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Leiloada Para O Mestre

Aviso da Autora

Prestem atenção aos gatilhos que ocorrera no livro antes de começar a leitura.

1. Dominação e Submissão: A relação de poder desigual entre o mestre e a escrava, destacando a submissão dela aos desejos e comandos dele.

2. Violência e Tortura: Cenas de violência física e emocional, incluindo punições cruéis e tortura psicológica que refletem a natureza brutal da relação de um sádico perturbado.

3. Humilhação e Degradação: Situações em que a escrava é humilhada, degradada e exposta a situações constrangedoras que reforçam a submissão e a dominação.

4. Controle e Restrição: O uso de restrições físicas, como correntes, coleiras e amarras, para simbolizar o controle absoluto do mestre sobre a escrava.

5. Exploração Sexual: Exploração sexual explícita, incluindo cenas de intimidade forçada e práticas sexuais não convencionais que desafiam os limites do prazer e da dor.

6. Manipulação e Subjugação: Táticas manipulativas do mestre para manter o controle sobre a escrava, explorando suas vulnerabilidades e desejos mais profundos.

Convido os leitores a adentrarem nesse universo provocativo e desafiador cientes da sensibilidade dos temas abordados. É minha intenção provocar reflexão e compreensão, incentivando uma leitura que vá além do superficial e mergulhe nas camadas emocionais e psicológicas dos personagens.

Fiquem a vontade para xingar, brigar e esculhambar os personagens. Porém, espero que me respeitem como autora, e não me ofendam com palavras que pode me machucar, afinal, isso é uma história fictícia, eu criei, mas não prático e nem apoio os atos do protagonista.

Esse livro foi um desafio das minhas leitoras, em especial Tânia Campos, que estão no meu grupo de whatsapp, onde elas escolherem o tema Romance Dark. Então, se não gosta do gênero, peço que não comece a ler.

Essa é a primeira edição do livro, o que terá somente a narrativa da protagonista Helena. A segunda edição será lançada no Kindle, com a narrativa do Kirill.

Me sigam no Instagram para mais informações, @daycastro_autora

Sem mais delongas, vamos nos aventurar nessa nova história, onde as emoções vão te fazer travar uma batalha emocional entre o amor e o ódio, o prazer e a dor. Que vença o sentimento mais forte...

Capítulo 1

Ottawa, Canadá.

Saí de casa com raiva da minha mãe por ter brigado com o meu pai e tê-lo colocado para fora. Meu pai sempre foi um bom homem e ela sempre foi muito estourada. Enquanto ele é a calmaria, ela é a tempestade.

Mas nada justifica colocá-lo para fora. Disse a ela que iria morar com ele, pois ninguém a aguenta. Ela me trancou no quarto e disse que eu não iria sair de casa. Pulei a janela e agora estou caminhando pelas ruas sem nenhum dólar no bolso, já que ela cuida de todo o dinheiro da casa.

Não sei onde o meu pai está morando, mas sei onde ele trabalha. O problema é andar tudo isso a pé até chegar em seu emprego. Pelos meus cálculos, vai levar umas duas horas ou mais até eu chegar lá.

Paro em um beco e sei que vou cortar um belo caminho se eu seguir por aqui. O problema é que todo mundo fala mal desse lugar, dizem que tem um homem do saco que leva as meninas para vender seus órgãos.

A polícia já foi acionada várias vezes, mas sempre vai embora por não encontrar nada. Olho para frente, onde tenho a escolha de dar uma volta enorme ou entrar no beco e sair logo na via principal.

Me benzo três vezes e entro, rezando para que nada de mal me aconteça. Quando vejo o final do beco, onde já dá para ver os carros em alta velocidade passando, dou um sorriso de alívio e corro para sair desse lugar medonho logo. Mas assim que chego no final dele, sinto uma pancada no rosto e perco os sentidos na mesma hora.

(...)

