Antes de começarmos com o novo livro quero falar um pouco com vocês.
Esse é meu sétimo livro na plataforma e quero agradecer o apoio e o carinho de vocês.
Além disso, quero pedir do fundo do meu coração que tenham calma, o livro é novo, não vou postar ele inteiro. Vou postar diariamente até o fim dele. Não adianta ficar pedindo dez capítulos por dia, porque eu trabalho, tenho uma vida e outra, gosto de escrever os capítulos e revisar para que fiquem bons para vocês.
Então Porfavor, se você não tem paciência para ler um livro não concluído, salva na sua biblioteca e espera finalizar, não começa a ler e fica frustado por não ter um fim ainda.
Acho que é só isso meus amores e Porfavor,não esqueçam de curtir, comentar e votar no livro.
Amo vocês.
Boa Leitura.
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Capítulo Um
Irina
Irina Alekseeva, 26 Anos - Assassina da Rússia
Nunca achei que um dia minha vida viraria de cabeça para baixo depois de uma missão.
Sou Irina, nasci na Rússia, tenho 28 anos, e sou conhecida como uma das assassinas mais perigosas do país, junto com minha parceira Ayko.
Ayko Popova Saito, 27 Anos - Assassina da Rússia
Nos nomearam como as Anjos da Morte, somos temidas e respeitadas por toda Rússia.
Cresci ao lado de Ayko, e fomos treinadas desde de crianças para seguir os passos de nossos pais, ambos assassinos renomados que trabalhavam para Vladimir Vassiliev, um grande chefão da máfia russa.
Infelizmente, tudo mudou há dez anos atrás, quando Vladimir caiu e meus pais, assim como os de Ayko, foram mortos. Desde então, somos como irmãs, cuidando uma da outra em meio ao caos.
Há uma semana, recebemos uma missão para eliminar German Pavlova, o infame chefe da máfia Pavlova, conhecido por seus envolvimentos em tráfico humano e sequestros. Odiávamos esse sujeito com todas as nossas forças e aceitamos o trabalho com prazer. Porém, um erro durante a operação nos colocou na mira de seu filho, Abram Pavlova, e desde então estamos sendo caçadas implacavelmente.
Passamos a semana lutando pela sobrevivência, eliminando todos os homens que Abram estava mandando atrás de nós. Por isso, percebi que precisávamos sair da Rússia com urgência e sabia exatamente para onde ir.
— Você tem certeza que isso vai dar certo? — Ayko andava de um lado para o outro, claramente preocupada.
— Tenho certeza que o Léo vai nos ajudar. Ele nos deve um favor, afinal. — Peguei meu telefone e disquei o número de Leonardo, um antigo amigo nosso.
Ligação On
— Quem é? — a voz de Leo soou do outro lado.
— Leo? Sou eu, Irina.
— Não acredito! Pensei que você estivesse morta, porra!
— Estou quase lá, por isso estou ligando, Leo.
— Desembucha, o que precisa, princesa?
— Eu e Ayko precisamos sair da Rússia. Queremos ficar em um lugar onde não seremos encontradas por um tempo.
— Que diabos vocês aprontaram, Irina? Vocês são loucas, Deus me livre.
— Talvez tenhamos matado o maldito do German Pavlova e quase fomos pegas pelo filho dele.
— Você está brincando. Vou mandar um jatinho para buscá-las no aeroporto de Ekaterinburg. Tenham cuidado.
— Obrigada, Leo. Você é incrível.
— Eu sei que sou. Tchau, princesa. Cuidem-se.
Ligação Off
Conhecemos Leo há seis anos, quando ele estava na Rússia para resolver negócios com um de seus aliados. Acabamos salvando sua pele em uma emboscada e desde então nos tornamos grandes amigos. Descobrimos que ele morava no Brasil e era dono de um morro, o que quer que isso seja. Ele diz que é um cara durão por lá. Não sei porque acho engraçado a forma que ele fala.
— Arruma as coisas Ayko, vamos para o Brasil. — Abri um sorriso.
— Aleluia! Estava quase enlouquecendo e indo atrás do maldito do Abram. — Ela suspirou.
— Vamos matá-lo, Ayko. Só precisamos de tempo para planejar.
Abram não sabia com quem estava lidando. Eu e Ayko íamos fazê-lo pagar.
