"Costumava ser assim, Tudo igual, todos os dias, até que ele apareceu."
_____________ II ___________________
A pequena cidade litorânea, chamada de Aurora dos Pássaros, era um casamento de praia e fazenda. No centro pequeno, os comércios locais eram de famílias conhecidas nas redondezas, e muitos donos de terra. Todos se conheciam, e sabiam de tudo o que acontecia na cidade, justamente por esse motivo.
Naquela época, a estação da primavera começou mais cheia de novidades do que nos últimos anos. Isso porque; o herdeiro das terras do senhor Walker, havia acabado de chegar, vindo de longe, após o enterro de seu avô. Um jovem que ninguém conhecia, agora comandaria o Rancho Verde, uma das terras mais produtivas daquele lugar.
Assim que colocou os pés naquela terra, o Jovem foi deixando boa impressão com seu trabalho árduo e resultados rápidos. Quando tirava um tempo para descansar, ele costumava passear pela praia, ou nadar no rio.
Quando faltavam duas horas para o sol se recolher, ao menos três vezes na semana; aquele jovem tirava as suas roupas para se refrescar no rio. E então, completamente nu, ele se joga na água fria e cristalina, sem ter ideia de que alguém o observava e continuaria observando.
[...]
Igor Walker tinha vinte e seis anos, e nunca frequentou nenhuma faculdade. Ele era habilidoso com as mãos, e preferia serviços pesados.
Dono de belos pares de olhos na cor azul intenso, e a pele cada vez mais bronzeada pelo sol, que contrastava com a cor vermelho vibrante de seus cabelos.
Por onde caminhava, ele chamava atenção. Por vários motivos além da beleza peculiar, ele era o assunto que não saia da boca dos moradores.
[...]
Quando a noite caiu, Igor entrou no bar Madeirão, o local que todos se reuniam para beber comer e dançar todos os fins de semanas. Ele já tinha escutado falar naquele lugar, mas até o momento, nunca tinha ido até lá.
Assim que entrou; Em uma mesa no canto, uma mulher olhava para o homem ao seu lado na mesa, enquanto ele distraído, só prestava atenção em um caderno, onde estava escrevendo alguma coisa. Àquela mesa, chamou a atenção de Igor por um momento, o que o fez pensar na cena que via.
Igor: {Que homem burro. Será que não percebeu mesmo que àquela moça linda está encantada por ele? O que teria de tão interessante naquele caderno?}
Atendente: Olá, em que possa ajudar?
Igor: Ah... Oi! Eu quero uma caneca da sua cerveja artesanal. Soube que é muito boa.
Atendente: Claro que sim. Você é o Walker do racho verde não é?
Igor: Sim. Isso mesmo. Meus amigos da minha cidade, me chamavam de Red, Obrigado.
Atendente: Red!? Combina muito. Então tá, eu sou a Emily, seja bem vindo!
Assim que pegou sua cerveja, Igor se sentou na mesa à frente daquele casal. E por vezes dava uma olhada na mesa.
Igor: {Não consigo entender se eles são um casal ou não. Ela continua olhando para ele, enquanto ele continua escrevendo}
Alguns minutos depois, o homem se levantou após guardar o seu caderno e caneta. Ele olhou para frente na direção de Igor, em seguida foi embora do bar.
Igor: {Gostaria de não ser tão curioso, mas não vou conseguir. Queria saber se eles eram um casal. Bem, uma hora eu vou saber.}
Algum tempo depois, ele foi para o balcão pagar a conta, e a mulher da mesa a frente, também foi pagar, quase ao mesmo tempo.
Atendente Emily: Cléia, o seu é cinqüenta.
A moça começou a procurar dinheiro em sua pequena bolsa com alça tiracolo.
Igor: Pode deixar que eu pago o dela. Aqui.
Emily: Certo.
A moça olhou para Igor sorrindo.
Cléia: Olá! Eu me chamo Cléia! Acredito que devo me apresentar antes de te agradecer.
Ela estendeu a mão gentilmente, e ele a segurou.
Igor: É um prazer Cléia. Eu me chamo Igor Walker sou...
Cléia: Eu sei. Você é o novo dono do rancho verde. Fico muito animada em conhecer você. Estou sabendo que a sua fazenda já está fornecendo alguns itens, isso é ótimo! Deve ser incrível morar em uma fazenda.
Igor: Sim é incrível, mas e você? Onde mora? Se tudo aqui são fazendas...
