Bruna vestida de noiva, com seu véu e grinalda entra na sala paroquial da igreja onde irá se casar. Ela sorridente segura o seu buquê de noiva enquanto espera o momento de seu casamento.

-Nervosa? - Pergunta Soraia a mãe de Bruna ao visualizar sua filha pronta para o casamento.

- KKKKK... Não! Só ...apavorada! Kkkk- Bruna responde entre risos

- Não precisa ter medo! Você ama o Caio não ama? Então? Pra quê esse medo? - Soraia indaga a filha enquanto ajeita o vestido dela

- É...eu, eu o amo!- Bruna pensa um pouco para falar e dá a sua resposta sem ter tanta certeza assim

- O que foi? Ainda está pensando naquilo? Kkkkk Filha não fique nervosa com isso....Lembre-se do que conversamos... Tenho certeza de que Caio será gentil com você em sua primeira vez! Você está tomando os anticoncepcionais e se sentir dor depois e só tomar um remedinho que passa..... Mais não se preocupe, a dor é só por um breve momento....depois de uns minutos nem vai sentir ou se lembrar mais...você vai ver.....kkkk- Soraia fala com um tom de voz manso para transmitir segurança e tranquilidade para sua filha

Bruna respira fundo para ver se acalma mais o seu coração. Soraia beija a testa de sua filha e ela fecha olhos com aquele gesto de carinho. Em seguida a mãe "coruja" cobre o rosto de Bruna com o véu.

- Simplesmente linda! Aí....kkkk Eu não posso chorar...eu não vou chorar... chorei! Kkkk- Soraia diz olhando para sua filha que está pronta para subir ao altar e emocionada acaba deixando uma lágrima escapar.

Bruna olha para sua mãe carinhosamente e limpa o rosto de sua mãe com seu polegar. Soraia pega a mão de sua filha que estava enxugando seu rosto e beija. Ela tenta disfarçar o seu nervosismo com um riso para não deixar sua filha ainda mais ansiosa.

-Agora fiquei aqui! Eu vou ver como está lá fora....se você já pode ir e também chamar o seu pai.- Soraia fala segurando a mão de sua filha e em seguida sai da sala paroquial da igreja.

Soraia deixa sua filha sozinha na sala e vai para a entrada principal da igreja para saber se tudo está pronto para a entrada de Bruna.

Bruna olha ao seu redor enquanto aguarda a hora de ser chamada. Ela que está ansiosa solta o ar pela boca. Naquele instante a jovem começa a refletir sobre o seu futuro e como será a sua vida depois do casamento.

Algumas dúvidas a cerca de seu noivo acaba vindo a tona e ela balança sua cabeça tentando afastar tais pensamentos.

- Calma Bruna, calma .... Caio te ama e você ama ele...e, fim! Se ele não te amasse não teria te pedido em casamento e se você não o amasse não tinha aceitado...né? É! - Bruna diz consigo tentando convencer a si mesma de dúvidas que permeiam sua mente

De repente um barulho de passos de salto alto ecoam no corredor. Bruna escuta e curiosa vai até a porta. Ao abrir ela vê sua amiga de infância Mônica que está com um vestido preto entrando em uma sala no final do corredor.

Ela estranha a presença de Mônica ali como também a cor do vestido do vestido dela. Mas depois, Bruna reflete e em seguida nem "liga" por saber que sua amiga sempre foi "esquisita".

Bruna pensando que a amiga estava a sua procura sai da sala onde estava e vai atrás de Mônica. Assim que se aproxima da porta no final do corredor onde sua amiga entrou, ela escuta uma voz masculina bem conhecida. A voz é de Caio, o seu noivo.

Naquele momento Bruna exita entrar, pois a tradição diz que o noivo não pode ver a noiva antes do casamento, se não dar azar. Por causa disso ela não entra, apenas abre uma brecha da porta para poder chamar sua amiga Mônica.

- KKKKK Eu amo a Bruna!- Caio diz para a Mônica e Bruna pela brecha da porta, ouve, vê e suspirando sorrir.

- Vai me dizer que não gosta de me f@der? Hã? kkkk - Mônica diz e beija Caio

Bruna que estava atrás da porta vê a cena e paralisada. Na mesma hora ela desfaz o seu lindo sorriso e arregala seus olhos.

