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Grávida Do CEO Arrogante

Dante Rossi

Sou Dante Rossi, o CEO da Rossi Exportações, comando a empresa e meus negócios no sub mundo com punhos de ferro, sou conhecido como imbatível e costumo não perdoar erros, não existe segunda chance comigo, se você errou acabou, na máfia é assim, somos engulidos quando a margem para erros, e somos afetados por cada ato impensado.

Estava na minha sala quando Fernando chegou me avisando que teria uma reunião com a advogada da empresa, Alessia é uma mulher com garra, excelente profissional e herdeira da família Romano e minha amiga, amiga com benefícios digamos assim, o pai dela e o meu são amigos a muitos anos e ela sendo filha única é a herdeira de tudo, isso não importa muito para mim, pois tenho muito mais do que ela e não tenho interesse em nada além de uma boa foda.

__ Estou indo para lá agora, Fernando, peça que levem um café para a sala de reunião — falei e sai da minha sala em direção ao escritório, vejo os cochichos e risadas quando passo e sei que essas meninas me querem, sempre que alguém me interessa eu levo para cama, nunca me disseram um não aqui dentro e acredito que nunca vai acontecer, pois elas querem o momento e o dinheiro.

Minha equipe era composta por homens imbatíveis e mulheres sensuais, algumas me serviam de outras formas também, minha regra é nunca esquecer o preservativo, pois algumas tem como objetivo fazer um herdeiro meu e ficar com uma boa pensão ou quem sabe um casamento, acham que eu sou idiota, mas isso nunca aconteceria, já tentaram me empurrar filhos, e fiz vários DNAs e como eu tive sempre certeza nenhum filho era meu, eu não cometo esse erro.

Entro na sala de Reunião e encontro ela sentada, Alessia é estilo mulher fatal, decidida e potente, sem conversas fúteis e direto ao ponto.

__ Bom dia, tudo bem Dante? - Ela pergunta-me e os meus olhos caem imediatamente nos seus peitos quase pulando para fora, ela sempre usava longos decotes e roupas justas, era o estilo dela, não o que eu buscava para alguém que ficaria do meu lado.

__ Alessia, estou bem e você está divina, como está o seu pai? — respondi cordial e perguntando por seu pai ela logo respondeu:

__ Estamos bem, vamos ao que interessa — ela disse direta e sentei na minha cadeira olhando os papeis que tinha que analisar.

Sentamos na mesa e peguei os papeis que queria que ela assinasse e fizesse a revisão, vi que a menina entrou trazendo o café e não agradeci, estava concentrado e vi que também saiu rapidamente.

__ Preciso que essa documentação seja toda organizada, que o juiz assine essa autorização ainda hoje, me conhece né, sem espaço para erros — falei firmemente, pois não aceitava que falhassem comigo e ela estava sempre ciente.

__ Certo poderoso, agora vamos ao que interessa — Ela levantou e trancou a porta da sala, virou para mim e começou a erguer o vestido lentamente.

__ Vamos ter pelo menos 15 minutos antes da sua próxima reunião, quero te sentir — ela arrastou minha cadeira para o lado e ajoelhou na minha frente e colocou as mãos no botão da minha calça, logo desceu o zíper e o elástico da cueca trazendo meu pau totalmente a mostra.

Gostava do lance que tinha com ela, pois não tinha obrigação, era somente sexo cru e deliciosamente forte.

Alessia começou a me chupar, ela olhava nos meus olhos a todo momento, levei a mão ao seu cabelo e comecei a ditar o meu ritmo, ela tinha bastante experiencia em agradar um homem e sabia o que fazer, logo gozei na sua boca, ela gostava de algo mais forte e eu também.

Ela levantou após tomar até a última gota e arrumou o vestido para sair, mas eu não a deixaria sem dar a ela o prazer, então puxei seu braço e a trouxe para mim, beijei seu pescoço e a empurrei na minha mesa, subi seu vestido e coloquei o preservativo rapidamente, sempre tinha na gaveta da sala, logo penetrei nela e comecei a estocar, ela vinha a mim com os cabelos soltos, pois gostava que puxasse, ela levou a mão até a sua intimidade buscando alcançar rapidamente o seu prazer, Alessia rebolava incansavelmente em mim, puxei seu cabelo e dei um tapa em sua bunda, ela gostava disso e pediu mais, dei outro tapa alcançando o meu prazer e ela junto comigo, agora sim, ela poderia ir embora feliz, nada como começar o dia com uma fofa quente e rápida.

