Capítulo 1: A Queda da Vila
Subcapítulo 1: A Vila de Eldric
- Eldric, cadê você? - Pâmela chamou, sua voz ecoando pela floresta.
- Estou aqui! - respondeu Eldric, enquanto tomava banho em um lago próximo à sua vila.
Pâmela, a namorada de Eldric, estava à sua procura. Ela era uma jovem descontraída, com uma mente sempre absorta em livros, frequentemente perdendo a noção do tempo enquanto lia deitada próxima a uma árvore num campo cheio de alecrins. Hoje, porém, havia um ar de urgência em sua busca.
- Ah! Você está aí? Eu estava te procurando faz um tempão! - disse ela, ao avistar Eldric.
Eldric: Sério? Mas você sempre soube que, quando não estou fazendo nada, estou aqui tomando banho.
Pâmela se aproximou da margem, as folhas e galhos estalando sob seus pés descalços. Ela mordeu o lábio, hesitante.
Pâmela: Posso entrar aí? - perguntou, com uma leve insegurança em sua voz.
Eldric: Claro que pode! Você sempre tomou banho aqui. Por que está estranha?
Pâmela corou, desviando o olhar enquanto confessava baixinho.
Pâmela: Bem... é que... eu tô sem calcinha - murmurou, a voz quase inaudível.
Eldric, que estava longe da margem, não conseguiu ouvir direito.
Eldric: Não escutei, fala de novo!
Com o rosto ainda mais vermelho, Pâmela repetiu mais alto.
Pâmela: Eu tô sem calcinha! Pronto, já ouviu?
Eldric, que também estava sem roupas, ficou quieto por um segundo, contemplando a situação.
Eldric: Tudo bem! Eu não ligo!
Pâmela, com sua mente cheia de histórias dos livros, onde situações semelhantes muitas vezes terminavam de maneira romântica, começou a ficar vermelha de novo.
Pâmela: Mas eu ligo! - disse, ainda mais constrangida.
Eldric: Tudo bem! Se quiser, pode tomar banho de roupa mesmo! Eu não sou um tarado, tá?
Apesar da timidez, Pâmela tinha um desejo secreto, uma fantasia pervertida que ela nunca admitira abertamente. Com uma pequena esperança no fundo do seu coração, ela começou a tirar a roupa. Eldric, surpreso, observou.
Pâmela era uma garota lenta para essas coisas. Mesmo sendo namorados há bastante tempo, eles nunca tinham feito nada. Quando Eldric viu Pâmela nua pela primeira vez, percebeu que por trás daquela garota que amava livros e tinha uma personalidade doce, havia um corpo perfeito, como ele nunca tinha visto em toda a sua vida. A luz do sol poente refletia na superfície do lago, iluminando o corpo dela com um brilho dourado.
Eldric: Cuidado! A água está um pouco fria, tá?
Pâmela: Pode deixar, eu tomo cuidado - respondeu, mergulhando lentamente na água. O frio a envolveu, fazendo seus músculos se contraírem.
Eldric se aproximou dela, pois já estava ensinando-a a nadar há algum tempo. Mesmo assim, ele se preocupava com a segurança dela. Pâmela segurou-se nele, colocando suas mãos nos ombros dele para ter mais apoio. O toque dela era suave, e ele podia sentir a pele fria contra a dele.
Pâmela: A água aqui está mais fria que lá na beirada.
Eldric riu e, num movimento brincalhão, puxou-a para onde a água estava ainda mais fria.
Eldric: É porque está chegando a primavera! Muitos rios formados pelo derretimento do gelo das montanhas caem neste lago!
Pâmela: Tá explicado essa água fria! Como você aguenta?
Eldric: Simples! É só ignorar. Não quer dizer que não sinto frio, mas se você aceita, se acostuma rápido.
Os lábios de Pâmela começaram a tremer de tanto frio. Eldric, vendo isso, resolveu sair da água e ir para a margem. As árvores ao redor pareciam sussurrar segredos antigos, enquanto uma brisa leve balançava suas folhas.
Eldric: Sabe, você mandou bem em tirar a roupa antes de entrar no lago.
Pâmela, toda encolhida de frio, olhou para ele com um olhar de quem queria dar um tapa.
Pâmela: Isso porque não era tarado!
Eldric: Não! Não é isso que eu quis dizer! Só disse porque a água está muito fria, é se você entrasse com a roupa, ia ficar toda encharcada e com frio, só isso!
Eles vestiram suas roupas rapidamente, sentindo o calor voltar aos corpos. Sentaram-se na beira do lago, vendo o pôr do sol. O céu se tingia de laranja e rosa, refletindo nas águas tranquilas do lago.
Eldric, vendo que ela ainda estava com frio, aproximou-se dela e a abraçou, tentando aquecê-la com seu corpo. O cheiro de pinho e terra molhada preenchia o ar ao redor deles.
Pâmela: Está tão gostoso! - disse, aconchegando-se mais perto dele.
