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CORAÇÃO DE AÇO

O acaso

"Bibi" "Bibi" "Bibi"

- Odeio gente lerda!

"Bibi"

- Nossa como pode isso. Tem gente que não sabe dirigir.

- Saí da frente! Eu grito mas por causa do capacete ninguém pode me ouvir.

Decido cortar o carro que andava sobre duas faixas pelo lado direito, travando o corredor. Quando sem sinalizar ele joga o carro para a direita, acerta a minha moto e me joga no chão.

Eu fico brava e irritada. Não acredito que isso aconteceu! Sorte que estou atenta e pulo da moto e caiu sentada no chão sem me machucar.

Só porque tenho uma reunião importante com futuros investidores. Acontece isso.

Eu me levanto, vou até a moto que foi parar mais a frente, uma pessoa do comércio em frente, levanta a moto para mim. Eu olho o estrago, sem acreditar que isso está acontecendo.

- Você está bem moça! Uma voz masculina pergunta.

Eu reviro os olhos incomodada e olho para ele.

- Nossa você não me viu, cortar pela direita. Eu pergunto em tom de raiva.

- Não se corta pela direita. Eu fui desviar do buraco, não esperava que você estive ali.

Eu bufo.

- Se você não fosse desatento e ficasse dentro da sua faixa eu não precisaria cortar você. Estragou algo no seu carro? Eu pergunto.

- Não, mas sua moto quebrou bastante coisa. Você tem seguro? Ele pergunta.

- Tenho. Mas nem compensa acionar, fica bem mais caro. Eu digo

- Olha esse é meu contato. Ele me entrega seu cartão. Faça um orçamento para o concerto. Depois me avise quanto ficou, eu te transfiro o dinheiro. Eu pego o cartão de visitas e coloco no bolso sem nem olhar.

- Precisa de carona? Ou ir ao hospital ver se fraturou algo? Ele pergunta

- Não, eu estou ótima. Eu preciso ir. Porque tenho mais o que fazer. E dá próxima vez olha a porcaria do retrovisor, ele está lá para isso. Eu digo e saio andando batendo os pés, subo na moto e saio com pressa.

Enquanto piloto o mais rápido que posso pelo corredor da avenida me pego pensando:

"Caramba! Que homem bonito. Como o carro dele tem insulfim, eu não tinha idéia de quem estava dirigindo. Até que a visão não foi ruim."

Chego correndo e subo rapidamente para meu escritório.

- Bom dia Srta. Emilly. Está atrasada! Pierre diz com ironia.

- Pierre me poupa vai. Não estou de bom humor. Os investidores já chegaram? Eu pergunto.

- Não!

- Ótimo. Vou me trocar!

Pierre é um amigo de infância que se tornou meu assistente pessoal, braço direito, além de ser um ótimo amigo.

- Você está eleganterrima! Diz Pierre.

- Eu sei! Eu dou uma piscadinha e um sorrisinho.

Eu estou vestindo um terninho com saia lápis preta, uma meia calça nude e um sapato de salto na cor preto com o salto vermelho. Prendo o cabelo em um côque alto, meio bagunçado.

- Maravilhosaaaaa, uma diva. Ele diz batendo palma.

- Adoro seu humor. É bom ter um assistente pessoal gay.

- Gay não. Supeeeerrrr Gay. Ele diz rindo.

Eu termino de organizar as coisas da reunião. Minha reunião é com representante da Nakata Limited o maior fornecedor de peças feitas de níquel. E níquel é o material mais utilizado na nossa indústria. Principalmente para as fabricação das turbinas que tem contato com altas temperaturas. Como as turbinas dos jatos e aviões.

Somos fabricante de turbinas e revendedores de peças para manutenção de turbinas em geral (avião, hidroeletrica, energia eólica e etc.). Fechar uma parceria com a Nakata reduziria o nosso gasto, aumentaria nosso lucro e expandiria a nossa empresa. Eu havia feito uma proposta maravilhosa, seria impossivel recusar.

- Chefinha os investidores já chegaram e estão na sala de reunião.

- Obrigada Pi. Estou indo.

Era possivel ouvir meu salto conforme me aproximo da sala de reunião

- Bom dia Srta. Emilly. Diz Lauren a secretária da empresa.

- Bom dia Lauren. Ela abre a porta da sala de reunião para mim, eu entro e Pierre entra comigo.

