Fernanda

Tô sentada em frente ao espelho há algum tempo e por mais que eu olhe não consigo encontrar a mim mesma.

Não sei em que ponto do caminho eu me perdi de mim, mas agora não encontro o caminho de volta.

Pobre garota! Vocês devem pensar, mas os famosos só mostram a vocês aquilo que eles querem mostrar, a verdade da vida, pelo menos a minha, muito diferente.

Um dia quando eu tinha 12 anos, a minha mãe me viu beijando a minha melhor amiga, ela surtou, disse coisas horríveis pra Luana, chamou ela de pervertida e disse que ela tinha me violado, ah se ela soubesse! Sempre fui apaixonada pela Luana, ela foi o meu primeiro amor, quando eu me confessei achei que ela tinha correspondido meu amor, só agora entendi que ela disse que me amava como uma irmã, a confusão e a surpresa em seis olhos depois que eu a beijei não saem da minha cabeça até hoje. Depois daquele dia ,minha mãe não me permitiu sair de casa sem ela, nem sequer e no quintal podia ir.

Em menos de um mês estávamos de malas prontas pra deixar o Brasil e ir pra Suécia, eu nem tive a oportunidade de me despedir e nunca terei.

Eu participo de concursos de beleza desde quando consigo me lembrar, são troféus e troféus a perder de vista, enfileirados perfeitamente nas paredes do meu quarto. Minha vida sempre foi as passarelas, os holofotes e em frente a uma câmera essa sempre foi a minha vida, minha mãe sempre exigia a perfeição nada menos que isso, pele perfeita, cabelos perfeitos, aparência impecável tudo em perfeita ordem.

 Às vezes ela me fazia lavar o rosto 10 vezes antes de dormir, e pentear o cabelo 10 vezes antes de dormir, uma rotina cruel e cansativa que se perdura até hoje.

Quando me trouxe para a Suécia ela disse que aqui eu não seria mais uma meninas como todas as outras ,como o meu corpo é diferente do das outras meninas eu seria uma modelo única e assim foi minha aparência e meu corpo avantajado abriram a porta para que eu desfilasse por todo mundo.

A minha mãe sempre esteve do meu lado, como um espírito obsessor que suga toda a minha energia , sempre sussurrando no meu ouvido o que ela queria que eu fizesse, e da forma que ela queria que eu fizesse, sempre tirando de mim o pouco que tinha, minha paz. Ela sempre tentava tirar o foco de mim e direcionar para ela, sempre se gabando do quanto ela se sacrificou, o quanto eu pareço com ela, o quanto eu dependo dela, o quanto eu devo a ela, o quanto eu deveria ser grata a ela. Nada do que eu faço é suficiente, apenas o sacrifício. Ele me faz pensar que nada do que eu faço é mérito meu, tudo bem dela, tudo que aprendi foi com ela, os elogios não são meus, são dela, o prestígio, a fama , nada disse é mérito meu, tudo é graças a ela e ao que ela fez de mim. Ela não me deixa esquecer isso nem um dia sequer.

 Ela me fez conquistar o homem mais rico da Suécia, me dizendo o que fazer, como agir, o que falar, que roupas usar , como me insinuar, um personagem perfeito criado por ela, uma mulher fatal e elegante ao mesmo tempo, o melhor dos dois mundos como ela mesmo disse. Eu consegui que ele me pedisse em casamento em menos de 3 meses de namoro.

 Mas pra mim, esse relacionamento é apenas aparência, olho pra aquele homem tão doce e gentil, e não sinto absolutamente nada, nem desejo nem amor e nem paixão.... nada.

Minha falta de interesse nele e em seu corpo perfeito, é algo que ele já notou a algum tempo, e ele não me deixa esquecer o quanto é inútil pra ele ter uma mulher como meu corpo e a minha aparência mas que não sabe fazer nada, não sabe usar atributos que tem não gosta de ser tocada, não gosta de tocar, enfim não gosta de nada.