__ Foi bom negociar com você, meu querido, você vai ir no baile de gala do governador? — ela me perguntou arrumando sua pasta e se preparando para sair, parecia a mesma mulher fatal de antes, inabalável.

__ Sim estarei lá, espero te encontrar no dia, mande lembranças ao seu pai — falei e ela assentiu abrindo a porta e saindo rebolando de maneira provocativa.

Aguardo alguns minutos e me preparo para sair da sala, encontro Fernando entrando e ele diz:

__ Esses encontros de negócios são muito produtivos, né, eu ouvi os tapas — Fernando era meu irmão caçula, meu vice-presidente e sub chefe, ele era mais alegre que eu, mas letal na mesma medida.

__ É um voyeur mesmo né, você estava nas câmeras né — falei achando graça, eu não me preocupava com os outros vendo isso, pois não tinha ciúmes, minha atuação era bem interessante e quem visse isso saberia isso.

__ Nosso pai está na sua sala, ele queria vir até a sala de reunião cumprimentar a filha querida e amável do velho amigo Diógenes Romano, convenci ele que a reunião não podia ser interrompida, imagina ele ver a amável Alessia que ele viu crescer chupando você daquela forma e pior sem roupas né — ele disse e eu concordei, meu pai queria que eu me casasse com a Alessia, mas ela andava com muita gente, nosso sexo é bom, mas para estar ao meu lado no comando tem que ser alguém que aceite as ordens do marido e não alguém com o mesmo gênio que ele, sem contar que tinha dúvidas em relação à instabilidade emocional dela, mas isso é assunto para outro momento, já a vi perder a cabeça em vários momentos com clientes e soldados, sem contar que trata seus funcionários de maneira deplorável, eu já sou assim, minha futura esposa terá que ser diferente.

Entrei na minha sala e meu pai estava recebendo um café, aproveitei para ir ao banheiro lavar as mãos, rapidamente e quando sai a menina tinha deixado meu café e saiu.

__ Filho, minha querida Alessia estava aqui?, queria cumprimentar ela, pena que a reunião não podia ser interrompida — meu pai já estava com 70 anos e andava mais debilitado,ele apesar de doente e mesmo com o diagnóstico de demência ele vinha até a empresa pelo menos uma vez por semana, mas era sempre para olhar, minha mãe faleceu a 1 ano e ele sofreu muito, todos sofremos, mas ele casou com ela quando ela fez 18 anos e viveu 40 anos ao lado dela, sua morte trouxe devastação e dor, ele abandonou o cargo e eu venho cuidando de tudo, a enfermeira que cuida dele na nossa casa também faz visitas ao meu quarto e demostra muito cuidado com o meu pai, pelo menos na minha frente e sei que meu pai não gosta dela, mas não vi nada que a desabonasse.

__ Sim meu pai, ela veio pegar a documentação para as licitações e levar até o governador para assinar ainda hoje — respondi calmamente, meu pai é o meu exemplo, meu ponto de referência e respeito, vendo o sofrimento dele que vi que não quero me casar, não quero perder alguém que amei e junto alegria de viver, tínhamos mutualmente uns aos outros e cuidaríamos dele muito bem.

Vamos almoçar juntos pai — perguntou Fernando e ele assentiu, a enfermeira entrou para lhe dar o remédio e me olhou sorrindo, ela era enfermeira dele a um ano, e cuidou da minha mãe antes da morte.

Bom dia, Sr Dante, Fernando, vamos lá Sr. Leonardo, tomar sua medicação — ela disse para meu pai que parecia não querer esconder que não gostava dela, meu irmão o repreendia, achava que era sequela da demência.

__ Talia pode deixar que levaremos meu pai para casa depois, está dispensada, peça ao motorista para levá-la para a mansão — ela abriu um sorriso, não usava uniforme e andava com motorista, ela era interesseira e almejava uma vida assim, então gostava muito do que vivia e ainda ganhava um ótimo salário.

