NovelToon NovelToon

ENTRE MAGIA E INDÚSTRIAS

CAPÍTULO 1

Há muito tempo, em uma área rural onde as casas são feitas de madeira, chamas ardentes queimam as casas e as pessoas que moram nelas, tiros são ouvidos e confrontos ocorrem. Em uma das casas, um pequeno garoto está escondido debaixo do piso da casa ao lado de sua mãe, ambos assustados

Mãe: está tudo bem, querido... S-s-seu pai vai proteger a gente...

Soldados chegam em frente a casa, e utilizando um radar, eles conseguem detectar o sinal de três pessoas

Soldado 1: três pessoas

Soldado 2: qual a chance de todos serem magos?

Soldado 1: só tem um jeito de descobrir

O soldado arremessa uma granada pela janela, mas depois de alguns segundos, ela ainda não explodiu

Soldado 2: será que tava com de-

A granada volta para os soldados, explodindo perto deles

Soldado: se preparem!

Saindo de dentro da casa, dando um ponta pé na porta e ainda a usando para flutuar. Um mago usando roupas comuns e um cajado de madeira começa a sobrevoar por cima dos soldados e usando vários feitiços de raios para os atingir. Os soldados são atingidos pelos ataques, mas revidam com suas armas

Soldado 1: ainda tem gente lá dentro, peguem eles!

Quando vão invadir a casa, uma barreira de gelo cobre a entrada

Mãe: essa é a nossa chance, vamos embora!

Criança: mas e o papai?

Mãe: o papai vai ficar bem. Vamos rápido!

Por uma passagem secreta atrás da casa, a Mãe abre uma pequena fresta para ver se podem sair, mas percebem que ainda estão cercados pelos soldados

Mãe: droga...

Os soldados próximos são incinerados, abrindo passagem para os dois

Mãe: é agora!

Eles saem da casa e entram dentro de uma picape, onde a Mãe sofre um pouco para ligar o carro

Mãe: agora não, agora não!

Soldado 2: eles estão ali, peguem eles!

O soldado acaba perdendo os dois braços quando o mago usa uma de vento cortante. Enquanto estava distraído com os inimigos próximos, uma grande explosão surge em volta do mago, explosão essa causada por um tiro de tanque. O mago cai no chão e os soldados aproveitam para o imobilizar, agarrando seus braços e cortando suas mãos foras

Criança: PAPAI!

A Mãe finalmente liga o carro e consegue fugir com o filho

Soldado 1: não deixem eles fugirem. Qualquer um que tiver envolvimento com esses macacos mágicos deve ser executado!

Mago: seu desgraçado... Eles são pessoas comuns! Vocês já tem a mim, já basta!

Soldado 1: calado

Com uma espingarda, o soldado atira nos joelhos do mago

Soldado 1: essas terras são dos industriários agora, não queremos macacos atrasados aqui

E com um tiro, ele mata o mago. O segundo soldado tem seus ferimentos já cuidados

Soldado 2: cadê a porra das próteses? Tragam pra mim!

Um outro soldado chega até seu superior carregando uma grande caixa com mãos robóticas, e ao encaixa-las nos locais onde os membros foram perdidos, elas já se misturam com os nervos, sendo possível a movimentação dos dedos

Soldado 2: ótimo... A invenção do Schneider é uma maravilha

Soldado 1: ela realmente se adaptou em menos de um minuto?

Soldado 2: é como se tivesse trocado um par de luvas por outro, nem parece que perdi os braços agora pouco

Soldado 1: ainda prefiro minhas mãos de pele e osso

Soldado 2: foda-se pro que você prefere. O que vai fazer com os fugitivos?

Soldado 1: não tem com o que se preocupar, deixe os caçadores os pegarem

Depois de alguns minutos, a Mãe e a Criança estão fugindo por uma estrada isolada. A criança não para de chorar

Mãe: (os helicópteros estão próximos, mas sinto que nós já estamos longe o suficiente)

Um míssel se aproxima do carro, explodindo perto dele e fazendo com que o carro capote várias e várias vezes. Com a cabeça sangrando, a Mãe tenta manter a consciência e sai do carro, dando chutes no vidro até que quebre, assim, tirando o cinto de segurança do filho e o tirando do veículo. Ela percebe que o helicóptero está descendo, e a decisão que ela toma é esconder o filho atrás de um tronco, ela então volta para a estrada e tenta correr, mas por causa de sua perna, ela não consegue ir muito longe. Um homem usando um uniforme militar preto e uma balaclava de caveira se aproxima da mulher caída. Ele puxa ela pelo cabelo e começa a observar seu rosto

Caçador: olha só... Tirando os ferimentos, você não é de se dispensar não. Seria um desperdício matar você, então acho que vou ter...