De um lado sou humilhada e rebaixada por um homem que eu mesmo insisti em conquistar, por outro lado, sou controlada, vigiada e manipulada por uma mulher que deveria me amar e me proteger.

 Não vejo saída! Não porque sou fraca ou medrosa, mas sim porque eu não sei para onde devo ir, que rumo tomar.

Quem eu sou? Do que eu gosto? O que eu quero? Para onde eu devo ir ?

Não sei se um dia as minhas perguntas finalmente terão uma resposta.

Deixa a minha escova em cima da penteadeira e vou dormir com o couro cabeludo avermelhado e ardendo, como um lembrete do quanto a minha mente está afetada, no começo eram 10 escovadas, hoje a ansiedade a compulsão não me deixa dormir antes de escovar o cabelo pelo menos 100 vezes, a dor me ajuda a dormir.

Deito e todo meu corpo dói, tenho vários hematomas roxos na pele , causado pela ansiedade e estresse que venho enfrentando roda a vida, para esconder minha real situação, minha mãe contratou um equipe de cabeleireiros e maquiadores que sempre me acompanham , ela fez eles assinarem um contrato de confidencialidade, para não falar.sonre meu real estado a ninguém, principalmente para midia que tem a nos dias como exemplo, eu de folha dedicada e amorosa, e dela de mãe companheira que apoia os sonhos da filha.

Aliás, isso me lembra que eu nunca quis ser modelo, esse sempre foi o sonho dela, e não meu, mas como ela foi obrigada a se casar com meu pai por estar grávida na adolescência, ela transferiu todos os sonhos e expectativas pra mim, ela vive através da minha vida. Mas a verdade é que eu queria ser uma professora, como o meu pai. Ele era professor de história, era o meu melhor amigo, meu confidente e meu protetor, ele me salvava quando minha mãe enlouquecia, mas ele foi embora quando eu tinha 10 anos, ele saiu para trabalhar, mas nunca chegou na escola, e nunca mais voltou pra casa, minha mãe disse que ele fugiu com a amante mais nova. Aqui partiu o meu coração, a única pessoa que me amava no mundo me deixou. Me sentia como uma princesa dos contos de fadas, presa em uma torre com a bruxa má.

Será que um dia um príncipe virá me resgatar?

Fernanda Pontes

Dallas

Estou acordada desde as 4 da manhã, gosto de ir na academia malhar antes de ir pro trabalho, a academia fica a umas 3 quadras do meu apartamento, estou aproveito pra ir correndo. Depois de malhar, volto pra casa, tomo banho, faço um café e entro na caminhonete e sigo pra empresa antes de ir pra obra onde estamos trabalhando.

Meu nome é Dallas, sou filha má governadora do estado e do Senador do país. O que foi uma merda quando tive que me assumir, nao que fosse uma novidade, porque eu sempre.fii muito masculina, sempre gostei de brincar de construir, detestava vestidos e saias, me sentia a vontade em roupas de menino ou roupas neutras, com 12 anos construí uma casa na árvore pra mim e pra minha irmã gêmea Dove. Dove sempre foi o oposto de mim, uma princesinha delicada e frágil, e eu sempre fiz questão de proteger ela, até quebrei alguns dentes de caras babacas no ensino médio pra defender minha irmãzinha. Sempre tivemos uma boa relação, mas meu melhor amigo com certeza é meu irmão mais velho Devon, ele sempre me apoiou, e com ele posso falar sobre qualquer coisa.

Minha mãe demorou um pouco pra aceitar que não teria a mim pra usar roupas combinando com a dela, foi difícil pra ela saber que eu não seria uma mini socialite como a minha irmã. Mas Devon me ajudou a convencer meus pais de que eu seria mais feliz sendo eu mesmo, a partir daí pude usar as roupas e o corte de cabelo que eu gostava, o que foi um alívio enorme pra mim.

Quando Davon foi pra faculdade eu dei um jeito dos meus pais me deixarem ir com ele, era só por um ano, mas eu nunca mais voltei a morar lá, conquistei a minha independência.