- Bom dia a todos. Eu digo

- Bom dia! Eles respondem.

- Eu sou a Emilly Santiago presidente e Ceo da Future Corporate.

- Srta Emilly eu sou Antonie diretor, esse é Max nosso assessor e esse é o nosso presidente Ren . Estamos aqui em nome da Nakata Limited.

- Olá Srta. Está preparada para fecharmos um bom negócio. Ren diz.

- Veremos o que vai acontecer. Eu respondo.

- Bem eu quero apresentar a nossa empresa...

- Já conhecemos o seu projeto, avaliamos o dôssie que nos enviou. E sua empresa vai muito bem, tem poucos concorrentes, é líder de mercado e tem tido lucros significativos ao longo desses anos. Você pediu 3 bilhões de doláres para uma expansão e 10% de participação com um "Payback" (tempo de retorno de capital investido) de 2 anos. O que é realmente muito bom. Mas acho que há muito risco envolvido. Eu tenho uma oferta! Diz Ren me interrompendo.

- Por favor, diga? Eu digo de forma séria, ignorando sua antipatia.

- Ofereço 1.5 bilhões por 25% de participação.

- Olha Sr. Ren isso é ridículo e totalmente ofensivo, 1.5 bilhões não é suficiente para a expansão e quero lembra - lo que temos outros fornecedores. Mas me faça uma contra proposta?

- Eu gostaria de falar com a Srta....ele diz apontando para mim, insinuando que esqueceu meu nome.

- Srta. Emilly responde seu assessor.

- Isso, Srta. Emilly. Gostaria de falar a sós com ela, nos deêm licença. Ele diz e todos se retiram da sala.

A mesa de reunião é enorme cerca de 4 metros separavam nós dois, que estavamos sentados a ponta da mesa, um de frente para o outro. A tensão é tão grande, que pareciamos estar colados.

- Sabe Srta. eu adoro domar mulheres como você.

- Domar? Por acaso eu sou algum animal? Eu digo.

- Ha Ha Ha! Minha contra proposta é...você passar um fim de semana comigo em minha ilha particular em Miami e eu aceito a sua proposta.

- Como assim? Passar um fim de semana? Eu digo com ironia.

- Não se faça de desentendida...estou querendo te usar, é para isso que uma mulheres como você serve, para dar prazer ao homem. Em menos de meia hora você vai estar mansinha. Ele diz.

Eu respiro fundo.

- Mulheres como eu? O que está insinuando? Eu digo já me levantando e apoiando as duas mãos sobre a mesa.

- Ha Ha Ha! Não estou insinuando Srta. Estou afirmando. Mulheres como você que acham que podem controlar uma empresa multinacional. Que se acham igual ou maiores que os homens. Mulheres que se acham, mas na verdade só serve para fazer um homem gozar. Ele diz.

- Você deve estar ficando louco. Bateu a cabeça quando vinha para cá? Sr Ren está me confundindo. Não sou profissional do sexo. Eu digo irritada.

- Não é. Mas vai ser a transa mais cara que eu já tive...3 bilhões.

- Vai para o inferno... Sai agora da minha empresa. Eu digo brava.

- Última chance, ou na próxima vez que me procurar será 1 bilhão por 50%. Você decide?

- Vai para o inferno! Porco nojento. Eu respondo.

Ele sorri e em segundos fica completamente sério, e se levanta.

- Está querendo ter um inimigo Srta.? Ele diz me olhando fixamente.

- Entra na fila. Você não será o único. Eu respondo olhando com a mesma seriedade.

- Ok. Vai se arrepender do que fez. Ele diz e sai da sala.

Pierre entra correndo:

- O que houve o Sr. Ren saiu e parecia que estava bravo. Perdemos o investimento?

- Eu decidi não fechar acordo. Era ofensiva a proposta dele. Somos uma empresa com 70 anos no mercado. Estamos em total crescimento e expansão. Sem falar no avanço tecnológico e os prêmios que ganhamos por respeito ao meio ambiente. Não irei aceitar qualquer coisa. Não sou eu quem irá perder.

- Isso é verdade. Diz Pierre...

O novo gerente

A verdade é que a conversa com o Sr Ren me balançou. Eu nunca me achei melhor que ninguém. Só fui criada para ser forte.

Mas nunca para diminuir alguém.

Eu sempre busquei o meu direito e a verdade. E nunca aceitei nada que não está no meu direito, sempre fui justa.