Abro os meus olhos e estou em uma cama gelada. Olho para o lado e percebo que é a mesma cama que se usa nos IML.

Traficante Mulher: — Ela acordou, acho que vai ser mais vantagem colocá-la para trabalhar no prostíbulo. O tipo sanguíneo dela não é compatível com nenhum dos nossos clientes.

Traficante Homem: — Mas vamos receber bem menos. Ela viva não vai nos dar muito dinheiro.

Traficante Mulher: — Então a gente aluga ela, assim teremos dinheiro todos os meses.

Fico ouvindo a conversa deles sem entender muito, mas pelo que parece é que ele quer meus órgãos, mas ela quer me vender. Mas para quem?

— Por favor, me deixem ir embora, eu juro não contar nada para ninguém. — Eles me olham e começam a rir.

Traficante Homem: — Acho que você tem razão, é melhor vendê-la logo. Chama a Nora e negocia com ela. Diga que é uma menina de quinze anos, virgem e com cara de inocente, assim ela vai pagar bem mais.

Começo a chorar e me debater. Eu deveria ter acreditado que aquele beco não era seguro. Agora estou prestes a ser vendida como uma mercadoria. O cara se aproxima de mim e dá uma injeção no meu pescoço, o que me faz apagar novamente.

(...)

Acordo e agora estou em um quarto branco, com as paredes cheias de mofo e um varal estendido cheio de calcinhas. Me sento com muita dor de cabeça e, ao passar a mão, sinto um galo na minha testa.

A porta se abre e cerca de dez mulheres entram, todas aparentando ter vinte anos ou mais. Todas usando trajes de prostitutas, e é aí que a minha ficha cai. Fui sequestrada para me prostituir.

Uma das meninas me olha, se aproxima de mim, senta na minha cama e passa a mão no meu galo. Recuo com medo, mas ela pede para eu ficar calma.

Megan: — Me pegaram do mesmo jeito há cinco anos atrás.

— Está presa aqui há cinco anos? — Ela balança a cabeça concordando. — Quantos anos você tem agora? E como se chama?

Megan: — Me chamo Megan, mas meu nome aqui é Jennifer. Tenho vinte e um. Vim para cá com 16 anos. Fui treinada até completar 18 anos, depois fui vendida no leilão por ser virgem, mas depois o meu ex-dono me devolveu para cá. Aqui trabalhamos para pagar os nossos donos e comprar coisas para nós, só não podemos sair daqui sem a permissão deles.

Parece que estou presa em um filme de terror, mas olho para todas as meninas ali, percebendo que tudo isso é real.

Megan: — Não fique assustada. No início dá medo mesmo, mas com o tempo você se acostuma. Às vezes pegamos uns homens bem bonitos, mas outras vezes nem tanto.

Abaixo a minha cabeça e começo a chorar, ela me abraça e eu posso sentir seu cheiro. Uma mistura de perfumes com um fedor estranho. A porta se abre com tudo, e uma mulher de cabelos bem vermelhos se aproxima de nós duas. Ela entrega uma nota em dólar para a mulher que está ao meu lado e olha para mim.

Nora: — Você será treinada para o leilão. Primeiro ficará aqui com as meninas que vão te ensinar tudo. No seu aniversário de 18 anos, terá que aprender a ser uma boa escrava para agradar o seu dono. Vamos tirar algumas fotos também, para colocar no site e atrair os compradores.

— Por que estão fazendo isso? Eu não fiz mal a ninguém, e não quero ficar aqui.

Nora: — Espero que tenha entendido tudo que eu falei, pois não irei repetir. — Ela fala, ignorando as minhas palavras, e se vira de costas para sair.

Megan: — É melhor não responde-la mais, ela é a bruxa daqui, e já a vi batendo em várias meninas que a desobedeceram.

— Onde estamos? — rezo para que ainda estejamos no Canadá, mas a resposta me desanima.

Megan: — Estamos na Rússia, Moscou para ser mais exata.