Ela cospe na máscara do caçador

Caçador: porra... Essa é minha máscara favorita

Ele retira sua máscara, mostrando uma horrorosa cicatriz de queimadura no lado direito do rosto, onde é possível ver até mesmo seus dentes

Caçador: tenho bons planos para você, princesa. Tenha bons sonhos

Ele dá um soco na mulher, que a deixa desnorteada. Ele a põe no ombro e caminha até o helicóptero, e quanto a criança, ele finalmente recobra a consciência, mas por medo de se revelar, ele apenas vê sua mãe sendo levada pelo caçador

Criança: mamãe...

A Mãe então olha para seu filho com uma visão embaçada

Mãe: Íon...

Ela perde a consciência de vez. O filho chora silenciosamente enquanto vê sua mãe partir. Dentro do helicóptero, o caçador deixa a mulher jogada no chão do veículo, observando cada detalhe de seu corpo

Soldado caçador: capitão, a ordem não era de eliminar os fugitivos?

Caçador: essa mulher não é uma fugitiva, ela é... Minha esposa!

E assim, os helicópteros voam na mesma direção. Retornando para a zona rural, vários corpos são empilhados no mesmo lugar para serem queimados, junto com diversos pertences dos magos, seja cajados ou grimórios. Um soldado se aproxima dos superiores

Soldado: capitão Yarin, tenente Orux. Os fugitivos foram eliminados

Yarin: tem certeza?

Orux: duvidando dos caçadores?

Yarin: não, só não quero o Grande industriário me enchendo o saco depois. Nossa missão foi concluída, vamos retornar

Os dois entram num carro 4x4 militar blindado e vão embora do local em chamas

FIM DO CAPÍTULO 1

CAPÍTULO 2

11 anos depois. Em um orfanato, uma senhora vai até o jardim

Senhora: Íon, você está aí? Íon!

Íon: estou aqui, senhora Laine

Íon, com os seus dezoito anos, aparece sujo de terra

Laine: terminou de tirar as ervas daninhas?

Íon: já sim, e ainda aproveitei para plantar logo a árvore que a senhora estava querendo

Laine: agradeço pelo seu serviço, meu querido

Íon: não precisava agradecer

Laine: é claro que preciso, você sempre foi uma criança muito obediente

Ela olha para o relógio em seu pulso

Laine: ja está na hora de comer alguma coisa. Limpe-se e venha se reunir com os outros

Íon: já estou indo

A senhora Laine vai embora. Íon nota uma flor murcha, ele se aproxima dela e verifica se não tem ninguém por perto

Íon: como que fazia aquele truque mesmo?

Íon começa a se concentrar, e na ponta de seu dedo, uma luz bastante forte surge, e ao tocar a flor, ele consegue fazer a flor ficar forte novamente

Íon: ainda não perdi o jeito...

Mais tarde, no refeitório do orfanato, todas as crianças reunidas estão comendo enquanto brincam na mesa

Laine: parem de brincar com a comida! Não a desperdicem. Que coisa...

Íon: as crianças ficam mais danadas a cada dia

Laine: ó se ficam... Aliás Íon, possui planos para hoje?

Íon: planos? Pra quê?

Laine: como assim? Não sabe que dia é hoje?

Íon: sei lá... Dia das bruxas?

Laine: não, hoje é o seu...

Ela percebe que Íon está observando atentamente a televisão

Íon: Pietro, me passa o controle

O garoto entrega o controle para Íon, que aumenta o volume da televisão. Íon se levanta da mesa e fica mais perto da televisão

Laine: o que está acontecendo?

A notícia que está passando na televisão é "fim da guerra? Nações mágicas assina um tratado de não-agressão as terras industriárias. Territórios industriários foram devolvidos as seres mágicos"

Íon: isso... Puta merda...

Íon começa a chorar

Íon: finalmente acabou?

