#APRESENTAÇÃO#
GUSTAVO BUSTAMANTE, 29 ANOS, médico cardiologista um dos melhores da sua área, ele se dedicou a sua carreira, após várias decepções, a primeira fora quando descobriu que nunca poderia gerar um filho e a segunda foi quando Helena, a sua noiva, a mulher que ele era completamente apaixonado, um dia apareceu grávida e dizendo que o pai era Gustavo.
Ele surtou, brigou com ela e a questionou sobre quem era o pai só bebê, Helena tentou se defender, jurou que o pai era Gustavo, maiss ele não acreditou, desde então, ele fechou o seu coração para o amor, apesar de que, a mente e o coração do jovem rapaz, ainda estão ocupados, apesar dele não querer admitir.
HELENA MARCALA, 27 ANOS, formada em desmatologia, é mãe da pequena Cecília, filha dela, com o seu grande amor, apesar de que Gustavo nunca acreditou no que ela disse.
Foi difícil no começo para ela, mais ela nunca desistiu de sua pequena, e não será agora que ela irá fazer isso.
Helena está disposta a ficar frente a frente com o homem que jurou nunca mais ver em sua vida, simplesmente para salvar a vida de sua filha.
CECÍLIA MARCELA, 2 ANOS, filha de Gustavo e Helena, uma criança fofa e amorosa, que quer muito conhecer o pai.
DOMINIC BUSTAMANTE, 50 ANOS, dono de uma empresa de mineração, um homem frio e arrogante, ou melhor dizendo triste.
Quando o seu filho tinha apenas cinco anos, a sua esposa fugiu com outro homem, foi um golpe muito duro para ele, já que ele fazia de tudo pela esposa, eles ainda não eram ricos, mas ele se esforçava ao máximo.
Dois anos depois que ela partiu, Dominic se casou novamente com uma boa mulher, ela era praticamente perfeita, mais ele não a amava, só se casou com Monique, para que o filho tivesse uma mãe presente.
Anos se passaram e tudo estava bem, até que a mãe de Gustavo retornou, jogou um charme para Dominic, que não exitou em pedir o divórcio para Monique, que foi sua leal companheira.
Dominic jurava que finalmente estava feliz, mais não durou muito, um dia, ele voltou para casa, com um buque de flores na mão para presentear a sua amada, mais não a encontrou, ele a procurou por toda a casa, mais não a encontrou, foi aí que ele percebeu que o seu cofre estava vazio, Jade, havia levado tudo de valor que tinha lá dentro, deixando o coração do homem em pedaços novamente, por perceber que ela, não havia voltado por ele, nem pelo filho, só por dinheiro.
Ele até tentou voltar com Monique, Implorou por perdão, mais fora em vão, ela só aceitou continuar sendo a mãe de Gustavo, mais queria Dominic longe dela.
MONIQUE FRAGOSO, 46 ANOS, ex- mulher de Dominic, é médica pediatra, inclusive foi ela que influenciou Gustavo a ser médico, pois ele cresceu vendo a mulher ajudar as pessoas.
Ela sempre tentou fazer as coisas da maneira certa, se apaixonou e se casou, achando que seria feliz, passou quatro anos se esforçando para que tudo ficasse bem em seu lar, mais derepente, tudo acabou, Dominic a mandou embora e colocou no lugar, a mulher que antes havia abandonado ele.
Monique não deixou se abater, deixou tudo para trás e recomeçou a sua vida, conheceu outros homens, se casou novamente e teve uma filha, mais nunca esqueceu o seu filho de coração, Gustavo sempre pode contar com ela, em todos os momentos de sua vida.
Ela foi muito feliz, mais ela não pode negar que ainda sente alguma coisa por seu ex, mais não tem pretensão de voltar para ele.
IVANA FRAGOSO, 18 ANOS, estudante de medicina, mais uma que está seguindo os passos da mãe e do irmão, é uma jovem madura e inteligente, sempre está para apoiar a mãe e o irmão, o seu melhor amigo, apesar de ser mais velho, Gustavo quem a procura para falar de seus problemas, é apaixonada por Alan, mais tem a ciência de que ele nunca irá olhar para ela.
ALAN FAISÃO, 29 ANOS, professor de medicina, é um homem bom e honesto, mais bem mulherengo, claro, o seu status permite isso, mais isso mudou a quase um ano, quando ele percebeu que a irmã mais nova de seu melhor amigo, já não era uma criança e sim um mulher, a mulher que anda tirando o seu sono, pelo desejo e pelo fato, dela ser completamente proibida para ele.
#COM GUSTAVO.
SONHO...
GUSTAVO- Me fala, com quem você me traiu?- Gritou assustando Helena, era a primeira vez que ele exaltava a voz para ela.