A minha dificuldade talvez seja em ter um relacionamento. E por exigir demais, ganhei o apelido de "Coração de aço", pois dizem que eu sou incapaz de Amar.

A verdade é que ainda não conheci um homem que fosse a minha altura. Os que conheci ou são bons de sexo e falta caráter. Ou têm caráter mas são péssimos na cama. Mas nunca alguém completo. Nem digo perfeito. Pois, perfeição, não existe.

- Emily querida? Pierre me chama.

- Sim, Pierre! Respondo

- Hoje é o primeiro dia do novo gerente da fábrica, você vai conhece - lo?

- Sim. Vou tomar um café e já vou.

- Estarei te esperando. Ele diz.

Seguimos até a fábrica que fica cerca de 1h do escritório. É uma área afastada do centro, e muito grande. A nossa propriedade é enorme. Conta com um depósito de matéria-prima gigante, o estoque, a área logistica e a área de fábricação/produção. Temos também um refeitório enorme, onde servimos almoço e café da tarde para o primeiro turno. E jantar, e café da noite para o segundo turno. Uma sala de descanso especial, com pouca luminosidade, sofás confortáveis, uma cascata para ter o som de água e um difusor com cheiro de capim-limão.

Temos uma sala de tv, com várias poltronas, uma sala de jogos com fliperama, mesa de bilhar, mesa de ping pong, mesa de dama/xadrez, e mesa com dominó.

E temos a parte externa com bancos de madeiras e redes entre as árvores. Em volta de toda a área contruida há inúmeras árvores o que deixava o clima agradável e com menor poluição.

Sempre priorizamos o bem-estar dos funcionários. Temos funcionários que começaram a trabalhar conosco, como aprendiz, e se aposentaram na empresa. Uma vida de dedicação, sem falar nas famílias onde estão na terceira geração trabalhando conosco. Ou seja o avó trabalhou, o filho e agora o neto.

Dentro da nossa fábrica temos uma parte com segundo andar, onde fica o escritório do RH, uma enfermaria, o escritório do gerente, um escritório para mim e uma sala de reunião.

Ao entrar na fábrica todos me olham, mas apenas o gerente de produção me cumprimenta. Sigo a olhar tudo até a sala do gerente, então escuto ele falando com um dos funcionários sobre alterações na linha de produção. Antes de chegar a porta, cruzo com o funcionário ainda no corredor.

Quando chego a porta da sala, nem acredito no que vejo.

- Você?? Eu digo desacreditada, é o mesmo rapaz do acidente no dia anterior.

- Aff! Ele responde.

- Sr por que está mudando as coisas? Você acabou de chegar e nem sabe como as coisas realmente funcionam. Eu digo e cruzo os braços.

- Pensei que eu tivesse sido contratado como gerente da fábrica. Ele diz com ironia.

- Sim para gerenciar e não mudar tudo. Eu digo.

- Então me deixe gerir.

- Você é bem bocudo. Eu falo.

- Não. Eu sou realista, se eu posso melhorar as coisas, eu vou melhorar.

- Melhorar? Você chegou aqui hoje, não sabe como as coisas funcionam! Eu digo.

- A Srta. está errada. Eu passei a semana passada inteira trabalhando na linha de produção, para entender e acompanhar todo o funcionamento. A minha pose oficial como gerente é hoje. Mas estou aqui a uma semana. Ele responde sem nem ao menos olhar para mim.

Eu olho para Pierre, procurando confirmação. Mas ele faz um gesto como se dissesse "eu não faço idéia".

- Você sabe quem eu sou? Eu pergunto.

- Sim. A famosa CEO, "coração de aço". Ele diz.

Pierre leva a mão a boca, para tentar conter o riso.

- Muito maduro da sua parte. Eu digo.

- Não foi eu quem inventou o seu apelido carinhoso. Todos te chamam assim. Ele diz.

- E permanece falando assim, não tem medo de perder o...

- Com todo respeito Srta. Emilly se a sua intenção é me assustar com ameaça infantil, está me fazendo perder o meu tempo e você perder o seu. O que eu acredito que seja valioso. Se tiver insatisfeita me mande embora, do contrário me deixe trabalhar.

Eu fico séria, Pierre arregala os olhos.

- Seja bem-vindo Sr...eu olho para Pierre.

- Henrique! Responde Pierre.

- Seja bem-vindo Sr. Henrique. Eu digo.

