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Prometida Ao Mafioso

LORENZO MANSUR

Desde pequeno, fui preparado para assumir o império da família. Ser Don não é apenas uma posição, é um fardo, uma responsabilidade que exige força, inteligência e, acima de tudo, uma família ao lado. Um Don sem esposa é um homem vulnerável, e vulnerabilidade não tem espaço no nosso mundo.

Meu pai Giovanni, sempre soube disso. Por isso, anos atrás, aceitou um acordo com um de nossos associados mais influentes. O casamento com ela, Sofia Martinello foi selado antes mesmo dela entender o significado de um compromisso. Eu tinha 18 anos na época, ela apenas 10.

Nunca fiz questão de conhecê-la. Para mim, era apenas um contrato, um elo estratégico para unir duas famílias poderosas. As únicas informações que tinha dela eram superficiais, filha de um capo importante, criada para ser uma esposa exemplar, e, possivelmente, tão mimada quanto as outras filhas da máfia.

Até agora, a única imagem que vi dela foi uma foto de seu aniversário de 15 anos. Um rosto jovem, ingênuo. Não me importei. O casamento era inevitável, mas não significava que eu precisava criar expectativas.

— Amanhã teremos uma reunião importante — anunciou meu pai, sua voz firme como sempre. — Sua noiva estará lá. Ela fará 18 anos em dois meses, e então oficializaremos o casamento. Vamos preparar tudo, pois no dia da cerimônia, você assumirá a cadeira.

Assenti sem hesitação.

— Estarei lá e cumprirei as obrigações impostas a mim. Casarei com a menina. Espero que ela já esteja ciente de seu papel e de suas obrigações comigo. — falei, nunca neguei minhas obrigações.

Fui treinado para ser implacável. Minha missão era proteger e expandir o poder da nossa família, e para isso, um casamento era apenas mais uma peça no tabuleiro.

— Finalmente vamos ver você ao lado dela — provocou meu irmão. — Você evitou esse momento por muito tempo.

Evitei, sim. A diferença de idade sempre me incomodou, mas negócios são negócios. O casamento traria benefícios estratégicos. O porto da família Martinello era essencial para nossos planos de expansão, e se o pai dela temia minha presença, que assim fosse. O respeito se conquista com temor.

E quanto a Sofia? Ela era apenas uma desconhecida presa a um destino inevitável.

Sofia Martinello

Nasci e fui criada para obedecer. Filha do capo da região, cresci entre regras rígidas e expectativas inquebráveis. Meu pai não era um homem carinhoso—era um líder, frio e calculista, que via os filhos como peças de um jogo maior.

Tínhamos tudo: dinheiro, poder, influência. Mas, dentro de casa, a vida era uma prisão. Minha mãe, submissa, aceitava em silêncio as traições e a violência. Meu irmão mais velho, moldado para seguir os passos do nosso pai, era obrigado a suportar a pressão e os castigos. E eu? Meu destino era ainda pior.

Fui criada para casar. Para ser uma esposa exemplar, bonita, obediente, sempre disposta a servir. Mas eu nunca quis essa vida. Nunca quis me tornar uma peça de um jogo sujo.

Com quase 18 anos, eu já tinha meu plano traçado. Fugiria assim que completasse a maioridade. Venderia as joias e roupas caras que acumulava, deixaria tudo para trás e sumiria. Meu destino? O Brasil.

— Vamos, filha? — chamou minha mãe. — Está linda com esse vestido.

Eu olhei meu reflexo no espelho. A imagem de uma princesa intocável, vestida para um conto de fadas que nunca seria meu.

— A festa amanhã será importante para o seu pai — continuou ela. — Seu irmão e sua cunhada também estarão lá. Será uma noite especial.

Eu sabia o que ela queria dizer. "Especial" significava arranjos matrimoniais. Significava possíveis pretendentes observando cada detalhe da minha postura, avaliando se eu era digna de me tornar esposa de um mafioso.

— Estou tão animada! — exclamou minha irmã mais nova, Duda era uma romântica sonhadora.

Ela sonhava com um casamento dentro da máfia, ao contrário de mim.

— Quem sabe papai arruma um marido para nós, né? — ela continuou, animada.