Quando eu finalmente terminei a faculdade de engenharia, eu sabia que não era atrás de uma mesa idiota que eu queria ficar, e ne dando ordens as pessoas, eu queria realmente fazer algo, construir com as minhas próprias mãos.

Meus pais obviamente não gostaram nem um pouco, pra me fazer desistir meu pai disse que não ia me emprestar dinheiro e que eu deveria trabalhar pra conquistar, eu trabalhei por 2 anos em uma empresa com um chefe estúpido e preconceituoso, verdade de marcas machistas e homofóbicos, na metade do caminho, meus pais queriam que eu largasse o emprego pra me dar o dinheiro, mas eu não aceitei, não ia dar aquele imbecil o prazer de me vencer, eu ia ficar e. Ia terminar aquele maldito trabalho, ia pegaria a minha grana e abrir minha empresa, vendi meu carro, o apartamento que meus pais me deram quando eu fiz 18 anos, e com apenas 23 anos amor minha própria empresa de construção. Chamei os melhores do ramal pra trabalhar comigo, menos os babacas obviamente.

Hoje aos 30 anos, comprei um apartamento maior e melhor, um carro pra sair e um pra trabalhar, minha empresa tem sede própria e mais de 5 equipes atuando em toda a cidade.

Eu sou o chefe, mas não passo o dia atrás de uma mesa, estou sempre nas obras trabalhando com os caras e construindo lindas casas, lares e sonhos de outras pessoas. A noite sai pra curtir, pego umas gostosas e é isso, minha vida não poderia ser melhor.

Muitas gatas me perguntam se eu sou trans, se quero fazer a transição, ou se eu gosto que me chamem pelos pronomes masculinos. Na verdade, não ligo pra como me chamam,ele ou ela, pra mim pouco importa. Sei que sou uma mulher, uma mulher lésbica, e é isso. Gosto do meu corpo como ele é, e posso garantir que faço um belo estrago com ele. Não tiraria nem acrescentaria nada.

Dove se formou em medicina , ela é uma cirurgia plástica, e uma vez ela me perguntou sobre isso, foi esclarecedor pra ela, foi só ao que percebi o quanto minha família é desenformada, eles tem medo de falar algo que me machuque, ou fazer alguma pergunta imprópria. Achei fofo,mas depois fiz questão de esclarecer isso tudo no nosso típico jantar mensal da família Linkner.

Meu irmão Devon, aquele tarrado, não para de me ligar querendo que eu leve ele em uma balada gay, isso tá um saco, porque esse idiota não se assume logo? Será possível que eu vou ter que estragar a cara dele num pau pra ele entender que é gay? Não posso forçar ele a se assumir, mas já tô de saco cheio.

mandei mensagem pra Crissy, uma garota que tô saindo, perguntando se ela tem algum cara pra apresentar pro Davon, espero que sim, e que ele hoje transe loucamente com algum cara porque se não vou acabar matando ele e enterrando no jardim na nossa vó.

Minha avó é tipo a Rainha Elisabeth, é durona , poderosa e difícil de morrer .

Ela foi juíza por quase 30 anos,e sinceramente, ela me dá medo, não sei como meu pai conseguiu sobreviver à infância. Mas é só a gente aparecer na frente dela e dizer, Oi Vó! E a velha se derrete todinha,sempre vamos visitar ela em sua casa de campo , mas ela sempre vem pro jantar em família todo mês.

Já era noite, eu estava cansado mas satisfeita, terminamos o trabalho de hoje, e amanhã vamos iniciar em uma casa de uma super modelo gostosa, vai ser bom apreciar a vista enquanto trabalho. Já pronto pra sair , Devon chega, com uma carta péssima.

- Aí cara, o que foi? Passou com caminhão em cima da sua cara de trouxa?

- Vai se fuder babaca, passei o dia no meu gabinete tentando resolver problemas da cidade, vamos ter um pouco de gratidão?

- Oh, Claro senhor prefeito.

Fiz uma reverência idiota e o Devon ficou furioso.

- Pesada é a cabeça de quem carrega a coroa.

- Sorte a minha que não nasci primeiro né?

