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Being Mine [König]

Avisos

Essa fanfic é de minha autoria, mas que foi desenvolvido em outra plataforma “Wattpad”. Por conta de problemas com as novas diretrizes, estarei disponibilizando por tempo indeterminado, aqui, no Noveltoon.

Avisos de gatilhos:

• Morte (Cena descritiva)

• Tortura ( Cena descritiva)

• Linguagem chula

• Conteúdo s*xual ( Censurado por conta das regras da plataforma)

• Atentado

• Agressões físicas/psicológicas

• Tráfico humano

Só para lembrar, que “S/n” significa “Seu nome”. Você é a protagonista, pode escolher um nome qualquer ou usar o seu mesmo, sinta-se à vontade para usar a sua criatividade!

Espero que gostem. Curtam e comentem para que eu saiba o que estão achando!❤️🌹

Capítulo 1: Nos bastidores

S/N

A luz suave do camarim destacava o brilho de meu vestido deslumbrante, enquanto o zumbido distante da festa de gala se infiltrava pelas paredes. Minha mãe, com olhos carregados de preocupação, adentrou o aposento.

— Querida, você está radiante esta noite! – Ela começou, seus olhos buscando os meus, que permaneciam no meu reflexo à minha frente.

— Obrigada... – Forço um sorriso, enquanto reúno toda a coragem que mantinha presa na garganta, justamente pelo medo de decepciona-la. — Mãe... – A chamo.

Enquanto arrumava as alças do meu vestido, branco perolado, que seguia até os tornozelos, revelando saltos brancos com detalhes em dourado, ela levanta o seu olhar em minha direção. Me viro, pegando as suas mãos.

— Já faz um tempo que gostaria de conversar sobre isso, mas não sabia qual era o melhor momento.

Curiosidade paira no seu semblante, talvez, dúvida. A bela mulher, com os seus cabelos loiros, olhos azuis, onde uma carregada maquiagem cobre os seus sulcos e linhas de expressões do tempo, lhe dá um ar mais jovial. Henryetta, usa um vestido verde escuro, que realça as poucas curvas que tem, assim como os seus cabelos estão presos num coque firme, com algumas mechas soltas.

— Este será o meu último show. – Entrego, contente e orgulhosa comigo mesma por tomar essa decisão.

Já faz um tempo desde que completei dezoito anos, quem administra a minha carreira e cuida de toda a minha fortuna, é a minha mãe. Já cheguei a comentar uma vez sobre desistir dos palcos, mas para Henryetta, isso está fora de cogitação.

— Decidi que vou fazer faculdade de medicina... – Ela se mantém em silêncio, mas não me tenho com as palavras, continuo. — Eu decidi que quero fazer parte de uma equipe americana dos médicos sem fronteiras.

— M-médicos sem fronteiras? – Henryetta solta a minha mão, me olhando totalmente horrorizada, como se eu acabasse de dizer que me drogo e sou prostituta. — Só pode estar brincando!

Ela se afasta, sua expressão se contraindo em surpresa, misturada com um toque de tristeza, enquanto se senta num diva próximo e pega uma taça com espumante, bebendo um gole curto.

— Eu quero ajudar pessoas, mamãe.

— Você não pode deixar todo o seu futuro brilhante como cantora, para ficar... Só Deus sabe onde.

Abracei-me, sentindo o peso da decisão.

— África. Quero viajar pelo continente...

— África? – Ela franze a testa, a incredulidade pintada em seu rosto. — Um lugar insalubre, a extrema pobreza, pessoas com doenças que podem mata-la num piscar de olhos. Eu jamais permitiria que saísse dos Estados Unidos para morar naquele... Lugarzinho!

Os olhos dela imploravam, e eu hesitei. — Mamãe, não quero decepcioná-la, mas eu não sei se posso continuar.

Henryetta se levanta, deixando o espumante de lado e se aproximando de mim. Com um toque gentil, ela segurou meu rosto.

— Apenas cante nesta noite, e depois de hoje, seu destino estará unicamente nas suas mãos... Não me decepcione, S/n!

Seus olhos concentrados nos meus. Hesitação, confusão, tristeza pelas suas palavras duras, tudo me atingia com mais força, uma terrível violência que me lembrava o porque eu estou aqui, porque Henryetta sempre decidiu tudo por mim, desde as minhas aulas de cantos, até a minha rotina diária, treinos, depilações a laser - Para me manter bonita e lisa na frente das câmeras - Eventos, e tudo que este mundo poderia me proporcionar. Mas não havia nada que eu pudesse fazer, eu estava tão perdida quando já estive.

Num misto de relutância e amor filial, concordei, sabendo que a estrada à frente seria árdua. A festa aguardava lá fora, mas dentro do camarim, um dilema persistia. A decisão de ceder às circunstâncias do meu sonho ou permanecer fiel à melodia que, afinal, era minha verdadeira essência. Com o coração ainda pesado da conversa, saí do camarim adornado e adentrei o corredor iluminado. O vestido fluía com cada passo, uma cascata de seda que sussurrava elegância. O murmulho distante da festa parecia crescer à medida que me aproximava do palco na grandiosa mansão.

