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FIO DO DESTINO

Cap 01. TRAIÇÃO

Emilly 

A campainha do meu apartamento toca. No mínimo é o Mark, deve ter esquecido alguma coisa, ele sempre faz isso e reclama por eu não ter dado uma chave para ele. Mas o meu pai sempre disse que preciso tomar cuidado, morando sozinha na cidade de Nova York. Ele diz que devemos tomar mais cuidado com os conhecidos do que desconhecidos. Namoro o Mark, já tem seis meses, gosto dele, mas não sei dizer se estou apaixonada. 

Acho que espero encontrar um amor igual ao dos meus pais, um encontro de almas, como eles dizem, mas até agora nada. Acho que sou exigente. Mark me ganhou pela canseira. Tanto insistiu, e as minhas amigas dizendo que ele é maravilhoso, acho que o padrão delas é baixo, mas resolvi dar uma chance, mas já me arrependi e acho que está na hora de terminar esse namoro sem sal.

Emilly _ Já vou! Que chato! Eu não mandei você esquecer nada aqui!

Reclamo enquanto abro a porta. Mas para a minha surpresa não é o Mark e sim uma moça visivelmente grávida. Com os olhos inchados de chorar. 

Emilly _ Pois não! Posso ajudar?

Ela olha para mim e chora com uma mão na boca e outra na barriga. 

Emilly _ Você está bem? Precisa que eu chame uma ambulância?

Ela balança a cabeça que não. Mas não diz nada e nem para de chorar.

Emilly _ Venha, sente-se aqui.

Eu a acompanho, segurando pelo seu braço, a acomodo no sofá, fecho a porta e corro para a cozinha para pegar um copo de água. 

Quem será essa mulher? Coitada parece estar sofrendo muito. Mas o que quer comigo? Deve ter errado de apartamento. 

Emilly _ Aqui, pegue a água e se acalme. Não vai querer que seu filho nasça aqui né?

Ela toma a água em pequenos goles. E me olha através de seus cílios molhados. Enxuga as lágrimas e me devolve o copo.

Mulher _ Me desculpe! Eu não queria me descontrolar desse jeito. 

Emilly _ Minha mãe quando estava grávida, colocava sempre a culpa nos hormônios. 

Eu sorrio para ela, lembrando da minha mãe e ela chora novamente. Se levanta rapidamente, me assustando. 

Mulher _ Foi um erro vir aqui! Você não é como pensei.

Emilly _ Você veio me procurar?

Mulher _ Vim, eu não sei o que estava pensando, sei lá, achei que você fosse diferente. 

Emilly _ Não estou entendendo, diferente de que?

Mulher _ Achei que você era uma dessas vagabundas que andam por aí com o marido das outras, sem se importar com nada.

Emilly _ Eu nunca saí com homem casado. Você deve ter errado o apartamento. 

Mulher _ Você é a Emilly não é?

Emilly _ Sim, sou, mas eu não namoro ninguém casado. 

Mulher _ Tem certeza?

Emilly _ Não me diga que…Oh meu Deus! Cretino, miserável, eu vou dar uma lição naquele desgraçado que ele vai se lembrar para o resto da porcaria da vida dele!

Mulher _ kkk Desculpe, você falou igualzinho a minha nona.

Emilly _ Só para não ter dúvidas. Você é esposa do Mark?

Mulher _ Sim sou! Estou vendo que você não sabia mesmo.

Emilly _ Claro que não! Aquele cretino ficou atrás de mim por meses, de tanto insistir que estava apaixonado eu resolvi dar uma chance. Mentiroso, salafrário!

Mulher _ Ele está apaixonado mesmo.

Emilly _ Me desculpe! Que insensível! Eu sou uma idiota mesmo, falando para a esposa que o marido me ama. Me perdoa, mas quando fico nervosa falo demais. 

Mulher _ Você não é como eu esperava!

Emilly _ Eu juro! Eu não sabia. Se soubesse, jamais iria ficar com ele. Eu odeio mentiras. Sei que ele é o seu marido, mas aquele verme asqueroso, merece uma boa surra. Se você não estivesse grávida eu te chamaria para bater nele comigo, mas pode deixar que dou cabo dele sozinha. 