— Maria Eduarda, você só fala besteira — revirei os olhos. — Vamos logo para o dia de SPA e compras.

Ela me abraçou, rindo, e descemos para o carro. Mas antes de sairmos, notei um olhar estranho entre meus pais. Eles falavam baixinho, trocando olhares preocupados. Meu coração acelerou.

— Não seja o que estou pensando… — murmurei para mim mesma.

Algo estava acontecendo.

— Mãe? O que houve? Por que me olharam assim?

Ela hesitou.

— Filha, falaremos depois. Mas saiba que há coisas que fogem do nosso controle… Ainda faltam dois meses para seus 18 anos.

O frio na barriga aumentou. Eu já sabia a resposta antes mesmo que ela dissesse em voz alta.

Eles iam me casar.

E não importava o quanto eu tentasse fugir, o destino parecia determinado a me arrastar para as garras de um homem que eu nunca vi na vida.

Sofia Martinello

Saímos para a tarde de meninas, mas minha mente estava a mil. Sabia que aquele passeio não passava de um teatro para me preparar como um cordeiro indo para o abate. Minha vida nunca foi minha, sempre fui um peão nesse jogo sujo da máfia. Mas isso acabaria logo. Eu tinha outros planos.

Quando chegamos em casa, o sol já se punha. Assim que entrei, soube que a conversa inevitável havia chegado. Meu pai e minha mãe me chamaram para o escritório, e ao ver meu irmão sentado ali, relaxado demais para a situação, entendi que a sentença já estava dada. Casamento.

Respirei fundo, ajustei minha postura e bati na porta com firmeza.

— Posso entrar? — perguntei, mantendo a voz firme.

— Entre — a voz fria do meu pai soou como uma lâmina cortando o ar.

Atravessei a sala e parei diante da grande mesa de mogno. Otávio Martinello não era um homem que mostrava emoção, e hoje não seria diferente. O olhar calculista me analisou por um segundo antes de ele soltar a bomba.

— Sofia, seu casamento foi marcado. No dia do seu aniversário, você se tornará esposa de Lorenzo Mansur. Você já foi treinada para isso. Agora apenas cumpra seu papel e não me envergonhe.

Lorenzo Mansur. O nome soou como uma sentença de morte. O novo Don. Conhecido por sua frieza, impiedade e pelo domínio absoluto sobre seus negócios. Se eu já desprezava a ideia de ser vendida como mercadoria, ser entregue a um homem como ele tornava tudo ainda pior.

Minha mente girava a mil. Eu precisava manter a calma. Mostrar que aceitava, mesmo que fosse apenas para ganhar tempo.

— Entendido, papai — falei suavemente, mantendo a expressão serena. — Posso fazer um pedido?

Ele arqueou uma sobrancelha, como se eu estivesse testando sua paciência.

— Diga.

— Quero sair amanhã à noite. Apenas para um jantar normal, o fast food no centro que fica próximo à escola, uma despedida simbólica da minha liberdade. Sempre fui uma filha exemplar. Acho que mereço essa última noite antes de me tornar uma esposa.

Ele me analisou por um instante. Aquele olhar que decifrava mentiras e media intenções. Mas eu aprendi com o melhor. Mantive minha expressão perfeitamente neutra.

— Muito bem — ele concordou. — Mas não vá sozinha. Sua irmã irá com você. E um dos soldados a acompanhará.

Sorri, escondendo a excitação que borbulhava em mim. A primeira parte do plano estava funcionando.

Na noite seguinte, estilistas e maquiadores invadiram minha casa. Se eu seria vendida, pelo menos escolheria como me apresentar. Optei por um vestido preto com uma fenda ousada na coxa. Nada de princesa intocável. Eu queria que Lorenzo soubesse que não teria uma noiva submissa.

Quando desci as escadas, meu irmão bufou ao me ver.

— Que diabos é isso Sofia? Quer provocar o inferno?

Lancei-lhe um olhar afiado.

— Ele não quer uma menininha inocente, quer? Se vai me tratar como um troféu, pelo menos vou ser um que queima nas mãos dele.