-kkkkkPor que veio de preto?- Caio indaga limpando sua boca para tirar qualquer resquício de batom

-Porque eu tô de luto ...te perdi! - Mônica diz alisando o peitoral

-Você não me perdeu Mônica...eu só vou casar....Kkkk Ainda podemos ter bons momentos juntos... kkk- Caio diz e pegando a mão de mônica leva até o seu membro que já está ereto

-Saf@do!- Mônica diz ao sentir a ereção dele.

Mônica olhando Caio fixamente se abaixa. Ela abre a calça dele e morde seu lábio inferior. A melhor amiga da noiva naquele momento sem pudor algum libera o membro do noivo.

Mônica passa a língua por toda a extensão do p3nis de Caio de baixo para cima. Depois de beijinho e lambidas o abocanha.

Bruna do lado de fora da sala ao ver aquilo abre a sua boca para falar, mas não diz uma só palavra. Aterrorizada ela tapa a boca com a sua mão, para não produzir nenhum barulho.

Mônica faz movimentos de entrada e saída intercalando com sugadas e lambidas. Caio está com um semblante que demonstra estar sentindo um enorme prazer e morde o seu lábio inferior. Ele uni os cabelos de Mônica e segurando firme a auxilia.

Bruna mesmo horrorizada observa tudo e acaba deixando escapar suas lágrimas. Ela olha para o rosto de seu noivo, visualiza a expressão facial dele e percebe o quanto ele está sentindo prazer. Caio solta um gemido quando Mônica abre mais a sua boca e o membro dele se aprofunda.

Bruna naquele momento sente o seu sangue fugir de suas veias e o chão sumir debaixo dos seus pés. Ela sentindo um frio intenso consumir todo o seu corpo começa a se tremer.

Com pressa e com medo de alguém vê-los, Caio puxando os cabelos de Mônica a faz acelerar os movimentos. Ele chegando ao seu auge do prazer urra e se libera na boca dela. Bruna chocada vendo aquilo não reage e continua imóvel atrás da porta.

Mônica olha para fixamente Caio e engole tudo. Em seguida, ela sorridente se levanta limpando os cantos de sua boca e lambendo os dedos sujos.

Desnorteada Bruna sai dali com a sensação de que o mundo ao seu redor está girando. Ela caminha de volta para a sala onde estava sentindo uma dor enorme em sua alma, pois para a jovem é como se uma faca tivesse a perfurado e aberto o seu peito.

Bruna foi traída somente pelo seu noivo Caio, mais também foi traída por sua melhor e única amiga, Mônica.

Ainda se tremendo, Bruna com suas mãos geladas gira a maçaneta da porta da sala onde se encontrava anteriormente e adentra o local vagarosamente.

Na sala do final do corredor, Caio ainda ofegante, coloca seu membro para dentro e ao fechar a sua calça acaba voltando seu olhar para a porta e percebe que a mesma está entreaberta. Ele rapidamente vai até lá e sai fora da sala no intuito de saber se alguém esteve ali, se alguém o viu com Mônica.

Caio não visualiza ninguém. Ele entra de volta na sala e fecha a porta. Mesmo não tendo visto nada do lado de fora o noivo continua intrigado e fica com um semblante preocupado.

Na outra sala, Bruna sente um entalo se formar em sua garganta. Com dificuldade para respirar ela coloca a mão em sua barriga enquanto continua a lacrimejar. Em choque ela abre a boca, mas não fala nada e nem faz nenhum barulho.

Para não gerar suspeitas, Caio combina com Mônica para não saírem ao mesmo tempo da sala. Ele vai a frente para o salão da igreja e depois de alguns minutos a amiga de Bruna sai da sala. Rodrigo o pai da noiva, enquanto caminha com sua esposa visualiza de longe o noivo sorridente se direcionar ao altar.

Os pais de Bruna alegres entram na sala paroquial onde ela está.

Soraia assim que vê a sua filha em uma crise nervosa corre para socorre-la.

- Bonequinha ....!- Soraia diz abraçando Bruna e tenta acalma-la pois ela se treme feito vara verde.

- O Caio acabou de passar por mim sorridente indo para o altar...e a Bruna está assim? O que aconteceu?- Rodrigo se assusta e ao mesmo tempo estranha o estado que sua filha se encontra.

Rodrigo descarta uma discussão entre Bruna e Caio, pois viu seu genro passar por ele e ir para o altar feliz e sorridente. Sem saber o que realmente aconteceu ele olha para sua filha esperando ela falar algo.

