Era uma noite perfeita para um baile. O grande salão do palacete da família Modesty estava resplandecente, decorado com lustres de cristal que lançavam reflexos brilhantes sobre as paredes de mármore branco. As damas da alta sociedade desfilavam com seus vestidos suntuosos, enquanto os cavalheiros, em seus melhores trajes, trocavam cumprimentos e risadas.
Miranda Modesty, uma jovem de 19 anos, estava no centro da atenção. Vestida com um vestido azul celeste que contrastava com seus cabelos escuros e olhos profundos, ela parecia uma princesa de um conto de fadas. Mas por trás de seu sorriso educado, havia uma mistura de ansiedade e resignação. Seus pais tinham decidido que ela deveria se casar com Eduardo Cavalcanti, um homem de vasta fortuna e influência.
Enquanto Miranda observava a noite estrelada da varanda do salão, o som distante da música ecoando levemente ao fundo, seu pai, Dominique Modesty, aproximou-se silenciosamente. Suas roupas de gala, com ricos detalhes em dourado sobre o fundo branco, contrastavam com o semblante sério que trazia em seu rosto.
— Vim à sua procura, Miranda. Deverias estar no salão, cumprindo teus deveres sociais. — a voz de Dominique tinha um tom de arrogância e calma. Embora fosse um homem de bom coração, quando se tratava de poder e status, seu comportamento transformava-se, tornando-se inflexível e autoritário.
Miranda, surpreendida pela presença do pai, desviou o olhar das estrelas e encontrou os olhos austeros dele. Sentiu um arrepio percorrer-lhe a espinha ao perceber o desapontamento silencioso que ele carregava. Ela sabia que sua ausência prolongada no salão não passaria despercebida por muito tempo.
— Desculpe, papai, estava apenas a tomar um ar. — respondeu Miranda, com um tom de voz suave e educado, tentando não demonstrar a inquietação que sentia.
Dominique estreitou os olhos, avaliando a filha com um olhar que era ao mesmo tempo crítico e paternal.
— Este baile foi organizado para que todos vissem que nossa família mantém sua posição e importância na sociedade. Tua presença é fundamental, minha filha. Não te esqueças do compromisso que tens para com Eduardo. — disse ele, sua voz carregada de uma formalidade que parecia pesar sobre os ombros de Miranda.
Miranda baixou a cabeça, sentindo o peso das expectativas que recaíam sobre ela. Eduardo Cavalcanti era o homem escolhido por seus pais para ser seu futuro marido, um homem de vasta fortuna e influência que representava a estabilidade e o prestígio que sua família tanto prezava.
Ainda perdida em pensamentos, Miranda levantou os olhos e fixou-os nos de seu pai, com uma nova determinação brilhando em seu olhar.
— Entendo, papai. Voltarei ao salão e cumprirei minhas obrigações. — disse ela, com uma leve reverência.
Dominique assentiu, satisfeito com a resposta, e observou enquanto Miranda voltava lentamente para o interior do salão, seu vestido azul celeste esvoaçando suavemente com o movimento. No entanto, ele não percebeu o brilho de resolução que persistia em seus olhos.
De volta ao salão, Miranda encontrou-se novamente cercada pela pompa e cerimônia que caracterizavam os eventos sociais de sua classe. As risadas altas, as conversas animadas e a música vibrante pareciam criar uma barreira entre ela e seus verdadeiros desejos. Ela se movia graciosamente entre os convidados, cumprimentando conhecidos e sorrindo educadamente, mas sua mente estava longe, perdida em pensamentos sobre o futuro que parecia cada vez mais inevitável.
Enquanto se dirigia para a pista de dança, um murmúrio correu pelo salão, e Miranda percebeu que todos os olhos estavam voltados para a entrada. Ao virar-se, viu Eduardo Cavalcanti atravessar o limiar, sua presença imponente destacando-se entre os convidados. Ele era um homem de traços nobres e porte altivo, e sua riqueza e influência eram notórias. Vestia um terno impecável, com detalhes que refletiam seu gosto refinado e sua posição social.