Arrumamos nossas coisas e ficamos esperando o jato de Leo. Quando finalmente chegou a hora, pegamos um carro que havíamos roubado na noite anterior e fomos até o aeroporto.
Largamos o carro na frente e fomos direto para o guichê, fornecemos os dados que Leo nos deu para embarcar e logo estávamos no jatinho.
O avião decolou e senti um alívio imediato.
Ayko e eu adorávamos a adrenalina de nossas missões, especialmente quando envolviam eliminar pessoas que não mereciam viver. Sozinhas éramos fortes, mas juntas éramos imbatíveis.
— Espero que essa viagem mude nossas vidas. — Ayko sorriu.
— Vai mudar. — Segurei sua mão.
A viagem foi bem longa, dormimos quase o tempo todo e quando estávamos acordadas ficamos limpando nosso equipamento. Sim, trouxe meus bebês escondidos na mala, claro que não ia deixar aqui meu fuzil de precisão AW L96A, e minhas facas queridas.
Ayko foi mais corriqueira e trouxe sua katana que ela amava como se fosse um filho, também trouxe suas pistolas favoritas. Ela era uma ótima espadachim, seu pai como veio do japão treinou desde pequeno o costume dos pais dele e passou tudo para Ayko, hoje ela era uma máquina com aquela espada.
Diferente da minha amiga eu gostava mais de armas, inclusive as de precisão, atirava muito bem e já havia matado muitos inimigos assim. Também gostava de facas, adorava atacar elas na cabeça de alguns babacas.
Acho que nós duas éramos loucas, amávamos mais nossas armas do que qualquer outra coisa.
Além de essa paixão por nossos bebês, éramos lutadoras incríveis.
O avião pousou e descemos, Leo estava nos esperando, e assim que nos viu abriu um sorriso enorme e veio nos abraçar.
Leonardo Figueiredo ( Vulgo Negão ) — 29 Anos — Dono do morro do Vidigal
— Olha só, as duas estão iguaizinhas a última vez que nos vimos — Ele fala animado — Senti saudade meninas.
— Também estávamos com saudades Leo. — Digo sorrindo. — E mudamos sim, estamos mais sanguinárias que antes. — Dou risada.
— Isso tenho que concordar com Irina. — Ayko ri.
— Eu imagino, o pouco que vi já me deixou assustado. — Ele dá risada.
Seguimos até o carro e alguns homens apareceram para pegar nossas coisas, entramos e ele deu partida. — Para onde vamos Leo?
— Meninas, não posso deixar vocês no meu morro, porque sabem que constantemente tenho visita dos meus aliados da Rússia e da Itália, seria perigoso deixar vocês lá. — Ele diz mantendo a atenção na estrada. — Por isso conversei com um dos meus aliados de outro morro e ele deixou vocês ficarem lá, mas terão que trabalhar para ele por um tempo, é coisa simples, só eliminar alguns lixos. — Leo fala e eu encaro ele.
— Esse cara é confiável? — Pergunto.
— Sim, por isso pedi a ele que ficasse com as duas. — Ele diz tranquilo.
— Pelo menos não vamos ficar paradas no tempo que estamos aqui. — Ayko fala cruzando os braços.
— Verdade, já estou animada pra tirar umas vidas — Dou risada e Leo encara nós duas.
— Vocês me dão medo às vezes. — Leo fala e dou uma gargalhada.
Ele seguiu com o carro pelas ruas do rio de janeiro e realmente era tudo lindo, passamos pela praia e já ficamos animadas, eu e Ayko havíamos ido a praia uma vez só e foi pra matar alguém, então nem aproveitamos muito.
Isso me fez pensar um pouco, eu e Ayko não tivemos uma infância comum, não brincávamos como as outras crianças, não íamos às escolas normais, sempre tudo era feito em casa. Aprendemos muito com nossos pais e alguns mestres que tivemos, por exemplo eu e Ayko falamos cinco línguas, por isso nos comunicamos bem com o Leo. Ayko gostava muito da área tecnológica, ela era a hacker da nossa dupla, aprendeu tudo que sabe sozinha, e vou te falar, ela é importante em todas nossas missões.
Eu sou mais a parte de planejamento, estratégia, meu Qi é bem elevado também, igual o dela, sabemos muitas coisas, não somos apenas assassinas comuns.
Depois de um tempo o carro parou na frente de um lugar com vários caras armados, Leo disse que aquilo era uma barreira, achei bem fraca, eu mesma poderia entrar fácil aqui, mas tudo bem.