- Obrigado Srta. Emilly.

Eu viro as costas e saiu. Estou tão irritada com ele que dou um soco em um porta retrato que havia na parede com uma reportagem de capa em uma revista falando da nossa empresa. O meu soco quebra o vidro e corta a minha mão, que começa a sangrar.

- Quem esse idiota pensa que é? Ele não sabe de nada, nem meu Pai fala comigo assim. Eu digo ainda mais irritada.

- Temos algum outro gerente para substitui - lo. Pergunto a Pierre.

- Infelizmente não. Ele é o mais adequado e capacitado para essa nova fase. Ele diz.

- Aaaahhhh! Que ódio! Idiota.

- Melhor ir à enfermaria e ver esses cortes. Pierre diz.

Eu estou tão furiosa que nem me importo com o sangue escorrendo na minha mão que faz uma trilha no chão.

Passo na enfermaria, a enfermeira limpa e cobre o corte. E retornamos para a cidade.

Deixo Pierre no escritório.

- Pi eu não volto mais hoje.

- Ok Srta. Até amanhã!

- Até. Eu digo e Pierre desce do carro e o motorista me leva até o meu apartamento.

Chego ao meu apartamento. Um duplex na cobertura, bem no centro da cidade.

Meu apartamento fica no prédio mais alto, todos os prédios que estão em volta ficam abaixo de nós.

Eu gosto da sensação que me dá. O condôminio é todo de escritório, exceto pela cobertura que fica acima do prédio.

Tenho um lindo jardim, ôfuro no jardim, e até um heliponto no telhado.

Vagas exclusiva de garagem. E a chave do elevador que me permite travar e o elevador ir direto para a cobertura, sem que ele pare em nenhum andar. E também sou eu quem controlo quem pode subir. Sem a chave o elevador só vai até o 25° andar.

Entro no meu apartamento, o elevador dá direto na minha sala.

As paredes são todas de vidro do chão ao teto.

O conceito de decoração é todo minimalista, menos é mais. São poucos os móveis, mas todos funcionais. O piso todo de mármore branco, com veios dourado. Tudo moderno e sofisticado.

Cada cantinho e detalhe foi projetado para ter alguma função.

O meu lugar de paz, sem dúvida é o meu lar.

Meu lar é sem dúvida o melhor lugar para se estar. Onde tenho tudo o que preciso, sem precisar sair de casa. Se tem algo que não me agrada é interagir com pessoas.

Olho para o porta retrato em cima da prateleira, uma foto minha com o Papai, ele sentado no balanço e eu na sua perna, nós dois balançando, alegres e sorrindo.

Que saudades desse tempo...

O acidente na usina

Me sento no sofá de couro branco, pego meu celular e faço uma ligação.

"Trim, Trim".

- Oi minha rainha. André diz ao me atender.

- Oi André. Quero te ver hoje a noite. Eu digo de forma direta.

- Claro. Que horário? Ele pergunta.

- As 20hs no meu apê. Eu respondo.

- Combinado. Ele responde e eu encerro a ligação.

Vou direto para a academia em casa, ainda estou com raiva e por isso treino pesado o Muay Thai para aliviar o estresse e a raiva. Após o treino tomo um banho.

Visto uma camisola de seda preta, com renda na parte do abdomem, sem calcinha e calço uma rasteirinha.

As 20hs ouço o som do elevador subindo, eu espero em frente a porta.

Logo a porta se abre e André aparece sorrindo.

- Oi rainha. Eu me afasto ele entra e se ajoelha. Sem qualquer pudor eu abro as pernas e ele começa a me chupar.

André é um negro, alto, forte, corpo musculoso, careca, com um lindo sorriso. Usa brincos e uma corrente com uma cruz. Ele é sexy e atraente.

Em poucos tempo tenho um orgasmo em sua boca.

Eu vou até o sofá e ele se ajoelha aos meus pés, beija e lambe meus pés. Me tratando como uma deusa. Em seguida André massageia meus pés, uma massagem bem gostosa e relaxante.

Eu abro bem a perna, e ele já sabe o que quero.

Ele volta a me chupar.

Eu seguro em sua nuca e começo a esfregar a minha bucet* em sua boca, até atingir o orgasmo.

"Trim, Trim, Trim"

Meu celular toca.

- Desculpe, preciso atender. Eu digo e me afasto dele.