Eduardo dirigiu-se diretamente a Miranda, seus passos seguros e sua expressão confiante. Ao alcançá-la, fez uma reverência cortês antes de falar:
— Boa noite, senhorita Modesty. É um prazer encontrá-la em tão esplêndida ocasião. — sua voz era firme e agradável, mas havia uma rigidez na maneira como ele a olhava, como se já a considerasse sua propriedade.
— Boa noite, senhor Cavalcanti. — respondeu Miranda, esforçando-se para manter o tom cortês e a expressão serena. — Espero que esteja desfrutando do baile.
— Com certeza, minha querida. — disse ele, pegando a mão de Miranda e levando-a aos lábios para um beijo cerimonioso. — Mas minha maior alegria é saber que em breve serás minha esposa.
Miranda forçou um sorriso enquanto seu coração afundava um pouco mais. Eduardo era tudo o que seus pais desejavam para ela: rico, influente e capaz de assegurar o prestígio da família Modesty. No entanto, o que ele não sabia, e que talvez nunca soubesse, era que o coração de Miranda ansiava por algo mais do que um casamento de conveniência.
Enquanto eles dançavam, Miranda não pôde deixar de se sentir presa em um papel que não escolheu para si mesma. Eduardo falava de investimentos e futuros empreendimentos, mas suas palavras passavam por ela sem realmente a alcançar. Seus pensamentos voltaram-se para a noite estrelada que havia contemplado momentos antes e para o desejo de liberdade que crescia em seu peito.
Após a dança, Miranda sentiu a necessidade de escapar mais uma vez. Com uma desculpa rápida, ela afastou-se de Eduardo e dirigiu-se aos jardins, buscando um pouco de paz e solidão. Os jardins eram um refúgio tranquilo, com caminhos sinuosos ladeados por flores exóticas e árvores altas que ofereciam sombra e proteção contra os olhares curiosos.
Enquanto caminhava, Miranda sentiu a brisa fresca da noite acariciar seu rosto, trazendo consigo um leve alívio para a tensão que a sufocava. Ela parou junto a uma fonte de mármore, observando a água cristalina que refletia as estrelas, e deixou-se levar por seus pensamentos.
Ao contemplar o reflexo das estrelas na água, Miranda se perguntou se estava destinada a seguir o caminho que seus pais tinham traçado para ela. A ideia de se casar com Eduardo Cavalcanti, um homem de vasta fortuna e influência, a deixava inquieta. Embora ele fosse um excelente partido, Miranda não conseguia se livrar da sensação de que sua vida com ele seria marcada por uma conformidade sufocante e uma perda de liberdade.
Após alguns minutos de reflexão, Miranda decidiu que era hora de voltar ao salão. O som distante da música e das risadas soava como um lembrete persistente de seu dever social. Com um último olhar melancólico para a fonte, ela se dirigiu para a entrada principal, onde as luzes brilhantes e a animação do baile a esperavam.
Ao entrar no salão, seus olhos rapidamente encontraram Eduardo, que estava se destacando em meio aos convidados com sua postura altiva e olhar determinado. Ele parecia estar à sua procura, e Miranda sabia que ele não demoraria a encontrá-la. Sentindo-se encurralada, procurou uma maneira de escapar da situação, desejando evitar a inevitável dança que Eduardo sem dúvida exigiria.
Com passos rápidos e furtivos, Miranda moveu-se através da multidão, procurando uma rota de fuga. Suas mãos tremiam levemente enquanto ela tentava, em vão, evitar o olhar penetrante de Eduardo, que agora a havia avistado e estava se dirigindo a ela com passos firmes. A música ao fundo, que antes parecia suave, agora soava como um prelúdio da inevitável confrontação.
Quando Eduardo estava a apenas alguns passos de distância, Miranda, em sua tentativa desesperada de evitar o encontro, esbarrou em alguém. O impacto foi inesperado, e ela quase perdeu o equilíbrio. Ao levantar os olhos, encontrou-se cara a cara com um jovem desconhecido. Ele era alto, de cabelos castanhos ondulados e olhos azuis que refletiam uma curiosidade gentil. O choque inicial transformou-se em um misto de alívio e surpresa.