- Não era pra ter deixado ela sozinha...Viu o que aconteceu? ! ...- Rodrigo briga com sua esposa

- Eu fui te chamar ora essa!- Soraia tenta se explicar ainda abraçando sua filha

- E o celular quebrou? Me mandava mensagem....- Rodrigo fala aborrecido

- Ah! Rodrigo, vai ficar ai parado me condenando ou vai me ajudar? - Soraia angustiada sem palavras fala

- Filha, filhinha...conta pro papai por que tá assim.... Bruna.... Meu amor, você ainda quer se casar?- Rodrigo pergunta com sua voz calma tentando descobrir o motivo daquela crise

Bruna não fala nada apenas abraça bem forte a sua mãe. Seu pai a olha aflito e angustiado com aquilo esfrega seu rosto com sua mão.

- E agora Soraia?- Rodrigo indaga sem saber o que fazer ou dizer

- São os nervos...medo do casamento... É...é isso! crise de Pânico! Vai indo na frente e espera a Bruna na porta principal da igreja. Já já nos vamos! - Soraia deduzindo que sua filha apenas teve uma crise nervosa, ameniza a situação

- Tá...eu tô indo!- Rodrigo diz olhando para sua filha e sai dali preocupado

Soraia sai do abraço e senta sua filha na poltrona. Ela pega um copo descartável e enche com água de um bebedouro que tem na sala. A mãe aflita por sua filha abre sua bolsa pega um vidrinho de calmante que estava dentro. Soraia coloca algumas gotinhas na água e em seguida dá para Bruna.

- Bonequinha beba....É calmante... Eu trouxe pra mim, mas pelo jeito você está precisando mais do que eu...Anda bebe! Isso aqui rapidinho faz efeito e aí você vai se sentir melhor!- Soraia diz entregando o copo com calmante para Bruna.

Bruna pega o copo descartável e olha para o líquido dentro. Ela toma tudo num só gole e Soraia respira aliviada.

- Agora vamos secar as lágrimas de seu rostinho lindo e torcer para a maquiagem não ter borrado.- Soraia diz se tremendo de nervoso

Soraia abre novamente sua bolsa mais uma vez e pega um lenço de papel. Ela levanta o véu de noiva e começa a enxugar as lágrimas de sua filha.

- Ah! Agora sim.... Nem dá pra perceber que chorou! - Soraia diz e volta a cobrir o rosto da filha com o véu

O calmante inicia seu efeito. O organismo de Bruna reage e a faz respirar direito. Ela aos poucos começa a se sentir mais leve e cessando seu choro, para de se tremer.

- Já melhorou né? Da pra ver.... Kkkk Esse calmante é tiro e queda! Bateu Calmou!...kkkk Agora vamos, a noiva por tradição se atrasa, mas não pode é demorar muito....kkk vem bonequinha...vem... mamãe ajuda minha filha...- Sorai diz e pegando no braço de sua filha ela a conduz até a entrada principal da igreja.

Bruna sendo conduzida por sua mãe caminha em direção a entrada da igreja no mais absoluto silêncio. Ela sente seu coração desacelerar por causado efeito do calmante. Com a sensação de seu corpo estar anestesiado a jovem caminha para frente, mas tem a a sensação de esse indo para atrás.

As duas chegam a entrada principal da igreja e se encontram com Rodrigo. O pai de Bruna ao ver sua filha inerte se assusta.

- Filha? Bruna?- Rodrigo fala ainda preocupado, pois percebe que sua filha ainda não está agindo normalmente

- Ela tá bem agora....Eu dei um calmantizinho pra ela!- Soraia revela

- Você o quê?!- Rodrigo leva um susto

- Isso mesmo...Ora Rodrigo não venha me julgar agora...Como acha que ela ia se casar daquele jeito? Eu só fiz isso pra ela se acalmar...Ah! não me olhe assim! Eu não matei ninguém!- Soraia diz em sua defesa enquanto ajeita sua filha em frente a porta da igreja que está fechada.

