Personagens…
Ana Paula Bennett…
Sou Ana Paula Bennett, 23 anos, nascida na Itália, mas residimos na Califórnia desde os meus oito anos. Educada por meus pais e os melhores colégios do país.
Me formei recentemente em administração, para satisfazer as vontades da minha mãe, que não aceita o meu amor pelo basquete.
Tenho 1,72 de altura, cabelo longo ondulado loiro, olhos verdes, pele branca, magra, corpo atlético com algumas curvas marcantes. Tenho uma cicatriz no joelho, pois estourei jogando basquete e passei por três cirurgias.
Sou poliglota, aprendi diversas línguas, pois cada temporada estávamos num país diferente jogando.
Sou uma mulher doce, bondosa, forte e determinada. Carrego em meu coração uma enorme tristeza, desde que tive o grande sonho da minha vida destruído.
Moro com a minha mãe e irmã, na Califórnia. Sinto muita falta do meu pai, que saiu para uma viagem de negócios há seis meses. Nos falamos diariamente, mas sinto muita falta dele, é o melhor pai do mundo. Decidiu sair para viajar, após o pedido de divórcio da minha mãe. Ele sempre foi um marido e pai presente, mas a minha mãe deixou de amá-lo e decidiu seguir a sua vida, com um homem dez anos mais jovem que ela. Nada contra, porém, ela banca todas as mordomias dele, que não faz nenhuma questão de trabalhar. Por sorte, não o quis dentro da nossa casa por respeito a nós.
Meu pai é um homem misterioso, acredito que guarde algum segredo. Sempre viajou muito e algumas vezes o flagramos falando ao telefone com algum funcionário, mas ao notar nossa presença, disfarçava e encerrava a chamada. Ele evita ao máximo se aparecer na mídia.
Enquanto a minha mãe é uma pessoa que faz tudo para estar na mídia, usa a sua influência na sociedade para promover e participar de eventos. É citada frequentemente nas colunas sociais por participar de eventos midiáticos da alta sociedade.
Ela não aceita, que eu e minha irmã caçula, não estamos seguindo os seus passos, de arrumar um marido rico e depender financeiramente deles.
Somos diferentes dela, optamos, por seguir carreiras no esporte. Mesmo que isso não tenha dado muito certo para mim, fico feliz que para minha irmã, esteja dando certo.
Sei que a minha mãe ficou muito feliz por eu não poder mais estar em quadra e quer a todo custo que eu vá trabalhar com ela em sua construtora, herança do meu avô.
Ao longo da minha vida, não tive muitas amizades, no meu próprio time, tive que lidar com a inveja das minhas colegas. No entanto, há um ano conheci Gislene, uma garota intensa e extrovertida. Ela trabalhava em uma boate de barmen, entre uma conversa e outra nos identificamos muito e nos tornamos grandes amigas. Há uns três meses, ela perdeu o emprego, após dar uma surra em um cara na boate, sendo despedida.
Como meu pai tem muitas empresas e universidades, pedi para que a contratasse. Mesmo sem conhece-lá, deu-lhe o emprego de secretária do reitor de sua Universidade.
Na minha vida sentimental, as coisas estão muito bem. Meu namorado também é jogador de basquete e sempre pede a minha ajuda em seus treinos, assim, me sinto útil novamente. Eu e Renato nos conhecemos na universidade e estamos juntos há quase dois anos.
Confesso que não poder estar em campo me afeta muito, aprendi a jogar basquete com meu avô materno, ele era o melhor de todos. Minha mãe se afastou do meu pai e se tornou essa pessoa que se importa apenas com fama, após a morte dele.
Foi uma grande perda em nossas vidas, mas deixou conosco esse amor pelo esporte…
Para mim, o basquete vai além do esporte, pois me ensinou muitas coisas, inclusive que o time nos torna uma grande família. Aprendi os valores do respeito, solidadriedade, empatia, conexão e abriu vários outros horizontes.
Estar em quadra nos faz estar num mundo apenas nosso, tudo ao nosso redor desaparece e só existem nós. Quando a bola entra na cesta, é algo inexplicável e único, ali podemos colocar o brilho escondido em nós para fora e fazemos da dificuldade uma oportunidade.
