Medo De Amar { 2 Temporada }
Capítulo 1
"(•••) Pensamento"
"[•••] Mensagem"
"~~ Sussurro"
"—— Ação ou emoção"
"【•••】Mudança de cenário"
Alguns meses se passaram desde a briga de Cauã e Ivy.
Os dois nunca mais se encontraram pessoalmente. Cauã desistiu de procurar pelo perdão de Ivy, as mensagens que ele mandava à ela também não existem mais. Ele prometeu a ela que não iria desistir em hipótese alguma, mas cansou de ir atrás dela.
A garota estava tentando arrumar uma forma de esconder a tatuagem que havia feito da mãe. Ivy vestiu uma camisa e colocou uma jaqueta por cima.
Aliviada, Ivy desce as escadas e vai à cozinha. Ela vê a cozinha vazia e supõe que a sua mãe já esteja no trabalho, então pega uma maçã e saí de casa para correr.
Mais uma vez Ivy sente falta de ar e vontade de chorar repentinamente. Ela para de correr e agacha no chão. Enquanto tenta controlar a sua respiração ela percebe que as suas mãos estão tremendo.
Cauã estava saindo de seu quarto, quando Nicolly entra na sua frente e o impede de passar.
Cauã
— O que você quer? — questiona sem paciência.
Nicolly
— A Ivy não responde as minhas mensagens desde ontem e eu estou preocupada, será que ela não... — Cauã interrompe.
Cauã
— Eu não sei onde ela está e nem quero saber, ela também não me mandou mensagem, tá bom pra você? — ele diz com raiva.
Nicolly
— Eu te odeio! Será que você não tem mais um coração no seu peito? Você a amava, Cauã... — ela diz incrédula com as palavras dele.
Ele se cala e empurra Nicolly para que ela saía de seu caminho. Cauã desce as escadas e vai até à garagem, sobe na sua moto e mete o pé na estrada.
Letícia
— Daniel, eu tô preocupada com o nosso filho, ele tá cada vez mais rebelde. Nós precisamos fazer alguma coisa, meu amor — Letícia fala preocupada.
Daniel
– Eu sei, meu amor! Mas o que você quer que façamos para ajudá-lo? Já tentamos várias e várias vezes conversar com ele, mas não adiantou, ele não se abre com a gente — ele suspira cansado.
Letícia
— Eu já sei! — Letícia levanta da cama animada.
Daniel
— Ri da reação dela —
Capítulo 2
Na noite anterior Cauã havia chegado tarde em casa, por isso ele ainda estava dormindo. Já passavam das 9 horas.
Cauã acorda ao ouvir um choro e decide seguir o som.
Ao seguir o choro ele entra em um quarto todo azul, cheio de detalhes fofos e coisinhas de bebê.
Ivy
— Amor, desculpa ter te acordado é que parece que o nosso amorzinho está com problemas de sono — ela diz com o bebê no colo.
Cauã
— Nosso? Esse bebê é nosso? — questiona assustado.
Ivy
— Sim... Amor, você tá bem? Você está pálido — Ivy olha para ele preocupada.
Cauã ouve um tiro e Ivy cai sangrando no chão. Ele olha para trás e vê um homem mascarado com uma arma.
Cauã levanta desesperado e olha ao redor, procurando Ivy.
Cauã
— Ivy! — grita ofegante.
Cauã
— Denovo não — ele diz ao perceber que tudo se passava apenas de um sonho.
Ele pega o seu celular no criado-mudo e manda uma mensagem para Ivy.
Cauã
[Eu queria saber se você está bem?]
Cauã
[É que eu tive um sonho e...]
Cauã desiste e apaga todas as mensagens.
Cauã
3×[apagada para todos]
Ele fica confuso se manda ou não mensagem para ela, pois está preocupado e precisa saber se ela está bem.
Cauã
(Eu não vou mandar mensagem pra Ivy! Não estou nem aí se ela está bem ou não está!)
Cauã toma banho, se arruma e desce para a cozinha.
Letícia
— Bom dia, filho! — Sorri.
Cauã
— Não tô afim de falar com ninguém hoje, só vim dar bom dia e avisar que já tô saindo. Não sei que horas eu volto!— ele diz com indiferença.
