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A Árvore De Sangue

decreto de falência

Orlando ano 2024

Precisamos ir embora - falou Derek as pressas assim que chega em sua mansão, sua esposa e filhos não compreendem os motivos de tamanha hostilidade, Suzie sobe as escadas acompanhando calmamente o marido que aparenta grande nervosismo.

Derek, me explica o que aconteceu- falou ela e ele respondeu:

A empresa foi a falência, sofremos um rombo multimilionário e a nossa mansão foi vendida- ele disse pegando ela de surpresa.

Certo, e como ocorreu, quanto tempo temos para desocupar a mansão?- ela perguntou procurando a calma que precisava para levar a situação, sabia que o marido era temperamental e que explodia facilmente.

Não temos tempo, você não entendeu, arrumem suas roupas que iremos sair da casa, já acertei tudo para irmos para outra cidade, com a falência não podemos ficar aqui, as dívidas são muitas e com o dinheiro da venda vão pagar tudo e o que sobra recomeçaremos nossa vida, iremos para blowing rock são pelo menos 8 horas de distância, mas é o suficiente para fugirmos da má fama que irá nos acompanhar- ele respondeu para a esposa que o olhou meio incrédula e respondeu:

Não existe outra maneira?

Não, iremos sair em 30 minutos, peguem o básico e avise as crianças- ele falou e ela se manteve parada ainda processando a situação, Suzie era apaziguadora e tentava sempre reverter qualquer situação, mas a urgência no tom de voz e o desespero de Derek a alertou.

Amor, escuta, falimos a 6 meses e tentei manter a vida que levávamos, mas não teve como, a opção de usar o dinheiro da empresa foi uma tentativa de salvar nossa vida, desculpe, fechei negócio em um leilão, uma fazenda frutífera e com bom preço, já dei o sinal e assim que a empresa terminar de pagar o valor da compra irei pagar o resto, dá tempo suficiente de chegar lá- ele respondeu para ela que suspirou, ciente de que seriam tempos difíceis, Suzie era filha de agricultores, cresceu na vida criando essências e perfumes, a empresa do marido fazia a logística e juntos criaram uma boa fortuna, ela desistiu da vida profissional para ter a sua filha, Liz que hoje está com 16 anos, 10 anos depois ela teve o filho George e optou por ser somente a mãe e esposa.

Ok Derek, façamos conforme é necessário, mas já adianto que não será uma tarefa fácil convencer as crianças de que isso é necessário sem contar da falência- Suzie falou preocupada com a imagem do marido ficar manchada diante da família.

Ela desceu a escada e os filhos estavam no mesmo lugar, sinal de que a chegada do pai instantes antes não havia os afetado.

Crianças, preciso que subam agora mesmo para o quarto e juntem seus pertences mais importantes, estamos saindo em 20 minutos de casa, sem tempo para explicações, iremos para outro lugar, longe daqui, então perguntas só serão respondidas quando chegarmos- ela avisou os filhos de um jeito calmo e firme.

Mãe? Como assim ir embora?- perguntou Liz.

Você não é mais uma menina, precisa me ajudar com seu irmão, confio em você para isso, mas agora não tenho tempo, a mansão foi vendida e a empresa também, vamos logo filha, suba- dizendo isso a filha subiu desconfiada, ela sabia que pelo costume de ter tudo na mão no momento que desejar a filha e o irmão logo reclamariam assim que soubessem o motivo.

Assim fizeram os quatro membros da família Smith, arrumando pequenas malas, quando entraram no carro o pai avisa que a transferência fora feita e que agora era oficial, eles não seriam mais moradores de Orlando, viveriam em um lugar no interior, com cavalos e que ela poderia voltar a exercer a sua paixão pela profissão e que se reergueriam na nova fazenda, ela sorriu amistosamente para que ele não se sentisse culpado, afinal o que pode haver de ruim em ir viver no interior, ela nascera lá não nesta cidade, mas seria questão de costume, tanto para eles quanto para os filhos.

Algumas horas depois...

Precisamos parar um pouco amor, estamos a três horas na estrada, as crianças querem comer e usar o banheiro- falou Suzie para o marido vendo um posto de gasolina no caminho.

Sim pai, estou com fome, queria muito um grande x bacon com fritas - falou George e a mãe sorriu, ela gostava desse clima em família.

__ Certo, saímos às 9 horas da manhã, estamos no horário de almoço, vamos fazer uma pausa, mas precisamos estar na estrada antes das 14, já finalizei o pagamento das terras e não queria chegar muito tarde- ele falou assim que estacionou, eles desceram e foram em direção à lanchonete, pediram quatro lanches e todos comeram.

Para qual lugar iremos pai? - perguntou a filha impaciente com a ideia de não saber seu destino, o pai olhou para a mulher e suspirou sem poder negar.