Meu avô nos ensinou que o basquete deve ser divertido em todos os níveis. Aprendemos com as diferenças, identificamos e resolvemos problemas, uma vez que é um esporte de estratégias, adquirindo experiência para reconhecer nossos limites e, além disso, aprendemos a ser mais resilientes.
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Pablo Hunter…
Sou Pablo Hunter, 20 anos, nascido em Detroit, estado do Michigan, educado por minha mãe e meu irmão Luke, e em escolas públicas.
Atualmente resido na Califórnia com a minha mãe e irmã. Faço faculdade de direito, pois a única coisa que mais desejo nessa vida, é mandar as pessoas que fizeram mal ao meu irmão para a prisão.
Tenho 1,90 de altura, poliglota, mesmo vivendo num bairro pobre, passando dificuldades, meu irmão trabalhava e pagava cursos. Seu sonho era que eu me tornasse um grande jogador de basquete e sempre investiu em mim.
Sou um homem impulsivo, porém, calmo e centrado. Não perco a cabeça por coisas pequenas e busco a resolução do problema. Não me julgo melhor do que os outros, sou confiante e reservado em relação à minha vida pessoal.
Meus pais se separaram quando eu ainda era um bebê, cresci ouvindo meu irmão falando mal do nosso pai, dizendo que nos abandonou e que só tínhamos a mãe e nosso tio materno Calvin.
Desde a adolescência, Luke trabalhava com Calvin, não sei exatamente qual era o trabalho, pois dizia para eu me preocupar apenas em estudar. A minha mãe nunca aceitou nosso tio em casa, dizia para ficarmos longe dele e Luke dizia que ela estava traumatizada com a separação e que nosso pai fez a sua cabeça contra o tio Calvin.
Minha mãe tentou reconstruir a sua vida com um homem que parecia legal, no entanto, quando ela engravidou, tentou agredi-la, meu irmão partiu para cima dele e o expulsou de casa. O fim do infeliz foi a morte, estava envolvido com bandidos e o encontraram morto num terreno baldio com marcas de tortura. Desse relacionamento, nasceu a nossa pequena Anabele, é uma menina doce e também ama o basquete.
Cresci odiando o nosso pai, e sempre foquei nos estudos e em jogar basquete. Cheguei a levar o nosso time a vinte vitórias consecutivas, em campeonatos do colégio. Com dezoito anos, meu irmão passou a pagar a minha faculdade, fui morar no Campus e foquei nos meus sonhos.
Fui visto por um olheiro num dos jogos, ele disse que eu tinha um grande futuro no basquete e que quando completasse dezoito anos, era para procurá-lo. Contudo, as coisas mudaram, recebi a pior notícia da minha vida..., meu irmão e melhor amigo havia falecido.
Há um ano e meio, meu irmão foi morto voltando do trabalho por criminosos que tentaram assaltá-lo. Só fiquei sabendo, porque meu tio Calvin me procurou no Campus e me levou ao enterro.
Eu saí da faculdade e fui atrás de emprego, porém, a minha mãe nos obrigou a sair da cidade, ir viver na Califórnia, mas perto do meu pai. Mas nunca o procurei, e quando tentou falar comigo, o ignorei.
Não vou negar, fiquei revoltado com a morte do meu irmão, só saía de casa para beber e voltava bêbado para casa. Foi assim por uns seis meses, até que o meu tio me procurou um dia e ofereceu ajuda. Pagaria a minha faculdade e, ao me formar, trabalharia para ele, pois precisaria dos serviços de um advogado em seus negócios.
Aceitei e passei a frequentar uma das melhores faculdades da cidade, mas nunca mais me envolvi com esportes, meu foco é apenas estudar. O time de basquete daqui é pior de toda a geração, o reitor e o técnico do time chegaram a me fazer propostas para jogar, mas me neguei. Depois do que aconteceu, eu desisti desse esporte e só quero fazer justiça.
Não sei com o que meu tio trabalha, diz que quando chegar a hora me deixará a par de tudo.
Aqui na universidade, sou um mulherengo, gosto de estar nas festas, beber e cada noite ficar com uma garota diferente. Assim tento não pensar tanto na grande perda da minha vida.
