A luz fraca do sol da manhã invade o pequeno quarto de Janete, destacando as cicatrizes em seu corpo. Ela se olha no espelho embaçado, vendo as marcas das surras que Jorge, seu padrinho abusivo, lhe infligiu. Seus olhos se enchem de uma mistura de desespero e determinação enquanto ela relembra a noite em que tudo mudou, quando seus pais foram tirados dela em um acidente trágico.
Jorge, o homem que ela uma vez chamou de padrinho, agora é seu carcereiro. Ele a mantém presa em sua própria casa, controlando cada movimento dela e punindo-a cruelmente por qualquer sinal de resistência. Janete lembra de como ele a forçou, como ele a quebrou física e emocionalmente, deixando marcas que nunca desapareceriam.
Enquanto se prepara para mais um dia de servidão forçada, um pensamento começa a se formar em sua mente. Uma única faísca de esperança surge no meio da escuridão. E se houvesse uma maneira de escapar desse pesadelo? E se houvesse uma oportunidade de encontrar liberdade e redenção?
Após fazer sua higiene matinal, sai do quarto em direção à cozinha encontra Jorge sentado tomando café. Ele a olha dos pés a cabeça fazendo um gesto para ela se assentar a mesa.
“Bom dia!”, fala num tom de voz baixo com medo dele.
“Precisa ser boa comigo, hum”, ele falar e ela balança a cabeça dizendo que sim.
“Eu gostaria de estudar”, fala o olhando com medo.
“Estuda?esta fora de questão. Já terminou o ensino médio?”, ele pergunta e ela confirma com a cabeça.
“Sim, mas gostaria de fazer uns cursos”, fala pegando um pão preparando um sanduíche.
“Pensando em fugir Janete?”, ele fala batendo na mesa com força fazendo ela se encolher toda com medo. Lagrimas começam a descer pelo seu rosto, seu corpo ainda está se recuperando da surra de ontem.
“Não, senhor, e… eu apenas quero estudar”. Ele coça o queijo por um tempo e a encarar e um sorriso malicioso se forma em seus lábios.
“Posso, pensar nisso, se for boazinha comigo, entendeu?, pergunta se levantando, indo até ela se esfregando. Se afastando dele, Janete impulsiona o corpo para frente, mais e puxada pelos cabelos, isso faz ela gritar colocando a mão os cabelos.
“Acho que não entendeu, a parte de ser boazinha comigo”, Jorge fala com raiva, sentindo prazer em vê-la com dor.
“Eu vou ser boa”, fala desesperada com medo que ele bata nela, como das outras vezes.
“Quero uma prova”, ele fala indo para sala sentando no sofá, tirando seu membro das calças.
“Venha cá, princesa, mostre para o seu padrinho que será boazinha”, falar sorrindo, Janete caminha até ele se ajoelhando e o tocando. Minutos depois sentir um gosto ruim na sua boca, quando ameaça cuspir leva um tapa na cara, com um esforço sobre-humano engolir tudo. Jorge se levanta com um sorriso, ajeitando as calças, enquanto ela fica sentada com a cabeça baixa sentindo as lagrimas querer rolar pelo rosto. Ele a puxa pelo braço, a fazendo fica em pé e a beija. Janete tem vontade de mordê-lo, mas apenas retribuir o beijo, logo não precisaria passar mais por isso. Ele se afastar e a encarar por um tempo e toca seu rosto.
“Você é minha, logo será por completo me entende?”, pergunta ela, balança a cabeça concordando.
Ele continuar” Arrume essa casa quando volta lhe dou minha resposta”, fala saindo, deixando ela parada no meio da sala, ao escutar o carro saindo correr para o banheiro enfiando o dedo na goela vomitando tudo. No desespero de tirar o gosto dele, lavar a boca várias vezes. Senta no vaso sanitário e começa a chorar deixando tudo sair todo sofrimento dos últimos anos que esteve com presa com esse monstro.
Já passa das 22h quando jorge chega, vai para seu quarto, toma um banho e sai do banheiro somente com a toalha enrolada na cintura, vai até o corredor, chama por Janete, que logo aparece na porta do quarto dela, vestida de pijama.