Leo falou com um dos caras que estava vestindo apenas uma bermuda, ele era todo tatuado e bem moreno, assim como quase todos os outros, na real eram bem gatos, diferentes dos homens da Rússia.
Leo subiu o tal morro e quando paramos lá em cima ele desceu do carro e abriu a porta pra mim e para a Ayko descer.
Assim que desci, meus olhos foram em três homens parados de braços cruzados nos encarando de forma desconfiada. Leo se aproximou deles para conversar enquanto eu e Ayko ficamos observando, mantendo nossas expressões sérias.
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Capítulo Dois
Eros ( Vulgo Diabo)
Eros Oliveira ( Vulgo Diabo) – 28 Anos — Dono do morro da Penha.
Ser dono do morro não é moleza, mas faço isso com amor e dedicação. Me preocupo com cada morador daqui, tento dar uma vida digna a todos, já que o governo caga pra quem mora nas favelas. Montei um sistema de abastecimento de água e arrumei a parte elétrica toda. Cobro só trinta conto de água e luz, só isso já ajuda bastante.
Na parte baixa do morro tínhamos um hospital completo, uma ong onde distribuímos cestas básicas e outras coisas. As pessoas me adoram e me agradecem sempre por tudo.
Quando meu pai mandava, só pensava em poder e dinheiro, e o morro muitas vezes estava na merda. Depois que ele morreu e eu assumi, fui melhorando as coisas aos poucos. Já faz oito anos que tô no comando, e me orgulho de tudo que fiz até agora.
Meu morro é um dos mais fortes daqui do rio, fica so atras do morro do Leo, meu alido, aquele cara era foda, tinha tantos contatos até mesmo fora do Brasil. Ficava impressionado, ele desde que virou dono do morro, nunca sofreu uma invasão e seus homens eram totalmente diferentes dos outros.
Uns tempos atrás, comecei a botar em prática uns treinos que ele me passou, e meus homens melhoraram muito.
Atualmente, moro numa casa no alto do morro, com minha irmã Agatha e meu irmão Elias. Perdemos nossos pais numa invasão oito anos atrás, foi foda pra caramba, mas cuidei dos meus irmãos do melhor jeito que pude. Os dois estão envolvidos no morro, não curto muito isso, mas somos uma família unida.
Elias Oliveira ( Vulgo Anjo) — 27 Anos — Irmão de Eros
Agatha Oliveira (Vulgo Alerquina) – 25 Anos – Irmã do Eros — Trabalha com o irmão em questões financeiras do Morro.
Estava na sala, trocando uma ideia com o MT, meu braço direito aqui, quando meu celular tocou e vi o nome do Leo.
Ligação On
— Fala ai irmão, preciso bater um papo com você, posso ir ai?
— Claro irmão, vou mandar os vapor deixar você subir direto, estou esperando.
— é nois irmão,
Ligação Off
Para o Leo vir aqui falar comigo pessoalmente, algo importante estava acontecendo, fiquei curioso em saber oque ele queria.
— Manda o papo pros vapor que o Negão do Vidigal vai colar ai, pode liberar pra ele subir. — Digo pra MT.
— Certo chefia. — Ele diz e sai da sala.
Natan Silva ( Vulgo MT) — 28 Anos — Melhor amigo e braço direito de Eros. Sub do morro.
Continuei trabalhando em uns relatórios no notebook e dando uma olhada nas cargas que iam chegar essa semana. Gosto de manter tudo na linha, é raro alguma coisa sair dos trilhos quando tô no comando.
Um tempo depois, o Negão chegou. Abri a porta da sala pra ele e nos cumprimentamos.
— Boa Negão, como ta irmão? — Pergunto indo até o bar que tem na minha sala.
— To bem parceiro e você? — ele pergunta sentando em uma das poltronas da sala.
— Na paz. Algum rolo novo? Você só aparece assim quando é coisa séria. — Comentei, servindo um whisky pra ele.
— Preciso de um favor enorme seu. — Ele diz e eu arqueio a sobrancelha.
— O'Que seria? — Pergunto.
— Preciso que esconda duas mulheres no seu morro por alguns meses. — Ele explicou.
— Não to entendendo irmão. — Digo cruzando o braço e encostando na cadeira.