Cléia: Eu moro na fazenda de uma amiga.
Igor: Entendi. Então, nos vemos por aí.
O rapaz ruivo, deu um passo e a moça o alcançou.
Cléia: Será que pode me acompanhar até a minha casa? Já está escuro.
Igor: Ah, Sim, mas seu namorado não vai achar ruim?
Cléia: Eu não tenho namorado.
Igor: Perdão, mas e o homem que estava com você?
Cléia: Ah! Ele é apenas uma amigo.
Igor: Entendo, então vamos?
Cléia: Sim, vamos.
...
Igor Walker acompanhou aquela mulher até a frente de uma casa pequena, grudada em um grande celeiro.
Igor: Agora sim, boa noite!
Cléia: Boa noite!
Após se despedir, ele tomou o destino de volta para a sua fazenda, e começou a caminhar pelas ruas de pedras. De todos os lados, árvores e plantas, até começar uma parte da rua, que possuía cercas de madeira, separando o terreno de ambos os lados, da rua.
|||
Na manhã seguinte, Igor tomou o café da manhã e saiu para começar suas tarefas diárias. Do lado de fora, uma agitação chamou sua atenção. Um dos porcos, conseguiu sair do cercado e correu para a parte de mata alta. Igor o seguiu sem pensar duas vezes. Por algum tempo ele seguiu o porco até o perder de vista dentro da mata.
Igor: Onde é que esse porco se meteu!?
O fazendeiro orgulhoso, se recusava a desistir e retornar sem o animal perdido, então continuou olhando os pequenos cantos que ele podia estar, e seguiu para uma clareira onde avistou um lago.
Igor: Será que ele foi beber água?
Ao se mover, ele levou um susto, ao esbarrar em alguém. Era homem de cabelos longos, preso em um rabo de cavalo solto, quase nas pontas. Ele usava um blazer na cor vinho, calça social e um lenço no pescoço.
Igor: {Acho que já vi esse homem antes.} Me desculpa! Mas... O que faz por aqui?
Tudo bem, não foi nada. Eu vim para aproveitar o silencio, e a paz desse lugar.
Igor: É... Aproveitando a situação, saberia me dizer se viu um porco passando por aqui?
Infelizmente não percebi. Você é novo na cidade? Eu me chamo Yuta, é um prazer conhecer você.
Igor: Sim. Isso mesmo. Eu estou aqui tem pouco tempo. É um prazer Yuta.
Um barulho chamou a atenção de ambos, que logo bateram os olhos na porta aberta de uma pequena casa de madeira.
Igor: Encontrei ele! Deve ter entrado ali!
O Fazendeiro deu um passo à frente.
Yuta: Tome cuidado com essa cabana!
Igor: Cuidado!? Porquê? O que tem lá?
Yuta: São muitos boatos, eu mesmo não sei dizer. Mas é perigoso.
Igor: Perigoso ou não, o meu porco entrou lá dentro, então nesse caso eu vou ter que encarar.
Yuta: Você é muito corajoso. Nunca ouvi ninguém daqui, querer investigar àquele lugar. Isso até me deixa curioso também.
Igor: Se quiser, pode vir comigo. Não acredito que tenha algo tão terrível assim.
Yuta: Sabe, só para acabar com esse mistério, você me deixa animado para verificar também.
Igor: Então tá, vamos?
Yuta: Sim.
Os dois seguiram caminhando à frente.
🌞 Continua...
"Por tamanha coragem, Ele espalhou a possibilidade no além do que os olhos podem ver."
_____________ II ___________________
Igor seguiu à frente entrando na cabana sem nenhuma hesitação. O local cheirava a mofo e algumas trepadeiras entravam pelas janelas quebradas.
Yuta: Que lugar horrível!
Igor: É muito velho. É normal ser assim. Onde está aquele porco?
Yuta: Os porcos conseguem subir degraus? Pode estar naquela parte de cima.
Igor: Não. Eu acho que não. Ainda mais um degrau alto como esse. De repente, ele está ali atrás.
Yuta: Aaaa!
Igor: O que houve?
Yuta: Eu acho que tem alguma coisa nas minhas costas! Poderia por gentileza dar uma averiguada?
Igor olhou para o local indicado por Yuta. Em seguida, ele riu.
Igor: Não se preocupe. É apenas um ramo de trepadeira... Desculpa, por rir, foi engraçado o ver o seu rosto.