“Ponha aquela camisola que te dei e venha aqui”, ele fala com risinho. Ela assentiu com a cabeça, fecha a porta do quarto tremendo, vai até o guarda-roupa, pega a camisola e vesti, percebe que está tremendo, respira fundo e vai ao encontro do monstro, bate e espera ele manda entrar.
“Entre”, ele diz. Ela entrar sentindo todo seu corpo tremer dos pés a cabeça.
“Decidir deixa você fazer seus cursos”, ele diz. Uma ponta de esperança crescer dentro dela, logo conseguiria fugir dele.
“Mas, tem uma condição”, ele diz a encarando, e continuar “Terá que ser minha mulher, dormira comigo nessa cama toda noite e fará o que eu quero”.diz a encarando. Janete fecha os punhos, suas unhas furam sua mão devido à força que ela apertou.
“Então o que me diz? Aceita?”, ele pergunta tirando a toalha revelando sua ereção.
“Sim”, ela fala num fio de voz. Jorge caminha até ela rasgando sua roupa e a beijando levando para, cama, abrindo suas pernas e sugar enquanto ele se sacia, lagrimas escorrem pelo rosto dela. Ele a colocar de costa e a penetra por trás fazendo ela gritar de dor. Ele esperar ela se acostumar e começa a se mover com força.
“Delicia, seu cuzinho”, ele fala puxando o cabelo dela, seus jatos a invadem fazendo ele cai ao seu lado a puxando abraçando.
“Estou louco para foder sua bucetinha virgem”, falar. Ela sentir seu corpo tremer de pavor, precisava sumir desse lugar o mais rápido possível.
“Posso ir para meu quarto?”, pergunta.
“Não, dormira aqui comigo, ainda não acabei com você”, fala escorregando a mão para sua intimidade.
Tem seis meses que está fazendo curso de secretaria executiva, Janete olha envolta e todos parecem tão felizes, menos ela, pois tem que volta para casa e ser abusada por aquele homem.
“Amiga, que rostinho triste é esse?”, ouve Maria falar com ela.
“Não é nada, apenas acordei melancólica”, fala sorrindo para sua única amiga, assim que começou a frequentar o cursinho, logo se aproximaram.
“Tenho uma novidade!conseguir um emprego de secretaria executiva de um figurão”,Maria diz sorrindo.
“Serio? amiga que bom”,Janete fala sentindo um pouco de inveja da amiga.
“Sim,terei que morar no emprego,mais isso é o de menos”,ela fala meio triste.
“Não tenho familia,esqueceu?”,Janete ouve a amiga falar e abraçar,sabia como era se sentir sozinha desde os quinze anos,a única pessoa que ela pensou que poderia lhe ajudar se tornou seu carcereiro.Elas ficaram conversando mais sobre o emprego realmente estava feliz por sua amiga.
“Vamos preciso chegar cedo”,diz se levantando,elas vão caminhando conversando animada.Assim que elas atravessam maria gritar para ela “Cuidado”,e a empurrar,Janete cai no chão tudo parece em câmera lenta ela ver sua amiga sendo jogada longe e o carro preto sem placa foge do local do crime. As pessoas se junta envolta, ela se levanta, vai até amiga correndo.
“Maria, Maria… alguém por favor chame ambulância” pede gritando. Logo ambulância chegar e as levam para o hospital.
“Senhorita Maria”, o médico chegar chamando.
“Sim, é minha amiga?”, pergunta desesperada.
“Sua amiga Janete, está em coma, seu estado é delicado”, o homem fala por minutos explicando o estado da sua amiga. Quando ela vai desfazer o mal-entendido, ele sair deixando ela ali sozinha na sala de esperar.
“Sua amiga ficará bem, vá para casa”, a enfermeira fala. Janete assentir a cabeça sair.
Assim que chega em casa, jorge avança em cima dela lhe dando uma surra, o cheiro de algo faz seu estomago embrulhar.
“Estava onde vagabunda, fedendo com um amiguinho do curso?”, ele fala rasgando suas roupas.