— As duas são amigas minhas, ambas são da rússia, Irina e Ayko, são assassinas, elas acabaram matando um chefe da máfia russa e agora estão atrás das duas, elas precisam vir para cá o mais rápido possível, só que no meu morro não posso deixar elas, recebo muitos aliados da rússia e da itália, e elas são bem conhecidas por lá, logo achariam elas. — Encaro ele sem falar nada.
Que porra é essa o cara queria que eu colocasse duas assassinas procuradas por uma mafia russa no meu morro, com a chance de eles me atacare? Eu só posso estar doido pensando em aceitar isso.
— Cara não sei, é muito arriscado isso. — Digo passando a mão pelo cabelo.
— Cara as mina é firmeza, são treinadas, podem trabalhar para você enquanto estão aqui, e na real, elas vão ser boas pra você, elas são fodas, nunca vi nada igual — Ele fala e eu fico curioso pra conhecer essas duas.
— Porra Negão, vou so aceitar porque você é meu parceiro e ja me ajudou muito. — Digo não acreditando que aceitei.
— To falando, vai ser de boa, coloca elas pra trabalhar pra você, logo elas vão embora, só precisam de um tempo pra resolver o'que vão fazer para voltar. — Ele diz.
— Quando elas chegam? — Pergunto.
— Creio que depois de amanhã, já mandei um jatinho buscar elas. — Ele diz e dá um gole no whisky.
— Vou arrumar uma casa pras duas ficarem, e deixar tudo certo para a chegada delas. — Digo.
— Beleza, me manda tudo que vou pagar tudo, pra elas. — Ele fala e eu arqueei minha sobrancelha. — Cara as duas são grandes amigas minhas, salvaram minha vida e eu devo muito a elas, quando você conhecer as duas vai ver como elas são gente boa.
— Se você tá falando, tudo bem. Relaxa que a casa eu mesmo vou deixar com elas sem cobrar, a única coisa que terão que pagar é a comida e posso pagar um salário pra elas, como vão trabalhar pra mim. — Digo e ele dá risada.
— Beleza, agora vou ir, tenho umas coisas pra resolver, quando elas estiverem chegando mando mensagem — Ele se levanta. – Obrigada de verdade irmão, sabe que pode contar comigo sempre.
Ele saiu e eu terminei de arrumar algumas coisas, alguns minutos passaram e meu irmão chegou com uma cara de bunda.
— Caralho, to puto. — Ele diz sentando e pegando um baseado.
— Qual foi? – Pergunto sem olhar para ele.
— A porra da Angelica, ta me deixando louco, cansei dessa filha da puta. — Ele diz e eu dou risada.
— Cara se sabe bem que essa mina é mó rodada, vive por ai com os outros caras, eu realmente não sei como você se apaixonou por ela. — Digo
— Não to apaixonado porra nenhuma, quero que ela se foda, ja mandei ela meter o pé, não quero ver mais ela na minha frente. — Ele diz e eu rio de novo.
— Quero só ver se vai conseguir. — Digo e ele me encara. — Preciso de um favor seu.
— Manda o papo. — Ele diz dando um trago.
— Arruma uma casa aqui no morro com uns dois quartos, e mobilia ela até amanhã e pode encher a despensa de alimentos. — Digo e ele arqueia a sobrancelha.
— Vai se mudar carai? — Ele diz
— Não, daqui dois dias vamos receber duas pessoas que vão ficar na casa. — Digo e ele ainda fica me encarando.
Antes de ele falar algo já falo tudo sobre minha conversa com Negão.
— Sei não em, isso tá me cheirando confusão — Ele fala e realmente tenho que concordar.
— Sabe que não ia recusar, Negão é nosso aliado mais forte e sempre nos ajuda. — Digo e ele concorda.
Ele foi resolver oque pedi e logo eu continuei ali trabalhando, algumas horas depois fui pra casa. Tomei um banho e fui comer alguma coisa.
— Boa noite irmão — Minha irmã fala assim que me vê descendo as escadas.
— Boa noite, chata. — Digo dando um beijo em sua testa.
— A janta está pronta. — Ela diz me entregando um prato.
— Ainda bem, tô morto de fome. — Digo.
Jantamos juntos e logo meu irmão chegou.
— Já resolvi aquele negócio lá da casa, já tá tudo certo para suas convidadas. — Ele diz, e vai pra cozinha pegar comida.
— Que convidadas? — Agatha perguntou me encarando.
