Apresentação:
[ Cíntia- Cindy ] 20 anos
[ Alícia- Aly] 20 anos
[ Tâmara ] 21 anos
[ Camila] 20 Anos
[ Fábio] 19 anos
[Celso ] 26 anos.
"Caros leitores, não dei muita descrição dos personagens porque dentro da história eles vão aparecendo e trazendo suas camadas, suas peculiaridades. Apenas deixei as imagens para que vocês os associem fisicamente. Mas fiquem tranquilos, ao longo do texto vocês conhecerão suas personalidades e características detalhadas."
⚠️ (Detalhes. Esta obra é derivada da minha outra obra chamada ➡️ Desejos sufocados e Vestígios Flames...)
Inspiração para minhas histórias...
Inspiração em "A Megera Domada"
Minha narrativa é inspirada em "A Megera Domada", a imortal comédia de William Shakespeare. Enquanto alguns podem ter conhecido temas similares através da adaptação televisiva "O Cravo e a Rosa", minha história não é uma releitura, mas sim uma reimaginação criativa. Com personagens originais e uma trama que ressoa com o tema universal do casamento.
Embora as obras de Shakespeare tenham atravessado os séculos e agora pertençam ao domínio público, disponíveis para serem reinterpretadas livremente, minha história busca uma nova direção. Ela narra a jornada de Cíntia e Alícia, duas almas de mundos distintos — Cíntia, enraizada em uma família tradicional com convicções inabaláveis, e Alícia, portadora de uma visão livre e segura de sua identidade sexual. Juntas, elas descobrem as vantagens inesperadas do matrimônio, apesar de suas divergentes filosofias de vida, e no processo, o amor floresce de forma inesperada,
Estou sempre aberta a dúvidas e comentários, então não hesite em entrar em contato. Apreciem a leitura!
Joy Campos💫
Boa leitura 📚 __________❤️_________
Tudo parecia simples para Cíntia, que precisava apenas assinar alguns papéis 📑 para união estável de fachada com Alicia, sua ex-amiga e agora rival.
A união estável traria um benefício incomum: um plano de saúde empresarial com dependentes, cobrindo anuidades e uma variedade de tratamentos. Alicia, recentemente diagnosticada com diabetes, necessitava de cuidados intensificados.
Cíntia , oriunda da Zona Leste de São Paulo – apelidada pelo povo de "Zona Lost" –, contrastava com Alicia, que vinha do coração da cidade. Alicia residia no Parque Dom Pedro, onde, apesar do alto custo de vida, morava de graça na casa de seu tio, um funcionário público que trabalhava como secretário na escola antiga do parque há cerca de cinco anos.
As duas jovens, embora ambas pobres, viviam realidades distintas.
Cíntia era caseira e frequentemente lamentava a jornada até o serviço e depois a faculdade. O transporte matinal estava sempre abarrotado, um amontoado de corpos como sardinhas em lata. Ela saía do trem, embarcava em um metrô ainda mais lotado e chegava ao serviço, e depois também em horário de pico, enfrentava o mesmo para ir a faculdade a noite. Onde enfrentava o mau humor de colegas que zombavam de seu jeito despojado. Cíntia detestava ser mal interpretada, algo que ocorria com frequência, pois ela não hesitava em expressar suas opiniões. Embora nunca tivesse a intenção de magoar, suas palavras eram frequentemente desconcertantes para aqueles que não compreendiam suas dúvidas e críticas.
Recentemente, Alícia revelou às amigas da faculdade sua homossexualidade, causando um alvoroço inicial. No entanto, o que parecia ter sido aceito sem problemas começou a gerar tensão. Camila insistia que Cíntia desaprovou a novidade, Embora, Cíntia nunca tenha falado abertamente, ela apenas usava a sua fé como escudo, com o tempo ambas começaram a se estranhar, porque ela falava que sua fé era sua base, para rejeitar tais atos pecaminosos.
