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Toxic

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Eu realmente tenho uma vida tranquila e gosto dela assim... Sem chamar muita atenção para mim, viver no automático é o ideal de vida para mim, odeio mudanças repentinas, odeio pessoas barulhenta, insistentes, odeio a arrogância que herdei de meu pai, odeio o sol, odeio ter que dar satisfação desnecessárias para as pessoas e por último, mas não menos importante... Odeio minha mãe.

— Bom dia Yejin! — Arg... Esse cara faz parte das pessoas que eu detesto ter que conviver mas por pura pena, agora ele mora comigo.

— Por que está gritando tão cedo, Minho? — Falei coçando o ouvido, eu me chamo Soo Yejin, a razão de eu odiar minha mãe é porque ela é uma péssima pessoa e uma mãe pior, ela queria ter uma menina mas eu nasci e depois do meu nascimento ela não pode mais ter filhos por causa de certas doenças em seu útero, então como ela só tinha um filho... Ela decidiu que me tornaria uma mulher, quando eu tinha 5 anos eu ainda usava vestido e o imprestável do meu pai não fez porra nenhuma, foi embora com uma mulher e teve uma filha, claro que isso mexeu com a cabeça de minha mãe a deixou mais louca do que já era... Engraçado... Minha irmãzinha é uma atriz hoje, sou obrigado a ver seu rosto na minha televisão quase o tempo todo.

— Deixa de ser ranzinza, eu estou feliz hoje — Eu estava tomando café, tinha uma casa grande, eu trabalhava para uma mulher rica e quer saber o interessante?... A "mulher rica" é a mulher do meu pai, ele nem sequer me reconheceu Hahahah mas não posso o culpar, ele foi embora quando me viu sendo forçado a usar uma maquiagem, tinha 10 anos na época, hoje tenho 28 anos, mais alto, mais forte então não é surpresa ele não se lembra do filho que ele abandonou.

— E por que você está tão feliz?

— Areum vai aparecer nas telas hoje — Eu apoiei meu cotovelo na mesa e inclinei meu corpo para o lado o olhando.

— Ela já está nas telas ou esqueceu que aquela criança é uma atriz — Ela não era bem uma criança, mas era bem nova, tinha 19 anos.

— Cara, você é ótimo em estragar o clima, ela vai estrear com o papel principal de uma das séries mais esperadas pelo público! — Eu dei de ombros e terminei de beber meu café.

— Eu vou chamar ela pra sair quando esse trabalho estiver perto de acabar — Minho era o câmera de onde minha irmã trabalhava.

— Arg... Que nojo — Fiz uma cara de nojo.

— Aí! Qual é!! Você que não gosta de nenhum toque humano — Ele sentou na cadeira em minha frente, eu cruzei os braços.

— É, eu detesto.

— Exatamente! Mas é sério Yejin, qual foi a última vez que você teve um toque humano?

— Hoje de manhã quando você me abraçou — Ele deu risada.

— Não tô falando disso, tô falando de sexo, você é gay por acaso?

— Não é de sua conta — Ele fez um bico e deitou a cabeça na mesa.

— Moramos juntos a 2 anos e eu não sei nada sobre você, você não me odeia não é?

— Cogitei a ideia algumas vezes nesses dois anos — Ele fez uma cara surpresa e depois fez de novo o bico.

— Eu não sou homofóbico, estou perguntando porque eu conheço algumas pessoas que gostaria de te conhecer — Eu suspirei.

— Outra vez esse papo? Já falei, não saio com seus amiguinhos e suas amiguinhas, se de por satisfeito que eu ainda falo com você! Deveria ter te colocado pra fora daqui quando vi que você era bem barulhento — Falei massageando minha testa, esse cara é extremamente irritante e bem barulhento.

— Não viveria sem mim, é o destino! Nós conhecemos na escola e agora moramos juntos a dois anos, isso é o destino dizendo para eu ser seu único amigo — Eu revirei os olhos e levantei.