- Ficou louca mulher! Olha como você deixou nossa filha! Ela parece um zumbi.... não fala nada só respira! Soraia quando eu chegar em casa vou pegar todos esses calmantes que você diz ser naturais e vou jogar tudo na privada!- Rodrigo fala bravo e ameaça

- Ai! Rodrigo para... Eu fiz isso com boas intenções...eu não sabia que ela ia ficar assim....só queria fazer ela parar de chorar....- Soraia se explica

- De boas intenções o inferno tá cheio... já dizia o ditado!- Rodrigo fala irado

- Tá dizendo que eu vou pro inferno porque dei calmante pra nossa filha?- Soraia incrédula pergunta

-Ela não vai se casar assim!- Rodrigo diz convicto olhando para Bruna que observa tão fixamente a porta principal da igreja que nem pisca

- O quê? ! Que isso Rodrigo não exagere, não estraga o casamento de nossa filha ...Ela só ficou nervosa e agora....só....só tá um pouquinho calma demais...só isso! Logo o calmante vai perdendo o feito e aí ela volta ao normal....- Soraia rebate tentando fazer seu marido mudar de ideia

- Eu nunca vi na minha vida uma noiva ficar nesse estado! Ela não vai subir o altar desse jeito e tá decidido!- Rodrigo diz e puxa o braço de Bruna para sair da porta da igreja e Soraia intervém

- Se fizer isso a Bruna não vai te perdoar! Escuta bem o que eu tô te falando! Ela sonhou tanto com esse casamento, planejou tudo nos mínimos detalhes até ensaiou a entrada na igreja.... Você sabe mais do que eu o quanto ela aguardava ansiosa por esse dia....- Soraia afirma e Rodrigo solta o braço de sua filha

Por saber que tudo o sua esposa disse é verdade Rodrigo se cala. Com medo de entrar posteriormente em conflito com Bruna, ele engole suas palavras, volta atrás em sua decisão e decide seguir com o casamento.

Rodrigo se posiciona ao lado de Bruna. Ele pega a mão de sua filha e coloca envolta de seu braço. Olhando para a porta da igreja ainda fechada, ele aguarda o momento da mesma se abrir para a levar até o altar.

- Avise que estamos prontos!- Rodrigo diz e olha para sua filha que não esboça nenhuma reação.

Soraia sorrir e sai depressa para avisar que a noiva está pronta para entrar.

- Bruna minha filha, quero dizer a você que.... você não é obrigada a se casar... Se não quiser nem precisa entrar e ir para o altar. Você pode desistir a qualquer momento eu não vou me zangar ou brigar.... Na importa o dinheiro que foi gasto, não importa os convidados... O importante é a sua felicidade! Eu não sei o que aconteceu pra você ter ficado assim, mas uma coisa eu digo, o que você decidir na hora do "sim" pra mim tá decidido e eu vou te apoiar!- Rodrigo diz e Bruna que estava com seus olhos fixos na porta se volta para o seu pai e o olha .

- Papai te ama filha!- Rodrigo fala e beija a mão de Bruna que em silêncio estava e silêncio fica

Abruptamente o céu escurece e o som de um raio é escutado bem alto. O vento forte faz barulho em um prenúncio de um temporal.

As portas da igreja se abrem, os convidados se levantam do banco e a marcha nupcial toca. Bruna olha para frente e vê que todos os presentes estão sorridentes. Ela não sorrir e sendo conduzida pelo seu pai caminha em direção ao altar.

Um vento forte entra na igreja derrubando alguns arranjos de flores. Rapidamente o organizador fecha as portas já vendo as enormes gotas de chuva caírem do lado de fora. O temporal que não estava previsto se inicia, mas aquilo não será o único imprevisto do dia.

Mesmo se sentindo mais leve, mais calma e relaxada Bruna não esqueceu da traição de seu noivo e de sua "amiga". Enquanto caminha, ela olha para caio que está com um semblante feliz e com um sorriso largo.

Naquele momento Bruna vê um filme passar diante de seus olhos. Momentos felizes que viveu com Caio surgem em sua mente. O instante que conheceu ele no seu primeiro dia no escritório de advocacia. A primeira vez que ele a chamou para tomar um café e ela negou porque não gosta da bebida.

Bruna reflete como Caio insistiu para que ela aceitasse sair com ele. Lembranças do primeiro encontro vem a tona, juntamente com a memória do primeiro beijo. Ela também se recorda da conversa sobre sex@ que teve com Caio. De como ele aceitou e concordou em esperar para tê-la só após o casamento.

O momento do pedido de casamento invade a mente de Bruna. Ela se lembra do quanto Caio foi romântico contratando um helicóptero para jogar pétalas de rosas vermelhas enquanto ele ajoelhado declarava seu amor para ela no meio da rua e diante de todos os colegas de trabalho.