Explico tudo pra ela e a doida fica animada. — Já quero conhecer as duas, até que enfim terei alguma mulher para trabalhar junto.
— Quero você bem longe das duas, elas são assassinas. — Digo e ela e Elias dão risada
— Basicamente nós também somos — Elias diz e eu viro os olhos.
— Realmente, mas quero você longe das duas até ver quem são. — Digo encarando ela.
Terminamos o jantar e cada um foi para seu quarto, deitei na minha cama e logo apaguei.
…
O grande dia de conhecer Irina e Ayko tinha chegado, a duas horas Negão me me deu o toque que elas estavam chegando, então eu arrumei tudo e chamei os caras para recebê-las.
Meus vapores avisaram que o carro do Leo tinha passado pela barreira. Saímos para fora e ficamos os três esperando. Alguns minutos depois, Léo estacionou o carro e abriu a porta do passageiro e a de trás, logo duas meninas saíram, uma delas era japonesa e tinha cabelos pretos compridos, agora a outra que me chamou mais atenção era branca com os olhos bem claros, ela tinha algumas tatuagens pelo corpo e seus cabelos eram brancos.
Ficamos encarando as duas e logo elas fecharam a cara, Leo veio até nós com elas.
— Eai Rapaziada, essa é a Irina. — Ele apresenta a de cabelo branco e essa é a Ayko — Ele aponta para a japonesa.
As duas estendem a mão e nos cumprimentam sem falar nada. — Meninas esse é o Diabo, dono desse morro, este é o irmão dele Anjo e o Mt Sub dele.
— Prazer em conhecer meninas. — Digo e elas me olham e começam a me analisar.
— Prazer Diabo, obrigada por nos receber aqui. — Irina fala e abre um sorriso.
Puta que pariu, que sorriso era aquele!
— Bom meninas, eu já vou indo, Irina sabe meu número e pode me ligar quando precisar, depois venho ficar um pouco com as duas. — Ele diz e dá um abraço nelas.
— Obrigada Leo de verdade, vou te recompensar quando tudo isso acabar. — Irina fala e dá uma piscadinha pra ele.
Será que eles se pegam ?
— Vê se não some de novo. — Ayko fala e abraça ele com carinho.
— Agora vocês estão na minha área gatinhas, vou viver enchendo o saco das duas. — Ele fala rindo.
— Não exagera, não ia gostar de matar você, sabe que somos bem sem paciência né. — Irina fala rindo e ele levanta os braços em rendição.
— Não liga pra ela Léo, nós nunca matariamos você. — Ayko diz rindo.
— Bom, tchau Anjos da morte, vê se não vão enlouquecer meu amigo aí em. — Ele fala e as duas reviram os olhos.
Anjos da Morte? Que diabos é isso?
Léo foi embora e as duas se viraram para mim novamente. — Bom meninas, podemos conversar na minha sala antes de eu levar vocês pra onde vão ficar?
— Claro! — Irina fala.
Percebi que Irina era a líder das duas, e a Ayko não falava muito, só respondia quando perguntavam algo pra ela. As duas pareciam bem fechadas. Sinceramente, elas não tinham cara de assassinas, pareciam umas bonequinhas.
Caminhei para sala e chamei os meninos para dentro, elas se sentaram e ficaram me olhando esperando eu falar algo.
— Querem beber algo? – Pergunto.
Irina e Ayko se olham e logo me encaram de novo. — Pode ser um Whisky duplo com gelo, para nós duas. — Irina fala.
Sirvo elas com o whisky e logo me sento, os meninos não falam nada, estão apenas parados observando as duas.
— Bom, vocês vão ficar um tempo aqui conosco, como Leo já deve ter passado, quero que trabalhem para mim nesse tempo. — Digo e elas não tem reação nenhuma, não consigo ler nada delas. — O'Que vão fazer é simples, preciso de alguém para eliminar o lixo, e vocês farão isso pra mim, tudo bem ?
— Tá bom, algo mais? — Irina fala me olhando com aqueles olhos claros que estão quase me hipnotizando.
— Não só isso, deixei uma casa à disposição das duas, também mandei encher a despensa com comida e podem ficar tranquilas que vamos pagar pelo serviço de vocês. — Digo e Irina arqueia a sobrancelha.
— Não precisa, nosso trabalho aqui é nossa forma de agradecer a ajuda que está nos dando, e sobre a casa e a comida, pode me informar o valor que vou pagar tudo, dinheiro não é problema para nós duas. — Ela diz, seria.