— Se fala outra vez sobre esse encontro com seus amiguinhos, te coloco pra fora. — ele concordou rindo, o erro que eu cometi com esse cara barulhento, não irei cometer outra vez, se bem que eu duvido que exista alguém tão barulhento e irritante quando o Minho.

NO AEROPORTO DE SEUL

— Seja bem-vindo Kenai — O homem falou quando viu o rapaz descer as escadas do jatinho.

— Não seja tão formal Denahi, somos irmãos, Ahh como é bom esticar as pernas!!! — Kenai disse se alongando parando as mãos na cintura com um sorriso no rosto.

— Como você é barulhento...

— Eu sou divertido, sim... Diversão... É isso que eu quero agora.

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— Então, como foi sua viagem? — Kenai parou de mexer no celular e olhou para seu irmão mais velho, esse que estava olhando alguns papéis, Kenai cruzou as pernas e desligou o celular.

— Por que quer saber? Quer saber se eu encontrei uma noiva?

— Não me entenda mal Kenai, são só negócios — O homem deu risada.

— Quando eu decidir, deixa você ter meu lugar, a condição do papai era que você se casasse e bem... Isso foi há três anos — Kenai revirou os olhos.

— Me deu o lugar porque sou mais agressivo, prático.

— É exagerado, arrogante, excêntrico e barulhento... Mais alguma coisa? — Kenai deu risada.

— E falando de barulho, anuncie minha chegada com uma grande festa

— Kenai, se vire para achar alguém, nem que seja um homem caralho!

— Eu vou achar alguém! Agora para de encher meu saco! Somos a porra de mafiosos! Por que tenho que me casar?

— Somos mais que simples mafioso, sua criança ignorante — Denahi falou empurrando a cabeça de Kenai com dois dedos, Kenai colocou a mão na testa e amostrou o dedo na direção de Denahi.

— Arrume alguém que saiba aonde vai entrar, não arraste uma pessoa inocente para o inferno — Kenai cruzou os braços e depois olhou para fora da janela o carro era escuro, blindado, elegante.

— Deixe de se preocupar com minha vida pessoal, eu tenho um prazo, irei cumprir esse prazo

— Bueno chico (Bom menino)

— Hijo de puta (filho da puta)

MAIS TARDE

Eu estava em casa, como sempre, assistindo televisão enquanto tentava ignora Minho cantando enquanto de arrumava

— Você não vai mesmo comigo? — Ele falou sentado no sofá do meu lado.

— Não — Uma festa, em uma boate, entrada grátis e provavelmente, drogas grátis também.

— Por que? Por favor Yejin

— Por mais que eu esteja tentado a receber droga de graça, eu terei que recusar, tenho trabalho a fazer — Ele revirou os olhos e pegou seu celular e enviou algo, meu celular vibrou quando peguei vi que era o cartaz dessa boate.

— "Luz vermelha" não tinha um nome melhor?

— Se quiser aparecer lá, sabe como chegar — Ele sorriu e foi embora, eu suspirei de alívio por estar finalmente em paz.

— divirta-se — Falei quando ele saiu.

23:59 DO MESMO DIA

Eu acordei com o som do meu toque do celular, eu peguei meu celular e vi que era o Minho, eu atendi, dava para ouvir o som da música e da voz das pessoas conversando sobre diversas coisas

— espero que tenha um bom motivo para me ligar agora

— Esse é o celular da Yejin? — Eu levantei quando escutei uma voz que não era a do Minho.

— Quem quer saber?

— Eu sou o Choi, amigo do Minho, ele estar um pouco bêbado de mais, ele me deu esse número se caso algo acontecesse — Eu suspirei e fui procurar algum sapato e uma camisa.

— Esse é o número da Yejin?

— Eu sou "a" Yejin. — Falei irritado, eu revirei os olhos e desliguei o celular, era sempre assim, sempre que alguém me ligava ou chegava chamando falava: "aonde estar a Yejin?", "Quem é a Yejin?".