Saímos os três para almoçar e logo e seguida cuidar de alguns assuntos relacionados a máfia.

Sempre tinham ratos e traidores, o conselho me cobrava uma esposa e para meu irmão também, pais vinham aos montes me oferecer uma esposa, mas se eu me casasse seria com quem escolher, para meu deleite e não pela máfia, afinal sou eu quem dormirei com ela e não a associação.

É um emprego mãe

Acordar às 4 horas da manhã para dar tempo de pegar o metro e ir até o centro da cidade e começar a trabalhar as 8 horas é muito cansativo, mas preciso, me formei esse ano e precisei logo começar a trabalhar, não consegui começar a faculdade que era meu sonho, meu pai está sempre alcoolizado e minha mãe é uma narcisista, não trabalha e acha ruim que eu seja a menina do café, diz que eu deveria procurar um marido rico ou trabalhar como acompanhante de luxo, custo a acreditar que minha mãe é assim eu nem bonita sou, temos uma casa alugada aqui na area rural da cidade, por isso demoro tanto tempo para chegar, nosso vilarejo é um horror, e dominado pelos criminosos, quero muito conseguir me manter no centro, e não morar com meus pais, mas com o salário que ganho não dá.

Tenho uma irmã chamada Charllote, ela tem 20 anos e é como a minha mãe, sem muitos objetivos na vida além de achar um marido rico, eu queria fazer faculdade de enfermagem, pois amo cuidar das pessoas, mas não será possível tão cedo, aqui na vila São muitas famílias pobres, tem alguns homens que fazem negócios, são como donos aqui, mas não gosto de nenhum deles, tenho poucas amigas, a Luna é a filha de um senhor muito velho, ela é novinha, mas cuida da casa e do pai, a Marisa que é mais velha que eu, mas sofre horrores também, ouvi minha mãe dizendo que os caras pediram a casa dele ou o dinheiro que ele devia, é isso que eles fazem, emprestam dinheiro para necessidades básicas e depois ameaçam.

__ Vou me deitar, sabem que eu acordo cedo- falei para meus pais que estavam com amigos em casa, um deles me olhava de forma grosseira, chegava a ser nojento, tratei logo de ir para o quarto e trancar a minha porta, era mais ou menos 1 hora da manhã e eu não conseguia deitar em paz, o barulho era demais, então ia me preparando para sair quando ouvi algo que me deixou horrorizada.

Sim tenho certeza que ela é virgem, confie em mim Arnaldo, você pagou por uma boa noite de prazer, noite não porque ela sai às 4 horas para trabalhar, amanhã poderá pegar ela quando chegar- ela disse e ouvi um homem responder:

Acho bom, tenho ótimos planos para ela, venho amanhã e não quero erros- ele falou e ouvi passos se afastando.

Não pude acreditar no que ouvi, minha mãe vendeu minha virgindade para um amigo? Pior, um bandido. Preciso sair daqui, abri a porta do meu roupeiro e peguei meus documentos, minhas coisas mais urgentes e a pouca economia que tinha juntado, se minha mãe visse dinheiro meu com certeza pegaria tudo para ela.

Coloquei um casaco e sai pela janela, andei um caminho escuro apé, assim que avistei os homens do Arnaldo se afastar, apesar de um pouco de medo eu não pararia, tinha medo, mas eu sempre andava ali para pegar o ônibus, um senhor velhinho passou de carro e me ofereceu ajuda, fiquei com medo de aceitar a carona, ele pareceu um bom homem, então acabei aceitando, dos males o menor seria ele, pois se algum homem do Arnaldo me visse certamente poderiam vir atrás.

__ Vou até o Hotel Camboa, sou cozinheiro lá menina, você quer ir até onde?- ele perguntou.

__ Sou copeira da empresa Rossi exportação, sempre saio esse horário, um pouco mais tarde, mas preciso pegar o metro mais cedo hoje- falei e ele me olhou espantado.

__ Você sai cedo assim para pegar o metro e trabalhar na empresa Rossi, o meu hotel também é deles, o dono lá, o Sr. Dante Rossi é implacável, não aceita erros, por isso também saio mais cedo, tenho medo de que qualquer imprevisto me tire o emprego, afinal pelo menos pagam bons salários- ele falou e eu concordei.