O convênio médico era um luxo em meio a várias ofertas de convênios empresariais e individuais. Ele combinava anuidades e vários tratamentos, um benefício que Cíntia dispunha por trabalhar em uma corporativa, onde atuava como agente de pesquisa. Seu salário não era muito atraente, exceto pelo convênio com coberturas incríveis, Mas só ativo. Se ela tivesse um filho ou um cônjuge, todos teriam direito sem ter que esperar um ano para os benefícios. Foi aí que Tâmara, amiga de Cintia e Alícia, pensou que poderia ser vantajoso, Cíntia também carecia de exames tendo imunidade baixa, estava sempre doente, Alícia com problemas de diabetes, ambas ganharia com isso, pois Cíntia só teria direito, ou se lá tivesse um ano de convênio, ou se ela optar por um plano famíliar solidário. E só poderia ser feita a segunda opção se ela fosse casada, ou com filhos.
Ambas não eram de faculdades públicas e tinham que pagar suas faculdades com muito esforço. Seria impossível para Alícia pagar o convênio, e mesmo que conseguisse, a espera na anuidade seria o maior desafio. Assim, se ambas se unissem apenas no papel para terem benefícios, seria uma jogada de mestre contra o sistema.
Agora, como Tamara convenceria duas ex-amigas brigadas por conta de mal-entendidos? A resposta era clara. Cintia, apesar de se fazer de durona, era altruísta demais. Ela não conseguia não ter um coração amolecido. Já Alícia não podia contar com nenhum dinheiro a mais de seu tio, já que a esposa dele estava irritada com as ajudas nas despesas de saúde, da sobrinha.
Tamara viu uma oportunidade de reconciliar as duas e ao mesmo tempo ajudá-las a resolver seus problemas financeiros e de saúde. Ela sabia que, se conseguisse convencê-las a colocar suas diferenças de lado, ambas se beneficiariam imensamente com essa união estável de conveniência.
Cíntia estava sentada no banquinho da praça, um pouco agoniada. Era uma sensação incomum para ela estar adiantada, já que sua tendência natural era sempre chegar atrasada. No entanto, naquele dia, a ansiedade a consumia, pois sabia que tinha chegado muito cedo para assinar os papéis da união estável.
Enquanto esperava, sua mente vagava por um flashback do passado. Por alguns minutos, ela se viu debatendo sobre como deveria se vestir para o evento. Deveria se arrumar demais e correr o risco de parecer interessada em se casar, ou deveria manter um visual mais casual e correr o risco de não transmitir seriedade suficiente para o acordo?
A confusão mental a deixava indecisa. Se ela se maquiasse demais, corria o risco de parecer empolgada demais com a união, mas se não se maquiasse o suficiente, poderia parecer desinteressada. O dilema a deixava nervosa, pois temia que o responsável pela formalização do acordo pudesse interpretar mal suas intenções e recusar a assinatura.
Cíntia estava acostumada a uma maquiagem leve e discreta, mas naquele momento se viu questionando se deveria optar por algo mais extravagante. O flashback chegou ao fim, e ela voltou à realidade, ansiosa e aguardando a chegada da pessoa com quem estava prestes a formalizar uma união que, para ela, não deveria ser associada ao conceito tradicional de casamento.
Era uma situação estranha e desconfortável, pois embora soubesse racionalmente que a união estável era uma solução prática para seus problemas, sua mente ainda lutava para reconciliar a ideia de união contratual com o conceito mais romântico de casamento. A pressão da decisão iminente pairava sobre ela, enquanto tentava equilibrar o humor com o drama da situação.
Cíntia se sentia profundamente injustiçada pela situação com Alícia. Apesar de sua ex-amiga ter virado as costas para ela e não ter dado a chance de se explicar, Cíntia ainda sentia a necessidade de esclarecer suas verdadeiras intenções. Ela queria explicar que, embora possa não entender completamente a jornada de Alícia, ela respeitava sua experiência e sua identidade, mesmo que isso fosse confuso para ela.
Enquanto aguardava na praça, sua mente estava ocupada com os detalhes dos benefícios do plano de saúde. Ela sabia que, com o plano individual, teria acesso aos cuidados médicos de que precisava, mas teria que enfrentar a anuidade e esperar um ano inteiro para usufruir dos benefícios completos. Por outro lado, o plano familiar oferecia a vantagem de eliminar essa espera, permitindo que ela e seus dependentes recebessem tratamento imediato e sem restrições.