— Tudo bem, vocês que sabem, mas o que precisarem estamos aqui para ajudar. — Digo.
— Quando começamos a trabalhar? — Irina pergunta.
— Eu tenho um trabalho amanhã para vocês, os meninos vão acompanhar as duas. — Digo e ela me encara por um tempo.
— Preciso saber o que vamos fazer, sei que é só eliminar o lixo, mas eu e Ayko, somos boas no que fazemos porque nos organizamos e verificamos cada informação sobre nossos alvos. — Ela fala séria.
— Todas as informações sobre as mortes serão passadas para vocês pelos meninos, pelo menos um dia antes. — Digo e ela revira os olhos.
Isso me deixa bem estressado, mas vou ter paciência.
Respiro fundo. — Bom, os meninos vão levá-las até a casa de vocês. — Digo e elas se levantam.
— Certo! — Irina fala.
Elas acompanham os meninos e saem da sala.
Porra to vendo que vai ser dificil, Ayko não fala nada, Irina é bem folgada, e juro por Deus que me controlei. Essa mulher vai me deixar louco, tem rosto de boneca, mas parece o próprio diabo.
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Capítulo Três
Ayko
A melhor coisa da minha vida inteira foi conhecer a Irina, eu e ela éramos como irmãs e eu amava ela. Desde pequenas vivíamos no nosso mundo, apenas sendo eu e ela, eu sempre fui a mais fechada, enquanto Irina sempre era a mais agitada, que resolvia problemas, confiava muito em suas decisões então não a questionava quase nunca.
Mas nem sempre foi assim, quantos nossos pais morreram, eu fiquei louca e acabei fazendo coisas erradas e em todas Irina me salvava, ela nunca me deixou, sempre ficou ao meu lado, demorei para poder me acertar de novo e ficar mais tranquila e ela me ajudou em tudo isso. Então sempre tomamos as decisões juntas.
Hoje havíamos chegado ao tal morro da penha e era totalmente diferente do que eu havia imaginado. Leo nos contou algumas coisas do lugar onde morava e eu sempre quis vir conhecer, assim que pousamos e ele nos levou até a Penha, fiquei encantada com cada lugar que passávamos. Eu e Irina nunca fomos de, viajar, sair, se divertir, nossa vida era só trabalho, e eu e ela estávamos cansadas disso, queríamos ter coisas que nunca tivemos antes.
Não tivemos uma infância fácil, e nem uma adolescência também. Fomos criadas com o intuito de matar, e era isso que fazemos desde os 14 anos, nós éramos como máquinas para nossos pais, com essa idade já saímos para missões para eliminar inimigos, e nunca perdemos um alvo se quer, todos eram mortos sem piedade alguma. Juntas eu e Irini já havíamos matado mais de mil homens e mulheres. Éramos conhecidas por toda a Rússia, muito nos temiam e isso acaba nos trazendo diversos inimigos.
Eu e Irina não gostaríamos de nos relacionar com ninguém, da última vez ambas nos demos mal. O'Que ninguém sabe é que anos atrás eu me envolvi com Abram Pavlova, o filho do homem que matamos, ele era muito ruim e achou que poderia me fazer sua esposa e me colocar pra ser sua cadelinha, mas eu fugi dele, com a ajuda de Irina, isso foi na época que meus pais morreram.
O problema de tudo isso é que aquele animal criou uma obsessão por mim, e me perseguiu sempre que podia.
Irina também não foi diferente e se envolveu com Arseny Ivanov, um empresário russo. Esse maldito quase acabou com Irina, foi tão dificil de trazer ela de volta a quem era ela depois dele, mas hoje ela estava bem e melhor. Já o maldito do Arseny Ivanov jurou vingança a nos duas e tambem vive nos caçando.
Assim que chegamos no morro, Léo foi subindo e achei que não tinha mais fim aquele lugar, era enorme. Assim que finalmente chegamos no topo, haviam três caras parados esperando.
Descemos do carro e Leo nos apresentou os três, um deles era o Dono de tudo isso, e um deles era seu irmão e o outro amigo e sub dele, o que mais me chamou atenção foi o tal Anjo, e notei que ele ficou me olhando por um tempo, mas não ia fazer nada em relação, não quero me envolver com ninguém.