Ana Paula...
Acordo, faço a minha higiene pessoal, me arrumo e ligo para o meu pai. Após chamar três vezes ele atende.
— Bom dia, minha filha!
— Bom dia, papai! Como o senhor está?
— Estou bem e você?
— Morrendo de saudades do senhor!
— Também estou morrendo de saudades de vocês! Já resolvi os meus assuntos por aqui e daqui a alguns dias estarei de volta!
— Que notícia maravilhosa, papai! Dionnes vai adorar saber disso, já falou com ela?
— Ainda não, quero fazer uma surpresa! Sei que ela queria que eu estivesse nas provas eliminatórias, para definir quais atletas irão entrar para o time, então vou chegar de surpresa!
— Ela ficará muito feliz!
— E você, meu amor, como está? — pergunta, se referindo ao fim da minha carreira no basquete.
— Estou levando, pai! O Renato me convidou para viajar com ele e o time de basquete nos próximos campeonatos, mas não sei se vou! Ainda não me decidi…
— Sinceramente, eu acho que não deveria ir!
Meu pai, nunca gostou do meu relacionamento com Renato, dizia reviver a sua história com a mamãe. Contudo, eu gosto muito dele e estarmos juntos é sempre ótimo.
Conversamos mais um pouco, me despeço e encerro a chamada.
Passo pelo quarto de Dionnes e nos cumprimentamos com um beijo e um forte abraço.
Descemos conversando sobre a competição, ela está animada e muito confiante, diferente dos outros anos.
— Fico feliz, que esteja tão confiante mana!
— Eu me dediquei muito, Ana, estou focada e não vou deixar nada nem ninguém me tirar o foco! Farei parte da equipe e estarei no pódio das próximas competições!
— É assim que se fala!
Nossa mãe, estava na sala de estar. Nos cumprimentamos com um abraço apertado e ficamos conversando assuntos relacionados a sua construtora, ainda insiste para que eu vá trabalhar com ela.
Apenas ouvimos, então Dionnes muda o assunto. Para fugir dela, decidimos sair mais cedo para correr, ao invés de ir para a academia.
Despedimos de dona Adeline e saímos de casa, apressadas.
— Dona Adeline não muda!
— Não! — respondo sem ânimo.
— Vai trabalhar com ela na construtora?
— Não sei! Estou tão confusa com todas as coisas que aconteceram! Saber que não posso mais jogar…
— Não pode se entregar à tristeza, mana, ainda pode jogar, só que…
— Não profissionalmente! Me dediquei tanto ao time e até eles me viraram as costas! Ninguém quer contratar uma jogadora machucada…
— Ana…
— Vamos correr e esquecer esse assunto, tá!
Começo a correr em sua frente e logo me alcança.
Corremos por uma hora, após o que aconteceu tive que voltar às atividades físicas gradualmente, fazendo exercícios para fortalecimento, mesmo não tendo mais dores.
Voltamos para casa e após fazermos o alongamento, ela subiu para se arrumar para ir para o ginásio.
Vou para o meu quarto, tomo um banho e combino de almoçar com Gislene.
Me arrumo e passo no orfanato, que ajudo todos os meses. Faço doações de dinheiro, brinquedos e, aos sábados à noite, fazemos uma noite especial, um dia pizza, outro cachorro-quente, lanches e com várias brincadeiras. Renato, me acompanhou apenas uma vez, ele nunca tem tempo, mas ajuda financeiramente.
Passei a manhã toda brincando com as crianças, acredito que a maior doação que podemos fazer é de dar amor e carinho a esses pequenos.
Damos um abraço em grupo, me despeço da diretora, das cuidadoras e vou embora.
Gislene, me esperava na porta do restaurante.
Cumprimento com um beijo no rosto e um abraço, entramos de braços dados no restaurante e fazemos o nosso pedido.
— E então amiga, está gostando do trabalho? — pergunto.
— Adorando, pensei que não me adaptaria, por passar tantos anos trabalhando em bares, mas estou gostando! Acredita que estou pensando em fazer faculdade?
— Sério? Isso é ótimo!