Mulher _ Você vai matá-lo?

Emilly _ Não, claro que não! Acha que vou perder o meu réu primário por causa de um bosta desse?

AH! Meu Deus! Porque eu não calo a boca? Por favor me desculpe, ele é o seu marido. 

Mulher_ Não se preocupe! Você xingando ele assim está até me distraindo da minha dor.

Emilly _ Há quanto tempo são casados?

Mulher _ Quinze meses.

Emilly _ Desgraçado! Com três meses de casamento ele  já começou a dar em cima de mim. 

Mulher _ Vocês estão juntos há um ano?

Emilly _ Não! Seis meses, mas ele correu atrás de mim por seis meses.

Ela volta a chorar de novo. Eu e a minha boca grande. 

Mulher _ Eu preciso ir embora. 

Emilly _ Eu sinto muito! Você precisa se acalmar primeiro, depois você vai. Pense no seu bebê. De quantos meses você está?

Mulher _ Sete meses! 

Emilly _ Já sabe o sexo?

Mulher _ É uma menina.

Emilly _ Posso te fazer uma pergunta?

Mulher _ Pode

Emilly _ Você vai continuar casada com ele? Não pense mal de mim, por favor, não que eu queira esse traste. Só quero saber o tamanho da surra que vou dar nele. Não quero que você tenha que tomar conta dele se eu o deixar de cama por uns dias. Eu luto box desde criança, e sou faixa preta em caratê. 

Sabe o meu pai é bem ciumento e me ensinou desde criança a me defender. Minha mãe foi atacada uma vez, e ele me ensinou para que se alguma coisa assim acontecesse eu saberia o que fazer.

Mulher _ Sinto que se tivéssemos nos conhecido de outra forma, seríamos grandes amigas. Eu estou melhor preciso ir.

Ela se levanta e se curva de dor. 

Emilly _ Você está bem?

Mulher _ Eu estou com dor há algum tempo, pensei que fosse por conta do estresse. Mas acho que estou em trabalho de parto.

Emilly _ Não é muito cedo? Você disse que estava de sete meses.

Mulher _ Estou! Mas acho que ela não quer esperar Ahhhhh

Emilly _ Aí Deus! O que eu faço? Preciso respirar. Não, não, você respira e eu penso.

Mulher _ Emilly? A bolsa estourou. 

Emilly _ Bolsa? Aí caramba! Vai nascer mesmo! Venha, vou pegar a chave do meu carro e te levar para o hospital. 

Ela se curva mais uma vez e eu pego as chaves e a minha bolsa e passo o meu braço por suas costas e a levo para fora, desço no elevador com ela, rezando para que essa criança espere até chegarmos ao hospital.

Emilly _ Como é a respiração? Respiração cachorrinho. Vamos lá respira. Você consegue. 

Cap. 02. PARTO Emilly

A coloco no carro e vou voando para o hospital, devo ter tomado umas três multas.

Ajudo a sair do carro e entramos no hospital já gritando eles a colocam numa maca e uma enfermeira pede para que eu faça a ficha dela. 

Emilly _ Caramba, nem o nome da mulher eu sei. Eu só estava ajudando. 

Recepcionista _ Você está com duas bolsas. Uma é dela?

Só aí me dei conta que estava com a bolsa dela.

Emilly _ Sim, esta. 

Recepcionista _ Eu preciso do documento, não posso pegar a bolsa inteira.

Eu abro a bolsa e acho a carteira e tiro o seu documento. 

Enfermeira _ Você é a moça que veio acompanhando a gestante?

Emilly _ Sou eu.

Enfermeira _ Ela disse que precisa de você. 

Emilly _ De mim? Mas…

Enfermeira _ Ela me pediu para te lembrar que você deve uma para ela.

Agora essa! Eu estendo o documento para  Recepcionista e vou com a enfermeira. Entro na sala onde ela está sendo preparada para o parto.

Mulher _ Sinto muito Emilly, mas eu não quero passar por isso sozinha, a minha família está longe. Você fica comigo? Eu estou com medo. 