Janete levanta sentindo todo seu corpo doer, se levanta com certa dificuldade, vai direto para o seu quarto, faz sua higiene vesti uma calça legging e uma blusa grande. Vai para cozinha jorge a encarar sério.
“Hoje, vou comer sua bucetinha se prepare”, ele falar sem cerimônia.
“Não estava lhe traindo, fui atropelada e fui levada ao hospital”, diz sem o olhá-lo.
“Por que não me ligou? Anotou a placa?”, ela balança a cabeça.
“Não tenho celular”.
“Vou comprar um para você”, ele diz indo até ela puxando a cadeira sentando ao seu lado.
“Machuquei você ontem porque fiquei com ciúmes, você é minha porra”, ele falar puxando seu rosto para ele.
“Não precisa fica com ciúmes. Hoje a noite serei sua por completo”, ela diz esforçando para sorrir.
“Não posso esperar, gosto de você”, ele diz a beijando, mas logo interrompe o beijo faz um carinho no seu rosto.
“Eu também gosto, um pouco de você”, mentir.
“Viu quando você é boazinha comigo, eu também sou com você”, ele diz tornando a beijá-la e sai, assim que o carro sai. Ela correr para pia e lava a boca com detergente tem sido assim desde que começou a fazer o curso. Mentiu para ele que estava esperando fazer 23 anos para se entregar para ele. Precisava fugir desse lugar hoje, amanhã é seu aniversário. Correu para o quarto, foi até onde estava sua caixinha de música que tem o fundo falso, pegou todo dinheiro que tinha, dava para se vira uns seis meses.
“Para onde eu vou?”, pensou, pegou a mochila, começou tirar as coisas do curso e viu um endereço.
Então que se lembrou da oferta de emprego, feita para sua melhor amiga. Pensou essa seria uma chance de começar de novo, longe de Jorge e de todo o horror que ele representa.
“Não, eu não posso fazer isso, é ilegal”, pensou olhando para o papel, foi então que correu uma ideia. Foi até o laboratório de Jorge, assim que conseguiu abrir um sorriso se formou em seus lábios, fez um documento de identidade falso, e certidões, olhou para os papéis, sorriu, estaria livre.
Aproveitou que os seguranças foram almoçar e fugiu pelos fundos, com os cabelos ruivos e de óculos, pegou um trem e seguiu para Cherbourg, e de lá pegar um ferry para a Irlanda.
Janete escolheu comprar as passagens nos assentos para evitar chamar atenção para si, suspirou olhando o canhoto da passagem 20h até Dublim.
Um estrondo forte despertou Janete abruptamente do seu sono, e logo um homem uniformizado entrou, anunciando que logo chegariam a Dublim.
“Senhor, por favor, há algum banheiro onde eu possa me trocar?”, Janete perguntou, preocupada, onde ela poderia trocar de roupa para ir à entrevista de emprego.
“Senhorita, banheiro privativo está disponível apenas nas cabines especiais”, ele respondeu com certa impaciência, pois o Ferry estava muito cheio e vários passageiros saindo de suas cabines.
“ Só preciso trocar de roupa”, insistiu Janete, olhando-o com preocupada. “Tenho uma entrevista de emprego.O senhor entende?”, ela acrescentou, esperando que ele compreendesse a urgência de sua situação.
“Por aqui”, ele indicou, conduzindo-a a um banheiro.
“Seja rápida”, ele ordenou ao sair, deixando Janete sozinha. Ela tomou um banho rápido e vestiu um vestido preto até os joelhos que pertencia à sua mãe. Janete arrumou os cabelos e suspirou, fez uma oração pedindo auxiliar a Deus, precisava muito desse emprego. Logo que saiu, o homem que a ajudou apareceu ao seu lado.
“Senhorita, espero ter sido útil?”, ele perguntou, admirando sua beleza, embora Janete não tenha percebido.
“Sim, obrigada. Você sabe de algum quarto para alugar na cidade?”, ela perguntou, esperançosa. Ele retirou um cartão do bolso e entregou a ela.