- Alô! Eu digo

- Oi Emily. Você viu o jornal? Pierre diz com certo nervosismo.

- Não Pi. O que houve? Eu pergunto

- Eu te mandei no seu celular a notícia. Precisamos de uma reunião com urgência. Diz Pierre.

- Ok. Já vou olhar. Eu digo e desligo a ligação.

Eu olho para André que me olha atento.

- André vou precisar resolver umas coisas. Você já pode ir. Desculpe!

- Tudo bem. Fique tranquila. Ele diz.

- Seu dinheiro está na mesinha ao lado do elevador. Eu digo.

- Ok. Obrigado. Até outro dia. Ele diz.

- Até. Eu digo e lhe dou um abraço e ele sai.

Quando olho no jornal eu vejo:

"Grande acidente em usina hidroelétrica. Especialistas afirmam que o acidente foi causado por defeito na turbina.O que ocasionou a explosão onde 2 pessoas morreram e outras 6 ficaram gravemente feridas. Segundo os responsáveis pela usina, a turbina é nova e foi instalada a menos de 15 dias.Tentamos contato com os responsáveis da empresa Future Corporate, mas não tivemos retorno."

- Aaaaaahhhh! Eu grito de raiva.

- Mas que ódio. Essa merda de notícia pode prejudicar a nossa imagem. Eu digo a mim mesma.

Pego o celular e ligo para Pierre

- Sim Srta! Ele diz ao atender.

- Pierre quero o assessor de imprensa falando agora com a usina. E com a imprensa.

- Mas o que vamos dizer. A principio quero os técnicos no local, avaliando a situação e o que sobrou da turbina. Quero respostas!

- Quanto ao assessor, diga que estamos apurando os fatos e que estamos dando suporte as famílias das vitimas. E você, quero todas as informações das vitimas.

- Ok! Ele diz e eu encerro a ligação.

"Hoje não é meu dia de sorte, eu penso".

Faço algumas ligações para minimizar o impacto na empresa e depois me deito para dormir.

Estou tão estressada que não consigo dormir.

Pego meu vibrador que fica na gaveta da mesinha de cabeceira.

Penso em algumas coisas, na chupada deliciosa que André me deu a pouco, os pensamentos voam e tenho um orgasmo. Logo adormeço.

Acordo as 4hs, faço meu treino, tomo meu banho, pratico a minha yoga e respiração no meu jardim, quando sinto aquele cheiro de café recém coado.

Vou até à cozinha e D. Mary havia preparado waffle e café.

- Bom dia! Srta. Emily. Ela diz ao me ver.

- Bom dia! Mary. Que cheiro gostoso. Eu digo.

- Está com fome querida?

- Sim, estou. Ela traz o prato com waffle, geleia de morango e ovos mexidos com uma xícara de café.

Eu como e vou me trocar para ir ao escritório. Tenho muita coisa a resolver.

Visto a minha calça de couro, meu coturno e a minha jaqueta preta de couro.

Pego a minha carteira, a chave da "Trovão" ( a minha moto BMW branca), coloco as luvas, pego o meu capacete e desço. Subo na (Trovão) e saio acelerando.

Se tem algo que parece ser continuidade do meu corpo, é minha moto. Aprendi a pilotar nas mini motos de cross aos 8 anos. Dirigi o meu primeiro carro aos 10 anos. E desde então nunca parei.

O meu Pai sempre me disse "minha menina seja forte e corajosa". E sempre me encorajou a superar os meus próprios limites.

Trovão é uma moto mais larga, nem sempre consigo andar pelos corredores das avenidas da cidade. Mas como ainda não era nem 6hs, não havia trânsito.

Em menos de 20 minutos estou no escritório. Ninguém havia chegado, tirei a minha roupa e vesti um conjunto de saia longa e blusa. Eu tenho várias roupas no escritório, caso precise.

- Bom dia! Emilly. Veio com a Trovão hoje? Pierre diz.

- Bom dia! Pi. Sim, eu vim. Troquei as peças quebradas. Por falar nisso encaminhe as despesas ao querido novo gerente.

- Ah! quem? Ele pergunta.

- Ao gerente. O Sr. Fernando!

- Não entendi. Por que para ele? Ele pergunta.

Eu paro e olho séria para ele.

- Porque foi ele o rapaz que me derrubou. Eu explico.

- Ha Ha Ha. Mentira? Ele diz gargalhando.

- E eu lá sou mulher de mentir? Estou dizendo, foi ele.

