ben, dois cachorros e uma tartaruga. Mia tem George, Chico, Bolacha, Lara, Mon, Frajola e Biscoito, todos gatos. Com ela, na sua casa vive George e Chico, os outros vivem livres na loja. Chico é um gato velho que não foi adotado, arredio, vive na dele, não confia nos humanos, as vezes nem em Mia. George, tornou-se o seu companheiro desde a sua chegada a cidade, parece entender Mia, sabendo quando ela está bem ou quando precisa de carinho.

Andreia: — Quem sabe arruma um gato de duas patas nessa inauguração! Desde que a conheci não a vi com ninguém e não foi por falta de tentarem!

Mia: — Pretendo continuar assim, com os de quatro patas, eles não me magoam.

Andreia: — Também amo animais como você, mais não fico sem um humano para acalmar o meu animal interior, se é que me entende!

Mia: — Entendo! O meu animal interior está bem como está, não se preocupe.

Andreia: — Não acredito como consegue! O filho do prefeito virá com certeza, e está caidinho por você.

Mia: — Derick é só um playboyzinho conquistador, seria só mais uma conquista para ele.

As duas organizam tudo, Mia confirma os últimos detalhes como o carrinho de algodão doce e de pipoca para os visitantes e a exposição dos filhotes.

Mia: — Acredito que está tudo certo! Vamos para casa descansar porque amanhã será puxado.

Andreia: — Será mais um sucesso como a primeira loja!

Mia: — Espero que sim. Fico um pouco apreensiva por esse bairro ser de pessoas de classe social alta, espero que se compadeçam e adotem os nossos órfãos.

Andreia: — É o que espero também! Até amanhã então amiga. Mas eu não vou descansar, tem um barzinho novo que pretendo conhecer!

Mia: — Divirta-se amiga e cuide-se! — Abraça a amiga.

Capítulo 2. O passado dando sinais.

Em casa Mia é esperada na porta por George que se enrosca na sua perna.

Mia: — Oi! meu lindo! Como passou o dia hem? — O pega no colo. — Não arrumou encrenca com Chico não né?

George se enrosca no seu pescoço como que a abraçando. Mia sorri e o acaricia. Vai até Chico que está na grade da janela olhando para rua, o acaricia também mais ele não esboça nenhuma reação, a ignora, somente quando ela coloca ração no seu pote que ele se levanta e vai comer. Ela o entende, e eles a entendem. Depois de um banho quente em sua pequena banheira, Mia coloca seu pijama de bichinhos, prende seus cabelos castanhos que estão bem longos em um coque frouxo, prepara uma xícara de chocolate quente e se senta em sua cama na frente de seu computador, ia verificar mais uma vez os últimos detalhes da inauguração, decidi distrair-se vendo vídeos divertidos. George a seu lado. Sua casa é simples, pequena mais aconchegante, fica em cima de sua primeira loja, com o dinheiro que recebeu quando saiu da empresa deu entrada no lugar e há alguns meses conseguiu o quitar. Seu quarto dá para uma varanda de frente a rua, onde seus gatos gostam de ficar observando o movimento, uma sala conjugada com a cozinha, um banheiro e um pequeno quarto de hóspedes. Foi Andreia que a ajudou a encontrar o local, a parte de baixo era um depósito, transformado na loja com um bom quintal ao fundo onde construíram o abrigo para animais resgatados.

Distraída vendo os vídeos divertidos Mia se assusta ao ver uma notícia sobre pessoas da empresa onde trabalhou.

" Ocorreu ontem um acidente com o jato particular, onde estavam diretoria da empresa de microcomputadores — Vison — o jato caiu na mata fechada dificultando aos bombeiros a chegada ao local e o resgate. Aguardem mais informações."

Mia sente o seu coração acelerar, procura por mais informações mais não encontra nada. Não há nomes das pessoas que estavam no jato. Fecha o notebook, pega George no colo.

Mia: — Não vou deixar que isso interfira na minha vida, não mais. Amanhã será um dia importante para nós. Se tudo der certo poderemos tirar umas férias em breve.

George ronrona a concordar com ela, se deitam e adormecem.

De manhã ainda bem cedo, Mia se dirige a sua nova loja, a inauguração será a tarde mais a ansiedade não a deixa esperar, prepara os filhotes que serão colocados para adoção e torce para que todos consigam lares e pessoas que os amem e respeitem como merecem.

Em menos de uma hora Andreia chega, ela também está ansiosa.