Essa diferença era crucial para Cíntia, especialmente considerando sua própria saúde debilitada e a recente descoberta dos problemas de saúde de Alicia. Ela reconhecia que, embora fosse a titular do plano, seria Alicia quem mais se beneficiaria dessa união estável, já que ela não tinha acesso a nenhum tipo de cuidado médico adequado no momento.
No entanto, essa compreensão não diminuía a sensação de confusão e incerteza que Cíntia sentia em relação a toda a situação. Ela se via em um dilema moral, debatendo entre o desejo de ajudar alguém em necessidade e o sentimento de ser usada ou mal interpretada por essa mesma pessoa.
Apesar de tudo, Cíntia sabia que precisava encontrar uma maneira de seguir em frente. Ela respirou fundo, tentando acalmar seus pensamentos tumultuados, enquanto aguardava a chegada de Alicia e o próximo capítulo dessa jornada complexa e emocionalmente desafiadora.
A brisa suave da manhã acariciava as árvores ao redor, enquanto o sol aparecia lentamente, tingindo o céu com tons azulados. À porta do cartório, Alicia chega, com os olhos marejados de emoção, estendeu os braços para envolver Tamara em um abraço caloroso. E Tamara, determinada, segurava firme a mão de Cíntia, que parecia hesitante e nervosa.
No ar, uma mistura de ansiedade e expectativa pairava enquanto o trio se reunia diante da imponente fachada do cartório. Do outro lado da rua, a praça estava repleta de vida, com crianças brincando e casais passeando de mãos dadas, criando um cenário de serenidade contrastante com a agitação interior do grupo.
Alicia, com a voz embargada pela emoção, dirigiu-se a Cíntia com compreensão.
"Cindy, eu sei que isso é difícil para você. Se quiser desistir, agora é o momento. Não vamos te forçar a nada." Cindy era o apelido que todos usavam carinhosamente para Cíntia.
Enquanto isso, Tamara buscava transmitir calma e determinação a Cíntia, incentivando-a a não ceder ao medo.
"Cindy estamos desafiando um sistema que nos oprime. Não estamos fazendo nada de errado. Estamos usando o sistema contra ele mesmo. Ninguém vai te julgar por estarem juntas. E lembre-se, isso não é um casamento convencional. É algo só de vocês, algo que apenas nós três vamos saber."
Nesse momento crucial, envolvidas pela energia da manhã e pelo apoio mútuo, Alicia, Tamara e Cíntia se preparavam para dar o primeiro passo em direção a uma união que desafiaria convenções e fortaleceria os laços de amor e companheirismo entre elas?
Cíntia sentia o coração acelerar enquanto ponderava sobre as possíveis consequências de suas ações.
'E se eu acabar sendo presa por isso?', pensava ela, com um misto de ansiedade e determinação. A ideia de desafiar as normas estabelecidas a assustava, mas ao mesmo tempo a empurrava para frente, impulsionada pelo desejo de liberdade e autenticidade.
Enquanto observava o casal saindo do cartório, de mãos dadas e sorrisos nos rostos, Cíntia sentiu um aperto no peito ao perceber que seu próprio sonho sempre foi algo tão simples e tradicional. O conflito interno se manifestava claramente em seu olhar, refletindo a batalha entre suas convicções e os o desejos de fazer algo diferente.
Fisicamente, Cíntia era uma mulher de estatura média, com cabelos escuros que caíam em cachos suaves, era ela negra. Seus olhos castanhos expressavam uma mistura de determinação e incerteza.
Apesar de sua tendência em seguir padrões e buscar a ordem, Cíntia também era uma alma inquieta, sempre questionando o status e buscando significado em suas ações. Ela se via dividida entre o desejo de conformidade e a ânsia por autenticidade, lutando para encontrar um equilíbrio entre os dois mundos que habitavam sua mente.
Cíntia sentia- se uma profunda conexão com sua identidade brasileira, uma mistura vibrante de culturas e influências que se refletiam em sua própria existência. Sua tonalidade de pele era uma paleta de tons 'terrosos', que evocava as riquezas da terra e as diversas origens étnicas que compõem o povo brasileiro.Ela se reconhecia como parte integrante desse mosaico cultural, enxergando-se como uma representação autêntica do que significa ser brasileira. Mesmo que pudesse viajar para além das fronteiras do país, Cíntia sabia que sua aparência seria imediatamente reconhecida e associada à diversidade e à riqueza da nação que ela tanto amava.