Eldric riu e encostou sua cabeça próxima à dela, sentindo o coração bater mais rápido.
Eldric: Eu quero me casar com você! - sussurrou, seu coração cheio de amor e determinação.
Pâmela levantou o olhar, surpresa, mas com um sorriso tímido surgindo em seus lábios.
Aquele momento parecia congelado no tempo, com a natureza ao redor testemunhando a promessa de um amor eterno.
Capítulo 1: A Queda da Vila
Subcapítulo 2: Ataque do Monstro Gigante
Pâmela olhou nos olhos de Eldric, a vulnerabilidade e o desejo refletindo em seu olhar.
Pâmela: Sabe? No fundo, eu queria que você fizesse algo comigo!
Eldric ficou sem saber o que falar, por um momento ele ficou calado, seu coração acelerado batendo em seus ouvidos.
Eldric: A gente pode fazer agora, se você quiser, é claro.
Pâmela: Eu quero sim! Eu queria isso há muito tempo, mas não sabia como te pedir.
Com um gesto tímido, ela tirou seu vestido de seda, deitando-se sobre a grama fofa que crescia perto das margens do rio. O vento soprou suavemente, acariciando sua pele nua e trazendo o cheiro de flores e terra molhada.
Pâmela: Vai com calma, tá?
Eldric: Tá, eu prometo. Eu vou com calma.
Ele começou a beijar a barriga dela, sentindo a maciez de sua pele sob seus lábios. Subiu lentamente até os lábios dela, e eles se beijaram, seus corpos se tocando pela primeira vez de forma tão íntima. O calor dos corpos misturava-se com a brisa fresca do entardecer. A troca de calor recíproca entre seus corpos era inevitável. Os sons da natureza ao redor pareciam acompanhar o ritmo crescente de suas emoções.
O ápice dos movimentos repetitivos finalmente parou, seus corpos esgotados, mas seus corações cheios de uma nova conexão.
Pâmela: Eu também quero me casar com você!
Após algum tempo, Pâmela voltou para a casa de seus pais, onde morava. Elara, sua mãe, estava na cozinha, cozinhando batatas e fazendo um doce da seiva de Couma, uma árvore da região. O cheiro doce e terroso preenchia o ar.
Elara: Oi, filha! Onde você tava?
Pâmela: Eu tava com o Eldric.
Elara: Por que não chama ele pra gente jantar juntos? Vai ser bom!
Pâmela: É, acho que vou chamar ele sim, vai ser ótimo!
Elara: Mas por que você tá molhada?
Pâmela, sem coragem de falar a verdade, respondeu:
- É que eu tropecei quando passei por uma poça d'água!
Elara: Ah! Então vai se trocar, ué?
Pâmela entrou em seu quarto, sentindo-se feliz. Ela era só uma garota comum, vivendo o seu primeiro amor. Pegou sua roupa e se trocou, deitando-se na cama e abraçando o travesseiro com muita força e carinho, pensando em Eldric.
Pâmela: Se eu soubesse que seria tão bom assim, teria feito com você antes!
Seu sorriso doce sumiu quando um barulho forte ecoou pela pequena vila. As paredes da casa começaram a tremer.
-Pâmela! - gritou sua mãe.
Pâmela saiu correndo até a cozinha, onde encontrou sua mãe com o rosto pálido de medo.
Elara: Vem, filha, temos que correr pra mais longe que pudermos!
Pâmela: E o papai? Cadê ele?
Elara: Ele é um homem forte e inteligente, ele vai nos achar!
Elas saíram correndo para longe da vila, mas todas as pessoas estavam correndo na mesma direção. Gritos de desespero ecoavam de todos os lados. Um gigante havia chegado à pequena vila, arremessando árvores nas pessoas e pisando em cima das casas. O chão tremia com cada passo do monstro, enquanto o céu se enchia de fumaça e poeira.
O gigante pegou uma casa com suas mãos, destruindo-a e jogando os destroços na direção das pessoas. Os destroços acertaram várias pessoas, incluindo Elara, matando-a instantaneamente. Pâmela, ao ver sua mãe morta, caiu em desespero. O choque foi tanto que ela não conseguia se mover, suas pernas pareciam presas ao chão.
O monstro lançou mais destroços em sua direção. Pâmela apenas olhou, aceitando a morte iminente. Quando, de longe, um grito se aproximou.
Pâmela!!!!
Ele rapidamente segurou-a e pulou para fora do caminho dos destroços antes que eles os atingissem.
Torin: Pâmela, você está bem?
Pâmela voltou ao normal e olhou para quem a salvou.
Pâmela: Pai?
Ela rapidamente o abraçou, seus olhos afogados em lágrimas.
Pâmela: Pai, a mamãe...
Torin: Não temos mais o que fazer! Vamos, temos que fugir, era o que sua mãe queria.
Enquanto fugiam, Eldric já estava no local seguro, preocupado com Pâmela e sua família.
Eldric: Alguém viu a Pâmela? Ou alguém da família dela?