Mais tarde, no quarto de Íon. Ele parece está bastante pensativo com a notícia que acaba de ver

Íon: com esse tratado, magos que estavam escondidos devem tentar voltar para as terras mágicas. Demorou onze anos, mas talvez essa seja minha chance de finalmente sair daqui

Alguém bate na porta

Laine: Íon, posso entrar?

Íon: senhora Laine? Ah claro, pode sim

Ela entra no quarto

Laine: está tudo bem? Você parece bastante abatido. Não vejo você assim desde que chegou aqui

Íon: estou bem, só estou um pouco pensativo sobre o futuro agora

Ela se senta ao lado dele na cama

Laine: um tratado de não-agressão? Desde a reviravolta desta guerra, isso com certeza surpreendeu ambos os lados

Íon: acha que isso possa ser uma jogada estratégica dos industriários?

Laine: eu não sei e não quero saber. A única coisa que me preocupa é esse orfanato. O resto da notícia disse que alguns magos já conseguiram voltar para as terras mágicas, quando você vai partir?

Íon: o quê?

Laine: ah é, que grosseria a minha, já estava esquecendo de entregar isso a você

Laine entrega um presente para Íon

Íon: um presente?

Laine: hoje é seu aniversário, se esqueceu?

Íon: meu... Caramba, esqueci completamente de hoje

Laine: abra, espero que você goste

Quando Íon abre o presente, fica bastante surpreso com o que vê

Íon: senhora Laine, isso é...?

Laine: achei isso a alguns anos, quando estava tirando o lixo. Algum mago deve ter jogado esse grimório fora para não ser achado, peguei antes que ia industriários chegassem

Íon: senhora Laine, sabe o perigo que a senhora se meteu?

Laine: se até agora não fui pega, então está tudo bem. Nunca achei utilidade nisso pra mim, mas finalmente vejo a oportunidade perfeita para entregar a alguém

Íon: mas senhora, eu...

Laine: já sei que você é mago a muito tempo. Muitas daquelas plantas no jardim já teriam morrido se você não usasse magia, e você também não sabe ser discreto quando usa magia

Íon: droga, a senhora é alguma ninja?

Laine: nunca vivi apenas cuidando de orfanato. Tem o tempo que precisar para tomar uma decisão, independente do que decidir, irei apoiar

Ela vai até a porta do quarto

Laine: feliz aniversário

Ela sai do quarto. Íon começa a analisar o grimório que recebeu

Íon: está numa outra língua. A única coisa que sei fazer a magia de cura, de resto...

Ele fecha o grimório e começa a pensar no que aconteceu em sua infância

Íon: meu lugar não é aqui, não mesmo...

Num outro dia, Íon está arrumando suas malas. Vestindo uma jaqueta preta, uma camisa branca e uma calça bege, ele se olha no espelho do quarto

Íon: ainda sinto que falta alguma coisa...

Ele olha para o grimório

Íon: seria arriscado demais, então é melhor eu não exagerar

Ele põe o grimório em uma das malas. Mais tarde, ele está na frente do orfanato

Laine: onze anos... Foram longos onze anos que você viveu aqui

Íon: estaria comendo lixo na rua se não fosse pela senhora. Muito obrigado por tudo, senhora Laine

Laine: não está esquecendo de nada, não é?

Íon: está tudo aqui. Dinheiro, roupas, tudo que um homem precisa

Laine: mas ainda vai precisar de algum veículo para cruzar a fronteira

Íon: deve ter algum cavalo selvagem dando mole por aí

Laine: acha que já está nas nações mágicas? É difícil achar algum cavalo aqui. Vai falar com o Doug, eu já liguei pra ele mais cedo, ele vai arranjar alguma coisa pra você usar

Íon: o mecânico? Acho difícil ele arranjar algo que preste de verdade

Laine: se funcionar, já está de bom tamanho

Ela abraça Íon

Laine: tome cuidado na sua viagem

Ele a abraça de volta

Íon: eu vou...

Eles se soltam

Laine: é um tratado de não-agressão, mas quando a guerra realmente tiver acabado, volte aqui para me visitar

Íon: espero não demorar tanto tempo assim pra voltar então

Íon vai embora. Minutos depois, ele está numa oficina

Íon: Doug! Doug, você tá aí?

Voz: eu tô ocupado, garoto...

