Sou o Suzan Lopez, sou o caçula da família, meu pai e minha mãe tiveram dois filhos e o normal seria o mais velho casar-se primeiro para assumir o lugar do pai, eu nunca tive pretensão de continuar aqui na Espanha e ficar no lugar do meu pai, nunca nos entendemos, então eu não vou ficar, tenho 26 anos e atualmente sou um executor.
Na nossa máfia, meu pai está à procura de uma esposa para meu irmão e soube da festa de 18 anos da caçula dos Mansur que são do nosso topo, uma aliança com eles seria de grande valia e então esse final de semana viajaremos até a Itália, meu irmão tem a ambição de assumir e eu não então vou ir curtir apenas e pegar umas meninas de longe da máfia claro, sei as obrigações que trazem um envolvimento e não quero isso.
__ Hijo, essa aliança com a Itália é fundamental, não errem- meu pai era categórico e deixava claro querer muito essa aliança e sabíamos que era importante realmente.
Ele nunca foi um homem atencioso comigo igual era com meu irmão, ele me bateu de maneira cruel nos treinamentos, diferente do meu irmão, deixava claro que as coisas eram para ele e não para mim, que as melhores coisas eram para ele, nunca me importei muito com isso afinal eu não almejava nada disso para mim.
__ Você Suzan vá e acompanhe seu irmão, não faça besteiras com esse sangue quente- ele sabia que eu era assim, participava toda semana de lutas para poder extravasar, levar as meninas para a cama depois da luta é um bônus.
__ Não se preocupe Sr Lopez, não vou estragar os planos do poderoso chefão- falei ironicamente, me dava muito bem com meu irmão, porém meu pai é do tipo que quer poder a qualquer custo.
__ Eu odeio essa porra- meu irmão falou assim que meu pai saiu do quarto, meu irmão era um homem justo e dentro das nossas regras alguém com caráter.
__ Não importa Carlo, não ficarei muito tempo na Espanha, não é segredo que não pretendo seguir aqui, quem sabe na Itália eu consiga novos caminhos afinal minha fortuna já é imensa com o valor acumulado das execuções e serviços com as lutas, eu já era independente financeiramente a anos.
Fomos em direção ao hangar e iremos hoje para a Itália e amanhã teremos a festa, o irmão dela Don da Itália foi bem direto, não forçará ela a nada, que a decisão seria totalmente da menina.
Meu irmão e eu vinhamos bastante para cá, mas nunca saímos juntos, ele fica misterioso e eu vou curtir a minha vida.
__ Tem uma luta hoje que o Antony Mansur está organizando, estou pensando em ir ou uma boate, de qualquer forma eu vou extravasar- falei e ele negou.
__ Não dá para mim, tenho negócios hoje- ele falou sério e eu me perguntei se meu irmão estava envolvido em algo ruim.
__ Sabe que pode me contar qualquer coisa né, conheço você, sei que algo te preocupa- falei enquanto estávamos indo para o hangar e ele me olhou sério.
__ Sei das minhas obrigações, mas não posso me casar com alguém que não sinto nada, nem sendo por conveniência- ele fez uma pausa e parecia um pouco envergonhado, respirou fundo e continuou:
__ Estou a dois anos com outra moça, uma italiana, ela é simples e gentil, não é da máfia e não sabe quem eu sou, eu terei que colocar um ponto final nessa história, mas não sei como fazer, pois, me mataria machucar ela de alguma forma- fiquei com dó do jeito dele pois ele sabe que meu pai nunca aceitaria ele quer status e poder.
__ Uau, eu não esperava por isso, sabe que tu padre nunca aceitaria né, ele quer que você faça a oferta de casamento para a filha dos Mansur- respondi pois eu pretendia não ir a essa festa.
__ Eu não vou ir, você vai no meu lugar, preciso ver a Kalita, tenho que fazer toda logística para não ser seguido nem nada do tipo, você vai e diz que eu fiquei doente ou algo do tipo- estranhei isso, afinal meu irmão tinha outra vida e fora criado para isso durante tanto tempo, mas acatei seu pedido.
__ Certo dessa vez quebro seu galho- finalizamos o assunto e entramos no jato.
Algumas horas depois desembarcamos na Itália e fomos em direção ao hotel, outros aliados estavam ali também para o aniversário, fomos para o quarto e Carlo saiu logo em seguida, me preparei para ir à luta e liguei para o Antony.