“Diga que foi Jack quem indicou”, ele disse, admirando-a. “Agora, vamos”, ele a conduziu para o local de desembarque. Assim que o ferry parou no porto, Jack chamou um táxi e informou ao motorista para onde Janete precisava ir.
“Ele a deixará na hospedaria e assim poderá ir para sua entrevista. Boa sorte, moça bonita”, ele desejou retornando ao ferry, fazendo ela ficar com seu rosto fica vermelho.
O táxi estacionou em frente a uma casa grande e bonita. Antes de descer, Janete tentou pagar o motorista, mas ele recusou.
“Amiga de Jack é minha amiga”, ele explicou, sorrindo.
“Não é certo, por favor, aceite o dinheiro”, ela insistiu, não queria abusar da ajudar do homem.
“Senhorita, vá. Esperarei aqui”, ele disse com firmeza, deixando claro que não aceitaria mais discussão.
Janete saiu do carro, abriu um pequeno portão e caminhou até a porta da frente. O vento frio bagunçava seus cabelos enquanto ela caminhava. Ela tocou a campainha e uma senhora apareceu com um cesto cheio de legumes ao lado da enorme casa.
“Posso ajudar?”, perguntou olhando-a com curiosidade.
“Sou Maria! Jack me indicou para alugar um quarto”, Janete explicou, e a mulher sorriu amplamente.
“Entre”, ela convidou, levando Janete pela porta dos fundos. Um delicioso cheiro de comida fez sua barriga roncar, deixando-a envergonhada.
“Sente-se. Quer algo para comer?”, disse a mulher sorrindo.
“E-eu preciso ir para uma entrevista de emprego”, Janete respondeu, tímida.
“Nesse caso, vou lhe mostrar seu quarto”, a mulher disse, levando Janete por um corredor até chegar em frente a uma porta. Ela abriu, revelando uma cama de solteiro, uma mesa de cabeceira, uma janela, uma escrivaninha com cadeira, um armário espaçoso e alguns quadros decorativos. A senhora explicou como tudo funcionava, Janete pagou, pegou a chave, deixou sua bolsa e saiu apenas com uma pasta.
O táxi passou por portões de ferro e estacionou ao lado de vários outros carros.
“Vou esperar por você aqui”, disse o motorista. Janete assentiu com a cabeça, desceu do carro e caminhou em direção à enorme porta, que logo se abriu. Um homem uniformizado a olhou de cima a baixo por um momento antes de dizer:
“Deve ser a candidata a babá”, ele presumiu, abrindo caminho para ela passar.
“Senhor, eu não sou babá. Minha entrevista é para secretária”, Janete corrigiu-o quando ele a interrompeu com um olhar sério.
“Estranho, pois a única vaga disponível é para babá”, ele disse, mantendo seu tom sério.
“Entendo. Devo ter entendido errado”, Janete refletiu mordendo os lábios confusa, Maria havia dito que seria secretária.
“Certamente que sim. Venha”, ele disse, levando-a para uma área infantil.
“Crianças, esta é a…”, ele começou a apresentar, mas Janete logo se adiantou para se apresentar.
“Maria, mas pode me chamar de Mary”, ela disse.O homem a olhou de um jeito frio e estranho que a fez recuar.
“Desculpe”, ela disse juntando as mãos envergonhada com sua falta de educação.
Ele explicou as responsabilidades do trabalho e o salário.
“Eu preciso dormir aqui?”, Janete perguntou interrompendo confusa.
“Sim, o Senhor Scannell é um homem muito ocupado”, ele falou.
“Está bem”, Janete concordou, resignada.
“Ótimo. Crianças, despeçam-se de Maria. Ela estará de volta amanhã”, ele anunciou, e as crianças acenaram.
Enquanto motorista conduzia o táxi de volta à pensão, Janete ouvia atentamente suas histórias animadas sobre a cidade de Dublim. Entre uma curiosidade e outra, Janete descobriu que Jack, é irmão da mulher que alugou o quarto para ela, e que também era pai, e que o taxista se chama James. Essa revelação despertou sua curiosidade sobre a vida daqueles que cruzaram seu caminho na cidade.
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