Doug está de baixo de um carro, ele sai de baixo do veículo e se levanta para pegar uma toalha e limpar o rosto

Doug: a Laine me falou que você tá precisando de um carro

Íon: ou uma moto também

Doug: difícil andar de moto com essas malas. Vem aqui, vou te mostrar algo que vai gostar

Eles vão para os fundos da oficina, onde Doug retira o grande lençol que cobre um carro semelhante a um Saveiro

Íon: que carrão

Doug: é um modelo quase recente. O desgraçado de um cliente meu trouxe aqui para consertar, mas ele não tinha dinheiro pra pagar

Íon: ficou com o carro dele?

Doug: claro. Mataram ele semana passada

Íon: um mago?

Doug: sim, deve ser por isso que ele tava tão desesperado pra que eu consertasse o carro. O carro agora é sem dono, mas como presente de aniversário atrasado, ele é seu

Doug entrega as chaves do carro para Íon

Íon: me sinto um pouco mal pelo mago, mas vou aceitar de bom grado

Doug: pega isso aqui também

Ele entrega alguns papéis para Íon

Doug: são documentos falsos, caso alguém te pare por aí, pode tentar usar isso pra se livrar. Por garantia, sempre mete o pé na tábua

Íon: terei isso em mente. Valeu mesmo, Doug

Doug: espero ver você de novo algum dia, garoto

Íon: eu também

Ele entra dentro do carro

Doug: sabe como dirige, né?

Íon: não existe maneira melhor de ter aprendido a dirigir do que te buscar em bares

Doug: meu garoto. Vai embora antes que esse tratado termine mais cedo do que se espera

Íon liga o carro, e saindo da oficina, ele segue sua viagem para as nações mágicas

FIM DO CAPÍTULO 2

CAPÍTULO 3

Após sair da cidade, Íon liga o GPS do carro

Íon: vai ser quase um mês inteiro de viagem. Bom, pelo menos tenho alguma coisa pra passar o tempo

Ele liga o rádio do carro para ouvir música. Alguns dias vão se passando, Íon passa suas noites em alguns motéis, ou até mesmo dorme no próprio carro. Enquanto descansa no quarto de um motel, Íon tenta traduzir algumas palavras do grimório

Íon: se eu tiver certo, a palavra correta é... Baihin!

Íon cria uma barreira em volta de sua cama

Íon: deu certo! O papai ficava constantemente revisando magias de defesa. Ficar uma noite inteira ouvindo ele falar isso valeu a pena. Queria que ele tivesse me ensinado mais alguma coisa...

Quando Íon vai se deitar, ele percebe que não consegue ultrapassar a barreira

Íon: tá de brincadeira?

E assim, ele acaba dormindo no chão. Mais alguns dias se passam, Íon está numa região quase arenosa, com pouquíssima vegetação. Ele está com o vidro do carro aberto enquanto usa óculos escuros por causa da forte luz do sol

Íon: que calor... Quanto tempo falta pra chegar na próxima cidade?

O GPS mostra que falta vinte minutos

Íon: ótimo... Preciso tomar um banho. Vou acabar deixando o banco encardido de tanto suor

Ele percebe que o carro começa a desacelerar

Íon: essa não... O que foi agora?

Ele percebe que a gasolina tá acabando

Íon: puta merda... Puta merda! Porquê essas desgraças de carro precisam de tanta gasolina? Cavalos duram muito mais do que vocês

O carro para de vez. Íon sai do carro e vai para trás dele

Íon: certo... Vou ter que te empurrar, não é?

Ele põe a mão na traseira do carro e logo se afasta

Íon: quente pra porra! Tá certo, hora de me adaptar

Ele pega algumas blusas para poder encostar no carro

Íon: FORÇA!

E assim, ele começa a empurrar o carro. Horas se passam, e ele finalmente chega a uma cidade. Ele se senta no chão para descansar

Íon: vinte minutos... Que viraram... Duas horas! Preciso... De água!

Ele se levanta e procura por alguma loja que possa vender água

Íon: força guerreiro... Hora de se hidratar um pouco

Ele começa a andar em linha reta, e sem perceber, acaba se esbarrando em alguém, fazendo a pessoa cair no chão

Íon: porra... Me desculpa, você está bem?

Ele olha para quem fez cair no chão e percebe que é uma mulher

Mulher: estou sim... Onde estão meus óculos?

Íon: óculos?

Ele olha para o chão e acha os óculos da mulher

Íon: tá aqui

Mulher: obrigada...

Íon segue seu caminho em linha reta, mas não anda muito pois sua visão começa a embaçar

Íon: agora eu preciso de um óculos...