HELENA- Eu nunca te trai, eu te amo.
GUSTAVO- Me ama tanto, que abriu as pernas para o primeiro que apareceu, só para me dar o golpe da barriga.
HELENA- Do que está falando?
GUSTAVO- Para de fingir, sabemos que esse filho não é meu, eu sou estéril, eu sou incapar de ter filhos.
HELENA- Eu sei que pode parecer estranho, mais esse filho é seu.
GUSTAVO- Não é, faz o seguinte, some daqui, antes que eu faça alguma besteira.
SONHO OFF
Mais um dia, que Gustavo amanhecia sozinho, com o mesmo sonho recorrente, ele ainda não havia superado totalmente, o que Helena tinha feito.
Ele se levantou e tratou de se arrumar para o trabalho, assim que chegou no hospital, foi falar com o diretor, que estava a ponto de se aposentar e o jovem queria muito de assumir o seu lugar.
Apos trocarem algumas palavras, a secretária do diretor, os interrompeu e disse que um homem queria falar com Gustavo.
HOMEM- Licença.- Disse assim que entrou na sala.- Qual dos dois é o senhor Gustavo?
GUSTAVO- Sou eu.
HOMEM- Assina aqui.- Disse e entregou um papel para ele.
GUSTAVO- O que é isso?
HOMEM- É uma notificação, o senhor foi intimado para comparecer a clínica que está escrita aí, para realizar o exame de paternidade, requerido pela senhorita Helena.- Disse fazendo o homem congelar, pela simples menção do nome da mulher.
GUSTAVO - Eu não acredito que ela fez isso.- Esclamou furioso.- Achei que ela tinha desistido de tentar arrancar dinheiro de mim.
MONIQUE - Se acalme meu filho, você está muito alterado.
IVANA- É irmão respire, e explique o que esta acontecendo.
Gustavo respirou fundo e se sentou ao lado das mulheres para explicar o que estava acontecendo.
Apesar de ter conhecido Monique só com 7 ano, ela fora para ele, uma mãe, mesmo com a cachorada que Dominic fez, Monique não o abandonou, continuou indo aos eventos da escola, levando ele para passear e o criou, igual criou a própria filha, sem distinção entre os dois.
GUSTAVO - Um oficial de justiça apareceu lá no hospital, para me entregar uma notificação, a Helena pediu um exame de DNA na justiça, amanhã eu tenho que comparecer na clínica, vocês acreditam.
MONIQUE - Que bom.
GUSTAVO - Mãe?- Perguntou sem entender.
MONIQUE - O que? Você sempre disse com certeza de que essa criança não era sua, então vai lá, faça o exame e feche esse capítulo de uma vez.
IVANA - Eu concordo com a sua mãe.
MONIQUE- Ou tem medo?
GUSTAVO - Eu não tenho medo, eu sei que essa criança não é minha, você sabe que é impossível eu ter filhos.
IVANA - Estamos falando do fato de você reencontrar a Helena.
Gustavo não disse nada, realmente ele estava bem assustando por reencontrar Helena, medo do que ele poderia sentir.
Depois dessa afirmação, Gustavo mudou de assunto, depois de um tempo, Gustavo foi embora.
Chegando em casa, ele tomou um banho e se jogou na cama, depois abriu a sua gaveta de cabeceira e pegou algumas fotos dentro.
Todas as fotos que Helena e ele haviam tirado nos anos que tiveram juntos, eram lembranças lindas e dolorosas para Gustavo, que não entendia o motivo dela ter traído ele e muito menos, o fato dela ter mentido, já que ela sabia que ele não poderia ter.
Depois de olhar algumas fotos, ele se deparou com uma em específico, uma que ele nem tinha ideia do porque ele guardou.
Era a foto de uma ultrassonografia, a que Helena tinha levado para ele, no dia que contou que estava grávida.
Ele admirou aquele borrão preto, como se conseguisse ver a criança que estava se formando ali dentro.
Gustavo sempre sonhou em ser pai, principalmente quando conheceu Helena, mais alguns exames revelaram que ele nunca realizaria aquele sonho, ele teve medo de perder Helena, quando contou a ela, mais ela esteve ao lado dele.
E do nada, ela aparece esperando um filho e diz que é dele, como se fosse um milagre, e o que mais o irritava, era que ele não conseguia odiá-la, Gustavo continuava amando Helena como no primeiro dia.
Mas agora ele teria a confirmação da traição da mulher e ele finalmente, poderia arrancar ela de seu coração.
#COM HELENA#
HELENA - Prontinho meu amor.- Disse e deu um beijo em sua filha.- Logo você vai melhorar.
