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Resgatada Pelo Mafioso

Luna Okfild

Sou a Luna, tenho 17 anos e cuido da minha casa, meu pai está doente, e minha mãe, bem minha mãe eu não faço ideia de quem é, meu pai disse que levara para o tumulo essa informação, que ela não era boa e me machucaria saber quem é, mesmo que ache que quem deve decidir se machuca ou não sou optei por não o contrariar, ele está doente e o médico disse que não deve ser contrariado, e isso é outro problema, um médico, da cidade, um homem importante pelo carro dele e pela vestimenta isso não foi barato, semana passada meu pai chegou em casa com muita comida e nosso aluguel, pagou também o médico e me comprou até um tênis novo, eu faço 18 anos em poucos meses e finalmente o ajudarei.

Pai? - chamei indo até a porta da cozinha, ele estava com um homem aqui do vilarejo, ele é dono de algumas casas e vive batendo em moradores, ouvi algumas pessoas falar que se chama Arnaldo e empresta dinheiro para gente como meu pai, depois ameaça e bate, caso não receba leva a filha, espero que não seja isso, meu pai não faria isso comigo,ou faria?

Eu te avisei que o dinheiro era para hoje, a visita do médico ajudou né, agora ou me paga, ou sabe o que acontecerá, você concordou com os termos- ele falou e meu pai balançou a cabeça em negativa.

__ Me dê até amanhã, juro para você que arrumo ou eu mesmo falo com ela- quem é a ela que ele está falando, o que meu pai aprontou?

Voltei correndo para o quarto com medo de que ele me visse, resolvi sair pela janela de trás e ir caminhar, antes eu tinha companhia da Samira e Marisa, mas faz alguns meses que ela começou a trabalhar e Marisa não sai de casa nunca, o pai a proíbe, então eu fico sozinha, fui até as pedras e me sentei lá no alto, não entendo os planos do destino, mas queria me ver livre disso, tinha tantos sonhos, quando criança, agora nem estudar consigo, aqui os homens casam com as meninas, tudo é pobre e cheira a peixe, eu não quero luxo e riqueza, só queria uma vida melhor, ser advogada, meu sonho, meu pai a muitos anos, isso antes que eu nascesse trabalhou com uma família de advogados, ele falou uma vez que tinha bebido que os Romano eram terríveis, não sei o motivo de sair da cidade e vir parar nesse fim de mundo, mas sei que invejo quem vive lá, certamente tem água quente, comida nova, uma cama macia e o mínimo de conforto, meu pai ter me dado o tênis foi ótimo, eu não tinha, Samira me dava alguns sapatos, agora não a vejo com frequência, então não consigo ganhar mais, Marisa apanha muito dos pais, tadinha da minha amiga, quebrou até o braço, ela disse que um dia vai fugir, peço a Deus que guie seus caminhos.

Estava distraída quando ouço a voz do meu pai, levanto correndo para responder que nem me lembro da história do Arnaldo mais, e acreditem...

Esse foi meu maior erro.

Oi, pai, estava aqui olhando o mar- respondi.

Sabe que é perigoso em cima dessas pedras, venha para casa, precisamos conversar- ele disse sério e assenti.

Quando vi a casa aberta e o carro diferente na frente, eu temi, não sabia quem era e porque o pai me chamou, só sabia que eu deveria fugir, meu interior gritava isso, mas eu não ouvi.

Quem são pai? - perguntei olhando para quatro homens e o tal Arnaldo

Antes dos 18 não né?- meu pai perguntou triste e o tal Arnaldo que me olhava de cima a baixo disse que não, meu pai virou as costas e os homens me pegaram pelo braço.

__ PAI, ME SOLTA, PAIIIIII- foi o grito que dei antes que tudo ficasse escuro e uma dor me apagasse.

Fernando Rossi

Ser o sub chefe é menos estressante que o papel do meu irmão, Dante é um homem imbatível e cruel, bem ele era, meu irmão se apaixonou a primeira vista pela Samira, ela trabalhava para nós, ficou em perigo e fugiu, levou consigo meu sobrinho na barriga, isso mesmo, o meu irmão em uma única noite fez um filho, um casamento, uma guerra e tudo bem, estamos ali para isso, no fim agora estamos a caça do Banin, ele matou a irmã dela e mandou a filmagem, minha cunhada se desesperou, ela é doce e cuida de nós e do meu pai, meu irmão após acalmar a esposa desceu e eu já estava pronto, iria até lá e destruiria tudo.

Quero Banin e o Arnaldo presos e torturados da pior forma, preciso cuidar dela agora, mas vou até eles pessoalmente- ele disse.