Mulher: aí, você tá bem?

Íon: estou... Só preciso... Abastecer o tanque

Mulher: e você tem dinheiro pra isso?

Íon: claro que eu...

Ele põe as mãos nos bolsos e não sente nada

Íon: porra... Deixei a carteira no carro

Ele tenta andar, mas acaba tropeçando no próprio pé

Íon: cacilda...

Mulher: você não parece nada bem. Vem comigo, vou te pagar alguma coisa

Ela ajuda Íon a levantar

Íon: valeu moça que não sei o nome... E nem o rosto

Mulher: pode me chamar de Margareth por enquanto

Margareth guia Íon para algum lugar. Os dois passam por uma garotinha vendendo flores

Garota: moça, gostaria de uma flor?

Margareth: deixa pra próxima

Garota: tá...

Eles vão embora, a garotinha nota que sua cesta de flores ainda está cheia

Garota: nada... Nem uma sequer

Sua barriga começa a roncar. De repente, uma grande sombra surge atrás dela

Voz: com licença, garotinha

Ela se vira e vê um grande homem vestindo um sobretudo sem mangas, uma regata e calças combinando com botas, tudo da cor preta, além de está usando uma balaclava que cobre apenas sua boca e nariz e um óculos escuro. O homem também carrega uma mala nas costas e usa braceletes que cobrem seus antebraços e ombreiras que protegem seus braços. A garota se sente um tanto intimidada, até que o homem se ajoelha para ficar de frente a ela

Garota: em que... Posso ajudar?

Homem: sabe me dizer onde tem algum restaurante aqui?

Garota: eu... Eu...

Ele olha para as flores

Homem: os negócios estão difíceis?

Garota: o quê?

Homem: suas flores, não parece que teve muitas vendas

Garota: é que eu... Não tive mesmo...

Homem: deixá-las expostas nesse sol quente vai fazê-las secarem. Quanto custam?

Garota: o quê? Bem... Uma flor custa...

Homem: aceita mil?

Garota: hein?!

Homem: comprarei todas as suas flores

Ele pega sua carteira e dá uma nota de valor mil

Homem: pode me fazer um buquê?

Garota: c-c-claro! Só me dê alguns minutos

A garotinha começa a chorar de felicidade enquanto faz o buquê, enquanto isso, o homem vê um grande grupo passando na rua, percebendo que estão armados. Em um restaurante, Íon finalmente termina de comer e a se hidratar

Íon: finalmente! Achei que ia pôr os dois pés na cova

Margareth: você realmente tava mal

Íon: estava mesmo

Ele começa a olhar para o rosto de Margareth, ficando até mesmo corado

Margareth: qual o problema?

Íon: você é uma graça, sabia?

Margareth fica envergonhada

Margareth: só... Se alimente direito...

Íon: foi mal, te deixei sem graça? Garotas de óculos são minha fraqueza, e as pardinhas também

Margareth: por favor, coma logo...

Íon: está bem, não quero te deixar mais sem graça

Se passam alguns minutos e os dois terminam de comer

Íon: até que a comida daqui não é ruim

Margareth: tem razão... Nada mal mesmo

Íon: você vem sempre aqui?

Margareth: é minha primeira vez aqui

Íon: sério? Estava indo pra algum lugar?

Margareth: ia tentar arranjar carona, mas tô uns três dias presa nessa cidade

Íon: e pra onde você vai?

Margareth: eu... Tô indo pra um canto...

Íon: está indo para as nações mágicas?

Margareth põe a mão na boca de Íon

Margareth: fala baixo! Quer que a gente seja morto? E para de lamber minha mão!

Ela tira a mão da boca de Íon e a limpa com um guardanapo

Íon: escuta, eu também estou indo pra lá. Se é carona que você precisa, eu posso te ajudar

Margareth: e como posso confiar que você não vai fazer nada comigo no caminho?

Íon: sabe fazer alguma magia de defesa ou ataque?

Margareth: sei, pelo menos umas dez

Íon: já tá melhor do que eu. E então, topa uma carona?

Ele estende sua mão

Margareth: está bem

Os dois apertam as mãos

Íon: só mais uma coisa. Sabe onde tem algum posto de gasolina?

Margareth: sério mesmo?

FIM DO CAPÍTULO 3

Para mais, baixe o APP de MangaToon!

novel PDF download
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!