Yuta: Tudo bem... Imagino que paguei um grande mico aqui. Mas estou muito feliz que tenha sido só uma trepadeira. Que bom!
Igor: Olha ali! O Porco está ali!
Dando um salto a frente, Igor correu e saltou, segurando o porco.
Igor: Seu espertinho! Não vai mais fazer isso!
Assim que recuperou o porco, Igor foi saindo da cabana, ao lado de Yuta.
Igor: E aí? Ficou muito assustado lá dentro?
Yuta: Confesso que não como eu imaginava. Foi mais no começo.
Igor: Mas não tinha nada lá, certo? Viu como as coisas as vezes, não passam de boatos?
Yuta: Você tem toda a razão. Acredito que todos tem medo desse lugar porque nunca viram o que tem dentro.
Igor: E talvez, quem se aproximou, tomou um susto com algum barulho de pássaros, ou de algum bichinho como esse. Mas poderia ser qualquer coisa.
Yuta: É verdade.
Igor: E você? Fiquei curioso agora. Costuma se enfiar na floresta assim sozinho? Não me parece tão corajoso para isso.
Yuta: Sim. Você me pegou. Tenho receio de andar pelo meio da floresta sim. Mas àquele lugar é onde eu vou buscar inspiração. Sou escritor, e estou com bloqueios.
Igor: Bloqueios? Não entendi.
Yuta: Quando um artista se depara com bloqueios, ele não consegue mais continuar o que está fazendo. Sabe? É como se estivesse, sem o cérebro.
Igor riu.
Igor: Você disse sem o cérebro?
Yuta: É uma forma de falar, mas é quase isso. Perde a inspiração, o ponto inicial que o leva a notar a beleza a sua volta, em uma forma bela à se descrever.
Igor: Você fala tão certinho. Eu deveria imaginar que é um escritor. Mas agora, eu já vou indo.
Yuta: Ah sim... Até breve.
[...]
De volta a sua fazenda, Igor foi guardar o pequeno porco resgatado, com os outros.
Igor: Vou precisar reforçar isso aqui. Amanhã, tenho que contar bastante madeira.
|||
O sol queimando em meio as oito horas da manhã, prometia um dia de trabalho cansativo. Mesmo assim, Igor não recuou, e se concentrou nas melhorias para o rancho. Sem perceber a presença de uma visitante, Igor pregava tábuas, reforçando o cercado dos porcos.
Cléia: Boa tarde!
A mulher olhou o corpo suado de Igor Walker sem fazer questão de disfarçar.
Cléia: Oiii! Boa tarde fazendeiro!
Finalmente, Igor percebeu a presença da visitante, e olhou para ela.
Igor: Olá! Tudo bem moça?
Ele se levantou e deixou o martelo e deu alguns passos a frente.
Igor: Posso ajudar em alguma coisa?
Cléia: Ajudar!? Não, eu só vim trazer um pão caseiro que fiz. Como um presente de boas vindas, aposto que tem ganhando coisas bem melhores, já que é o costume daqui.
Igor: Moça, eu agradeço a gentileza.
Cléia deu o cesto com pão para Igor.
Cléia: Você está trabalhando sozinho aqui?
Igor: Por enquanto sim.
Cléia: Mas não é muito serviço para uma pessoa sozinha?
Igor: Muito serviço!? Claro que não. Eu acho perfeito!
Cléia: Você gosta mesmo de pegar no pesado ham?
Igor: É só o que sei fazer.
Cléia: Quem lava suas roupas?
Igor: Eu mesmo.
Cléia: Também é um homem bem prendado pelo visto.
A mulher não tirava os olhos do peitoral do Fazendeiro, até que por um momento, ele se sentiu desconfortável.
Igor: Bem, eu tenho que terminar isso aqui. Se não o meu porco vai fugir novamente.
Cléia: Ah, sim... Quer ajuda?
Igor: Não moça. Muito obrigado.
Igor voltou ao trabalho, e a moça foi embora caminhando devagar.
Cléia: {Não acredito que esse homem vive sozinho aqui? Essa fazenda é pequena mais é incrivelmente produtiva. Seria um sonho morar aqui.}
No caminho, Cléia cruzou com Melinha, uma senhora que vivia no centro da cidade, e era prima do prefeito.
Cléia: Olá Senhora Melinha, como tem passado?
Melinha: Muito bem minha filha.
Cléia: Pelo que percebi, a senhora está indo visitar o Rancho Verde não é?