Já tinha escutado falar sobre o dono da empresa e como as mulheres fazem filas para cair na cama dele, pensei e logo sacudi a cabeça para afastar o pensamento.

Durante as horas na estrada eu soube que ele era pai de 3 meninas e que era avô já, que sustentava a casa sozinho, pois ali no nosso bairro a pobreza dominava com a criminalidade.

__ Você correu muitos riscos indo esse horário pegar metro filha, é perigoso e existem homens maus por lá- ele falou claramente preocupado.

__ Bem, eu precisava, pois meus pais não trabalham, e também agora não mais, a partir de hoje eu não volto, vou achar uma pensão por lá ou um apartamento bem baratinho que eu possa talvez achar alguém para dividir, digamos que ficou perigoso demais morar lá- falei e logo chegamos.

O dia hoje iniciou cheio, cheguei às 7 horas com muito sono, afinal não havia dormido nada, fui ao vestiário, me trocar para ir à cozinha, começar os cafés e a organização das coisas.

__ Bom dia Sami, o dia hoje é quente, Alessia a advogada bonitona já está na sala de Reunião aguardando o poderoso, leve o café e ela dará a ele o chá que ele gosta- Julie falou rindo, ela era minha colega, a única que me ajudava, todos sabiam o que o chefe fazia com a advogada e com as outras mulheres que passavam pela sua sala, ele é um homem bonito, mas nada discreto, sim, eu notei ele e sim ele não presta, mas a sua maldade precede a sua beleza, pelo menos é o que falam aqui dentro, eu acredito que ele nunca nem tenha notado a minha presença.

__ Julie estou procurando um lugar para ficar hoje, não posso voltar para casa- falei e ela me olhou séria.

__ AH meu Deus, o que a louca da sua mãe fez? - ela era a única que sabia o que ela fazia comigo, contei tudo para ela e meu telefone tocou.

__ É ela, minha mãe- falei tensa, não sabia se atendia ou não, então minha amiga disse:

__ Atende e diz umas boas verdades, tenho um quarto sobrando no meu apartamento, podemos dividir as despesas, falo com as meninas primeiro, mas por mim não tem problema, bota um ponto final nisso- ela disse e concordei, chega de ter medo dessa maluca.

Resolvi atender.

__ Fala mãe- respondi friamente.

__ O que você tem na cabeça, Arnaldo me deu $ 5000 para dormir com você, disse que viria hoje para consumar, vi que levou a sua bolsa, o que está pensando? Filha esse lugar que você se mata não vai te levar a lugar nenhum, nem pode dizer que isso é um emprego.- ela falou furiosa sem nem ter a vergonha de admitir que me vendeu.

__ Mãe, você não tem vergonha?  Não vou dormir com ninguém, está louca né, isso é um emprego, sim, é o que me permitiu juntar as minhas economias e me livrar de vocês- respondi furiosa.

__ Economias? Como assim? Você tinha dinheiro e não me deu, é uma ingrata né, a noite quando chegar você me paga, Arnaldo pagou pela sua irmã menos da metade do que pagou por você- ela falou achando que eu iria para casa.

Eu não vou mais para casa, não vão me ver mais, me esquece, vou desligar porque vou começar a trabalhar- falei desligando a ligação e contemplando a cara de choque da minha colega.

Sério, sua mãe não é gente, você está aqui a 5 meses né, deu para juntar alguma coisa? - minha amiga perguntou.

__ Pouco, mas sim, consegui juntar alguma coisa, agora falamos depois, essa noite eu vou para um hotelzinho e você se organiza com as suas colegas do apartamento, amanhã você me dá uma resposta- falei e ela assentiu indo fazer o seu trabalho.

Preparei a bandeja e fui para a sala de reunião, no caminho encontrei o Sr. Fernando, ele é muito gentil e me cumprimentou.

__ Sami, bom dia!! Como está? Sirva o café e leve outro para meu pai que está na sala do meu irmão - ele falou

__ Certo Sr. levarei logo em seguida- falei e entrei na sala

__ Com licença, trouxe um café- eu disse e como sempre não me responderam, ela só olhava com cara de nojo e ele nunca ergue a cabeça.