Naquele instante Bruna visualiza sua "amiga" mônica sorrindo para ela. Aquilo faz vir a tona a cena de traição vista ainda a pouco e acaba mexendo na ferida aberta de peito. Rodrigo entrega sua filha para Caio e ele ao recebe-la beija a mão dela.

Os noivos sobem o altar e se sentam nas cadeiras que estão ali. Olhando fixamente para o padre Bruna se pergunta mentalmente o porque aquilo teve que acontecer com ela.

- .......Meus queridos filhos...estamos reunidos aqui para celebrar a união deste casal...Caio e Bruna!- O padre inicia a sua fala e Bruna pensativa olha para um ponto qualquer da igreja

A falsidade de Caio e Mônica gera repulsa e ânsia de vômito em Bruna. Naquele momento vem tona vários questionamentos e a jovem com inúmeras dúvidas fica sem saber o que irá fazer. Perdida em seus pensamentos Bruna acaba nem escutando o sermão do padre. Alheia a tudo ao seu redor ela se pergunta mentalmente o que ainda faz ali.

- Então.... Bruna Arantes Lopes, você aceita Caio Trindade Fontes como seu legítimo esposo ?- O padre indaga ao microfone e Bruna ainda pensativa não escuta a pergunta

O padre aproxima o microfone de Bruna. O sacerdote olha para ela a espera da resposta, assim como Caio e todos os convidados na igreja. A jovem presa em seus pensamentos demora responder.

Caio com um sorriso nervoso em seu lábios se vira para Bruna e bate levemente em sua mão no intuito de a tirar do transe. O padres arranha a garganta, esperando a noiva falar.

Rodrigo o pai da jovem, preocupado passa a mão em sua boca. Soraia com um semblante que vai desabar a qualquer momento, olha para sua filha aflita. Ela nervosa se abana com sua bolsa enquanto espera o desenrolar da cerimônia.

Em contra partida Mônica sorrir alegre, desejando que a noiva desista do casamento e diga um "não". Mônica sempre invejou a vida que Bruna e tudo que ela tem. Ela nunca a considerou a jovem como sua amiga e só deseja o que há de pior para ela.

Mônica se tornou amiga de Bruna por conveniência. Ela apenas queria ter benefícios que a amizade lhe proporcionava.

Bruna é de família nobre e rica, Mônica de família pobre. Bruna é uma advogada com uma carreira promissora, Mônica é apenas uma simples vendedora. Bruna é recatada e ingênua, Mônica é "rodada" e astuta.

Foram esses e vários outros motivos que fizeram Caio não querer ter um relacionamento com Mônica, mas sim com Bruna.

-.... Bruna Arantes Lopes, você aceita Caio Trindade Fontes como seu legítimo esposo ?- O padre repete a pergunta e Bruna ainda pensativa olha para o nada a sua frente.

Caio ainda olhando para sua noiva fica temeroso com a reação que ela está tendo. O padre vendo aquilo afasta seu microfone da boca e chama Bruna.

- Filha..filha... está tudo bem?- O padre questiona e Bruna voltando a si olha para o sacerdote

- Sim padre está tudo perfeitamente bem! - Bruna fala convicta e Caio que já estava preocupado respira aliviado e sorrir

- ótimo! Eu vou fazer a pergunta novamente! - O padre diz e Bruna faz um aceno positivo com a cabeça

-.... Bruna Arantes Lopes, você aceita Caio Trindade Fontes como seu legítimo esposo ?- O padre segurando o microfone próximo a sua boca repete pela última vez a pergunta

Bruna estica a sua mão e segurando o microfone o puxa para si e retira o aparelho da mão do sacerdote. Ela se levanta da cadeira e se vira para os convidados.

- Padre, Eu não aceito me casar com Caio Trindade Fontes, pelo simples motivo deu ter visto o sex0 0ral que Mônica Silva Oliveira, minha melhor amiga fez meu noivo, aqui mesmo dentro da igreja, minutos antes do casamento começar... Os dois desrespeitaram não somente a mim, mas a casa do senhor. Eu não irei me casar com um homem assim e espero que nenhuma mulher honrada desse mundo também se case. - Bruna olhando para os convidados fala de cabeça erguida, calma, tranquila e serena por causa do efeito de calmante que sua mãe lhe deu.

O padre com os olhos arregalados diante da revelação de Bruna engole seco. O sacerdote fica calado sem saber o que fazer. Os convidados em choque faz um silêncio perturbador. Caio de tão envergonhado por ter sido desmascarado na frente de todos fica cabisbaixo. Ele nervoso sente um nó se formar em sua garganta e afrouxa sua gravata borboleta na tentativa de amenizar a sensação.