— Ainda não me decidi, estou estudando todas as carreiras, para ver qual faz o meu estilo!
— Torcendo por você, minha amiga!
— E você, já se decidiu o que vai fazer enquanto nenhum time te chama?
— Eles não vão me chamar amiga!
— Porque são uns idiotas, não sabem a profissional que estão abrindo mão!
— Renato, me convidou para acompanhá-lo nos próximos jogos de basquete, estou pensando em ir!
— Desculpe, amiga, sabe que sou muito sincera! Acho que não deveria ir, esse cara está encostado em você! Se chegou onde chegou, é porque teve a sua ajuda, você o transformou no jogador talentoso que é hoje, com suas dicas! Ele nem se dá ao trabalho de te agradecer, por todas as coisas que fez, te dar o reconhecimento que merece!
— Não quero reconhecimento, faço porque amo!
— Sim, mas ele deveria fazer questão de reconhecer isso diante de todos, mas não, finge que conquistou tudo sozinho! Eu não vou com a cara dele e sabe bem disso!
— Está parecendo o meu pai falando!
— Pelo visto, nos daríamos muito bem! — diz divertida.
— Ele está solteiro amiga!
— Que isso amiga! Com todo o respeito, mas não gosto de homens muito mais velhos que eu!
Dou risada.
— Meu pai é um gato, tá!
— Não duvido, porque você e a sua irmã são lindas!
Continuamos conversando assuntos aleatórios e rindo com alguns comentários engraçados que ela fazia.
— Hoje a noite, é o primeiro jogo da temporada, me acompanha?
— Está bem, deixando claro que estou indo para te acompanhar!
Assenti com a cabeça e sorri.
Após o almoço, a deixo na Universidade e sigo para casa.
Dionnes...
Meu nome é Dionnes Bennett, 18 anos, nascida na Itália, mas residimos na Califórnia. Educada por meus pais e os melhores colégios do país.
Faço faculdade de educação física, a mais próxima da carreira que sigo. A minha mãe não aceita a profissão que seguimos e nos deu a condição de fazer faculdade. Ela queria que tivesse escolhido outra profissão, mas acabou se dando por vencida com a minha escolha. Sou poliglota, exigência da nossa família, por terem empresas e conviverem com muitas pessoas da alta sociedade e de diferentes países.
Tenho 1,65 de altura, cabelo longo ondulado loiro escuro, olhos azuis, branca e magra.
Sou uma garota extrovertida, reservada e sonhadora.
Cresci com meus pais e minha irmã Ana Paula. Somos melhores amigas, ela sempre me apoiou em tudo e a amo muito. Quando nossos pais discutiam, uma era o abrigo da outra, quando preciso de conselhos, sei com quem desabafar. Também tenho Nathan e Âmbar, meus amigos desde crianças.
Não foi fácil passar pelo luto da morte do meu avô. Levou com ele a alegria da minha família. Depois disso, veio a amargura da minha mãe, que se fechou para as alegrias da vida, depois o divórcio deles e essa resistência absurda que ela tem contra o nosso amor pelo esporte.
Eu amo a ginástica artística, é uma modalidade de ginástica onde os atletas realizam um conjunto de exercícios em aparelhos oficiais, movimentos que revelam força, agilidade, flexibilidade, coordenação, equilíbrio e controle do corpo. Para mim, envolve muito mais do que isso, sou levada a outra dimensão a cada movimento, a cada pirueta, salto, não dá para expressar o tamanho da paixão que domina o meu ser a cada movimento.
Nunca participei de nenhuma competição, porque a minha mãe nunca autorizou, porém, com a chegada dos meus dezoito anos, estou motivada e muito focada para as eliminatórias da nova escolha da equipe que vai participar das próximas competições.
Eu sempre fui muito esforçada e dedicada ao que escolhi e meu treinador disse que tenho grandes chances de ser ouro.
Nunca me envolvi sentimentalmente com ninguém, mas desde criança gosto do Nathan, ele também é ginasta e meu melhor amigo. Nunca tive coragem de dizer o que sinto, para não estragar a nossa amizade e também ele sempre foi o garanhão do colégio e fica com as garotas mais lindas.