Deixei o café e tratei logo de sair, fui atender o Sr. Leonardo.

__ Bom dia, Sr. Leonardo, como tem passado, trouxe seu café com creme, pois sei que gosta, leite desnatado para não interferir no seu tratamento- falei e ele me olhou gentilmente.

__ Olá menina, obrigado pela gentileza, o que houve? Está com uma carinha de preocupada hoje, se precisar de algo me avise, não importa o que, sua gentileza merece recompensa- ele falou me deixando espantada, me conhecia ao ponto de ver que eu não estava bem ou eu que era transparente demais.

__ Nada de mais, tive que ir embora da minha casa, mas como eu já saia as 4 horas da manhã para dar tempo de chegar aqui no fim, foi melhor para mim- falei sem perceber e vi o filho do homem me olhando.

__ Aí S.r Fernando, me desculpa, não tenho que falar da minha vida- me desculpei rapidamente e ele me pediu calma.

__ Tudo bem, calma Sami, só fiquei espantado, você saia às 4 horas da manhã para iniciar aqui as 8? - ele perguntou espantado.

__ Sou obrigada, era né, agora eu vou para um hotelzinho essa noite e depois vou vendo o que fazer, meus pais não trabalham e queriam todo o meu dinheiro, quero fazer faculdade de enfermagem e sem juntar não consigo, eles tiveram uma atitude que foi a gota d'água, então foi resolvido já, agora se me der licença estou indo- me despedi e sai.

Voltei para a cozinha e fiz minha rotina de trabalho normal, a minha chefe me chamou e disse:

__ Samira, preciso que você fique até as 20 h hoje, tem reunião até o último horário e tenho outro compromisso - ela falou e saiu sem me dar chance de questionar.

__ Estou tão cansada, que Deus me dê forças, mas vamos lá- falei e voltei a arrumar meus compromissos.

O dia passou voando e quando vi já eram 18 horas, o pessoal começou a ir embora e eu fiquei ao lado do telefone aguardando pedirem, sempre que era reunião noturna se trocava os cafés por bebidas, mas eu já havia aprendido a fazer, então bora que a noite não acabou, servi pelo menos 200 copos de bebida, eu fazia e o garçom levava tudo.

Quando finalmente a noite acabou e eles foram embora me preparei para sair.

O encontro no elevador

As reuniões noturnas quando aconteciam eram misteriosas, vinham vários homens esquisitos, todos com cara de quem não eram nada bons, e sempre muito acompanhados por guardas, o andar ficava uma bagunça de gente, e por isso era sempre depois das 18 horas.

Hoje solicitaram bebidas pelo menos 200 x e quando estavam acabando fui logo me vestir no vestiário, aproveitei para tomar um bom banho já que nem sabia se conseguiria achar hotel hoje, olhei no relógio e já passavam das 21 horas, estava ferrada, agradeci ao garçom e sai logo para pegar o elevador.

Coloquei um vestido leve e soltei meu cabelo, com ele preso o dia todo se não soltar ele fica marcado, passei um perfume e me dirigi a saída se eu for procurar hotel fedendo ou com roupa velha vão me achar uma coitada.

__ Droga, elevador de serviço desligado, vou pelo social mesmo, esse horário ninguém mais está na empresa, -  pelo menos era o que eu imaginava, mas me enganei.

Quando o elevador parou e entrei, ia fechar a porta, um braço a impediu de fechar e quando vi o Sr. Dante entrar fiquei com medo de ser demitida, se ele reclamasse eu estava ferrada e logo agora não poderia ficar desempregada.

Vi que ele me olhou de cima a baixo, ele era grande e forte, nunca havia reparado como era cheiroso também, acho que nunca cheguei tão perto assim para que sentisse antes.

__ Boa noite, moça- ele falou e eu olhei para ele, temendo muito que ele brigasse comigo.

__ Boa noite, Sr. Dante, estava sem acesso ao outro elevador, por isso peguei esse, me desculpa- quando vi já estava me desculpando.