Mia: — Pensei que não viria tão cedo! A noite não foi como previu?

Andreia: — Amiga, nem lhe conto! Meu gato era na realidade um porco! E dos piores!

Mia ri: — Você e seus animais.

Andreia: — As vezes acho que você é que está certa! Antes só que mal acompanhada.

Mia: — Só não. Tenho George e Chico, você e os nossos animais. Só não quero nenhum homem querendo mandar em minha vida.

Andreia: — Será que um dia vai contar-me o que aconteceu que te deixou assim? Com tanta raiva do bicho homem?

Mia: — Quem sabe?! Mais hoje não! Temos muito o que fazer para ficarmos a jogar conversa fora.

Andreia muda de assunto: — Trouxe mais três filhotes para adoção que encontrei ontem depois que saí daqui e dispensei o porquinho.

Mia pensa ser gatinhos ou cães, quando Andreia lhe mostra três pequenos quatis.

Mia: — Andreia!?

Andreia: — Estou brincando! Não são para adoção. Eles precisam de cuidados, perderam a mãe, depois que conseguirem sobreviver sozinhos os devolverei ao seu ambiente.

Mia: — Só você mesma hem! Andreia!? — abraça-lhe — Vamos nos preparar que daqui a pouco começam a chegar as pessoas para inauguração.

Mal deu tempo de se trocarem e as primeiras pessoas começam a chegar, as crianças ficam encantadas com os filhotes, mais os pais são mais difíceis de convencer. Andreia com o seu jeitinho consegue que vários filhotes sejam adotados, quando falava da sua cobra as crianças ficavam admiradas e os pais a olhavam com receio, mais acabavam fazendo o que os filhos queriam adotando um dos órfãos.

Mia está a explicar a um cliente sobre as rações quando ouve uma voz atrás de si, gostaria muito de não a ter reconhecido mais infelizmente era uma voz inconfundível.

Rosi: — Micaela Rodrigues!! Que surpresa encontrar você! Jamais imaginei a ver num lugar assim!

Mia se vira com o sorriso mais forçado que deu na vida: — Rosi! Que mundo pequeno! Como vai?

Rosi: — Estou bem! Muito bem! Você não imagina o caos que a empresa ficou depois de tudo que houve. Por sorte...

Andreia: — Mia, com licença, estão precisando de você para explicar algumas coisas...

Mia respira aliviada: — Estou indo. Com licença Rosi, outra hora conversamos, tenho que ir.

Rosi ri: - Com certeza! Agora sei onde te encontrar.

Na empresa Vison, a preocupação, nervosismo e ansiedade tomam conta de todos depois que ficaram a saber do ocorrido com o jato. Nele estavam o presidente da empresa senhor Olavo Medeiros, os seus filhos Derick e Dione, Vitor o contador, Elton o vice-presidente e o piloto. Estavam a ir a Belo Horizonte para fecharem uma parceria com uma empresa de lá. Antes de chegarem ao destino algo acontece e o piloto perde o controle do jato indo parar no meio da mata no alto de uma montanha.

Capítulo 3 . O Acidente.

Mia evita cruzar com Rosi de novo. De todas as pessoas do seu antigo emprego logo Rosi foi aparecer. Ela trabalhava no departamento pessoal, uma pessoa que falava de todos, colocava defeito em tudo, uma fofoqueira de carteirinha.

Andreia como boa amiga que é percebe o desconforto de Mia e a ajuda, não permitindo que se aproximasse dela de novo.

A inauguração foi um sucesso, muitas pessoas com interesse e respeito pelos animais, quase todos os órfãos foram adotados, se não fosse Rosi o dia seria perfeito.

Andreia: — Amiga, não pensei que seria tão bom e tão cansativo assim!

Mia: — Eu também! Foi um sucesso não foi?

Andreia: — Sim. Até o rabugento do Félix foi adotado, acredita!? E o seu novo dono igual a ele.

Mia sorri: - E os filhotes? Ficou algum?

Andreia: — Dois gatinhos, os branquinhos, irmãos, aqueles que um é bem estrábico. Ficaria com eles mais não estou tendo muito tempo nem para os meus.

Mia: — Ainda tem muita gente com preconceito por animais querendo só cães. Eu estava a pensar em levar um para fazer companhia a George, e a mim. Adoro a vivacidade dos filhotes, a alegria deles.