Melinha: Sim. Já era para eu ter ido dar boas vindas direito ao neto do senhor Walker. Ele era muito importante na cidade.
Cléia: Entendo. Todos falam que a fazenda dele era a mais produtiva não é? Especialmente no Outono.
Melinha: É sim menina. Àquela terra é abençoada. Vou indo agora, tchau!
Cléia se despediu da Senhora e seguiu seu caminho, sonhando acordada em morar naquela fazenda.
[...]
Igor havia terminado o cercado, quando a senhora Melinha se aproximou.
Melinha: Boa tarde menino! Eu trouxe uns biscoitos para você! Fui eu mesma que fiz.
Igor: Bem que aquela moça disse que era o costume de vocês dar presentes de boas vindas. Eu agradeço. Mas, vou estar em apuros se me trouxerem mais alguma coisa para comer.
Igor riu.
Melinha: Menino, você tem o mesmo sorriso dele... O Velho Walker. Imagine que quase me casei com ele.
Igor: É mesmo senhora? Que interessante.
Ele olhou ao redor por um segundo.
Igor: Acho melhor entrarmos um pouco, a senhora pode tomar um café comigo, e me falar mais sobre meu avô!? Quem sabe? Assim saímos desse sol.
Melinha: Sim. Eu aceito.
Igor foi na frente, enquanto a senhora o seguia. Ele entrou e foi direto para a cozinha para fazer um café.
Igor: A senhora não tem ideia de como queria saber mais sobre o mei avô. Mantivemos pouco contato. Eu não senti que merecia essa herança. Mas, no final das contas, ele nunca esqueceu de nós.
Melinha: Você parece um rapaz decente. Pelo que vi, você foi diretamente trabalhar na fazenda. Se fosse outro, só iria querer saber do ouro.
Igor: Ouro? Que ouro senhora?
"Um coração puro e honesto, que visava a evolução por meio da ação."
_____________ II ___________________
Melinha: Igor, o senhor Walker descobriu uma caverna antiga, aqui nessas terras. A caverna tem ouro bruto.
Igor: Que coisa legal, ele até encontrou outro aqui. Ele realmente era incrível não é?
Melinha: Sim, era um homem otimista e inteligente.
Um vento frio entrou pela porta.
Igor: Parece que o tempo está mudando.
Melinha: Sim, é verdade. Acho melhor eu ir embora menino.
A mulher se direcionou até a porta, porém antes de sair, ela voltou a olhar o jovem Igor.
Melinha: Você não tem interesse em encontrar o ouro?
Igor: Não senhora. Eu não quero mexer com essas coisas não. É suficiente o meu trabalho aqui.
Igor voltou as suas tarefas, e a senhora Melinha, foi embora.
Quando a noite chegou, Igor resolveu sair. Ele tomou um banho e se arrumou e foi no único lugar onde tinha algum entretenimento; O bar Madeirão.
Assim que entrou, Emily sorriu para ele.
Emily: Como vai Red! Posso te chamar assim? "cabelo vermelho"?
Igor: Tudo bem. Eu quero uma caneca da cerveja artesanal.
A mulher serviu a caneca larga de cerveja. Igor pegou e começou a beber.
Emily: Você ainda não conhece bem o nosso bar Madeirão não é?
Igor: Tem mais para conhecer?
Emily: Claro que sim. Olha, a partir do meio dia, nós abrimos para o almoço. Temos uma plaquinha que fica ali, mostrando os pratos do dia. Todos os Sábados, tem música ao vivo para dançar. E no dia a dia, você pode escolher uma música na vitrola, ou até ir jogar ali nas mesas de bilhar.
Igor: Olha, Até que tinha muita coisa para saber. Obrigado pela informação Emily.
Emily: Eu posso te perguntar uma coisa um pouco particular?
Igor: Pode sim.
Emily: Por acaso você tem uma namorada?
Igor: Não. Eu não tenho.
Emily: Aí! Que ótimo! Perfeito!
Igor: Ham!?
Emily: Ah, é que você já chamou a atenção de muitas moças por ai. Eu vou dizer que não tem namorada, então, você vai ter várias opções para escolher.
Igor: No momento eu não estou procurando relacionamentos Emily, me desculpa tá bom?
Emily: Poxa! Sério mesmo?
Igor riu, enquanto Emily, foi atender outro cliente. De repente, Cléia entrou no bar. A mulher, viu Igor de imediato, então foi até ele.