Atravessando as portas duplas, fui envolvida pelo resplendor de holofotes e o calor da multidão ansiosa. Sob a cúpula grandiosa, os olhares dos convidados se voltaram para mim, enquanto a expectativa pairava no ar. A orquestra começou a tocar, e eu me entreguei à melodia. A suavidade da minha voz envolvia cada canto da sala, preenchendo o espaço com uma doce melancolia. Cada nota parecia um fragmento da minha alma, desafiando as sombras que ameaçavam me envolver. O público, inicialmente contido, cedeu à magia da música. Olhares atentos se transformaram em sorrisos, e corações foram tocados pela vulnerabilidade da canção. Sob os holofotes, descobri uma força renovada, uma resiliência inspirada na conversa nos bastidores.

E quando a música se aproximava do fim, um estrondo ecoa pelo grande salão, deixando todos atordoados.

— TODO MUNDO PRO CHÃO!!! – Um homem mascarado entra, enquanto, com uma grande arma que suponho ser um fuzil, começa a atirar para cima.

O caos se instalou na festa luxuosa quando mais homens mascarados invadiam por todas as entradas e saídas possíveis, desencadeando o pânico entre os convidados. O som dos disparos ecoava, mergulhando a mansão em um frenesi de medo. Desesperada, procurei minha mãe na multidão tumultuada, mas sua figura estava perdida entre rostos apavorados. Sem tempo a perder, meus passos guiaram-me para longe do epicentro do tumulto. O vestido esvoaçava enquanto corria pelos corredores, buscando uma saída segura. Cada explosão ecoava como um lembrete sinistro do perigo iminente.

Tropeço nos meus saltos, entre as barras do meu vestido longo, mas nada disso me impede de correr. O que está acontecendo? Meu Deus!

Minha mente ronda entre assalto e atentado, mas nada parece fazer sentido no momento. Entre sombras e cortinas, alcancei uma porta lateral e, sem olhar para trás, mergulhei na noite inquieta. A mansão, um refúgio de glamour transformado em palco de caos, ficava para trás enquanto eu corria, buscando segurança em meio à incerteza e à escuridão da noite.

Percebo que cheguei ao estacionamento. Muitas pessoas entravam nos seus carros de luxo e se retiravam as pressas, enquanto outras claramente não tiveram a mesma sorte. Corro entre os carros, procurando uma forma de fuga ou alguém que consiga me ajudar, mas quando me aproximo de um conversível, sinto mãos me agarrar com força, enquanto me puxa contra o seu corpo.

— Te achei!

O terror me atinge quando eu consigo me virar e notar que os homens mascarados estão aqui, enquanto se reúnem à minha volta.

Droga!

Capítulo 2: O sequestro

S/N

No escuro do estacionamento, os homens mascarados me cercaram, suas vozes abafadas pela máscara ecoando no silêncio nervoso. Discutiam entre si, a tensão pairando no ar.

— Tem certeza que é ela? — Um deles indaga.

— Absoluta. Precisamos ir. Agora!

A resistência pulsava em meu peito quando fui brutalmente arrastada em direção a uma van preta que estava camuflada entre a escuridão da estrada atrás da mansão e os postes sem luz para iluminar o ambiente. Minhas mãos tentavam desesperadamente se soltar, mas o punho firme do homem mascarado era como um grilhão implacável. Cada esforço parecia em vão contra a força que me mantinha cativa.

— Soltem-me! O que vocês querem? — Gritei quando a sua mão soltou a minha boca para abrir a porta de trás, enquanto os outros entravam e ajudavam a me arrastar para dentro do veículo, onde mais homens aguardavam, a única resposta era o aperto mais firme, o silêncio pesando sobre mim como um manto sinistro. — Socorro!

Lágrimas enchiam os meus olhos enquanto não tinha noção do que acontecia. Por que estavam me levando? Onde estão os meus pais?

Assim que a porta se fecha, eles colocam um capuz escuro na minha cabeça e uma mordaça na minha boca, enquanto sinto cordas grossas sendo amarradas nos meus pulsos e tornozelos, me privando da minha única forma de fuga.

O balanço da van ecoava em meus ouvidos enquanto permanecia amarrada, com um saco na cabeça e mergulhada na escuridão. Vozes indistintas preenchiam o ambiente, todas masculinas, uma cacofonia de línguas desconhecidas, incluindo o italiano. Minhas aulas limitadas pelo Duolingo do idioma permitiam apenas a compreensão parcial das conversas ao meu redor, me causando náuseas, medo.

Minutos, ou talvez horas, se passam. Enquanto já previa o pior para mim, rezando para que a minha família tivesse notado o meu desaparecimento e logo comunicado a polícia, eu não poderia perder as esperanças. Já vi alguns documentários sobre sequestros, e sei que em setenta e duas horas a polícia vira atrás, eu só preciso encontrar uma maneira de ganhar tempo.