...Alicia sentia o coração acelerado enquanto tentava disfarçar o nervosismo, mas sua ansiedade transparecia nas pequenas ações, como morder os lábios repetidamente, deixando marcas leves. Enquanto contemplava a decisão que estava prestes a tomar, uma mistura de emoções a invadia. Recentemente, havia perdido uma amizade, com Cíntia, e agora estava prestes a fazer um compromisso tão sério.
Ela era ruiva de olhos castanhos claros, seus cabelos andualados, faziam um chame, em seu rosto simétrico. sua identificação na sociedade, era como um ser livre que amava está em festas, e sair toda final de semana, as vezes na semana.
Diante das diferentes visões de mundo, Cíntia e Alice se veem imersas em universos distintos, moldados por suas experiências e crenças. Enquanto Cíntia defende fervorosamente sua fé e liberdade de expressão, Alícia, sensível às nuances da vida, busca compreender e ser compreendida, mas não dando chances a diálogos, a quem ela não considerava digna de ser uma ouvida.
Em meio a esse cenário de divergências, mal-entendidos surgem, não por malícia, mas pela complexidade das percepções individuais. Cíntia ao expressar suas convicções, muitas vezes é interpretada de forma equivocada, enquanto Alícia ferida por experiências passadas, encontra dificuldade em compreender as motivações de Cíntia.
Assim, mesmo em seus desentendimentos, ambas compartilham o desejo sincero de respeitar e serem respeitadas. No entanto, o caminho para o entendimento mútuo parece estar envolto em um véu de incertezas, onde as palavras se perdem no eco das próprias convicções e experiências de vida.
Tâmara começou a preparar as meninas, reunindo-as para uma última revisão antes de seguirem para o cartório de notas. O sol, inundava o pequeno escritório, destacando o brilho nos olhos determinados de cada uma.
"Vocês se conheceram na faculdade, há 3 anos atrás, e desde então começaram um namoro", explicou Tâmara, reforçando o roteiro cuidadosamente planejado para evitar qualquer erro.
Cíntia, com uma expressão pensativa, levantou uma questão: "Será que essas fotos nossas comprovam algo? Sempre estamos em grupos, e se eles alegarem algo?"
"Bom, essas fotos são para comprovar que vocês se conhecem há muito tempo, na faculdade. Por sorte, vocês têm duas fotos só de vocês. É uma precaução a menos", respondeu Tâmara, tranquilizando-as.
"Eu nem me lembrava desta foto aqui", comentou Cíntia, examinando uma das imagens.
"Claro que não, essa foto foi tirada espontaneamente, sem você saber. Afinal, você quase não gosta de fotos", brincou Tâmara, lembrando-se das preferências da amiga.
"Então eu falo que moramos juntas neste endereço aqui, mas e se eles forem investigar?", perguntou Alicia, preocupada.
"Fique tranquila, não vão investigar. Além do mais, essa casa é minha, na verdade dos meus avós. É um quintal com várias casas. Se precisar, o pessoal lá pode dizer que vocês já moraram lá antes e se mudaram. Não se preocupe", assegurou Tâmara, mostrando sua habilidade persuasiva.
"Está bem, e como comprovamos apenas com isso que estamos morando juntas?" indagou Alícia, ainda incerta.
"Bom, isso não será problema. Você se lembra quando fizemos uma conta conjunta solidária na faculdade? Era para todos nós, eu, você, Tâmara, Camila, Fábio e Celso. No final, só nós duas fizemos. Podemos usar isso como comprovante, caso seja necessário", sugeriu Cíntia, buscando soluções.
Após respirarem fundo e trocarem olhares de confiança, as duas seguiram em direção ao cartório de notas. Lá, foram recebidas por um funcionário prestativo, que ofereceu café enquanto explicava as opções disponíveis de união estável e mostrava as tabelas de preços. O ambiente tranquilo e acolhedor do cartório contrastava com a ansiedade que borbulhava dentro delas, enquanto se preparavam para dar mais um passo em direção ao seu objetivo comum.