Cléia: Igor! Você por aqui? Eu não imaginava que fosse ver você de novo hoje. Por acaso você gostou do pão?
Igor: É verdade... O pão. Na verdade eu não cheguei a comer. A senhora Melinha veio, então eu acompanhei ela no café com os biscoitos.
Cléia: Que biscoitos?
Igor: Ela mesa fez. Estavam maravilhosos!
Cléia: É sério? Você ignorou o meu pão?
Emily: Queria me desculpar Cléia, mas a verdade é que ninguém resiste aos biscoitos da senhora Melinha. Eu mesma, acho impossível alguém vencer o sabor deles.
Cléia: Meus pães, eram igualmente maravilhosos.
Igor: Olha, não vejo porque a discussão. Eu os provarei amanhã, então dou a minha opinião.
Cléia: Ótimo Igor, vai ser melhor assim.
Emily: Não sabia que você gostava de cozinhar Cléia. Só vemos você zanzando por aí. E sempre vem fazer suas refeições aqui no Madeirão.
Cléia: Quando a gente se inspira, pode fazer qualquer coisa.
Igor: Pode me servir mais uma caneca?
Emily: Mas já!? Vai com calma hein!? Se não vai ter que sair daqui, carregado.
Cléia: Ah, fala sério. Ele não parece tão fraco assim, para cair com duas canecas!
Emily: Mesmo assim, a nossa cerveja é muito forte. Se a pessoa não estiver acostumada, pode se elevar bastante.
Enquanto as duas mulheres pareciam estar disputando alguma coisa; Igor ficou olhando para a frente, diretamente na porta de entrada do Bar, por vários minutos. Até o momento que algo chamou sua atenção, foi quando viu os sapatos marrons, bem limpos de Yuta entrando no local. Ele usava calças pretas, uma camisa cinza e um casaco vermelho. Assim que entrou, foi direto para a mesa do canto.
Igor: Emily, pode ver mais uma caneca?
Emily: Claro. Aqui está.
As duas mulheres viram Igor sair caminhando lentamente do balcão, até a mesa de Yuta, na intenção de fugir do barulho.
Igor: Oi!
Yuta: Oi Igor! Pode se sentar aqui... Se quiser.
Igor: Eu vou aceitar sua oferta ham. O balcão alí está pegando fogo. Aquelas duas começaram a conversar, e agora parece que vão entrar em um combate.
Yuta colocou a mão na frente de seus lábios e riu.
Igor: {Porque ele cobriu a boca para sorrir?}
Yuta: As mulheres são muito interessantes não é? Nunca sabemos os motivos, ou o que elas podem estar pensando. É um verdadeiro enigma.
Igor: É sim. E você parece que entende. Tem algumas?
Yuta: O que!? Não. Claro que não. Nenhuma. Quer dizer, só a minha mãe.
Igor: Que cara é essa? Parece que te ofendi.
Yuta: De certa forma, ah, porém não. É que...
Igor: Eu fui incoveniente não é?
Yuta: Não. Eu é que não soube me expressar. É que eu não tenho... Eu não gosto.. Eu não sou... É que eu sou... Não sei como dizer isso.
Igor: Eu já entendi. Não precisa ficar nervoso. Para um homem que fala tão bem, é engraçado te ver se enrolar assim. Você... Seus olhos puxados e escuros destacam na cor dos seus cabelos. É um rosto diferente, e um estilo de penteado, bem raro.
Yuta: Você acha que... Ah, é sério? Eu tento me manter arrumado, mas aqui, os cabelos se arrepiam bem fácil.
Igor: E o que dizer dos meus? As vezes ficam duros com a poeira.
Igor riu
Yuta: Você sim é bonito! Mas, eu não queria dizer assim... E por acaso você pode pensar que eu estou flertando você. Eu jamais faria uma coisa dessa! Nunca mesmo!
Igor: Ué!? Eu não entendi. Isso não seria normal para você? O que eu entendi, estava errado?
Yuta: Santo céu! Agora sou eu quem está com dúvidas. O que foi que você entendeu?
Igor se aproximou para falar bem baixinho.
Igor: O que eu entendi, é que a sua preferência sexual e amorosa é por homens. E por isso se complicou, para dizer que sou atraente, Eu me enganei?
Os olhos puxados de Yuta, se abriram de surpresa, e o seu rosto foi ficando vermelho mesmo instante.
Yuta: Não. Você... Não se enganou.
Para mais, baixe o APP de MangaToon!