Mônica sente os olhares raivosos dos convidados sobre ela. Temerosa com o possa acontecer, ela lentamente vai dando passos para o lado em direção ao corredor. Querendo sumir dali ela aproveita um momento em que todos olham para a mãe da noiva passando mal e sai de fininho.

Soraia sente sua pressão subir e acaba desmaia. Rodrigo seu marido que estava ao seu lado a segura para não cair e em seguida senta sua esposa no banco da igreja.

Caio vê Mônica sair da igreja e o deixar sozinho ali. Bruna se vira para Caio que abre sua boca para falar e tentar se explicar, mas a jovem se antecipa desce do altar.

Bruna vai até o corredor lateral da igreja e coloca seu buquê de flores ao pés da imagem de uma santa. Em seguida ela arranca seu véu e grinalda, e os joga no chão.

Rodrigo o pai de Bruna não sabe se vai atrás da filha ou se socorre sua esposa. Angustiado, mas também furioso ele deixa Soraia no banco da igreja e vai em direção a caio e lhe desfere vários socos. O padre entra no meio d a confusão para apartar a briga

Caminhando lentamente como se desfilasse, Bruna saída igreja em meio ao temporal sentindo como se o peso de uma tonelada tivesse saído de suas costas.

A confusão na igreja está armada. Os convidados horrorizados com o que escutaram vão embora. Aos poucos a igreja vai se esvaziando, mais Caio continua apanhando.

Rodrigo o pai de Bruna, apesar de estar acima do peso é um homem muito forte. Ele sem nenhuma dificuldade derrubou o ex-noivo de sua filha no chão e em cima dele desfere vários golpes sem parar.

O sacerdote coitado tenta puxar Rodrigo pelos braços e pelo terno na tentativa de tirar o pai da noiva de cima do noivo. Sem sucesso, o padre acaba caindo de bund@ no chão com o empurrão que Rodrigo sem perceber lhe deu.

O coroinha que é apenas um garoto de 13 anos corre para ajudar o sacerdote a se levantar. Ele que nem ousou a chegar perto da briga está com tanto medo que prefere nem olhar.

Soraia a mãe de Bruna desperta do desmaio com o barulho da briga. Assim que abre seus olhos e visualiza seu marido batendo sem parar em Caio. Ela mesmo ainda estando tonta se levanta.

- Rodrigo...Rodrigo...para! Você vai matar ele!- Soraia grita nervosa com medo até de seu esposo acabar sendo preso.

Caio é advogado criminalista, o melhor de sua área, por isso o medo de Soraia. Ela pensa que ele com certeza irá processar Rodrigo, seu marido pela agressão.

- Alguém, por favor...ajuda....- Soraia desesperada pede ajuda e procura alguém ali.

Com o pedido angustiado de Soraia dois dos primos de Rodrigo aparecem para tenar evitar uma possível morte. Em seguida surge um tio e um amigo de Caio. Os quatro tentam arrancar Rodrigo de cima do advogado que tenta se defender dos golpes dado pelo ex- sogro.

O padre volta a tentar apartar a briga e entra no meio na tentativa de fazer Rodrigo cessar. A fúria do pai de Bruna é tão grande que ele não enxerga nem o padre a sua frente e acaba o batendo no rosto do sacerdote.

O descontrole de Rodrigo deixa Soraia ainda mais abalada. Ela prestes a cair se segura no coroinha que cabisbaixo olha para o chão com medo da situação.

Os quatro homens aliados com o padre usam todas as suas forças e aos poucos vão conseguindo retirar Rodrigo de cima de Caio.

O pai de Bruna parecendo um leão feroz rosna e se contorce querendo matar o ex- genro com suas próprias mãos.

- Me soltem...me soltem...eu vou matar esse desgraçad0....me soltem!- Rodrigo descabelado grita ofegante com sua roupa repuxada e sua camisa branca com pingos de sangue de Caio.

Caio mal consegue se levantar do chão. Ele cambaleando tenta se equilibrar em seus pés. Os socos sofridos contra sua barriga retiram seu fôlego e ele respira com dificuldade.

Com o rosto praticamente desfigurado e com vários roxos, Caio se sente tonto e com uma enorme dor de cabeça. O advogado além de ensanguentado está com um de seus dentes da frente quebrado. Assim que consegue se manter em pé, ele se esforça ao máximo para sair dali o mais rápido possível antes que Rodrigo o mate a pancadas.