Vamos para a cidade blowing rock, uma fazenda frutífera, a chamam de blood oak, dizem que lá tem todo tipo de flor e fruta, a única terra em quilômetros que é extremamente fértil, sua mãe poderá atuar como fazia antigamente, um negócio que lá na cidade ainda não tem- ele disse.

Entendi, mas qual é a necessidade de ir embora, podíamos mandar alguém para abrir esse negócio lá? - ela perguntou e o pai respondeu:

Nós falimos, manter o custo de vida que estavam acostumados era quase impossível lá, se ficasse na cidade iriam ficar manchados como falidos e não seria bom para o futuro de vocês.

Falimos? Por isso que viemos correndo, oque você fez pai? Qual é a razão de falir, foi incompetência sua? Não da para entender o motivo de tamanha fortuna se acabar- ela respondeu alterando sua voz e a mãe a impediu de continuar falando.

Liz, chega- Suzie tinha noção de que a paciência do marido estava por um fio com tudo isso, mas a filha era complicada e continuou falando.

Não mãe, nos tratar igual criança, vamos virar gente de campo? Ter que lidar com animais e terras? Eu não vou fazer isso, quer saber me deixa com a vó que não é bom para meu futuro isso- ela disse e ele gritou.

Basta Liz, vocês irão comigo sem reclamar, até seus 18 anos chegar você é minha responsabilidade, o que é bom para você? Ser uma menina mimada e fútil que dorme com o namorado a mais de um ano e fuma maconha? - ele falou e ela arregalou os olhos achando que os pais não sabiam.

Que foi? Achou que nós não sabíamos de nada, sua escola nos avisou que suas notas não poderiam baixar mais, ou seria convidada a se retirar, eles querem os melhores e não futuros fracassados- ele cuspiu essas palavras na filha sem pudor e ela chorou ofendida, levantou e foi em direção ao carro, a esposa olhou a cena cansada e o filho pequeno comeu sem prestar atenção na cena enquanto todos a sua volta olhavam e comentavam.

Vamos logo embora- ela falou.

Não, eu vou terminar a minha refeição, e nosso filho também, eu não tenho culpa de tudo, as dívidas são altas e os sócios deixaram um alto desfalque, eu não vou agir como um moleque e me esconder, não errei- ele disse cabeça dura como sempre e a quilômetros de distância da antiga cidade.

Olha filho que casa da árvore legal - o marido disse mostrando a foto de uma imensa árvore.

UAU, eu vou poder brincar?- o filho questiona achando que faria grandes aventuras ali.

Sim, será muito divertido- responde sua mãe acariciando seus cabelos.

Logo eles partem em direção a nova cidade, ainda seria uma longa estrada, chegariam ao anoitecer, seria cansativo, mas eles esperavam que fosse ser transformador.

Terra infrutíferas

Chegamos na cidade por volta das 18 horas, ainda teríamos mais uns 30 minutos de estrada, então paramos para comer algo, vimos que a cidade estava movimentada, tinham flores expostas e luzes espalhadas pelos postes, estacionamos o carro e descemos, nos aproximamos da movimentação e as pessoas eram comunicativas, animadas e aparentavam felicidade, Liz olhava tudo sem muita empolgação, George já queria correr, meus filhos eram de ficar diante das telas, mas ali não teriam isso, pelo que vi a rede de internet aqui é ruim.

Vamos comer milho? - falou George olhando aquelas espigas tão suculentas e assenti.

Vamos sentar aqui- falou Derek e nós sentamos, logo a atendente veio até nós e nos cumprimentou:

Boa noite! Sou Julie, Posso ajudar vocês?- falou educadamente

Queremos milhos com manteiga- falei e ela anotou, depois nos olhos e disse:

São turistas? Vieram conhecer nossa cidade?

Viemos de mudança, na verdade, moraremos aqui no interior, nossa fazenda fica a uns 30 minutos daqui- falou Derek e ela sorriu.

É um ótimo lugar, quer um conselho, não importa o motivo, não se aproxime da fazenda Blood oak, ela é amaldiçoada- ela disse e completou.

É a única fazenda que é extremamente frutífera, tudo que planta nasce, mas acontecem coisas estranhas lá.

Que tipo de coisas estranhas? - falou Liz.

Com licença Julie, está conversando demais querida, traga o pedido e um bom refresco, esse por conta da casa, sou Oliver dono aqui da barraca dos lanches- ele disse interrompendo a fala da atendente que saiu rapidamente.

Sou Derek Smith, viemos para morar na fazenda Blood oak, essa é Suzie minha esposa, Liz minha filha e George meu garotão- falou meu marido e ele arregalou os olhos.

São os compradores da Blood oak? São pessoas de sorte, as terras são incríveis, não existe nada que não floresça ali- ele disse e logo se afastou, a menina trouxe os milhos e comemos, reparei que ele chamou a atenção dela em determinado momento e ela nos olhava como se tivesse pena.