Fecho os meus olhos e uma lágrima escorre pelo meu rosto, chance quase nula dos meus pais me encontrarem aqui. Ela se levanta e vai até a sua cama e guarda o dinheiro em sua bolsa. As meninas fazem filas para tomar banho, já que o quarto é pequeno, e só tem um banheiro. Passo os olhos em cada pedacinho, vendo as camas em beliches. Até que vejo uma janela com grades, deixando entregar a luz da lua por ela.

Levanto-me e me aproximo dela, sentindo a brisa da noite tocar o meu rosto. Deixo as lágrimas caírem de arrependimento. Será que a minha mãe e o meu pai estão me procurando? Será que a polícia vai me encontrar aqui? Coloco o braço no parapeito da janela, abaixo a minha cabeça e começo a chorar, já imaginando o meu destino daqui para frente.

Capítulo 2

Helena,

Meu treinamento começa assim que desperto ao amanhecer. Sou levada pela mulher dos cabelos vermelhos até um quarto, onde tem algumas... alguns... Eu não sei como se chamam isso, parece que são coisas de tortura. Tem algumas coisas que eu sei o que são, tipo algemas e chicotes. Outras coisas nem sei se têm nome.

Nora: — As meninas vão te ensinar como usar todas essas coisas, vou ficar na cadeira observando você. Não se preocupe, não terá penetração, pois isso seu novo dono que o fará. Tire a roupa. — Não faço de cara, e ela grita comigo. Com medo, eu começo a tirar chorando.

Olho para trás e vejo duas mulheres entrando no quarto, elas estão vestidas com uma roupa preta super colada ao corpo. O preto lembra muito uma fita isolante. Uma delas, a de cabelo preto, pega na minha mão e me senta na cama, e a de cabelo loiro se aproxima com um ferro na mão, que contém dois braceletes em cada ponta.

Ela manda eu me deitar na cama e esticar as penas. Eu faço, e ela coloca os braceletes em cada tornozelo meu. Puxo uma das pernas, e aquele ferro se abre mais, e eu fico assustada.

— Eu não quero fazer isso. — Suplico, olhando para a mulher de cabelo vermelho.

Nora: — Continuem. — Ela ordena com uma voz sedutora. Percebo que a sua respiração está acelerada e fica mordendo o canto dos lábios.

A menina segura o ferro no alto e vira o meu corpo com tudo, me colocando de bruços em cima da cama.

Nora: — Não se vire, fique nessa posição. — Olho para a cabeceira da cama e vejo a mulher se levantando da cadeira com um chicote na mão. — Apesar de ter 15 anos, você é bem gostosinha, uma verdadeira putinha.

Fecho os meus olhos e baixo a minha cabeça, afundando-a no colchão. Sinto algo gelado passando na região da minha intimidade. Com medo do que virá, encolho o meu corpo e sou atingida por uma chicotada na minha bunda.

— Aaaiiiii. — Grito de dor, e ela me bate mais uma vez. Percebo que quanto mais eu grito, mais ela me bate. Mordo o travesseiro e tento controlar os meus gritos para que ela pare de me bater.

Nora: — Isso, você é inteligente, aprendeu mais rápido que as outras. Quanto mais você gritar, mais vai apanhar. Aqui sua dor não é significante, então não precisa demonstrá-la para mim, nem para ninguém.

Choro em silêncio pela dor que estou sentindo na minha bunda. Até que sinto um corpo quente colando em mim, e a dor aumenta. Soluço baixo, rezando para que isso acabe logo. Mas não acaba, ela usa quase todos os tipos de equipamentos em mim, e se eu tinha curiosidade de saber o que era quando entrei aqui, já não quero mais.

Nora: — Uma pausa para o almoço, e depois voltaremos para continuar a treinar a escrava. — Ela sai e manda eu segui-la. Coloco a mão escondendo o meu corpo que está todo à mostra. Mas quando ela olha para trás, me faz tirar a mão da frente. — Não é para se esconder, você tem que mostrar tudo que você tem. Você deve fazer os homens olharem com desejos, e não como uma besta tímida.