Enquanto tentam acalmar Rodrigo e socorrer Caio, Bruna cada vez mais se afasta da igreja. Ela vaga pelas ruas alagadas da cidade em plena tempestade.

Na igreja, o padre tentando terminar com o conflito conversa com Rodrigo e tenta colocar um pouco de bom senso.

- Se acalme meu filho! Não podemos resolver as coisas na agressividade.... Agora você deve cuidar de sua filha, lhe prestar conforto nesse momento difícil que ela está passando.... Pense nela....- O sacerdote ofegante ainda segurando Rodrigo pelo braço fala

Soraia entra na frente de seu esposo e colocando a mão em seu rosto tenta convencer ele a parar com a briga.

- Precisamos cuidar de nossa filha... Matar o Caio não vai mudar nada e só irá fazer você ir parar atrás das grades... Quer mesmo isso? Bruna não merece isso, você não merece isso.... Pense em Bruna, nossa única filha....ela te ama e vai precisar de nós dois juntos agora mais do que nunca!- Soraia diz e Rodrigo aos poucos vai caindo em si e aplacando sua fúria.

Rodrigo ainda muito ofegante, com seu coração acelerado e mãos machucadas de tanto bater começa a repensar seus atos. Ele desiste de matar Caio e olha para os lados procurando sua filha.

- Brunaaaaaa....onde está Bruna? Brunaaaaaa.... Brunaaaaaa!- Rodrigo grita após não ver sua filha e só então se da conta de que ela já não mais está ali na igreja.

Rodrigo se solta das mãos que o seguravam e sai a procura de Bruna. Ele vai até os convidados que ali ainda estavam e pergunta se sabem de sua filha. Alguns respondem que com a confusão não a viram e outros poucos dizem que visualizaram ela sair.

Rodrigo sai da igreja correndo desesperado e deixando para trás Soraia aos prantos. Ele debaixo de chuva sai pelas ruas gritando o nome de sua filha.

A tempestade está forte e ele não consegue enxergar muito. A única coisa que há nas ruas são alguns poucos carros. Como não consegue encontra-la ali nas proximidades, Rodrigo corre depressa até o seu carro.

Completamente encharcado da chuva, ele entra em seu automóvel, dá a partida e sai em alta velocidade a procura de Bruna. Rodrigo não sabe nem para que lado sua filha foi e isso dificulta ainda mais as buscas.

Na igreja Soraia chorando pede também para os que estão ali ir procurar sua filha. Mais pessoas se juntam a Rodrigo e saem em seus veículos para ajudar a encontrar Bruna.

Nesse momento até o padre se compadece e se ajunta aos demais para também procurar a jovem que estava desaparecida.

Longe dali, Bruna que não sabe para onde está indo e nem o que vai fazer, apenas caminha sem rumo pelas ruas. Aos poucos o temporal vai cessando e trazendo mais visibilidade. Bruna toda molhada pela chuva, entra em uma rua em que nunca havia ido antes.

A jovem que não sabe nem onde está, visualiza uma cafeteria. Ela olha para aquele lugar e de certa forma se sente atraída.

Bruna assim que se aproxima do estabelecimento sente um impulso de entrar no local e assim o faz. A jovem abre a porta da cafeteria e o sininho preso ali soa.

- Estamos fechados ...- Fala o dono do local que está de costas para a porta colocando as cadeiras com as pernas para o alto em cima da mesa.

Bruna ignora o aviso e continua a adentrar o local. Ela encharcada com água da chuva, por onde pisa deixa pegadas de água. A jovem continua a caminhar e com o seu olhar percorre o local que está completamente vazio.

- Eu disse que já fechamos.... - repete o dono da cafeteria um tanto ríspido ao ouvir o som dos passos continuar.

Daniel o dono da cafeteria mesmo de costas percebe que o "cliente" não saiu, pois não ouviu o sino da porta soar novamente. Ele se irrita ao escuta o som dos passos se aproximar cada vez mais dele.

Já sem paciência com o "cliente" insistente, Daniel para o que está fazendo e se vira para pedir que a pessoa se retire daquele lugar.

-OW !!!!!- Diz Daniel o dono do local ao se virar para ver o cliente "insistente" e se deparar com uma Bruna vestida de noiva completamente molhada

Daniel olha Bruna de cima a baixo que mais parece um "pintinho molhado". Ele que apesar de ter visto e passado por muitas situações esquisitas se surpreende com aquela cena.