- Dallas eu te odeio, odeio sua vida de playboy, e odeio o fato de você pegar mais gostosas do que eu!

- Se conforme com Devon, isso não vai mudar, agora vamos , a noite hoje promete!..

Dallas Linkner

Fernanda

Droga, hoje tem um desfile importante, minha mãe está insuportável, deixando os estilistas e a equipe furiosa com suas críticas construtivas.

- Uau Fernanda, você está linda , amei seus brincos.

Uma das assistentes me elogiou com um sorriso sincero, mas antes mesmo que eu pudesse agradecer, minha mãe como sempre fez questão de se fazer o centro de tudo.

- Ah, esse brinco é meu, eu que escolhi, na verdade todo o estilo da Fernanda foi criado por mim, se dependesse do senso de moda dela, estaria usando xadrez e listras .

Ahh, dona Elvira pode ser um porre quando quer. A pobre mulher sorriu amarelo e saiu de perto, e sempre assim quando as pessoas conhecem a minha mãe, se afastando de mim, mas não culpo nenhum deles, quem gostaria de conviver com essa mulher?

Depois do desfile, minha mãe me recebeu com a sua cara feia de sempre, só que dessa vez estava mais feia que de costume.

- O que houve? Fernanda

- Ainda pergunta? o que aconteceu é que você é tão incompetente que nem e capaz de manter um homem interessado, seu precioso noivinho está agora sozinho em uma balada direção de beira de estrada, porque você não é capaz de fazer direito seu trabalho. Elvira

- O que quer que eu faça? Ele disse que iria para um jantar de negócios. Fernanda

- Vá até lá e estregue os peitos na carra dele, mostre alguma utilidade usando seu corpo, porque essa é realmente a única coisa mais ou menos em você! Elvira

Ela saiu irritada, conheço muito bem ela pra saber que não existe espaço para negociação, ela está furiosa. Ao menos estarei sozinha nesse curto espaço de tempo, sem a presença opressora da minha mãe.

Estava pouco me importando com o Ian e com o que ele estava fazendo ou não. Mas não obedecer a minha mãe não é uma possibilidade. Cheguei na tal boate, e realmente não era um lugar de luxo como estava acostumada a ver o Ian, então fiquei ainda mais curiosa.

Assim que cheguei vi que tinha todo o tipo de casal ali, casos do mesmo sexo, trisais e tudo mais. Avistei o Ian no mezanino da boate rodeado de amigos e algumas mulheres. Quer saber, preguiça de ir até lá e aturar esse papo chato que ele tem. Então achei um lugar em um canto escuro do bar, quando o Ian estiver de saída eu vou até ele e finjo que acabei de chegar, saímos da boate juntos e minha mãe vai ficar satisfeita, certeza que tem alguém na porta da boate esperando a gente sair. Quando chegar no apartamento dele eu finjo uma enxaqueca e vou dormir.

Enquanto bebia eu observei em volta, em uma mesa vi o cara mais lindo do mundo, cabelos loiros com um corte moderno, pele clara e olhos azuis que me atraiam.Ele era lindo, másculo e ainda som era gentil, tentei não focar.olhamdo muito, porque ele tava acompanhado de uma garota, ela era.meio gótica, um pouco estranha,mas enfim.

Também tinha um outro rapaz com ele na mesa, ele me parecia famíliar, já vi dei rosto em algum lugar só mal consigo lembrar de onde.

Enquanto esperava, percebi que tinha um rapaz no balcão, perto da minha mesa, ele estava tentando se livrar das investidas de uma mulher bem sem noção. Quando a tagarela foi ao banheiro, tive pena do pobre e convidei ele pra sentar na mesa comigo, assim me ajuda a não encarar tanto aquele cara.

- Obrigada por isso, me livrou de uma noite medonha! Ryan

- Digamos que você também está me ajudando.

- Querida nem com uma parede na sua frente tu para de encarar o boy. Ryan

- Tá tão óbvio assim?

- Tá sim, mas não se preocupe , eu sou gay então te entendo, até eu ficaria olhando aquela delícia por horas se pudesse.