Emilly _ Claro eu fico! E não precisa ter medo. Vai dar tudo certo. 

Enfermeira _ Se vai assistir o parto terá que se vestir, venha.

Emilly _ Eu já volto! Não fique com medo! Sabe porque Deus escolheu as mulheres para ter filhos? Porque mulheres são corajosas! Você vai conseguir. 

Me visto e volto para o seu lado bem rápido, assim que ela me vê suspira de alívio. Eu pego a sua mão e ela aperta com força. 

Mulher _ Se eu morrer, você não deixa ele ficar com a minha filha. Liga para os meus pais e diga que eu deixei ela aos cuidados deles.

Emilly _ Hei! Não fale besteira. Você vai viver para criar a sua filhinha e não deixar que ela cometa o mesmo erro que nós! Confiar em um escroto.

Mulher _ Me prometa! 

Emilly _ Vou prometer só para você ficar calma.

Mulher _ Sabia que a amiga da minha mãe de quem herdei o nome morreu no parto?

Emilly _ Por favor, só energia positiva. Vamos pensar em coisas boas.

Ela aperta a  minha mão e grita com outra contração. Quando passa eu enxugo o suor da sua testa.

Mulher _ Então vamos falar de coisas boas, o que vai fazer primeiro com o meu marido? Chute no saco, soco no olho?

Emilly _ kkkk Vou começar com um soco no olho. Enquanto ele coloca a mão no rosto eu vou socar o seu estômago. 

Outra contração a toma, ela grita me apertando. 

Mulher _ Você pode dar um chute no saco dele por mim? Não quero que nunca mais possa ter filhos. 

Emilly _ Deixa comigo!

Médica _ Estamos quase lá mãezinha. Quando vier outra contração, você faz força tá bem?

E quando vem outra ela só falta quebrar a minha mão com a força que faz.

Mulher _ Eu não posso mais.

Emilly _ Pode sim! Você é mulher! É guerreira! Nós mulheres sempre podemos. Vamos lá mais uma vez.

Ela faz força mais uma vez e ouvimos o choro da sua bebê. 

Emilly _ Ela nasceu! Tá ouvindo? Ela nasceu.

Mulher _ Eu posso vê-la?

Enfermeira _ Claro! Mas vai ficar só um pouquinho, ela é prematura e tem que ir para a incubadora. 

A enfermeira põe a bebê no colo da mãe que a abraça chorando e sentindo o cheirinho de bebê. 

Mulher _ Você é muito preciosa filha, eu te amo.

Emilly _ Ela é linda! Parabéns. 

Mulher _ Você está chorando? Pensei que fosse dura na queda. Kkkk

Emilly _ Na queda pode ser! Mas com um bebê lindo desses? Quem não se derrete?

A enfermeira leva o bebê e ela chora de novo. 

Mulher _ Pode me fazer mais um favor?

Emilly _ Claro!

Mulher _ Pega o meu celular na bolsa e liga para a minha mãe. Conta o que aconteceu, diga que a neta dela nasceu e passe o endereço do hospital. 

Emilly _ Está bem. Tenho que ligar de lá de fora.

Mulher _ Mais uma coisa. Não conta para o pilantra que a filha dele nasceu.

Emilly _ Tem certeza?

Mulher _ Sim. 

Emilly _ A minha mãe me escondeu do meu pai por cinco anos e não foi legal. Pensa bem!

Mulher _ Não vou me esconder dele! Só quero que a minha família venha primeiro. 

Emilly _ Entendi! 

Vou lá e pego o celular da bolsa dela e procuro e acho Mãe. Não tem o nome da pessoa mas é a mãe e eu ligo. 

📱Oi querida! Estava pensando em você. Já ia te ligar.

📱Alô, a sua filha acabou de ter a bebê, ela me pediu que ligasse para a senhora. 

📱 Ah! Meu Deus! NICK.

Ela grita no telefone 

📱Ela está no hospital Mount Sinai. Ela não quer que o marido dela saiba por enquanto. 

📱E porque não? O que aquele cafajeste fez com a minha filha?

Acho que ela colocou no viva voz com o marido pois é um homem que grita. 