Comam logo para podermos ir, vou até a sala do corretor e pegarei as chaves, já avisei que chegamos e ele está me aguardando- falou meu marido e saiu seguindo uma localização.

Você viu Liz, tem muitos jovens aqui- falei e ela ergueu a cabeça tirando os olhos da tela.

Sim com certeza, deve ser legal tantos colonos juntos- ela falou e um dos meninos a ouviu, se aproximou e disse:

Você não nos conhece, como pode nos chamar assim? Quem é você para dizer isso, são vocês que morarão na fazenda Blood oak? hahaha boa sorte, quero ver dizer isso quando precisar da nossa ajuda lá- ele disse e todos riram.

Minha família tem mais dinheiro que essa cidade inteira viu, não preciso da ajuda de ninguém e você não me conhece, não me importo com nada agora saia do meu caminho e me deixe comer- falou arrogante e eles trocaram olhares mortais, mas logo os amigos o puxaram, são duas pessoas já que falaram sobre a fazenda, o que pode ter de tão ruim?

Vamos logo? Já estou com a chave, vamos que é um longo caminho e estou louco para ver nossas terras- falou Derek quando voltou e saímos, peguei alguns lanches para a estrada e agradecemos, percebi que saímos sob o olhar atento de algumas pessoas.

Entramos no carro e partimos em direção à fazenda então ele começou a contar:

Vocês viram a história que cerca a fazenda, uma terra frutífera que some com as pessoas, hahaha é engraçado, querem nos assustar como fizeram com os outros que vieram, claramente as tentativas de impor medo funcionou para alguns- ele disse.

Como assim impor medo? Por que fariam isso? - perguntei curiosa.

__ É uma terra seca, não se tem produção, a fazenda Blood oak mantém a cidade com sua produção, as outras terras são secas, olha nossa paisagem, tudo seco, dizem que a única que tem campos cheios é a nossa, e se o leilão não acontece ela fica sob custódia da prefeitura e assim eles não precisam pagar pela produção, estando com a nossa família eles devem pagar o nosso preço- ele falou e para mim fez algum sentido, então tudo que ouvimos até ali parecia bobagem e me acalmei, finalmente avistamos os campos de lavanda e eu estava ficando apaixonada, senti pela primeira vez em anos a vontade de voltar a produzir essências, o lugar realmente se difere do restante, já que as únicas flores e cores que vimos foi a partir da divisa da nossa propriedade

Uau que lugar lindo, a fazenda estava meio suja, aparentava abandono, diferente dos belos campos, teríamos muito trabalho, mas estava em bom estado, paramos o carro e olhamos a casa que era menor que a nossa, mas seria nosso lar e precisaria ficar perfeito para nós.

Parece uma casa abandonada pai- falou George e Liz o assustou.

UUUUUUU ta com medinho né, bebê- falou e ele me abraçou.

Liz pare agora- falou Derek e ela bufou, olhamos para a casa e abrimos, procuramos as luzes e droga não achamos nada, com as lanternas dos celulares entramos até conseguir nos localizar ali dentro, quando as luzes acenderam tivemos a visão melhor, por dentro era linda e perfeita, super limpinha.

Amanhã já tenho que ver tintas, mercado, pintura, reparos e tudo isso, inclusive ver com o pessoal da prefeitura sobre o restante da colheita, não irão levar nada sem ajustar um preço, por hora vamos conhecer a casa e descansar, tem comida e cada um tem suas coisas em sua mala, então família Smith preparados para a nova vida? - falou e somente eu e George parecemos animados, Liz procurou um quarto e decidiu que seria dela, se trancou e não adiantava brigar, teria que dar o espaço e deixar que ela se acostumasse com essa nova vida, ajudei George com o banho e as coisas dele e ele deitou, fiquei um pouco ao seu lado e admito que o ranger das madeiras era um pouco assustador, mas casa mais velha assim era impossível não ter barulhos, logo meu filho dormiu e fui até o quarto atrás do meu marido e dormimos juntos, era cedo e estávamos cansados, amanhã seria um dia e tanto.

nova vida

Mudar para o interior não estava nos meus planos iniciais, mas ver nossa fortuna se desfazer foi o começo de tudo, tentei reverter a situação algumas vezes, o que não contei para a Suzie que foi seu irmão quem fez o rombo, tirou dinheiro de nossas contas pessoais e também da empresa, ela morreria de desgosto só em saber que ele sumiu com parte dos valores que lhe era indevido, a primeira impressão da cidade foi que teríamos sucesso logo, pois era uma terra promissora, quando avistamos os campos cobertos por lavanda e outras coisas, os animais, que as outras propriedades não tinham isso, vi que tinha feito a escolha certa, Liz não ficou feliz e George ficou muito, apesar da cara de lugar mal-assombrado que ficou a noite aqui.