— Perdoe-me, senhorita. — disse o jovem, com uma reverência cortês e um sorriso que revelava um toque de divertimento. — Não era minha intenção interpor-me em teu caminho.
Miranda, ainda um pouco atordoada pela colisão, esforçou-se para recuperar a compostura e esconder seu nervosismo.
— Foi apenas um acidente, senhor. — respondeu ela, com um sorriso tímido. — Eu deveria ter prestado mais atenção ao meu redor.
Eduardo, percebendo que havia perdido a chance de encontrar Miranda imediatamente, parou e observou a cena de longe, sua expressão demonstrando frustração e determinação renovada em encontrá-la.
— Permita-me recompensar meu descuido com uma dança. — propôs o desconhecido, com um sorriso caloroso e convidativo. — Seria uma honra conduzi-la pelo salão.
Miranda, ainda procurando uma maneira de evitar Eduardo, aceitou o convite com alívio. Sentia que precisava de um momento de respiro, uma oportunidade para se afastar da pressão constante que a cercava.
— Será um prazer. — respondeu ela, aceitando a mão estendida do jovem.
Juntos, eles caminharam em direção à pista de dança, onde a música tocava uma melodia suave e envolvente. O jovem a conduziu com uma destreza graciosa, e Miranda logo se viu imersa nos movimentos da dança, esquecendo por um momento as preocupações que a atormentavam. Havia algo reconfortante na maneira como ele a guiava, uma segurança tranquila que contrastava com a tempestade interna que ela enfrentava.
Enquanto dançavam, Miranda sentia-se mais leve, como se um fardo tivesse sido temporariamente retirado de seus ombros. A atmosfera ao seu redor parecia mais brilhante, e a música, antes opressiva, agora a envolvia em um abraço reconfortante. O jovem, com sua presença serena e sorriso acolhedor, parecia compreender seu estado de espírito sem necessidade de palavras.
A música chegou ao fim, e Miranda fez uma leve reverência, agradecendo pela dança. Antes que pudessem se afastar, o jovem inclinou-se levemente para falar com Miranda, sua voz baixa e cheia de suavidade.
— Sou Percy Philip. Não gostaria de ser importuno, mas sinto que este encontro não foi meramente obra do acaso. — disse ele, com um brilho de interesse nos olhos.
Miranda olhou para ele, surpresa pela sinceridade e pela intensidade de suas palavras. Havia uma conexão inexplicável entre eles, uma sensação de que talvez o destino tivesse mesmo intervindo em seu favor naquela noite.
Ela sorriu, sentindo uma chama de esperança aquecer seu coração.
— Meu nome é Miranda Modesty, e devo confessar que, por um instante, acreditei que o acaso fosse meu aliado. — respondeu ela, com um olhar determinado, percebendo que aquela noite poderia marcar o início de uma mudança significativa em sua vida.
Ao ouvir o nome completo dela, Percy parou abruptamente, a expressão em seu rosto refletindo uma surpresa genuína e um toque de apreensão.
— Miranda Modesty? — perguntou ele, quase em um sussurro, sua voz carregada de incredulidade. — Filha de Dominique Modesty?
Miranda assentiu levemente, notando a reação de Percy. Era evidente que o nome de sua família, com todo o seu prestígio e influência, não era desconhecido para ele.
— Sim, sou eu mesma. — respondeu ela, com um sorriso tímido, ainda tentando compreender a razão de sua surpresa.
Percy permaneceu em silêncio por um momento, seu olhar examinando Miranda com uma nova perspectiva, como se a estivesse redescobrindo à luz dessa revelação. Ele finalmente quebrou o silêncio, a voz carregada de um respeito renovado.
— Confesso que estou surpreso, senhorita Modesty. — disse ele, com uma mesura cortês. — Os Modesty são conhecidos não apenas por sua opulência, mas também pela influência que exercem na sociedade. É raro encontrar alguém de tal linhagem fora do círculo usual de convenções.
Miranda sentiu um leve desconforto com a menção da influência de sua família. Estava habituada aos elogios e às referências ao poder dos Modesty, mas aquilo sempre lhe trazia uma sensação de aprisionamento, como se sua identidade estivesse eternamente atrelada ao nome que carregava.