— Puta que pariu Minho.... — Falei procurando minhas chaves, eu odiava essa situação toda, eu nem sei porque estou indo até lá, que algum desses amigos que o leve para casa.

—.... Porra! — Vesti a camisa e sair de casa, a boate era longe e já era 00:00.

NA BOATE

Eu cheguei na boate e porra, como aquilo estava cheio, eu peguei meu celular e liguei para o celular do Minho, caiu na caixa postal depois liguei para o celular do amigo que falou comigo e de novo caiu na caixa postal.

— Puta merda — Eu parei no bar e pedi uma bebida, eu fiquei tentando ligar de novo e de novo e sempre caia na caixa postal, mesmo que eu rodasse essa boate dos pés a cabeça as chances de eu achar ele é de 20%.

— Oi amorzinho... — Uma mulher parou perto de mim, ela estava com um copo na mão, ela era bonita, tinha um corpo bonito e estava com um vestido que destacava isso.

— Oi — Ela se aproximou mais e tocou meu braço.

— O que você acha de a gente sair daqui.... Só nos dois... — Em outras situações eu até iria, mas o Minho me irritou muito, eu a afastei.

— Não, valeu — Eu tomei todo o líquido do meu copo e depois chamei o garçom e paguei meu copo, eu fui andando até a porta, mas comecei a me sentir tonto, o ambiente ficou quente e eu estava vendo tudo embaçado, merda... Eu fui drogado?!... Aquela mulher!!.... Eu nem sabia mais para onde estava indo, quando tomei o pingo de minha consciência eu estava em um beco vazio, eu vi a silhueta de um homem, ele estava fumando, eu fui cambaleando, minha ideia era ir embora, passar reto por ele, mas acabei caindo próximo dele, ele se aproximou de mim, eu segurei em seu sapato e olhei para seu rosto, eu não estava enxergando bem, mas vi algumas características dele, ele era moreno e era alto, depois disso eu apaguei.

— Um viciado, porra esses merdas sujam essa rua... Eu vou tira-lo daqui — O homem foi pegar Yejin mas Kenai o impediu.

— Leve ele para minha casa

— O que? Kenai, é um viciado, um drogado

— Faça o que eu mandei, estou indo logo atrás... — O homem ficou visivelmente irritado, mas fez o que Kenai mandou, carregando Yejin o leva para o carro, Kenai joga o cigarro fora e abre um sorriso quando vê o carro saindo.

— Interessante...

- 3 -

Eu abri os olhos devagar, estava com uma puta dor de cabeça, quando eu percebi que não estava em minha casa eu me sentei na cama assustado, estava com uma roupa que não era minha, uma camisa branca e um short fino, quando eu olhei para o lado me assustei mais quando vi um homem deitado, ele estava sem camisa, estava olhando para mim, estava de lado, com a cabeça apoiada em uma das mãos

— Bom dia — Ele abriu um sorriso, eu engoli o seco.

— quem é você?

— Não lembra de mim? Se arrastou até mim, implorando para que eu te fodesse — Eu arregalei os olhos, ele deu risada e se sentou, vi que ele estava usando só uma cueca.

— Estou brincando, você realmente caiu nos meus pés, foi drogado — Eu tive alguns lapsos de memória quando ele falou, senti uma raiva surgir sobre meu peito, eu apertei o lençol.

— Aquela vagabunda....

— Oh.... Você gosta de xingar não é? — Ele falou deitando de novo, na mesma posição de alguns minutos atrás, eu o olhei, não gostaria de saber o que aconteceu ontem, mesmo que ele tenha dito que nada aconteceu, saber sobre já seria o suficiente para fazer eu querer matar um certo alguém.

— Aonde estão minhas roupas? — Falei levantando e procurando pelo quarto, nossa... Esse quarto era chique, grande e até mesmo a cama era grande o suficiente para dormir dois adultos e duas crianças e eu tenho quase 100% de certeza que os lençóis são de lã e o colchão é aqueles bem confortáveis, quase como se estivesse dormindo em nuvens.