- Agora entendi a sua raiva...não tinha nada a ver com o trabalho dele, mas com um gostosão que te derrubou. Ha Ha Ha. Ele continua rindo.

- Cale a boca Pierre.

Ele faz um gesto como se fechasse um ziper na boca. E sai da minha sala sorrindo.

- Pi?

- Oi chefinha!

- Marca uma reunião com a família das vítimas. Hoje a tarde.

- Pode deixar.

O dia passa correndo e recebo os relatórios dos técnicos com relação ao acidente.

- Chefinha. Estão todos na sala de reunião. Diz Pierre.

- Estou indo.

Eu me direciono até a sala de reunião.

- Boa tarde! Primeiramente eu gostaria de dar os meus sentimentos a todos. E pedir desculpas em nome da Future Corporate. Eu estou com os relatórios dos peritos da empresa e com os laudos do Corpo de Bombeiro e da Defesa Civil. Que atestam que o acidente ocorreu por falta de cuidados e negligência na instalação da Turbina. E essa instalação não é responsabilidade de nossa empresa, pois somos apenas o fabricante. Eu digo.

- A Srta. nos chamou aqui para me dizer que a culpa foi do meu marido. Já que ele era o técnico responsável pela instalação, conveniente a Srta não acha? Já que ele não está aqui para se defender! Diz a esposa de uma das vítimas.

- Sra eu compreendo a sua dor. Não estou acusando o seu marido de nada. Eu como Chefe Executiva sei que tem muitas coisas e pessoas envolvidas na execução de um trabalho. O que estou dizendo é o que os relatórios mostram. Achei justo as famílias terem ao menos uma resposta.

- Srta eu agradeço, realmente é difícil não saber o que aconteceu. A esposa da outra vítima diz.

- Os amigos de trabalho dos seus esposos que sobreviveram poderão dizer com clareza o que realmente aconteceu durante a instalação. Sei que o momento é de muita dor, mas a empresa responsavel deve responder pelo que aconteceu. Nada vai reparar ou mudar a dor que estão sentindo. Mas poderá fazer justiça e trazer segurança e conforto financeiro para as vossas famílias. Eu continuo dizendo.

- Mesmo não sendo responsabilidade da nossa empresa. Nos sentimos sensibilizados e queremos oferecer uma ajuda para as famílias. E se precisarem de um advogado eu posso indicar um advogado pessoal. Mas fica ao critério de vocês, aceitarem ou não a ajuda.

- E o que seria essa ajuda? Pergunta a esposa da segunda vitima.

- Seria um ano de cestas básicas e 50 mil em dinheiro para um recomeço.

- 50 mil? É isso que vale a vida do meu esposo para você. Olha o tamanho dessa empresa, 50 mil não é nada para vocês. Diz a primeira esposa.

- Querida você não entendeu. Ela não tem responsabilidade e não tem que nos ajudar com nada. Ela está sendo generosa. Diz a segunda esposa.

- Eu não quero essa miséria, vou processar a sua empresa. E vocês terão que me pagar 10 vezes esse valor. Grita a primeira esposa enquanto segue em direção a porta da sala.

Eu respiro fundo.

- Srta eu aceito de coração a sua ajuda. Eu estou doente e não posso trabalhar, tenho 4 filhos pequenos, o mais novo tem 1 ano e meio e o meu mais velho acabou de fazer 4 anos, e é especial. Estamos cheios de dividas e era meu marido quem sustentava a casa. A segunda esposa diz com uma voz de tristeza.

Eu respiro fundo novamente.

- O Pierre irá acertar tudo com você, com relação à documentação de sigilo, e as suas informações pessoais como conta bancária para o pagamento. Eu digo e seguro na sua mão carinhosamente.

- Mais uma vez, meus sentimentos. Eu digo com sinceridade.

E vou saindo quando chego na porta eu paro e digo:

- Pierre!

- Sim Srta Emilly.

- Por favor dê a essa Sra o valor dá outra esposa e dois anos de cesta básica. Eu digo e vou andando. Mas ouço a Sra dizer a Pierre:

- Essa empresa é muito generosa!

- Não Sra. Não é a empresa quem está lhe ajudando, mas a Srta Emilly.

- Obrigada Srta, Deus lhe abençoe. A Sra grita emocionada.

E eu retorno ao meu escritório para finalizar o dia e depois vou para casa descansar.

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