— Meu nome parece carregar mais peso do que eu gostaria. — comentou ela, com uma tristeza velada em sua voz. — Às vezes, sinto que sou uma prisioneira das expectativas e das obrigações que meu sobrenome impõe.
Percy, percebendo a melancolia de Miranda, inclinou a cabeça em um gesto de empatia.
— Compreendo teu dilema. — disse ele suavemente. — A fama e a riqueza podem ser tanto uma bênção quanto um fardo. Muitas vezes, obscurecem nossa verdadeira essência e as escolhas que desejamos fazer.
Miranda sentiu-se reconfortada pela compreensão de Percy. Era raro encontrar alguém que, além de notar o prestígio de sua família, também entendesse os desafios pessoais que isso trazia.
— É exatamente assim que me sinto. — confessou ela, com um brilho de esperança nos olhos. — Desejo encontrar um caminho onde minhas escolhas sejam respeitadas, onde eu possa viver minha própria vida sem as correntes das convenções sociais.
Percy sorriu para ela, um sorriso que irradiava compreensão e respeito.
— Talvez estejamos destinados a buscar essa liberdade juntos. — sugeriu ele, com uma promessa implícita em seu tom. — Eu também anseio por algo mais na vida, algo além das aparências e dos deveres impostos pela sociedade.
Miranda sentiu um calafrio percorrer sua espinha ao ouvir essas palavras. Era como se, pela primeira vez, alguém entendesse profundamente suas aspirações e seus temores. Ela começou a acreditar que o encontro com Percy poderia ser mais do que uma simples coincidência.
— E o que você procura, senhor Philip? — perguntou ela, sua voz suave e curiosa, ansiosa por saber mais sobre o homem que, em tão pouco tempo, havia acendido uma nova chama de esperança em seu coração.
Percy refletiu por um momento, o olhar fixo no céu estrelado além das janelas do salão.
— Busco um propósito que vá além da fortuna e do status. — respondeu ele, com uma sinceridade que tocou Miranda profundamente. — Algo que me faça sentir verdadeiramente vivo, que me conecte com o mundo de uma maneira mais autêntica e significativa. E, talvez, alguém com quem eu possa compartilhar essa jornada.
Miranda ficou admirada com a profundidade das palavras de Percy. Ele era diferente dos homens que ela conhecera, que geralmente estavam mais interessados em suas posses e títulos do que em suas verdadeiras aspirações.
— Eu também desejo isso. — disse ela, com um sorriso que refletia sua determinação renovada. — Quero encontrar meu próprio caminho, viver minha própria vida.
Percy olhou-a com uma intensidade que fez Miranda sentir-se como se ele estivesse vendo diretamente sua alma.
Miranda estava prestes a continuar a falar, mas, naquele momento, a música no salão mudou, e os primeiros acordes de uma valsa suave e melancólica encheram o ambiente. O murmúrio dos convidados se intensificou, e todos os olhares se voltaram para a pista de dança.
Eduardo, que estivera observando de longe com uma expressão de crescente descontentamento, viu a oportunidade de agir. Ele se aproximou de Miranda e Percy com passos decididos, sua postura impecável e o semblante determinado a não deixar dúvidas sobre suas intenções.
— Senhorita Modesty, poderia conceder-me a honra desta última dança? — disse Eduardo, sua voz polida e formal, mas com uma autoridade que não admitia recusa. — Considerando que nosso compromisso está selado, acredito que seja apropriado marcarmos este momento com uma dança em sinal de nossa futura união.
Miranda sentiu uma onda de apreensão ao ouvir as palavras de Eduardo. O peso das expectativas sociais e a pressão de seu compromisso com ele caíram sobre seus ombros como uma carga pesada. Olhou para Percy, que a observava com uma expressão de compreensão e uma leve tristeza, ciente de que não podia interferir em um compromisso tão sério.
— Certamente, senhor Cavalcanti. — respondeu Miranda, com uma voz suave e controlada, tentando esconder sua hesitação. — Será uma honra dançar com o senhor.