Enquanto pensava, um impacto fez a van sacudir violentamente, meu corpo sendo arremessado contra as amarras. Os homens dentro do veículo ficam agitados, suas vozes misturando-se em um frenesi de confusão. O medo pulsa em meu peito enquanto grito abafado pelo saco na minha cabeça e a mordaça na minha boca, sem entender o que estava acontecendo. A van pareceu estacionar abruptamente, o silêncio tenso prevalecendo por um momento antes de ser quebrado pelo som de disparos. Meu coração disparou enquanto ouvia a porta sendo aberta, revelando sombras e o estampido distante de tiros.

Ouvia gritos, vozes, grunhidos e gente gemendo de dor, mas não conseguia distinguir nada do que estava acontecendo, pois tudo parecia uma bateria de surpresas que era ligada e desligada em instantes, me fazendo ter impulsos nervosos e ataques de ansiedade variados.

De repente, o silêncio que se estabeleceu era quase tangível, envolvendo-me em uma tensão palpável. Com mãos trêmulas, procurei encontrar uma brecha nas amarras que me mantinham prisioneira. A quietude era opressora, meu coração martelando no peito enquanto tentava decifrar o que havia acontecido.

Logo em seguida, a van se moveu, indicando a presença de alguém. Encolhida no canto, uma sensação de desespero começou a crescer quando percebi uma aproximação súbita. A certeza de que meu destino estava nas mãos de um desconhecido tomou conta de mim, a ansiedade atingindo seu ápice.

— Q-quem está aí? — Sussurro, assustada, com a minha voz vacilante no silêncio.

A incerteza pairava, mas a iminência de um encontro com mais sequestradores prenunciava uma reviravolta que eu temia não sobreviver. Mas como se o destino quisesse me contrariar, o saco preto é puxado da minha cabeça, mesmo com a vista falhando, me esforço ao máximo para me concentrar na minha visão.

Olho para frente, deixando os meus olhos capturarem algo que eu jamais vi na minha vida. Um homem está parado na minha frente, abaixado, seu rosto está coberto por um capuz escuro, assim, como toda a sua roupa, cujo parece ser farda de exercito ou algo do tipo. Seus olhos azuis me focavam com indiferença, mesmo que através deles, eu conseguisse enxergar sua alma, alma na qual parecia vazia, assim como a solidão deixada nas órbitas claras como as margens de um rio claro.

Ele levanta um faca, e meu corpo treme por inteiro, o medo de que ele me machuque me atinge com violência. No entanto, ele aproxima a faca e corta a corda dos meus pulsos, assim como as que prendiam os meus tornozelos. Levanto os dedos e retiro a mordaça da minha boca, enquanto vejo o mesmo se afastando.

— O-o que está acontecendo? Q-quem é você? — Indago, ainda receosa, com medo e um turbilhão de sentimentos negativos.

O desconhecido não responde. Eu o sigo, e quando saio da van, logo após ele, fico boquiaberta ao ver que o homem é gigante. Preciso olhar para cima para enxergar o seu rosto, mesmo que esteja coberto.

Pisco rapidamente.

— Ich habe das Mädchen gefunden. — Ele diz em outra língua, enquanto aperta o que parece ser um rádio de comunicação preso no uniforme em seu peito. — Soll ich sie zum Combopunkt bringen? (Eu encontrei a garota. Devo levá-la ao ponto de combinação?)

Uma leve garoa cai do céu, me fazendo estremecer com o frio da noite que abraça a minha pele de maneira agressiva, me tirando um suspiro enquanto vejo vapor saindo da minha boca quando respiro.

Assim que resolvo olhar em volta, arregalo os olhos ao perceber que os homens mascarados estão todos no chão, uma poça de sangue se forma em volta dos seus corpos enquanto eles não mexem um dedo sequer.

E-eles estão... Mortos?

A visão dos corpos dos homens espalhados pela rodovia deserta foi um choque silencioso. O enigma da noite se aprofundava, enquanto eu, agora livre, encarava a cena macabra.

Esse homem fez isso? Ele matou todos eles?

Enquanto o homem encapuzado fala pelo rápido, de costas para mim, começo a me afastar lentamente, colocando uma das mãos na boca, horrorizada. Ele definitivamente não é da polícia, tampouco algum segurança que a minha família pode ter contratado para me proteger.

Enquanto me afasto lentamente, tropeço nos meus saltos, me apoiando na lataria da van. Olho em volta, notando que a rodovia deserta em que estamos, corta uma floresta densa, fechada e escura. Sem hesitar, a adrenalina pulsando em minhas veias, rompi em disparada em direção às árvores. Cada passo era uma fuga precipitada, alimentada pelo instinto de sobrevivência. A floresta sombria, agora meu refúgio, prometia ocultar-me da incerteza e dos perigos que ainda poderiam perseguir-me na noite enigmática.

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