Alguém respondeu:
Pessoa: Ela estava fugindo com a mãe dela, mas a gente quase foi atingido, aí não vi elas mais...
A ansiedade corroía Eldric por dentro, enquanto ele continuava a procurar desesperadamente por Pâmela e sua família, temendo o pior, mas mantendo a esperança de encontrá-la viva.
capítulo 1: A Queda da vila
subcapítulo 3: Desespero de Pâmela
Nesse momento, Eldric resolveu voltar atrás de sua amada. Ele a amava demais para deixá-la para trás e continuar a vida.
Eldric: Eu vou voltar!
Seus amigos o seguraram, tentando impedi-lo.
Amigo: Não vai rolar, cara. Por mais que você goste dela, arriscar a vida não vale a pena.
Eldric: Que se danem! Eu vou atrás dela, nem que seja a última coisa que eu faça!
Eldric socou os rostos de alguns de seus amigos e foi em direção à ponte. A única coisa que fazia julgar que aquele lugar era seguro, era o grande desfiladeiro, no qual a única forma de passar era por uma ponte feita de madeira e cordas.
Torin: Venha! Não podemos perder tempo, temos que chegar na ponte o mais rápido possível!
Pâmela: Tá! Vamos!
Uma grande chuva tinha começado. O céu escureceu rapidamente, e trovões retumbavam como os rugidos de uma fera distante. O chão, que antes estava seco e coberto de grama, rapidamente se transformou em lama escorregadia. As pessoas corriam por suas vidas, mas a lama dificultava suas fugas. Entre essas pessoas estavam Pâmela e seu pai, correndo por suas vidas enquanto muitos eram esmagados, pisoteados, atingidos por destroços ou arremessados a longas distâncias. Os gritos de desespero ecoavam, criando uma sinfonia de caos.
Torin: Vai! Vai, Pâmela!
Pâmela: Tô indo! Mas eu já tô cansada, não consigo correr mais que isso!
O pai de Pâmela pisou em um buraco e acabou torcendo o pé. Ele tentou disfarçar e continuar, mas não conseguiu. Pâmela olhou para trás e viu seu pai parado enquanto todos passavam por eles sem sequer se importar.
Pâmela: Pai! Por que parou? Temos que continuar!
Torin: Desculpa, filha! Promete que vai viver por mim?
Pâmela, já em prantos e desespero, começou a gritar por ajuda, mas todos estavam muito preocupados em sobreviver e salvar suas próprias famílias para se importar com os problemas dos outros.
Mais à frente, Eldric gritava pelo nome de Pâmela, enquanto era empurrado pelas pessoas desesperadas que estavam fugindo do monstro que se aproximava. Na cabeça de Eldric, passavam-se pensamentos de como um dia tão bom tinha se transformado em uma tarde chuvosa e sangrenta. Então, ele ouviu uma voz familiar entre as outras vozes de desespero. Ele reconheceu e gritou.
Eldric: Pâmela!
Pâmela: Tô aqui!
Pâmela: Pai, o Eldric tá chegando! Ele vai nos ajudar!
Eldric chegou e viu Pâmela tentando fazer seu pai andar. Ele tentou ajudar também, mas o pai de Pâmela era um homem grande e muito pesado. Ele só ia atrasá-los.
Torin: Promete que vai cuidar dela?
Pâmela: Do que está falando? Só mais um pouco!
Torin: Salva ela a qualquer custo, mesmo que você morra tentando!
Eldric: Não desiste ainda!
Torin os empurrou.
Torin: Não tem como me ajudar sem que vocês morram! Vai logo, Eldric! Salva ela! Eu não tô pedindo, eu tô ordenando!
Naquele momento, Eldric entendeu que Torin estava certo. Não tinha como ajudar, pois o monstro estava muito perto. Pâmela tentou ajudar seu pai, mas Eldric a segurou enquanto ela gritava para ele soltá-la.
Torin: Agora eu deixo ela com você, garoto! Não me decepcione!
Eldric acenou com a cabeça para Torin, dizendo que entendeu, enquanto pegava Pâmela nos braços e corria com ela. Ela gritava por seu pai, desesperada. Torin olhou para a filha pela última vez, antes de ser pisoteado pelo gigante.
Torin: Já estou indo atrás de você, Elara.
Eldric estava quase passando pela ponte quando olhou para cima e viu o gigante saltando por cima deles e caindo do outro lado da ponte. A água do rio abaixo rugia como uma besta enfurecida, enquanto a chuva caía implacavelmente.
Eldric: Ele pulou?
O som do impacto do gigante ao cair fez a ponte balançar violentamente, e Eldric lutava para manter o equilíbrio enquanto corria. Os gritos de Pâmela ecoavam em seus ouvidos, misturados com o rugido da chuva e os trovões distantes. Com o coração acelerado, Eldric sabia que cada segundo contava. Ele apertou Pâmela contra si, determinado a protegê-la a qualquer custo.
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