Saímos de casa e fui até lá, mas como imaginava não tinha ninguém do comando lá dentro, tinham prostitutas e algumas meninas que provavelmente seriam leiloadas, vejo uma porta fechada e quando abro vejo que está escuro, tem um saco grande ali e está amarrado, parece um corpo, não sei ao certo, pego a faca com cuidado e abro, ali esta uma menina amarrada e amordaçada, por Deus, essa menina não deve ter 18 anos, está suja e sua roupa está rasgada, me sinto um maldito abusador ao notar que está sem roupa íntima, quando fui tirar a venda ela acordou assustada, para uma menina magrinha ela tinha força, coitada estava desesperada então falei:

Calma, ei, fica calma, eu não vou te machucar- falei e ela por um instante parou de chorar, tirei a mordaça e ela tossiu, não sabia o que haviam feito com ela, quando fui soltar sua mão para que a ajudasse ela simplesmente me deu um soco, confesso que foi dolorido, no meu descuido saiu correndo e fui atrás, em um movimento a trouxe de novo para mim.

__ Me solta, vocês não vão me tocar- ela gritava furiosa.

__ Eu não vou te tocar, se acalma- meus soldados vieram até nós para tirar ela de mim, ela não me traria riscos algum para que precisassem me ajudar, mas tentaram me ajudar, ela percebeu e se afastou, veio para trás de mim para se proteger.

__ Se afastem, acharam o Banin?- perguntei segurando ela atrás de mim, ela estava com a roupa rasgada, então lhe ofereci meu paletó.

__ Ele fugiu, estamos procurando, pegamos 12 homens e algumas meninas presas, elas falaram que haviam sido sequestradas- ele falou.

__ Ele quer virgens, nos tira de casa, geralmente lugares pobres, eu sou de longe daqui, ele me bateu, ele foi embora? Eu preciso fugir- ela falou assustada.

__ Liberem as meninas para irem para casa, vamos procurar ele, ainda hoje o Dante quer ele preso- falei e eles saíram da sala.

__ Como se chama? - perguntei.

__ Sou a Luna, tenho 17 anos, morava em um vilarejo a umas 4 horas daqui, o amigo do meu pai, Arnaldo, foi ele quem me trouxe, meus pais precisavam de dinheiro, ele falou que ia ganhar muito comigo, mas eu não posso fazer isso, estou com muita vontade tomar água, nem sei quando foi a última vez que comi- ela falou e alcancei do bar uma garrafa de água para ela.

__ Vem, vou te levar para um lugar seguro, até descobrir se os seus pais te venderam ou não- falei sem entender o instinto de proteção que tomava conta de mim.

__ Eu não tenho como pagar nada, e ninguém faz nada de graça, o que quer de mim- ela falou me desafiando e me aproximei.

__ Não se preocupe, não sou um maldito pedófilo ou abusador, vou te proteger, se você é virgem o Banin vai querer te pegar, vou só te proteger- falei esticando a mão para ela que pegou mesmo desconfiada.

Falaria com o Dante em outro momento, agora minha urgência é deixar Luna segura.

__ Não encontramos o Banin, levamos 12 homens para o galpão, vou até o apartamento esconder alguém e te encontro lá no galpão- falei e desliguei, sabia que ele iria querer respostas, mas no momento eu não poderia dar.

me salvou

Os homens me levaram para um lugar estando vendada, não sabia onde estava nem tinha noção de tempo, só gritei e chorei por dias, estava sempre vendada, em alguns momentos vinham homens e conversaram, falavam que o Hassan vinha me buscar, que havia pago um valor bem alto, então nem me bater podiam, pois ele não queria marcas, eu já não me mexia, pois tinha medo, mas faz algumas horas que não ouço nada, estava exausta, vivia sempre com medo, não sabia quem era esse Hassan, onde estava meu pai, não sabia o que fazer, estava de repente em uma escuridão quando sinto alguém tocando meu rosto, me assusto e fico desesperada quando vejo um homem, começo a gritar e espernear, será que ele é o homem que me comprou, esse idiota acha que vai me dominar, fico quieta por um minuto e ele solta minha mão, vejo que estou com a roupa rasgada e toda suja, no seu momento de distração acerto um soco certeiro, pelo menos isso faço bem feito.

Tento correr e logo sou pega, ele diz que tenho que ficar calma, pela minha visão periférica vejo que vários homens armados chegam no local, um faz um movimento para vir até a minha direção, ele tem cara de quem vai me machucar, não sei o porquê, mas me escondo atrás desse, ele pede que se afastem e me ajuda, meu instinto diz que devo confiar nele, e faço isso, pelo menos nesse primeiro momento.

Vem que vou te levar para um lugar seguro, se alguém vem te buscar não podemos arriscar nada- ele disse, ele era muito bonito, mas beleza não é sinal de caráter, não confiarei em ninguém.

Ninguém faz nada de graça, o que você quer- falei num carro, não sabia onde estava, nem quem ele era, ou eu ia junto, ou ficava lá, e algo me dizia que lá seria pior.

___ Não se preocupe\, não sou um maldito pedófilo ou abusador\, vou te proteger\, se você é virgem o Banin vai querer te pegar\, vou só te proteger- ele disse.