Ryan

- Você gosta de homens?

- Sim, está e a definição de gay de acordo com o dicionário. Ryan.

- Desculpe não quis ser grossa.

- Você não saiu muito né? Ryan

- Na verdade nunca tenho muito tempo, e quase nunca conheço alguém que realmente queria conversar.

- Eu acredito, posto que todos os homem e mulheres que chegam perto de você querem qualquer coisa, menos conversar. Você realmente tem um corpo incrível, e seu sotaque também é uma tentação. Ryan

- Bom, obrigada, eu acho.

- Porque não para de olhar e vai lá? Ryan

- Ele tá acompanhando, e eu também tenho um noivo.

- E onde esse louco está que te deixou aqui sozinha? Ryan

- Lá em cima, no mezanino.

- Onde, ah sim, qual deles? Ryan

- O que está com a garota no colo.

- Tá brincando né? Ryan

- Não, porque estaria?

- Cara, ele é teu noivo, não sente ciúmes? Ryan.

- Não, esses é mais uma das coisas que eu não sinto.

- O que quer dizer? Ryan

- Desculpe não deveria te amolar com meus problemas.

- Não tem problema, esse é literalmente meu trabalho, sou psicólogo. Ryan

- Nossa então acho que deu sorte. Bom acho que eu nasci com defeito, sabe, faltando coisas.

- Acho difícil acreditar, mas me explique.

- Não sinto atração pelo meu noivo, nada, nem desejo e nem nada, nem por ele e nem por nenhum outro cara,nunca em toda a minha vida. Esse cara ali da frente é o primeiro cara que me chama atenção.

- Bom, sinto muito te dar essa notícia,e confia em mim, eu fiquei arrasado quando descobri,mas a pessoa na mesa da frente é uma mulher. Ryan

Eu deveria estar mais chocada,ou surpresa,com raiva até , mas não, na verdade eu estou um pouco contente até.

- Tá falando sério?

- Claro que sim, ela é dona da empresa de contrução que reformou o meus consultório alguns meses atrás. O nome dela é Dallas Linkner. Ryan

- Bom, mais um motivo pra esquecer essa história.

- Você não curte garotas? Ryan

- Não.

- Bom, uma pena vocês formariam um belo casal .

Os dois não perceberam que estava olhando demais pra mesa do lado, o que deixou Crissy a garota que estava acompanhando Dallas, muito irritada, a garota se levantou da mesa e foi até Fernanda tirar aquela história a limpo.

- Com licença, posso saber o que você tanto olha pra minha garota? Será que não tem vergonha, não viu que ela está acompanhada, e muito bem acompanhada aliás, acho bom você pegar seu amigo fresco e dar o fora daqui antes que eu mostre a você o que acontece com quem tenta pegar o que é meu! Crissy

Dallas olhava visivelmente irritada,Devon sabia que a ir.a estava no limite e tentava acalma- lá.

Já Ryan, não gostou nem um pouco de como foi chamado e resolveu agir, ia se vingar da garota gótica e ainda ia ajuda sua nova amiga.

- Na verdade queria, você está enganada, minha amiga e eu não estávamos olhando sua garota, estávamos olhando pro rapaz aí lado dela. Ryan

Crissy ficou envergonhada, tinha pessoas olhando, e algumas rindo e filmando, Ryan passou a ignorar a existência dela ali e ficou sua atenção em Devon.

- E então, gato, minha amiga e eu estávamos discutindo sobre quem iria ficar com a oportunidade de te conquistar, e advinha? Eu ganhei! Então, posso te pagar um drink?

Devon ficou muito sem jeito, mas o olhar confiante de Ryan deixou ele curioso, ele sabia que era atraído por homens já a algum tempo, mas até aquele momento nenhum cara tinha despertado nele a coragem de ser aproximar, Ryan conseguiu.

- Claro, porque não vamos sentar em outra mesa longe de toda essa confusão?

Os dois saíram contentes, deixando as três mulheres e uma clima horrível na mesa.