Meu pai apenas assentiu, aprovando a escolha. É claro. Ele sabia das mulheres que Lorenzo saia eram espetaculares. Eu apenas estava jogando com as regras deles.

Chegamos à festa e os olhares se voltaram para mim. Eu sentia cada um deles como facas deslizando sobre minha pele, mas mantive o queixo erguido. Fui treinada para isso. Então, finalmente, encontrei o olhar que queimava mais que todos os outros.

Lorenzo Mansur

Ele veio até mim como um predador, segurando meu braço com força e me puxando para mais perto. Seu toque não era carinhoso, era uma advertência silenciosa.

— Você está brincando com fogo, piccola — sua voz era um rosnado grave. — Esse vestido? Está me desafiando na frente de toda a minha família? Poderia ter vindo nua, teria causado menos estrago.

Sorri lentamente, desafiadora.

— Que curioso, querido noivo. Até ontem, eu nem sabia da sua existência. E agora você já quer me dar ordens? Não tem esse direito. Ainda não.

Seus olhos escureceram, uma faísca de perigo dançava ali. Qualquer outra mulher teria recuado, mas eu segurei seu olhar, provocando-o.

— Você realmente acha que não sou seu dono? — Ele se aproximou, seu hálito quente roçando minha pele. — Eu sou dono até dos seus pais. Você, Sofia, não passa de mais uma peça no meu tabuleiro.

Engoli em seco, mas não cedi.

— Se acha que vai me quebrar meu querido, melhor tentar outra abordagem. Já vi muitos homens tentarem e falharem. Não sou tão fácil quanto pensa. — menti tensa e ele pareceu perceber.

Lorenzo sorriu, inclinou a cabeça, me estudando com uma mistura de irritação e fascínio. Finalmente, um sorriso perigoso surgiu em seus lábios.

— Interessante. Vamos ver até onde vai sua ousadia, cara mia. Mas lembre-se, cada provocação sua terá uma consequência.

Ele segurou minha mão e deslizou uma aliança no meu dedo.

— Isso não sai daqui mais. Você pertence a mim agora. — falou e saiu.

Minha irmã, encantada, suspirou ao nosso lado.

— Meu Deus, ele é maravilhoso! E o irmão dele… nossa, um pedaço de pecado ambulante.

Revirei os olhos. Claro que ela se encantaria por esse circo, é uma romântica incurável.

A noite seguiu, e eu permaneci ao lado de Lorenzo, jogando um jogo perigoso de provocações sutis. Cada toque dele carregava um aviso. Cada sorriso meu escondia um plano.

Quando a festa chegou ao fim, ele se aproximou novamente, dessa vez sem a fúria inicial.

— Seu pai me disse que quer sair amanhã. Concordei, desde que sua irmã e a minha estejam com você. Mandarei meus homens. Seu segurança de sempre não irá.

Merda. Eu teria que reavaliar a fuga. Mas não me dei por vencida.

— Claro, querido noivo. Vou me comportar direitinho — falei, forçando um sorriso doce.

Ele se inclinou até seu rosto ficar a centímetros do meu.

— Espero que sim. Saiba que minha paciência acaba rápido Sofia. E eu não sou um homem gentil quando estou irritado.

Fitei-o com intensidade, sem desviar.

— Veremos.

Quando cheguei em casa, corri para o meu celular e digitei rapidamente para Diogo, meu contato para a fuga. Nosso plano estava em movimento, mas agora teria que ser ainda mais ousado.

Se meu noivinho achava que já havia me domado, ele não fazia ideia do que eu era capaz.

Noiva rebelde

Assim que a família Martinello entrou na festa, todos os olhos se voltaram para ela, Sofia era uma tentação. Vi cada olhar, ouvi cada comentário sussurrado e senti a tensão crescer no ambiente. Era previsível. Minha noiva não passava despercebida, e eu não sabia dizer se isso me agradava ou me irritava.

Meu olhar percorreu o salão e encontrei aqueles que ousavam falar demais. Homens que não sabiam o lugar deles. Homens que não respirariam muito tempo mais.

— Que espetáculo né, não tem nada da menina inocente da última foto? — meu irmão mais novo Antony, murmurou ao meu lado, um sorriso torto no rosto. Ele era o executor da família e tirava diversão de momentos como esse. — Eu diria que ela ficou deslumbrante.