__ Calma ai, você trabalha aqui? É nova? - ele perguntou e só aí me dei conta de que ele não tinha me reconhecido, claro que não né, está sempre comendo as funcionárias, vai notar uma simples menina que entrega café.

Comecei a rir e quando ia responder o elevador balançou e travou, segurei no braço dele sem querer e soltei logo, ele imaginando meu medo logo me tranquilizou.

__ Não se preocupe, logo já ajusta, a segurança vai ver que estamos parados aqui- ele disse quando soltei a mão dele, eu tinha medo e não faltava mais nada, o primeiro encontro com o temido Dante e seria atacada pela minha claustrofobia.

__ Ai meu Deus, não posso ficar presa, e se já tiverem indo embora?- falei me desesperando sentindo a minha garganta fechar.

__ Você tem medo? Está tudo bem, não vai te acontecer nada- ele falou e segurou minha mão, um conquistador mesmo, vi ele acionar o botão de segurança.

Sentei no chão deixando o medo de cegar e ele sentou na minha frente.

__ Olha para mim, está tudo bem, segure a minha mão e diga agora quem é você- ele estava tentando me distrair e já com lágrimas nos olhos eu respondi:

__ Sou a Samira, o Sr. Fernando me chama de Sami, mas aqui na empresa não são muitos que me notam, eu entrego café para todo mundo, inclusive os convidados arrogantes- eu podia estar falando muita besteira, mas estava apavorada e provavelmente morreria mesmo então vou falar.

__ E de onde conhece meu irmão para que ele te dê apelidos? - ele perguntou usando seu polegar para acariciar minha mão, seu toque era quente e aquilo estava me deixando realmente mais calma.

__ Estou aqui a cinco meses Sr. Dante, seu irmão fala comigo todos os dias, diferente do senhor conhecido como um homem implacável, ele é um rapaz legal e simpático- ele afunilou o olhar sobre mim e falou algo que eu não esperava.

__ Você já parou na cama dele? - instantaneamente dei um tapa em seu rosto e coloquei minha mão na boca vendo a burrada que eu havia feito.

__ Ai me desculpa, sinto muito, estou ferrada, não posso perder esse emprego, pois nem onde morar hoje eu tenho, nunca fui para a cama com ninguém, homem só enxerga isso- eu chorava igual uma criança pequena e ele se mantinha atento ao meu movimento, parecendo não acreditar que eu tinha lhe dado um tapa.

__ Está tudo bem, você é corajosa, tenho que admitir, não vai perder seu emprego não, respire devagar e se acalme- ele mesmo levando um tapa na cara não se irritou, será que é tão mau como dizem?- ele continuou me dando a mão e fiquei com os olhos fechados, sem dormir já a noite inteira e trabalhando até essa hora o sono me venceu e acabei dormindo.

Dante...

Entrar no elevador e ver essa jovem tão linda e cheia de vida ali sozinha foi bom, pensei logo em terminar minha noite no quarto do hotel, ela deu uma crise quando o elevador pifou e descobri ser a minha funcionária, recebi uma mensagem do técnico de segurança avisando que eles estavam arrumando, mas infelizmente levaria algumas horas, me sentei em sua frente puxando assunto e descobri que era a menina do café, confesso que nunca havia notado tamanha beleza, realmente mexeu comigo, a sua coragem também contou positivamente, foi o primeiro tapa que levei na vida, quando ela disse que meu irmão diferente de mim era um bom homem senti um incômodo, achei que ela já era um contato dele, e como não tenho muitos rodeios eu perguntei abertamente, levei um tapa na cara e fiquei surpreso com a ousadia dela.

__ Eu não vou dormir com esse nojento mãe, não vou me vender por dinheiro- ela falou enquanto dormia com a cabeça escorada no meu ombro e me perguntei que história era aquela.

__ Não Arnaldo, me solta - ela gemeu mais uma vez e pensei em acordá-la, marquei bem aquele nome, Arnaldo, quem é você? Mas não precisou, ela despertou em um salto, seu pesadelo era ruim demais, pois seu olhar mostrava muito desespero.

__ Está tudo bem? - não falei do que disse dormindo, pois não queria constrangê-la

Quando ela ia responder, o elevador voltou a funcionar e ela levantou aliviada.