__ Mansur? estou na Itália para o aniversário da sua irmã, estarei na sua luta hoje, prepare um adversário à altura para mim- falei e ele respondeu:
__ Certo Lopez, tenho um adversário potente hoje, ele é Irlandês e não sabe parar, tem sangue quente como você, vai ser um bom embate- ele disse me alertando pois sabia que eu não parava.
__ às 23 horas estou lá- falei e desliguei o telefone.
Fui me preparar e tomei um banho, pedi uma refeição e sai do hotel com o carro que ficava a nossa disposição aqui na Cidade.
Cheguei no galpão onde aconteciam as lutas, o local já estava cheio e muitas mulheres já andavam por ali, cumprimentei alguns colegas e avistei Antony próximo ao bar.
__ Um executor desprevenido não é nada - falei ele riu.
__ Sabe que eu ainda te arrebento né - ele respondeu.
Nos cumprimentamos e ele disse:
__ Já arrumei um bom espaço para você, tem algumas meninas da nossa boate lá, mas como seu nome está na lista da festa amanhã acho que não vai precisar.
__ Eu não pretendia falar com a irmã dele, mas ele não precisava saber então eu precisaria extravasar de uma única forma hoje.
A luta começou e seria da seguinte forma nós dois lutaríamos com outras pessoas e quem fosse vencendo seria encaminhado para as próximas lutas, passaram mais ou menos 3 horas e finalmente chegou o momento esperado em que enfrentaria o tal Irlandês.
__ Tenho que reconhecer que o cara lutava bem, não vou diminuir o esforço dele, eu não sou do tipo paredão de músculos então tiram conclusões antes da hora e acabam se dando mal como aconteceu hoje, o cara olhou para aparência pois ele era realmente grande, mas a queda foi maior- falei comemorando com Antony.
__ Vamos para a boate ? - perguntei.
__ Não dá, estou amarrado amigo, vou para o apartamento ficar com ela- não acredito, Antony Mansur amarrado a alguém.
certo então amigo, nos encontramos amanhã.
Nos despedimos e eu fui para a boate tentar me divertir e dormir com alguém, me preparar para amanhã fazer politicagem com alguns associados.
Ser a caçula de três irmãos mafiosos da família que comanda a Itália é um inferno, meu pai entregou ao meu irmão o comando no dia do seu casamento, Sofia minha cunhada me ajudou a convencer meus irmãos a me deixar fazer a festa de fantasia para comemorar meus 18 anos, pela tradição eu deveria estar casando agora e não comemorando meu aniversário, ainda bem que meus pais tiveram a decência de não me forçar, minha mãe descobriu que gosto do Peter que é um menino lindo, ele não é da máfia, mas estuda ali por ser de família influente.
__ Você está linda meu amor, curtiremos a sua noite – Falou Duda e concordei, meus irmãos casaram e tiveram sorte, eu também tive, pois minhas cunhadas são minhas amigas e confidentes.
Quando a festa começou eu fiquei próximo aos meus irmãos, havia muitos homens ali que eu sabia estar procurando uma esposa, mas eu só tinha olhos para o Peter, quando ele se aproximou de mim eu achei que finalmente ficaríamos a sós.
Segui ele até o banheiro sem imaginar que acabaria mal:
__ Senti medo que não viesse, que bom que está aqui- falei e ele não sorriu como eu esperava.
__ Laura, eu vim terminar, não poderemos ficar juntos, conheci uma menina chamada Lise e ela já me deu o que você não quis dar, lembra que eu te pedi a prova do seu amor- quando ouvi ele dizer isso eu chorei.
__ Você precisa me entender, eu não posso fazer isso, não funciona assim, achei que você me entendia e gostava de mim- respondi chorando e antes que previsse algo meu irmão entrou no banheiro e pegou ele pelo colarinho.
Não consegui pensar em nada além de cancelar o aniversário, não via razão para participar de algo que montei para passar um tempo com ele, vi o Peter ser arrastado para fora do banheiro e pedi que o Lorenzo cancelasse a festa.
__ Bambina, existem muitos homens ali fora que querem só uma chance de te conhecer, eles são bacanas, alguns não, mas a maioria, você não precisa decidir que será ruim antes de provar isso, se permita conhecer e estarei ali para te apoiar em qualquer decisão- ouvindo isso eu chorei mais ainda, mas pensei e meu irmão tinha razão.