CECÍLIA - A mamãe conseguiu o remédio que vai sala eu?
HELENA - Sim meu amor.- Disse olhando para o rostinho pálido da menina.
A alguns meses, Cecília foi diagnosticada com uma anemia, e apesar da anemia infantil ser a mais comum entre todas as anemias, ainda é algo muito grande.
Nessa fase, o crescimento é acelerado e a demanda por ferro aumenta exponencialmente. Se o ferro estiver em baixa quantidade, a formação de hemoglobinas fica comprometida, impactando o transporte de oxigênio do pulmão para o restante do corpo.
Geralmente, a anemia provoca palidez de pele e de mucosa, diminuição da vontade de brincar, estudar e realizar atividades que gastem energia e aumento da frequência cardíaca, o que, em situações mais graves, pode até levar à morte, mais Helena não estava disposta a perder a sua filha, então decidiu que procuraria a pessoa que jurou nunca mais olhar na cara.
HELENA - Você vai fazer alguns exames e depois vamos fazer a transfusão que você precisa.
CECÍLIA - Vão tila sangue meu?- Perguntou com os olhinhos arregalados.
HELENA - Só um pouquinho.- Disse fazendo o sinal com a mão.
CECÍLIA - Só um pouquinho?- Perguntou repetindo o sinal que a mãe fez.
HELENA - É meu amor
ELLIOT- Pronta?
CECÍLIA - Eu tô.
ELLIOT - Eu estou vendo que você está linda.- Disse pegando a sobrinha no colo.- E você irmã?
ELLIOT MARCALA, 30 ANOS, bombeiro e também é treinador de um time de futebol infantil, um homem honesto e respeitador, que é apaixonado por sua namorada, Mia.
HELENA - Estou, não precisa se preocupar com isso, eu já mandei para o que ele tem que fazer, eu só preciso do sangue dele e nada mais.
ELLIOT - Sim, vamos.
Os irmãos foram para o carro e logo estavam a caminho da clínica, o coração de Helena estava a mil, ela não sabia qual seria a reação de Gustavo.
Assim que chegaram na clínica, Helena preencheu uma ficha, enquanto Elliot, ficou cuidando de Cecília, para que a menina não se machucasse, apesar de estar doente, ela era uma menina bem curiosa.
Alguns depois, Elliot teve que atender um telefonema, deixando a irmã sozinha com a sobrinha, quando Helena escutou uma voz conhecida falando com ela.
GUSTAVO - Conseguiu o que queria né? Me trouxe para o tribunal, só para fazer eu perder o meu tempo.- Disse de forma arrogante.
Helena se levantou, olhou para ele por alguns segundos e disse.
HELENA - Acredite, que se eu pudesse, eu nunca mais olhava na sua cara, mais a situação, pedia por medidas desesperadas.
GUSTAVO - Você é tão cínica e ainda fica com um olhar superior, admita que só quer o meu dinheiro.
HELENA - Eu não preciso do seu dinheiro, só preciso de uma coisa de você, depois você nunca mais vai nos ver.
GUSTAVO - Eu não acredito, mulher como você, nunca se dão por satisfeitas, vão sempre querer mais e mais, mais após esse exame tudo vai acabar, ele vai provar que o seu filho não é meu e você...
CECÍLIA - Mamãe, eu posso pega um doce daquela máquina.- Disse chamando a atenção de Gustavo que ate esqueceu o que ela iria falar.
Gustavo encarava a menina de forma hipnótica, não entendendo o que estava acontecendo.
Gustavo estava um pouco atordoado, já fazia cerca de vinte minutos que ele encarava a pequena que estava do outro lado da sala.
A menina que lembrava tanto os seus olhos, sua boca, até mesmo os seus cabelos, com a única diferença, que ela herdará o belo sorriso da mãe.
A culpa pesou em seus ombros, não era assim que ele imaginava que seria ao ver aquele pequeno anjinho pela primeira vez.
Ele achou que teria os cabelos negros da mãe, ou que se parecesse com algum dos amigos que Helena e ele tinham juntos, qualquer mínima coisa, que comprovasse a suas mentira e sua traição, mais não foi o que aconteceu.
Lá estava a sua frente, uma menina que era igual a ele, não dando brechas para ele duvidar que era filha dele.
Cecília, o nome que ele ouviu Helena chamando ela, a pequena sem dúvidas, tinha chance de ser a sua filha, mais ele não poderia se animar, só depois que saísse o DNA.
Logo Cecilia e Gustavo foram chamados para a sala onde a coleta de sangue, o primeiro foi o Gustavo, ele exigiu que cada procedimento fosse na frente dele para não ter nenhum tipo de fraude, bom, isso foi antes de ver a pequena.