📱Depois ela explica, ela está bem e a bebê também, mas está na incubadora pois é prematura. Venha logo por favor senhora, pois não quero deixar ela sozinha por muito tempo. 

📱Estamos indo. Não deixe aquele cafajeste chegar perto da minha Filhinha. 

O homem diz e a mulher fala que em três horas estarão aqui.

Desligo o celular e quando vou colocar na bolsa ele toca. A notificação está escrito Amor. 

É o filho da puta. Desligo o celular dela e coloco na bolsa de volta, ela passa na maca sendo transferida para o quarto. 

Emilly _ Está tudo bem?

Mulher _ Sim, só estou com sono.

Eles a acomodam na cama e me dizem para deixar que ela durma. As enfermeiras saem e eu ajeito as suas cobertas e beijo sua testa, ela sorri meio dormindo. 

Mulher _ Você prometeu! Acaba com ele.

Emilly _ Vou deixar ele de cama! Seus pais chegam em três horas. Preciso ir. Ele te ligou agora está me ligando. Vou mantê-lo afastado daqui. Se cuida! E me perdoa!

Ela nem me responde, coloco a sua bolsa no armário do quarto e vou embora. 

Chegou a hora do acerto de contas.

cap. 03. ACERTO DE CONTAS

EMILLY 

Meu telefone toca e aparece a foto do desgraçado.

(Foto tirada da Internet )

O verme me ligando de novo  

📱Oi amor.

📱Oi Mark.

📱Você está bem? Parece diferente. 

📱Estou cansada! Vim correr no Central Park e agora estou cansada para ir a pé. Deixei o meu carro em casa.

📱Estou na frente do seu prédio e o porteiro me disse que você saiu com o carro com uma mulher grávida.

📱 Não, eu emprestei o meu carro para a vizinha de cima levar a irmã ao médico. Não vai me dizer que o meu carro não está na garagem! Ela ainda não devolveu?

📱A garagem está vazia.

📱Que droga! Isso que dá querer ser boa, as pessoas nos fazem de idiotas. Você pode vir me buscar? Prometo te compensar.

📱É? Vai fazer o que?

📱Posso fazer um jantarzinho especial para você, com direito a sobremesa e vou te dar aquilo o que você mais quer.

📱O quê?

📱As chaves do meu apartamento.

📱Aí sim! É chato ficar na rua quando você não está.

📱Mas vêm logo! Estou perto da saída West Side.

Ele desliga e eu coloco o meu carro em um estacionamento perto e vou para o Park, escolho um lugar mais deserto e fico esperando ele chegar. Quinze minutos depois eu o vejo entrando no parque a minha procura. Está todo sorridente o canalha,  deve ter tomado um susto quando o porteiro disse que eu saí com uma mulher grávida. Por isso ligou para as duas, querendo sondar se uma sabia sobre a outra, abaixo a cabeça sentada no banco como se eu não o tivesse visto, deixando que ele se aproxime de mim.

Vêm seu rato traiçoeiro, para sua ratoeira. 

Mark_ Oi amor. Cheguei. 

Eu me levanto e vou até ele.

Emilly _ Seu desgraçado!

E dou um soco no olho e como previ ele coloca a mão no rosto e eu soco o seu estômago. Ele se contorce de dor.

Emilly _ Então você é casado miserável?

Mark_ Querida, eu posso explicar. 

Emilly _ Pode explicar o que não têm explicação? Você me enganou. E enganou aquela mulher tão doce. ELA NÃO MERECIA ISSO!

Mark _ Acalme-se, eu te amo. Não pude evitar.

Emilly _ Ama o caralho! Seu verme nojento. 

Mark _ Eu me apaixonei por você, mas não posso deixá-la. Ela é filha de uma das maiores fortunas deste país. 

Dou mais um soco na boca dele e ele cospe um dente.

Mark_ Pare com isso! Você está me machucando. 

Emilly _ Machucada está a sua esposa, grávida, com a família longe, e descobrindo o seu caso com outra. Eu não te amo e nem nunca te amei,  mas estou furiosa, por ter sido enganada. Aquela mulher não merecia isso! VOCÊ É UM CANALHA!