__ Eu sou uma Mansur, e nós não nos entregamos, está certo, vamos lá curtir essa noite- falei ele me esticou a mão.
Fui até o salão ao lado do Lorenzo, não chorei mais ali, quando percebi que estavam com suas famílias me afastei um pouco buscando o silêncio para chorar, sentei na escada e vi que Cesare se aproximou, logo veio Antony e Lorenzo, meus irmãos eram meus herois, me senti amada e acolhida e fiquei em paz.
Voltei para a festa e vi um homem próximo de mim, nossos olhares se cruzaram e foi intenso, ele começou a caminhar em minha direção e senti minhas pernas falharem.
__ Boa noite Laura, sou o Suzan- ele falou e sua voz rouca fez minha pele arrepiar.
__ Boa noite, como está? Eu não tinha visto você ainda, não é daqui ? - perguntei.
__ Sou da Espanha, mas estou procurando vir para cá e algo me diz que acabei de encontrar- ele falou e eu ri.
__ Não acha clichê falar assim? Alguma menina cai nesse papo- respondi.
__ Ninguém que até então me interessasse, sua beleza irradiou algo dentro de mim e - ele se aproximou do meu ouvido e disse:
__ Fico imaginando se essa boquinha desaforada faria um excelente trabalho ao redor do meu pau- não acreditei quando escutei isso.
__ Você se acha né, não vai ter a minha boca ao redor do seu pau, aí que palavra feia- respondi e ele riu.
__ Dança comigo ? O idiota que foi embora não merecia você, suas lágrimas tem que ser somente para o prazer, como não aguentar mais a transa quente e chorar de emoção, ou melhor, quicar tanto no meu pau e chorar enquanto preencho você com tudo que posso e quero te dar- ele falava umas porcarias, mas eu gostei, Peter era de falas doces e partiu o meu coração em tantos pedaços que nem posso contar.
Foi tão doloroso vê-lo admitir que tinha transado com a tal Lise que doeu minha alma.
Aceitei dançar com ele e acabamos nos divertindo muito, em determinado momento vi outro homem vir me tirar para dançar e ele se enfureceu.
__ Não quero que dance com ele, você vai ser minha, quero te proporcionar muitas coisas boas, se permita me conhecer- ele disse.
Sai sem responder e ele não me impediu.
Sua palavras possessivas deveriam me deixar com medo e me avisar para me afastar, mas foram como imãs que me trouxeram para ele.
Duda me chamou para perto das meninas para dançar e quando aconteceu a confusão com o Antony e o Eduard Suzan me tirou de perto para que nada me atingisse.
__ Certo, aceito te conhecer melhor, fale com meus irmãos- movida pelo instinto dei um selinho em sua boca e quando fui correr ele me puxou e me deu um beijo tão quente e cheio de desejos que senti minha intimidade latejar pela primeira vez na vida.
Depois da autorização dela para falar com os irmãos dela eu assumi o papel e fiz isso.
Com a autorização deles eu voltei para o hotel, tentando explicar para mim mesmo o motivo que me fez falar isso para ela, eu a vi somente uma vez e foi o suficiente para que dominasse o meu coração.
Chegando no hotel meu irmão não estava lá, então fui descansar, o meu pai ligou várias vezes, mas eu nunca atendi, e não atenderia, ele que fale com o Carlo e ouça as suas explicações, se eu já não queria ficar na Espanha antes, agora tenho certeza disso.
Pela manhã, preparava-me para sair quando Carlos entra, olho para ele e pela tranquilidade estampada no seu rosto acredito que ele não terminou com ela.
__ Como foi a festa? Se entediou?- ele perguntou, eu não sabia ao certo como dizer que paguei a língua, respirei lentamente e respondi-lhe.
__ Foi ótimo, sai de lá com um pedido de casamento aceito- falei e ele cuspiu o café que tomava.
__ Como? Você e casamento? Que história é essa, quem? - falou visivelmente divertido com a resposta que eu dei.
__ Laura Mansur, a princesa da máfia- falei sério e ele arregalou os olhos.
__ Você? Suzan, o Suzan que vai a lutas sinistras, executor e letal, com esse sangue quente, pediu em casamento logo a princesa Mansur, uma menina com 18 anos que nunca deve ter sido beijada por ninguém, os irmãos dela são letais, se você não levar a sério estamos mortos, o pai vai ficar louco, ele queria que eu pedisse essa menina em noivado- ele falou preocupado e eu me enfureci.
__ Pensa que eu sou louco, irresponsável? Não vou mexer com ela e abandonar, sei das minhas obrigações caralho, sou homem- Esbravejei e ele ergueu a mão em sinal de rendição.