Sou o Fernando, não vou machucar você, tenho uma cobertura bem protegida, até saber sobre seu pai preciso que fique calma e confie em mim, suas experiências com homens não devem ter sido boas, mas acredite, Arnaldo fez mal para minha cunhada também, ele morrerá, como todos os outros também, confie em mim, logo se der tudo certo te levarei e poderá conhecer ela, no apartamento terá o necessário- ele falou e mexeu no celular, fico me perguntando quem é esse salvador e porque parece que ele realmente tem boas intenções.

Quando chegamos a um apartamento vi que o carro de outro homem, deveria ser algum segurança, trouxe sacolas, parece ser roupas, será que ele comprou para mim? Fiquei quieta, coberta pelo seu casaco, fiquei com aquele perfume delicioso, e percebi que faziam dias que eu não tomava banho, fiquei constrangida, pois devo estar bem suja, os homens me olhavam estranho, Fernando me direcionou até o elevador, quando vi meu reflexo na parede metálica foi impossível não chorar, ele me olhou assustado e perguntou:

O que houve? Se acalma que não vou te machucar- ele demonstrava preocupação comigo e eu estava sensível.

Estou horrível, por Deus, devo estar fedendo, não fique perto, pois sua roupa é tão cheirosa, não precisa agir assim comigo- respondi e ele riu.

Mulheres, em vez de se preocupar com sua vida pensa em sua imagem, você estava presa, ninguém te julgara por nada, e para ficar tranquila pedi que comprassem uma roupa e produtos de higiene para você- ele disse e abriu a porta do elevador, a entrada dava entrada direto a um lugar imenso, eu nunca na minha vida imaginei tanta riqueza e luxo, ele esticou a sacola e disse:

Vou te mostrar o quarto e o banheiro, pedi que alguém fosse ao mercado e trouxessem bastante coisa, roupa se precisar de mais me avisa, mais para hoje e amanhã da, vou pedir ajuda a minha cunhada e acredito que logo te levarei lá, vou descobrir quem é Hassan e onde o encontro, assim que souber com quem estou lidando poderei te libertar, aqui é o quarto fique a vontade, sabe mexer na internet e televisão? - ele perguntou e fiquei com vergonha, o quão burra eu sou?.

Não tinha tv na minha casa, nem internet, agradeço seu apoio, mas não preciso de nada, banheiro é onde- perguntei e ele me apontou, fechei a porta e não vi se ele saiu do quarto, o lugar tinha um luxo imenso, a água com certeza era quentinha e eu estava ansiosa, tirei os trapos que vestia e estava sem roupa íntima, será que eles compraram também? Tirei os produtos da sacola e eram coisas boas, ótimas, liguei o chuveiro que era bem potente e entrei logo, de início meu corpo estranhou, mas depois de alguns minutos eu não queria sair mais, comecei a me sentir digna depois da terceira passada de shampoo, passei creme, hidratante no corpo e desliguei o chuveiro, a toalha esticada era tão macia que cheguei a chorar, olhei e vi que tinha absorvente, desodorante, perfume, batom, creme, óleo, escova e pasta de dente, uma lingerie e dois vestidos que ficaram muito justos, tinha um pijama e eu coloquei, escovei meu dente e me olhei no espelho, passei perfume, eu nunca tive um perfume, então fui obrigada a passar, quando sai do banheiro ele estava ali na poltrona e assim que me olhou sorriu.

Fernando...

A menina parecia um bichinho assustado, tem 17 anos mais é valente, meu queixo ainda dói pelo soco, pedi que o soldado trouxesse roupas, tinha certa experiencia com mulheres e vi sua medida, peguei um infeliz olhando-a com certa cobiça e me aproximei lentamente:

Se te pegar olhando para essa menina mais uma vez arranco seu pau fora- ele me olhou assustado e teve a decência de ficar quieto e saímos, quando entramos no elevador e ela viu o próprio reflexo acabou chorando, achei graça do seu rompante.

Já no apartamento ela foi para o banho, a menina não sabe usar a TV, como isso é possível, é uma conhecidência que o Arnaldo esteja por trás disso também, ela ficou no banheiro por quase uma hora e quando estava prestes a arrombar preocupado ela abriu, usando a porra de um pijaminha curto e extremante cheirosa, me perdi a olhando por um tempo e disfarcei brincando com ela:

Uau, o que você fez com a Luna que entrou aí- ri brincando e ela devolveu o sorriso, foi o primeiro que vi, por baixo da sujeira tinha uma mulher linda, não parecia a menina com medo.

Estou humana novamente, se é que já fui humana assim, obrigado pela roupa,se quiser pode ir embora- ela respondeu e me incomodou essa coisa de me dizer para ir embora, não sei o motivo, mas queria estar perto dela.

Vou te ensinar a mexer na TV e internet, virei aqui amanhã e trarei mais roupas, não pode ficar assim com essa roupa- falei e ela sorriu, sentou ao meu lado curiosa e a ensinei a mexer em tudo aproveitando o perfume delicioso que invadia minhas narinas e tomava conta de todo o quarto.

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