- ok! Você deve estar mesmo precisando de um café....- Fala Daniel coçando sua cabeça

Bruna se aproxima do balcão lentamente e com um semblante neutro. Ela coloca seus cabelos molhados para atrás das orelhas e se senta na cadeira do balcão.

-É.... garçom eu vou quer...-Bruna se tremendo de frio começa a falar mais é interrompida

-Barista!- Daniel corrige Bruna, pois ele não é garçom, além de ser o dono da cafeteria o bonitão também é o barista

-Hã?- Bruna se tremendo de frio e toda encolhida indaga sem entender

-Não sou garçom sou barista e isso tem uma enorme diferença moça! - Daniel diz orgulhoso em ser barista

- E qual é a diferença?- Curiosa Bruna pergunta olhando fixamente para Daniel

-Um barista é um profissional especializado na preparação e apresentação de bebidas à base de café. Os baristas também podem criar novas bebidas à base de café, utilizando licores, cremes, bebidas alcoólicas, leite..... - Daniel de peito estufado começa a explicar se sentindo o "máximo"

-O barista possui um alto conhecimento teórico e prático sobre: tipos de grãos de café; técnicas de torrefação; técnicas de moagem; métodos de extração; latte art.-Daniel explana orgulhoso de sua profissão

- Baristas são profissionais que possuem atribuições completamente diferentes de garçons....nós não somente preparamos o café, mas também atendemos e orientamos os nossos clientes sobre as melhores opções de cafés, chás e bebidas quentes...isso claro, de acordo com a personalidade de cada pessoa...somos analistas comportamentais, quase que psicólogos e identificamos as necessidades do paladar exigente de nossos clientes que não só gostam de café, mas amam e apreciam essa bebida magnífica.- Daniel diz se sentindo sábio

- E o garçom, .... O garçom só anota os pedidos e serve as mesas....- Daniel completa menosprezando a outra profissão

-Ok! então...é ...me desculpe!- Bruna batendo os queixos de frio

-Está desculpada moça!- Daniel diz a olhando de cantor olho

-É...Eu vou querer ....Um ....- Bruna olha para as opções de bebidas que estão em uma placa afixada no alto da parede e indecisa demora a escolher

-Café coado? Espresso? Cappuccino? Latte? Machiatto? Mocaccino ? Mocha? Duplo?...- Daniel tentando adivinhar fala e Bruna faz um sinal negativo com a cabeça para todas as opções que ele diz

-não...é...( arranha a garganta) um leite!- Bruna fala um tanto desconfortável e Daniele a olha como se visse ali um E.T com 4 braços e 8 cabeças

-Leite?- Daniel se aproxima de Bruna e arqueando sua sobrancelha direita indaga

- É...( Arranha a garganta) Sim, por favor!- Bruna abraçando o seu próprio corpo para conter a onda de frio confirma

- kkkk você entra em uma cafeteria para pedir um leite?- Daniel não se contém e rir de Bruna

-Eu... Eu nunca tomei café!- Bruna se tremendo de frio ainda mais revela

-Você nunca tomou café? Kkkk De que mundo tu veio? É olhando pra você assim desse jeito tenho mais ou menos uma ideia....- Daniel fala sarcástico

-O que quer dizer com isso?- Bruna franzi a testa e tenta entender

-É por isso que está assim! Quem toma café não fica nesse estado....- Daniel apontando para Bruna debocha

Daniel vendo Bruna bater os queixos de tanto frio dá a volta no balcão e se aproximando de Bruna retira seu casaco e coloca nela.

- O...o..obrigada!- Bruna olhando fixamente para Daniel diz ainda batendo os queixos de frio

-Vou fazer um café pra você que vai mudar o teu ânimo e te esquentar um pouco ...Assim que experimentar tenho a plena convicção de vai não somente gostar como vai adorar!- Daniel fala

Daniel olha fixamente para Bruna. Ele naquele momento vendo estado tão vulnerável em que a jovem se encontra se põe a pensar no que poderia ter acontecido com ela.

O barista observa cada mínimo detalhe do rosto de Bruna. A jovem mesmo com sua maquiagem borrada, com seus cabelos encharcados e a roupa toda molhada ainda é uma mulher muito bonita e isso tira até o fôlego de Daniel, que paralisado com a beleza de Bruna acaba se perdendo em seus pensamentos.