Com um suspiro quase imperceptível, ela soltou a mão de Percy e tomou o braço de Eduardo, que a conduziu para o centro do salão. A música suave envolveu o ambiente, e os olhares dos convidados se fixaram no casal, esperando ver o símbolo de uma união que prometia fortalecer ainda mais os laços entre duas das famílias mais influentes da sociedade.
Percy observou de longe, seus olhos nunca deixando a figura graciosa de Miranda enquanto ela dançava com Eduardo. Havia uma tristeza contida em seu olhar, mas também uma determinação silenciosa. Ele sabia que não podia lutar contra as convenções sociais naquele momento, mas estava decidido a ser um apoio discreto para Miranda, respeitando o espaço que a situação exigia.
Enquanto dançava com Eduardo, Miranda sentiu o peso das expectativas e das responsabilidades caírem sobre ela como um manto opressor. Embora os movimentos da dança fossem fluidos e graciosos, seu coração estava inquieto, ansiando por uma liberdade que parecia cada vez mais distante.
— Senhorita Modesty, nossa união será uma aliança poderosa. — disse Eduardo, com um tom que misturava orgulho e expectativa. — Espero que compreenda a honra e a responsabilidade que esta posição trará para ambos.
Miranda sorriu educadamente, mas suas palavras ecoaram em sua mente, lembrando-a da prisão dourada que sua vida estava se tornando. Seu olhar, porém, buscava discretamente Percy, como se procurasse um raio de esperança em meio à escuridão de suas obrigações.
A valsa chegou ao fim, e Eduardo a conduziu de volta ao lugar de onde haviam partido, com um sorriso satisfeito e um olhar de triunfo. Os convidados aplaudiram educadamente, e Miranda fez uma leve reverência, agradecendo as palavras elogiosas e os olhares admirados, mas seu coração estava voltado para algo mais profundo e verdadeiro.
Percy, observando o desenrolar da situação, percebeu o dilema interno de Miranda. Aproximou-se dela novamente, mantendo uma postura respeitosa, mas com uma determinação visível em seus olhos.
— Espero que encontre a felicidade que merece, senhorita Modesty. — disse ele, sua voz suave, mas carregada de uma gentileza sincera. — Sei que o peso das expectativas pode ser grande, mas desejo que consiga encontrar um caminho que traga paz ao seu coração.
Miranda olhou para Percy, sentindo uma mistura de gratidão e esperança. As palavras dele, embora simples, foram como um bálsamo para suas inquietações. Havia algo reconfortante no jeito de Percy, uma compreensão silenciosa que a fazia sentir-se menos sozinha em seu dilema.
— Agradeço por suas palavras, senhor Philip. — respondeu ela, com um sorriso sincero. — Elas são mais valiosas para mim do que pode imaginar.
Com isso, Miranda se retirou para um canto mais tranquilo do salão, buscando um momento de paz e reflexão. Eduardo, satisfeito com o resultado da noite, se afastou para cumprimentar outros convidados, seguro de que sua posição ao lado de Miranda estava assegurada.
Enquanto a noite continuava, Miranda olhou para o céu estrelado através das janelas do salão, sentindo que, embora seu futuro estivesse cheio de incertezas, havia uma nova chama de esperança em seu coração. Ela sabia que o caminho à sua frente não seria fácil, mas a presença de Percy naqueles breves momentos havia-lhe proporcionado um vislumbre de apoio e compreensão, algo que ela ansiava profundamente.
E assim, sob as estrelas cintilantes e a música suave, Miranda se permitiu sonhar com um futuro onde poderia ser verdadeiramente livre, onde suas escolhas seriam guiadas por seu próprio coração e não pelas imposições externas. E, nesse sonho, Percy era uma figura tranquilizadora, alguém que, de alguma forma, compreendia a profundidade de sua busca por autenticidade e liberdade.
A música continuava a preencher o salão, e Miranda sabia que a jornada para encontrar sua verdadeira voz e liberdade acabava de começar. Haveria desafios e obstáculos, mas agora ela tinha uma nova esperança e uma determinação renovada para seguir em frente. E, com cada passo que dava, a presença silenciosa de Percy, mesmo à distância, era um lembrete constante de que ela não estava sozinha em sua busca por um futuro mais verdadeiro e significativo.
Para mais, baixe o APP de MangaToon!