Andreia: — Mulher, se tá precisando é sair, ver uns homens bonitos, paquerar sem compromisso sério. Vamos?! Esteve focada nessa inauguração nos últimos meses e agora que aconteceu se dê um descanso, uma distração.

Mia, não tem argumentos que façam Andreia desistir da ideia e concorda em sair com ela, desde que não insista para que fique com alguém. Leva os filhotes para casa, os apresenta a George e Chico.

Mia: — George esses são seus novos amiguinhos, cuide deles! Chico sem encrencas com eles, são filhotinhos! Que nomes daremos a eles?

Os filhotes brincam com George que parece feliz com a novidade. Chico os olha por alguns segundos e volta ao seu lugar sem dar importância a eles.

Mia: — Que tal Alfe e Ralfe!?

Os gatinhos parecem gostar, depois de alguns minutos já estão a correr pela casa com George atrás. Mia está cansada mais prometeu a Andreia sair com ela e como é sábado não tem a desculpa de trabalhar no dia seguinte. Durante o banho se lembra de Rosi, do acidente com o jato da empresa, não quer pensar mais não consegue focar em outra coisa, se arruma a tentar esquecer o fato, se olha no espelho, não há nada da antiga Micaela a sua frente, e Andreia tem razão, está na hora de dar uma oportunidade a si mesma de ser feliz.

Olavo Medeiros, na tentativa de recuperar o prestígio que a sua empresa perdeu marca uma viagem para BH tentando uma parceria inovadora. Exige que os seus filhos, Derick e Dione viajem com ele, afinal serão os herdeiros do seu patrimônio.

Derick: — Pai, o senhor sabe que farei tudo que estiver ao meu alcance para o ajudar, irei com certeza. - Derick sente que tem grande parte de culpa em tudo que aconteceu, por um bom tempo ficou longe da empresa deixando que se afundasse.

Dione: — Não estou a fim de ir, o senhor sabe que os negócios da família não são o meu forte.

Olavo: — Não é seu forte?! De onde é que você julga que sai o dinheiro que paga os seus gastos com festas e nem sei o que mais…?

Derick: — Vamos Dione, vai gostar de BH. Será apenas um fim de semana, depois da reunião poderá sair e se divertir.

Dione concorda para não causar problemas com o seu pai. Na hora marcada estão a embarcar no pequeno jato da empresa em companhia de Vitor, o contador da empresa a décadas e Elton, um primo distante do seu pai, que segue Olavo para todo o lado.

Assim que levantam voo, Derick sente haver algo errado, um barulho diferente, o jato não é novo e a muito não fazem revisão devida. Se levanta da sua poltrona e vai até o piloto.

Derick: - Está acontecendo alguma coisa?!

Piloto: - Não estou conseguindo controlar o jato. Depresa, se sente, peça a todos para colocarem os cintos!

Derick volta a seu lugar rapidamente acordando a todos e passando as instruções do piloto. O nervosismo e pavor toma conta de todos, mais foi tudo tão rápido, como um fresh Derick vê tudo virando de ponta cabeça, gritos, tudo se quebrando e uma escuridão toma conta, seu último pensamento foi em Mia, queria ter tido tempo de a procurar...

Derick abre os olhos, o peito e a cabeça dóem, move os braços e pernas para ver se está tudo bem, um ardor em uma das pernas, alguns arranhões. O cinto aperta seu peito, o solta caindo, só aí percebe que estava de lado. Se lembra do acidente.

Derick: - Pai?! Dione?! Alguém?

Vê seu pai e vai até ele, sente sua pulsação, respira aliviado quando a sente, tenta o acordar, o solta do cinto. Ouve um gemido, é Dione. Vai até ele.

Derick: - Dione?! Você está bem?!

Dione: - Minha perna está presa, dói muito, não consigo soltar.

Derick tenta o soltar sem sucesso, Jonas desperta, se solta e o ajuda, juntos conseguem, parece que a perna está quebrada.

Derick tem noção de primeiros socorros, procura uma forma de imobilizar a perna do irmão que geme.

Derick: - Jonas, veja como estão Elton e o piloto.

Dione: - O quê vamos fazer irmão?! Eu sabia que não deveria ter vindo.

Derick: - Se acalme! Logo o socorro chega, devemos agradecer por estarmos vivos.

Jonas: - Infelizmente nem todos. O piloto...

Jonas aparece com Elton que está segurando seu braço.

Olavo acorda meio confuso: - O quê houve? Onde estamos?

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