Léo foi embora e nos despedimos, Diabo nos chamou para conversar e foi bem rápido, senti que Irina estava um pouco estressada, mas não disse nada.
Saímos da sala dele e os dois meninos foram nos levar para a casa onde vamos ficar.
— Espero que gostem do morro, depois se quiserem podemos levar vocês para conhecerem tudo. — O Anjo fala.
— Iremos adorar, sempre quisemos conhecer o Rio. — Irina fala abrindo um sorriso.
—Verdade, inclusive queremos conhecer a praia. — Digo animada e Irina abre um sorriso.
— Vocês nunca foram à praia? — Mt pergunta.
— Uma vez, mas fomos matar um cara, então tivemos que ir embora rápido. — Eu falo e dou risada junto com Irina.
— Vocês realmente são assassinas? — Anjo pergunta e nós duas caímos na gargalhada.
— Sim, porque? — Irina fala encarando ele.
— Vocês duas não têm caras de assassinas. — Ele diz.
— Ainda bem né, assim é mais fácil matar os inimigos. — Falo e sorrio.
— Verdade, você tem um ponto. — Anjo diz e sorri pra mim.
Um carro chegou e começamos a pegar nossas coisas. — Caraca o'que vocês trouxeram aqui? — Mt fala pegando a bolsa com as armas de Irina.
— Nossos brinquedos — Irina fala com um sorriso sapeca na cara.
— Tenho até medo de perguntar o'que é. — Mt diz.
— Chegar lá te mostro. — Ela diz e abre um sorriso.
Entramos no carro e em poucos minutos estávamos na frente de uma casa super linda. Descemos e os meninos nos entregaram a chave, entramos com as coisas e começamos a olhar a casa toda, era bem nossa cara, armários pretos, alguns detalhes em madeira, eu tinha amado e sei que Irina também.
Irina foi até sua mala e abriu ela, e começou a colocar suas armas em cima da mesa. — Esses são meus brinquedos. — Ela fala e os meninos arregalaram os olhos.
Anjo se aproxima da mesa e pega logo o fuzil favorito dela. — Caralho esse é um AW L96A?
— Sim, meu xodó — Ela diz e eu dou risada.
— Caraca, vi um desse uma vez, é cara pra caralho. — Ele fala olhando com admiração para a arma.
— Foi um presente dos meus pais, quando fiz 14 anos. — Ela diz e ele encara ela.
— Ta, isso é um presente inesperado para uma criança de 14 anos. — Ele fala e Irina ri.
— Não éramos crianças comuns. — Eu digo.
— E você Ayko, cadê seus brinquedos? — Anjo me olha.
Vou caminhando até uma bolsa grande que tem no chão e peguei uma maleta grande, coloquei ela no chão, e abri a mesma.
Os dois olharam e me encararam. — Uma espada? Diferente. — Anjo fala passando a mão por ela.
Pego a espada e tiro da bainha, vejo seus olhos brilharem. — Ela é a minha favorita. — Digo.
— Já quero ver você usando ela. — Anjo fala e me dá um sorriso.
— Dependendo da missão de amanhã, posso usar. — Digo olhando para seus olhos.
— Bom meninas, vamos indo, aqui está o relatório da missão de amanhã, será fora do morro e à noite, fiquem preparadas. — Ele diz e os dois saem.
Olho para Irina assim que os dois fecham a porta e abro um sorriso e ela também.
— Vamos tomar um banho que estou cansada — Irina fala e eu apenas concordo.
Ela foi tomar banho e eu fui dar uma olhada no relatório, peguei meu notebook e abri ele na mesa. Peguei o relatório e comecei a ler, pesquisei algumas coisas a mais, aproveitei para hackear o sistema da polícia daqui para puxar mais informações do homem.
O cara era um Ex policial, que estava envolvido com uma tal milícia, dei uma pesquisada e essa milícia era cheia de gente ruim, viviam caçando pessoas, algumas inocentes, eles eram cruéis, e parece que no momento o foco maior deles era os Donos de morros.
Verifiquei o endereço de onde o homem iria estar e com alguns dados que consegui, peguei o código de segurança da casa e hackeei o sistema inteiro da casa dele. Consegui acesso às câmeras e também ao celular.
O pessoal aqui do Brasil não sabia se proteger, foi tão fácil, até um bebê conseguiria fazer isso.
Já tinha tudo o que precisava, suspirei e me levantei para procurar algo para comer.
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