Teremos um longo dia amanhã, a parte externa da casa precisa de vários reparos, pelo menos aqui dentro mantiveram em bom estado- falou Suzie me abraçando, era estranho estar em outra casa, mas se estivéssemos juntos seria a nossa casa.

 Acordamos com um som de galinhas cantando e a sensação foi boa, levantamos e minha esposa foi fazer um café, Liz já estava de pé se arrumando, pois a levaria na escola local para matricular ela, tinha muito serviço, arrumar trabalhadores locais para a colheita.

Onde está George? - falou Liz e a mãe me pediu que fosse ao quarto chamar ele.

Cheguei no quarto e ele não estava, no mínimo foi explorar a propriedade e eu já sabia inclusive onde ele estava.

George não está no quarto, ele deve ter ido ver os animais- falei.

Não é perigoso? - sua mãe questionou preocupada.

Estou indo procurar, não se preocupe, vamos até a escola e na volta já trago as coisas para os reparos, se vier alguém para trabalhar na colheita peça que me aguarde- falei e ela assentiu, sai de dentro da casa e aproveitei para ver tudo que precisava trazer da cidade, desde pregos, tintas, telhas, sementes e essas coisas não tem necessidade, nós temos alguns animais e preciso vistoriar a alimentação e remédio de cada um, a ida até lá é longe então preciso trazer tudo de uma vez só.

Um bom corte de grama e pintura, trocar algumas janelas e lavar essa calçada é o suficiente- falou um homem que se aproximou.

Você é?- perguntei.

Robert, sou quem fez a manutenção da casa nos últimos anos, estava a serviço da prefeitura já que os últimos moradores não apareceram depois da primeira noite- ele disse.

Ótimo, se quiser trabalhar comigo será bem-vindo, mas não responderá mais à prefeitura e sim a mim- falei e ele assentiu.

O menino loirinho foi brincar, ele é curioso, está todo animado na casa da árvore- ele disse e me dirigi até lá.

George, filho- chamei lá embaixo e ele apareceu na janela, Robert que estava do meu lado disse:

Essa casa na árvore foi feita a anos, fiz a reforma dela toda a quatro meses apenas, ele tem um bom lugar para brincar.

Vou subir aí para conhecer sua nova casa filho- falei e ele negou.

Não papai, aqui é para mim e meus amiguinhos, proibido papais- ele disse e sorri, ver meu filho com a imaginação a mil era bom, ele desceu a escada e me deu a mão.

Vamos na cidade com o papai e o nosso novo amigo Robert?- falei e ele sorriu, então correu para tomar café e logo saímos de casa.

Fui até a escola e deixei Liz lá, minha filha era rebelde, mas, no fundo, uma boa menina, tinha meu sangue quente, então não poderia culpar ela por ser bocuda.

Se sua filha se manter assim revoltada não será aceita- disse Robert e assenti, mas ela aceitaria logo eu esperava isso.

Suzie fez alguns cartazes falando da oportunidade de vaga na colheita e Robert fez as colagens enquanto eu ia comprar as coisas.

Bom dia! Quero comida para cavalo e boi- falei entrando na loja e vendo todos os olhares caírem sobre mim.

Novo na cidade? - perguntou o senhor e assenti.

Mudei para a Blood oak, começamos os preparos hoje, estamos a procura de trabalhadores também para a colheita, conhece alguém?- falei e ele me olhou sério.

Não conheço ninguém louco o suficiente, a fazenda é amaldiçoada, quer um conselho? Tire sua família de lá- ele disse e bufei.

Claro, a única propriedade que dá lucros nesta cidade, a única terra fértil, eu já entendi o que querem fazer, não vou abdicar dela não- respondo pegando o dinheiro e pagando, logo levam no carro as coisas que vim comprar e me despeso indo para a prefeitura.

Chegando na prefeitura que era logo ao lado sou direto, peço o contato dos homens que fizeram a primeira parte da colheita, e aviso o preço que quero pela próxima parte dela, não venderei tudo, pois fazer os perfumes será o próximo investimento, agradeço e sob o olhar de reprovação deles saio dali.

Quando chego em casa começo com Robert e Suzie a ligar para os números, incrivelmente dos 50 números apenas três aceitam participar da colheita, os outros números não aceitam ou dão assunto, ao saber de onde é desligam imediatamente.

Já vi que teremos um longo caminho- afirma Suzie servindo um café para nós.

__ Não vamos ter medo, tenho os maquinários e faremos dar certo, agora vamos nos preocupar com a adaptação e iniciar a pintura e reforma aqui na fachada- falei e ela concordou, George ao chegar foi brincar na casa da árvore, ao ver que não tinha perigo deixamos e focamos somente ali.

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