Mark _ As pessoas estão olhando. 

Emilly _ Que se foda! Eu só quero fazer você pagar por tudo o que fez com ela. Cafajeste!

E mais um soco, ele cai no chão e eu subo em cima dele batendo, eu queria bater mais, mas vejo um guarda do parque correndo na minha direção. Me levanto num pulo e já ia saindo quando me lembro do pedido dela. 

Dou um chute no saco com todas as minhas forças. 

Emilly_ Esse foi ela que encomendou. 

Saio correndo o deixando gemendo de dor no chão, fujo do guarda, tiro o meu agasalho rosa e jogo na lixeira, solto o meu cabelo e caminho como se nada tivesse acontecido. 

Chega um outro guarda à cavalo.

Guarda_ Senhorita? Viu uma mulher correndo com um agasalho rosa?

Emilly _ Sim, ela foi para lá e aponto o contrário. 

Ele sai atrás e eu dou graças por ele não ter visto minha mão ensanguentada, quando apontei.

Caminho apressada e vou buscar o meu carro. Chego em casa, tomo banho e como alguma coisa. Meu telefone toca e eu atendo é a minha mãe. 

📱Oi querida! Como você está?

Não aguento ouvir a voz dela e começo a chorar.

📱Meu amor? O que você têm? Porque está chorando? Fala com a mamãe. 

📱Mãe, o Mark me enganou, ele é casado! A mulher dele bateu na minha porta, igual à mãe do padrinho fez com a Vovó. Foi horrível!

📱Vá fazer a sua mala! Estou comprando a sua passagem. Não fique aí, venha para casa. Eu vou dar uma lição no desgraçado. 

📱Eu já dei! 

📱Mais um motivo para sair daí. Venha depressa pois a hora que eu contar para o seu pai não sei como vou conseguir segurá-lo. 

📱Estou indo. 

Desligo e vou arrumar as malas, antes que eu feche a primeira já recebo a mensagem dela com o número do voo e a hora, termino tudo pois tenho quarenta minutos para chegar no aeroporto. Minha mãe não brinca em serviço.

Aluguei o apartamento mobiliado, desligo tudo e desço com as malas entregando a chave para o porteiro. 

Emilly _ A imobiliária virá pegar as chaves, mas a geladeira está abastecida e os armários também. Pode usar a chave para pegar a comida, não deixe que estrague, doe para alguém ou fique para você. Eu estou indo embora. Obrigada por tudo. 

Deixo o meu carro no aeroporto, depois meu pai dá um jeito. Entro no avião e me sento.

Finalmente vou para casa.

Sempre me senti em casa nessa cidade, morei aqui, cresci aqui. Quando estava na adolescência, meu avozinho, que morava conosco, precisou se mudar para um clima mais quente. Nenhum de nós quis se separar dele, então nos mudamos para a Flórida. Miami para ser mais precisa. Meu pai mudou a sede da empresa para lá e encontramos uma casa tão incrível quanto a que tínhamos em Nova York. 

Apesar da mudança de escola e de perdermos os nossos amigos, o importante para nós era ficar com o vovozinho o máximo que pudermos. Eu o chamava de vovozinho, mas na verdade ele era o meu bisavô. Os meus irmãos o chamavam da mesma forma. 

Sinto tanto a sua falta. Ele infelizmente nos deixou faz três anos. Mas ainda temos nossa avó Liza e nossa avó Ema. 

Minha mãe já deve ter contado tudo o que aconteceu comigo é muito provável que essa hora o pessoal que trabalha para o meu pai na filial de Nova York, já esteja procurando o Mark. Eu sempre fui a garotinha do papai, mesmo agora com 29 anos ele ainda me protege de tudo. Me formei em marketing e trabalho como diretora de marketing da empresa do meu pai, mas o que eu amo fazer é pintar. Meu pai diz que eu puxei a mãe dele. Tenho um ateliê aqui em Nova York, mas é o meu segredo. Ninguém sabe. Nem os meus pais e nem o Mark. Ele ficava doido quando eu sumia. Às vezes passava o final de semana inteiro trancada no meu ateliê pintando. 

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