Letícia
— Cauã Antonelli, volte aqui agora! — Letícia aumenta o tom de voz.
Cauã
(Merda! O que será que eu fiz?)
Cauã
— Oi mãe...precisa de alguma coisa? —diz receoso.
Letícia
— Sente-se! — ordena.
Cauã
— Como? — questiona confuso.
Letícia
— É isso que você ouviu, eu quero que você tome café da manhã conosco hoje. Nós temos visitas e você não irá fazer essa desfeita — diz autoritária.
Cauã fica confuso e, finalmente nota a presença de Ivy e Katarina na mesa de café da manhã.
Ele congela por um instante. Seus olhos estão vidrados nos olhos de Ivy. E ela está da mesma forma. Os dois não dizem nada, apenas continuam se encarando.
Nicolly
— Não é querendo atrapalhar o momento, mas será que vocês podem só dar bom dia um para o outro e tomar café? — ri muito.
Cauã
— Bom-bom dia, Ivy! — gagueja um pouco, mas finalmente consegue falar.
Ivy
— Chega! Eu não consigo, desculpa! — levanta atrapalhada e fala nervosa.
Ivy derruba a cadeira sem querer e saí a passos largos da cozinha. Ela acelera cada vez mais seus passos para sair o mais rápido possível daquele lugar.
Capítulo 3
Ivy senta na beirada da piscina e suspira fundo.
Ivy
(Sinceramente, tô cansada! Ao mesmo tempo que fico mal ao ver o Cauã, eu também quero pular nos seus braços e beijá-lo)
Cauã encontra Ivy no jardim e, finalmente para de correr. Ele está ofegante e com o coração acelerado.
Cauã
— Até que enfim eu te achei! — ele diz aliviado.
Ivy fixa os seus olhos na água azul da piscina, sem desviar o seu olhar uma vez sequer para olhar para Cauã. Ele senta do lado dela e fica com os olhos fixos nela.
Cauã
— Só pra você saber, eu não vim atrás de você porque quis. Eu só vim, porque os meus pais pediram — diz com indiferença.
Ivy
— Ótimo! Então, pode ir embora!— resmunga.
Cauã perde a paciência e segura o rosto de Ivy com força, fazendo com que ela olhe para ele.
Cauã
— Eu te odeio, sabia? Eu poderia citar vários motivos para te odiar, mas o mais horrível são os seus olhos, o jeito que eles são verdes, o jeito que eles me encaram — diz enquanto aperta o rosto de Ivy com mais força.
Ele solta o rosto de Ivy e levanta da beirada da piscina. Antes de ir embora, Cauã puxa Ivy pela cintura e enrola uma mecha de cabelo dela, no seu dedo. Então, ele se aproxima do ouvido dela e sussurra.
Cauã
~ Eu preferia o seu cabelo curto ~
Ivy
— E eu preferia você sem óculos — sorri malvada.
Cauã
— Quem disse que eu uso óculos? — questiona surpreso.
Ivy
— A tia Letícia, ela estava me contando que você descobriu que tem hipermetropia, simplesmente não consegue enxergar de perto— ri maldosa.
Cauã se cala por um instante e Ivy sorri ao perceber que deixou ele desconfortável.
Ivy
— E falando nisso, porque você não está usando eles agora? — sorri.
Ivy
— O gato comeu a sua língua? — ri maldosa.
Cauã
— Se você quer me ver de óculos é só pedir, Ivy — Sorri malicioso.
Cauã solta a cintura de Ivy e se afasta um pouco. Ele retira do seu bolso os óculos, mas Ivy impede que ele os coloque.
Ivy
— Deixa que eu faço isso! — sorri maliciosa.
Ela coloca os óculos em Cauã e sussurra no ouvido dele.
Cauã
— Você mente muito mal, sabia? Diz logo a verdade! —sorri.
Ivy
— Ok, você está parecendo um deus grego. Já ouviu falar de Ares, deus da guerra? Nesse momento você é ele — ri maldosa.
Cauã
— Melhorou bastante! Gosto de quando você é sincera assim, principalmente quando me elogia — sorri e passa a língua sobre os lábios.
Nicolly
— Se beijem logo, por favor! — implora Nicolly observando atrás de um dos pilares.
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