Meu maxilar trincou. Não gostava de ouvir isso da boca dele, mas não poderia negar. Sofia estava, de fato, deslumbrante. Mas não para esses vermes que me cercavam. Ela era minha. E isso precisava ficar claro.

Quando finalmente me aproximei de seu pai, a conversa foi tão repulsiva quanto eu esperava. O homem falava das filhas como se fossem mercadorias.

— Ela foi criada para isso Lorenzo. Educada para ser sua esposa, para te honrar, para não te envergonhar.

O asco subiu pela minha garganta. O homem era desprezível. Mas sabia jogar o jogo. Sabia que a decisão final era minha, e fazia questão de demonstrar isso.

— Ela pediu para ir a um fast food amanhã. Um último momento antes do casamento. Não vejo problema, mas, claro, a decisão é sua.

Eu poderia negar. Poderia demonstrar poder ali, mas não valia a pena, não queria começar assim. Sofia teria seguranças, minha irmã Laura iria junto assim como a dela. Ela não iria a lugar nenhum sem que eu soubesse. Então assenti.

— Que vá. Mas meus soldados a levarão, assim também Laura minha irmã vai acompanhar suas filhas, então vão juntas.

A noite seguiu seu curso, com formalidades e discursos vazios. Mas enquanto todos celebravam, eu só conseguia pensar em uma coisa: a frustração de não poder levar Sofia para a minha cama naquela noite.

Quando a festa acabou, segui direto para o meu apartamento. A acompanhante de luxo que me atendia todas as noites já me esperava. Não trocamos palavras. Não precisava. Meus desejos eram claros, e ela sabia exatamente como me servir.

Foi uma noite quente, intensa, cheia de dominação. Uma forma de extravasar o controle que eu mantinha  o tempo todo. Mas mesmo quando seu corpo estava sob o meu, minha mente me levava a bunda arrebitada e redonda de Sofia.

Era irritante.

Quando finalmente voltei para casa, encontrei meu pai à minha espera, meu pai foi um ótimo pai, ele amava e respeitava minha mãe, cuidava da minha irmã com muito amor, aliás todos nós, minha irmã era a mais nova e cuidávamos dela com muito carinho, fui me deitar e comecei a pensar nas curvas da insolente acabei batendo uma punheta e após tomar um banho fui logo dormir.

 Ele não era um homem de rodeios. E eu sabia exatamente o que ele diria antes mesmo que abrisse a boca.

— Você sabe que precisa mandar ela embora né, dois meses passam rápido e não podemos ter escândalos e confusões. Você não pode ter amantes. Nada pode manchar sua posição. Nada pode fragilizar seu domínio, se sua esposa que não parece ser de fácil domínio encontra sua amante teria problemas — falou ele.

Nós temos todos os mesmos padrões, odiamos traição, nunca traia alguém que fecha os olhos e dorme confiando em você, se você trai ela que princípios tem?

Cruzei os braços, ouvindo em silêncio. Eu já sabia disso. Mas Valentina… Ela não era apenas uma esposa de contrato. Ela era um desafio.

E desafios me instigavam.

— Isso não será um problema. — respondi por fim.

Meu pai me olhou por um instante antes de assentir.

— Espero que saiba o que está fazendo.

Saí do escritório com um sorriso discreto. Eu sabia exatamente o que estava fazendo.

Sofia poderia correr o quanto quisesse. Mas, no fim, sempre voltaria para mim.

Quando amanheceu logo sai de casa e fui até a empresa, foi um dia de cobranças e Pegar uns ratos, não era o Don oficialmente, mas já cuido de tudo que é sobre a família, o dia passou tranquilo e a noite me informaram que minha noiva estava na lanchonete, o soldado mandou uma foto dela e eu acabei rindo, quando envolvia essa menina eu andava rindo demais, ela estava de legging e moletom, minha irmã e a sua estavam próximas também, larguei o celular e foquei em trabalhar eram mais ou menos 9 horas da noite quando meu telefone tocou:

 E ali eu sabia que a merda tinha acontecido, provavelmente precisaria matar alguém, ou por fogo na porra do universo.

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