__ Me desculpe por dormir, estava virada da noite passada, tive que sair da minha casa e acabei não dormindo, a chefe pediu que eu ficasse até mais tarde e eu preciso muito deste emprego, então aceitei, vou agora procurar um hotel que já é um novo dia e eu posso dormir até mais tarde amanhã, pois vou ver algo aqui perto hoje- ela falou e assim que a porta abriu ela saiu disparada.

__ Quem é você, Samira, e por que mexeu tanto comigo? - olhei para o segurança e pedi que me enviasse a ficha toda da menina, onde morava, seus pais, seu tempo na empresa, escola, enfim, tudo mesmo, pedi sigilo e ele assentiu, me direcionei até a garagem e quando sai vi que a chuva caia muito forte e minha cabeça voltou aquela menina.

__ Será que conseguiu achar um lugar? - falei alto dentro do meu carro, me pegando pensando nela e pior, preocupado com ela.

Olhei ao redor e andei um pouco com o carro, mas não a encontrei, então fui para a minha casa, mas minha cabeça estava fixa nela.

Cheguei em casa e meu pai e irmão estavam na sala vendo uma luta, meu irmão era fissurado nisso.

__ Oi filho, venha, o menino está ganhando- o lutador era um amigo de infância do Fernando e meu pai sempre o chamou assim.

__ Sim pai- sentei e a enfermeira veio trazer o remédio e ver se o meu pai precisava dela, ela era bonita, mas hoje não me interessou nada.

__ Não preciso de nada, vá, vá e se retire- ele falou rude e ela saiu.

__ Pai não trate a moça assim, ela cuida do senhor- meu irmão falou.

__ Na frente de vocês só, menina ruim essa, eu gosto é da menina Sami- no mesmo instante olhei para ele.

__ Ia perguntar isso, Fernando, quem é essa menina? - ele, que estava distraído, olhou para o celular e voltou a olhar para mim.

__ Quem? A Sami? - eu me incomodei mais uma vez e respondi.

__ Sim Fernando, quem mais? - respondi impaciente.

Ele arqueou-se para a frente e me questionou.

__ Qual motivo da pergunta? Até hoje você não tinha perguntado por ela - os rodeios do Fernando me estressavam.

__ Fiquei preso com ela no elevador e a menina teve uma crise, falou algumas coisas enquanto cochilava aguardando o elevador funcionar- falei querendo mais notícias dela.

__ A Samira trabalha com nossa empresa a 5 meses, pegou no dia que fez 18 anos, morava a quatro horas de distância usando os metrôs, ontem brigou com a mãe e veio para cá, e sim ela tem pavor de elevador, sempre passa mal, não mexe com ela Dante, ela não é igual as outras, a menina é bem-dizer sozinha no mundo, tem uma mãe egocêntrica e um pai alcoólico, a irmã é uma menina ruim também, ambiciosa, ela é a única da raça que se salva- meu irmão me tirou as dúvidas e deixou somente uma:

__ Você sente algo por ela? - fui direto, pois eu com certeza iria querer transar com ela.

__ Não, Samira é minha amiga, tenho afeição por ela, ela é sozinha, alguns dias não almoçava e eu me perguntava se era falta de dinheiro, ela sonha em ser enfermeira e eu cheguei a oferecer uma bolsa para ela, mas ela sempre disse que não conseguiria fazer, ela almoçou comigo algumas vezes na cozinha da empresa, eu pedia comida e levava lá para ela, ela só comia se não tivesse ninguém perto, disse que tem horror à fofoca e confusão e sabe que todas as meninas que passaram pelas nossas mesas acabavam mal faladas- ele respondeu tranquilamente enquanto mexia no celular.

__ Vamos na boate? Chegaram novas meninas hoje e quero ver se não tem ninguém sendo forçada a nada- meu irmão falou e neguei, estava com a cabeça lá naquele corpinho, naquela boca e com certeza naquele tapa.

__ Filho manda essa abusada embora e chama a Sami para trabalhar aqui, ela vai cuidar de mim muito bem- meu pai falou e eu respondi:

__ Vamos ver pai, vamos ver.- falei e ele se mostrou esperançoso.

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