ENFERMEIRA - Pronto senhor Gustavo.
GUSTAVO - A que horas sai o resultado.- Disse assim que se levantou da cadeira.
ENFERMEIRA - O juiz pediu um pouco de urgência, então hoje mesmo, os resultados saem, só vou tirar o sangue da pequena.
Helena foi com a filha até a cadeira, se sentou e posicionou a menina, para poderem tirar o sangue dela.
ENFERMEIRA - Agora eu vou tira o seu sangue pequena.
CECÍLIA - Só pode tila um pouquinho.- Disse fazendo o gesto com os dois dedos, que tinha aprendido com a mãe, fazendo a enfermeira e Gustavo rirem, o homem estava encantado com a pequena.
ENFERMEIRA - Pode deixar e não se preocupe, não vai doer, vai ser só uma picadinha.
CECÍLIA - Eu num vo chola, ja me fulalo muitas vezes.
ENFERMEIRA - Então vamos lá.
A enfermeira com todo cuidado, tirou o sangue de Cecília, após a coleta, levaram as amostras para o laboratório.
Gustavo, Helena e Cecília ficaram esperando o resultado sair no lado de fora da sala, o coração do homem parecia que iria sair pela boca de tanto nervosismo.
Helena ficou brincando com a filha para que ela se destraice um pouco, Gustavo observava as duas atentamente, querendo muito se juntar a elas, mais se segurando, já que se o resultado fosse positivo, o errado nessa história toda era ele.
Um tempo depois, Cecília adormeceu nos braços da mãe e Gustavo, não resistindo a tentação, se aproximou dela e perguntou.
GUSTAVO - O que ela tem?- Perguntou chamando a atenção da mulher, apesar de ter uma desconfiança, afinal, ele percebeu a pele pálida da pequena.
HELENA - Anemia.- Disse de forma tranquila, ela não queria nenhum tipo de desentendimento com Gustavo, principalmente com a menina por perto.
GUSTAVO - Por isso me procurou, você quer que eu faça uma transfusão para ela.
HELENA - Eu fiz o exame e deu negativo, o meu irmão também, então sobrou você para fazer o exame.
GUSTAVO - Não se preocupe, se o resultado for positivo, eu vou doar todo o sangue que ela precisar, e também vou dar a ela todos os direitos como minha filha e...
HELENA - Quando o exame der positivo, você vai sim, doar o sangue, que já é a ordem do juiz, depois você nunca mais vai colocar os seus olhos na minha filha.- Disse de forma firme.
Gustavo ficou mexido com as suas palavras de Helena, então quer dizer, que mesmo que o exame der positivo, Gustavo não poderia conviver com a própria filha.
Helena privaria ele desse direito, mesmo sabendo que era o sonho dele, isso o enfureceu, ele poderia ter errado, mais se ele fosse o pai da pequena, coisa que ele tinha quase certa de que ele era, ele teria direitos sobre Cecília.
Gustavo iria respondê-la, mais antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, a enfermeira apareceu com os resultados.
Gustavo se levantou com um olhar esperançoso, enquanto Helena permaneceu sentada, sem esboçar nenhuma reação, mostrando que ela já tinha certeza de qual seria o resultado.
GUSTAVO - Então?
ENFERMEIRA - Parabéns senhor Gustavo.- Disse e entregou os papéis do resultado na mão tremula do homem.- O senhor é o pai da pequena.
Nesse momento, Gustavo sentiu como se o seu coração tivesse parado, não era possível, ou era o que ele pensava, ele havia feito exames antes que disseram que ele nunca poderia ter um filho, mais aqueles papeis em suas mãos comprovavam que um milagre havia acontecido e que ele era pai.
Anos atrás, sua amada Helena e ele conceberam um milagre, mais ele foi idiota para não aceitar ou se quer consideram a hipótese.
HELENA - Bom.- Disse se levantando com a pequena, que ainda estava dormindo.- Já que tudo está terminado, quando podemos fazer a transfusão para a minha filha.
ENFERMEIRA - Vou liga para uma pediátra, uma das melhores da cidade e acredito que me dois dias, podemos fazer a transfusão.
HELENA - Agradeço.- Disse e ofereceu um sorriso para a mulher.
ENFERMEIRA - Até mais senhora.
HELENA - Até mais, até mais Gustavo.
O homem não respondeu, simplesmente ficou observando Helena se afastar com a sua filha nos braços, até que sumiu no corredor, a cabeça do jovem estava uma bagunça, mais não se comparava com a dor que sentia em seu coração.
Ele simplesmente havia rejeitado a sua filha, humilhado a mulher que sempre amou e pode também ter perdido a sua família para sempre.
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