Enquanto o funcionário explicava os tipos de união estável disponíveis, Cíntia e Alicia ouviam atentamente, ponderando sobre qual escolher. Não havia tempo para discussões prolongadas, e a pressão para tomar uma decisão imediata era palpável.
Cíntia, antecipando possíveis desconfianças caso optassem pela separação total de bens, decidiu se antecipar e escolher o regime de comunhão universal de bens.
"Comunhão universal de bens", anunciou ela, surpreendendo tanto a Alicia quanto o funcionário.
"Ok, os valores são esses aqui". disse o funcionário, apresentando os custos associados à a união estável
"424,89? Nossa!", exclamou Cíntia, surpresa com o valor. "Hum... está ótimo", respondeu ela, tentando disfarçar sua preocupação com o custo inesperado.
Alicia, já ciente dos valores, estava preparada para contribuir, entendendo que, como a titular do convênio, Cíntia estava assumindo uma parte significativa das despesas.
Em sussurros, Cíntia compartilhou sua preocupação com Alicia.
"Eu só tenho 120,00", confessou ela, preocupada com a diferença entre o valor total e o que tinha disponível.
"Não se preocupe, eu tenho o dinheiro. Fica por minha conta", respondeu Alicia, tranquilizando-a e reforçando seu compromisso com a parceria.
Enquanto o funcionário examinava os documentos das duas, Cíntia sentia o suor escorrendo pela testa, sua respiração estava sufocada e suas mãos tremiam, escondidas sob a mesa. O nervosismo era palpável enquanto aguardavam o veredicto.
"Ok, meninas, vou apenas inserir essas informações e depois vocês assinam", anunciou o funcionário, mantendo uma calma que contrastava com a agitação de Cíntia.
Enquanto ele digitava no computador, Alicia tentava transmitir segurança a Cíntia, cuja ansiedade estava à flor da pele. Finalmente, o funcionário se levantou para pegar a impressão e começou a examinar cuidadosamente os documentos.
Após verificar tudo, ele solicitou que ambas assinassem. Alicia foi a primeira, segurando a caneta com mãos trêmulas, refletindo sobre a decisão que estavam prestes a tomar. Em seguida, foi a vez de Cíntia, cujo nervosismo era tão intenso que ela chegou a esquecer seu próprio nome por um momento.
"Pronto, aqui está a cópia para vocês. As originais demoram um pouco para ficarem prontas, mas essas cópias vocês já podem utilizar em casos específicos", explicou o funcionário, entregando o papel às duas.
Alicia se adiantou para pegar o documento, enquanto Cíntia sentia uma mistura de constrangimento e gratidão por não ser descoberta. O funcionário então sorriu, trazendo.
"Eu sei que não sou um juiz de casamento, mas acho bonito quando o juiz diz 'já pode beijar a noiva'. Sei que não é um casamento tradicional, mas é uma união em que ambas querem formar uma família. Então, nada melhor do que oficializar esse momento assim.. Então podem se beijar, meninas", disse ele, com um sorriso gentil.
As duas ficaram estáticas diante da sugestão inesperada. Como poderiam realizar um gesto tão simbólico, algo que nunca imaginaram fazer em suas vidas? O momento as deixou em um turbilhão de emoções.
Elas se encararam, o medo e a insegurança pairando no ar enquanto trocavam olhares carregados de terror. Para Alicia, era um momento de decisão definitivo. 'É agora ou nunca', pensou ela, decidida a romper a barreira do desconhecido.
Inclinando-se delicadamente em direção a Cíntia, cujo semblante denotava uma mistura de surpresa e ansiedade, Alicia encontrou seus lábios nos dela. O toque suave e caloroso trouxe uma onda de sensações avassaladoras, fazendo seus corações baterem em descompasso, como se estivessem em sintonia com a intensidade do momento.
As respirações rápidas e entrecortadas ecoavam na sala, enquanto Alicia, com as mãos trêmulas, deslizava seus dedos pelos ombros de Cíntia. Cíntia, por sua vez, sentiu um arrepio percorrer sua espinha, um misto de nervosismo e excitação que a consumia por inteiro.
E então, em meio ao silêncio carregado de expectativa, o medo do beijo prolongando-se como se o tempo tivesse contra elas. Então Alícia pediu passagem para sua língua...
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