Já fiquei com alguns garotos, não passou de meros beijos. Pode parecer bobagem, mas escolhi me entregar a alguém de quem eu goste de verdade. No meu ponto de vista, transar envolve uma entrega mútua de ambas as partes, algo muito íntimo e quero que tenha sentimento quando chegar o meu momento.
Estou focada na minha carreira e não quero que nada e nem ninguém me atrapalhe nessa nova etapa da minha vida.
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Gislene…
Sou Gislene Fernandes, 25 anos, brasileira, mas resido atualmente na Califórnia. Brasileira e educada por meu irmão, após a morte dos nossos pais.
Trabalho de secretária na universidade da família Bennett.
Tenho 1,70 de altura, cabelo longo liso preto, olhos castanhos escuros, branca e magra com curvas marcantes.
Sou uma mulher forte, determinada, extrovertida e sincera. Confesso que sou um pouco desorganizada, às vezes chego tão cansada que deixo para organizar tudo no outro dia.
Chegamos à Califórnia, há cerca de um ano e tem sido difícil reconstruir a nossa vida. Meu irmão continua trancado em seu quarto e só saí de lá após brigar muito com ele, para tomar banho e comer.
Ele cuidou de mim desde que nossos pais morreram. Na verdade, meu pai era um viciado em drogas, matou a minha mãe e se matou, quando ela pediu o divórcio. Não me recordo de como tudo aconteceu, pois era muito pequena, já meu irmão diz que se recorda de cada detalhe e ainda sonha com aquela terrível noite.
Moramos a vida toda nas ruas de São Paulo. Crescemos trabalhando em semáforos, lavando vidros de carros, vendendo balas e fazendo malabarismo. Tivemos que aprender a lutar, para nos defender da constante violência que nos cercava. Na adolescência, fizemos parte de uma gangue e aprendemos a ser pilotos de fuga.
Nunca machucamos ninguém, apenas dirigiamos para os meliantes, para escapar da polícia. Uma vez, levei um tiro na barriga e pensei que morreria, acreditei que ali tudo se findaria e nunca mais veria o meu irmão. Sobrevivi, conseguimos enganar a polícia de que estavamos no lugar errado e na hora errada. Depois disso, Raul decidiu que nunca mais participariamos disso novamente. Contudo, foi necessário fugir da quadrilha para que trabalhavamos. Fugimos para o interior de São Paulo e tentamos reconstruir a nossa vida.
Pela primeira vez, vi meu irmão apaixonado e feliz...
Até que tudo aconteceu, mais uma vez tivemos que fugir e meu irmão saiu destruído disso tudo. Armaram para nós, da pior maneira possível e ele está depressivo, não foi fácil passar pelo o que ele passou.
Moramos numa pequena vila, nossa casa é bem pequena, tem dois quarto, um banheiro e cozinha e sala juntos.
O aluguel aqui é barato e dá para nos sustentar.
Trabalhei um tempo na noite como barman e após uma briga, fui demitida. Nunca fui o estilo que leva desaforo para casa, então podem imaginar o que rolou naquela boate.
Por sorte, conheci Ana Paula, uma garota incrível e muito bondosa. Ela me arrumou um trabalho de secretária na Universidade da sua família.
Estou gostando muito do trabalho, algo dentro de mim despertou para estudar e me formar, ser alguém na vida. Eu e meu irmão, aprendemos a ler com um senhor que conhecessemos nas ruas frias de São Paulo.
Nunca fomos a escola, mas aprendemos muito com livros, apostilas, revistas e jornais que achavamos nas ruas.
Quando Raul completou dezoito anos, pudemos ter um comodo para morar, então pudemos frequentar a escola por um tempo, fizemos as provas do Encceja e fomos aprovados.
A nossa vida nunca foi fácil, mas sempre tentamos tirar o melhor dela e andar com um sorriso estampado no rosto.
Solteira atualmente por opção, porque os homens são uma verdadeira decpção. Só querem nos usar e estou cansada disso.
Se for para me relacionar novamente, quero um amor de verdade, se isso realmente existir. Tive apenas um namorado e foi o suficiente, para nunca mais me envolver sentimentalmente com ninguém.
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