__ Cara, sou eu, se acalma, abaixa essas barreiras que ergueu, aliás, vamos guardar elas para o nosso pai, ele esperava que fosse eu- falou e incomodei-me com isso.
__ E você? Terminou com a Italianinha? Vamos ter que explicar para o seu pai o porquê que você não foi para a festa - falei para provocar e logo ele fechou a cara.
__ Vamos logo pegar esse jato e voltar, e não se preocupa que com a minha garota eu me entendo, e não chame ela de Italianinha, que nessa sua boca vulgar soa diferente- ele respondeu e eu ri.
Fomos para a Espanha e o nosso pai já aguardava, estava no celular com o número dela e mandei uma mensagem:
Suzan: Bom dia! princesa Laura, espero que tenha sonhado com o nosso beijo.
Laura; Bom dia! Não sonhei com você 🤭.
Suzan: Feriu os meus sentimentos, semana que vem estarei aí e podemos nos ver, o seu irmão falou com você?
Laura: O senhor pediu a minha mão? Ainda não conversamos, estou deitada.
Suzan: Senhor? Imagino que deva estar usando um pijaminha superfofinho de princesa.
Laura: Você me vê assim? Se surpreenderia com a minha roupa hoje.
Suzan: Caramba! gata, está ousada? Me mostra? Volto hoje ainda para Itália.
Laura: Até depois espanhol.
Ali foi a última mensagem, ela está mexendo com a minha mente, levantei do jato e desci com Carlo.
__ Hijo, como foi, não atenderam a minha ligação- ele falou a abraçar meu irmão.
__ Suzan? Como foi- comigo a saudação foi mais fria.
__ Foi tudo certo pai, vamos para casa, temos uma conversa pendente- meu irmão disse
Entramos no carro e fomos para casa, a minha mãe estava sempre neutra, ela não ia contra o meu pai e ele não gostava que ela demonstrasse amor por nós, na infância doía mais, agora não faz diferença, sei que ela não tem escolha, acabou virando um robô na mão dele.
Me conte, pediu para casar com a menina- o meu pai falou olhando para o Carlos, ansioso por sua resposta.
Não, ela não quis, como o irmão dela disse que a escolha seria dela assim foi feito, e não foi a mim que ela quis- Carlo olhou-me e respondi.
__ Vou casar-me com Laura Mansur, e irei embora para a Itália logo- fui curto e grosso e ele me olhou espantado.
__ Você? O que essa menina quis, vai oferecer o que para ela? A menina deve ter um problema- quando ouvi isso meu sangue quente ferveu, entrei em estado de ebulição, queria destruir tudo a minha volta, Carlos sabendo disso me segurou e falou baixo.
__ se acalma cara, não vale a pena, se fizer algo ele vai dizer para os Mansur que é violento e eles podem reconsiderar.
Subi as escadas vendo o meu pai rir e o meu irmão quieto, ele ainda era o nosso chefe ali e não podemos ir contra muita coisa que ele fala.
Subi ao quarto e arrumei a minha mala, iria sair dali ainda hoje e nunca mais voltaria, a minha mãe veio até a porta e falou baixinho.
__ Hijo, não vá agora, suporte mais um pouco, o seu pai vai mudar.
__ Sim, agora velho ele vai mudar, para mãe, vou me casar e ir embora, não ficarei aqui- respondi e ela saiu, logo Carlos apareceu e disse:
__ haja com a cabeça cara, avançar no seu pai seria um erro, faremos o possível para suportar isso e hoje avisarei que vamos voltar a Itália essa semana, vou resolver a situação da minha Italianinha e vê a sua noiva.
Fiquei aliviado em poder ver ela, e esperava não ter que olhar o meu pai mais.
Descemos as escadas na hora da janta e o meu pai falou:
__ Suzan, casar com essa menina será bom para nós, queria que fosse seu irmão, mas aceito você também, afinal é o sangue Lopez que será do topo, não estrague tudo, o seu irmão disse que irão para lá sábado, então leve algum presente, sei lá, enquanto não casar mantenha ela firme e garanta que não desista- ele disse e não respondi.
__ ESTOU FALANDO COM VOCÊ - ele gritou batendo na mesa, vi a minha mãe levar um susto e fechei os olhos lutando contra a vontade matar ele.
__ Não grite comigo- falei baixo e pelo visto ele queria que eu explodisse, mas não aconteceria, não deixarei que ele estrague o que quero fazer, ele não sabe mais as malas estão ali no quarto e levarei comigo para Itália sábado.
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