— Para que a pressa? Fica para tomar um café, talvez agradecer por ter sido eu quem salvou sua vida — eu o olhei, ele era bonito, uma pele bronzeada, cabelos pretos na altura da sua orelha, um corpo bonito, mas parecia ser novo de mais, novinhos nunca sabem fazer nada.

— você é o? — eu virei para ele, ele se sentou na cama e só assim eu pude da uma boa olhada em seu tronco, realmente, ele tem um ótimo corpo, ele tinha tatuagens espalhadas pelo corpo.

— Kenai, ao seu dispor, Yejin — Levantei uma de minhas sobrancelhas e cruzei os braços.

— como sabe meu nome? — Ele abriu um sorriso e se levantou, ele estava só de cueca, ele se aproximou de mim deixando um espaço mínimo de distância entre nossos rostos, desagradável.

— Não é bem o que deveria perguntar agora — Eu me afastei dele, estava ficando irritado, não sabia que horas era, quem era aquele cara e nem se Minho ainda estava vivo e essa aproximação dele era desagradável, irritante.

— Tem razão, saiba meu nome, tire uma foto se quiser, agora saia da minha frente. — Ele fez uma cara surpresa e deu risada e se afastou de mim, ele sentou no pé da cama e cruzou os braços enquanto me olhava de cima a baixo.

— Gosta do que ver?

— Preferi como estava ontem — Levantei uma de minhas sobrancelhas.

— Você tirou sua roupa assim que toquei seu rosto

— Estar mentindo

— Não, não dessa vez, você disse que estava quente demais... E tirou toda a roupa, tive uma oportunidade de me aproveitar de você dos pés à cabeça

— Posso saber por que não fez?

— Eu não sou tão filho da puta assim, eu prefiro que você implore estando sóbrio, não drogado — Senti um leve desconforto, um frio na barriga, pigarrei e olhei para o lado, ele deu risada e se levantou.

— Irei chamar a empregada, ela irá trazer sua roupa, mas antes... Peço que fique, quero conversar com você

— Por que eu estaria esperando por você? Vai me propor sexo? Se for, não estou tão interessado assim

— O que faria você se interessar? — Ele parou próximo a porta.

— Dinheiro

— só? Que pensamento pequeno coisa fofa — Ele deu risada e saiu do quarto, eu franzi o cenho confuso.

— Qual é a desse cara?...

MAIS TARDE

Eu estava com minhas roupas de ontem, estava esperando Kenai, esperando o que era tão importante para ele me fazer esperar.

A casa dele é realmente grande, dava duas da minha... Tinha pessoas andando de um lado para o outro fazendo várias coisas, o tempo todo alguém vinha perguntar se eu precisava de algo pra comer ou beber.

Eu estava sentado no sofá, de pernas cruzadas, meu celular estava carregando, eu estava vendo as mensagens que Minho havia me mandando, ainda era cedo, 09:00 da manhã.

— Qual é a desse cara?... — Acabei falando um pouco alto, até pensei em  pesquisar sobre ele agora, mas acho que seria um pouco deselegante da minha parte.

— O que quer saber de mim? — Acabei me assustando quando Kenai apareceu atrás de mim falando no meu ouvido, virei para ele e quase caí do sofá, coloquei a mão na orelha.

— Qual é a sua porra?! — Ele deu risada e deu a volta no sofá, se sentando do meu lado.

— já falou com seu amigo?

— Vá direto ao ponto Kenai.

— Que pressa...

— Que demora. — Falei no mesmo tom que ele, estava cogitando a ideia de ir embora sem escutar o que ele tem para falar.

— Eu tenho uma proposta irrecusável para você

— O que eu ganho com essa proposta "irrecusável"?

— O que quiser, dinheiro, poder... Qualquer coisa que você imaginar

—.... Sou todo ouvidos — Ele abriu um sorriso de canto, sinto que estou fazendo um acordo com o diabo.

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