— Eu não quero nada disso, por favor, me deixe ir embora... — Ela me dá um tapa tão grande que até caio no chão, sentindo o frio aliar-se às dores das chicotadas na minha bunda.

Nora: — Eu já falei, e não vou repetir. Aqui suas dores, vontades ou qualquer outra coisa relacionada a você é insignificante. Você é escrava e tem que obedecer aos seus mestres. Mesmo precisando de você inteira para o Leilão, não me provoque, pois posso ser bem cruel com você. Agora, levante-se daí e ande desfilando, não reprimida.

Engulo meu choro e, com dificuldades, me levanto. Ela coloca a mão no meu queixo e vira o meu rosto para ver o estrago que fez. Depois o solta e manda eu passar na frente dela, me ameaçando: se eu me esconder de novo, levarei um chute nas costas.

Respiro fundo e coloco na minha cabeça que estou vestida com o meu conjunto de moletom rosa da Adidas, que é o que eu mais gosto. Chegamos na área de alimentação. Olho ao redor e vejo as paredes com bastante mofo, principalmente na parte de cima próximo ao teto. No centro da área, tem uma mesa de madeira grande com alguns bancos extensos para que caibam todas as meninas.

Ela me empurra e manda eu me sentar. As duas mulheres que estavam comigo no quarto se sentam à minha frente, e a mulher de cabelo de fogo entra por uma porta ao lado.

Loli: — Obedeça a ela, garota, ela pode destruir a tua vida aqui dentro. — A de cabelo preto fala, e eu mordo os lábios para não chorar.

— Eu fui sequestrada, estava indo no trabalho do meu pai, eu não queria estar aqui.

Loli: — Noventa por cento das meninas que estão aqui foram sequestradas. E se você acha que vão te encontrar, pode esquecer. Estou aqui há quinze anos e não tenho previsão para ir embora.

— Quinze? Você parece ser nova.

Loli: — Me sequestraram quando eu tinha sete anos, agora tenho vinte e dois. Sofri muito para aceitar essa vida, mas depois que aceitei, tudo mudou. Para ficar melhor, invente um nome para você, finja que está atuando em uma peça de teatro ou uma novela. Mas faça tudo que a madame Nora mandar, ou será pior para você.

Nora: — Escrava, traga café para duas pessoas, estou com visitas. — Ela fala e fecha a porta. Pergunto para as meninas onde tem café, e elas apontam onde fica a cozinha.

A cozinheira nem me olha, apenas coloca as xícaras e o açúcar numa bandeja e manda eu levar. Deve estar acostumada a ver mulheres e meninas peladas andando por aqui, não tem outra explicação. Vou até a sala, bato na porta, e assim que ela manda eu entrar, entro.

Um homem de terno está sentado de costas, mas assim que eu coloco a bandeja em cima da mesa, ele olha para mim, começando pelos meus seios e subindo para o meu rosto.

Kirill: — Tem criança aqui, Nora?

Nora: — Ela tem quinze anos, mas ainda está em treinamento de submissão para o leilão.

Minha vontade de pedir ajuda para ele é grande, mas se ele está aqui, deve ser para comprar mulheres também, o que só complicaria a minha vida com a Mulher de cabelo de fogo. Ele se levanta, pega na minha mão e me faz dar uma volta. Quando fico de frente novamente, ele morde o canto da boca.

Kirill: — Vou adorar estar no seu leilão e estarei na primeira fileira para te comprar. Como você se chama? — Busco um nome fictício para dar para ele, e me deparo com umas rosas em um vaso em cima da mesa da mulher de cabelo vermelho.

— Rosa. — falo automático, e ele franze a sobrancelha com a minha resposta e solta da minha mão, mandando eu sair da sala. Saio e volto para a mesa, para comer com as meninas, sem entender o que aconteceu ali dentro.

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