Eu sou casada há anos com Levy, é um homem rico, bonito e super atraente.
Nos conhecemos há seis anos, estávamos na mesma festa, fui por conta do meu trabalho, eu era assistente pessoal na época, e o meu chefe pediu a minha companhia.
Nos esbarramos e trocamos nossos números, ainda lembro daquele dia, eu me apaixonei no mesmo momento, no mesmo estante.
Desde então começamos a sair, a namorar, e casamos em uma festa incrível!
Ele é filho de um homem muito importante na sociedade, toda a sua fortuna veio de berço, ele é CEO de uma empresa de carros, e também tem outros negócios além desses.
Meus pais não tem muito dinheiro, mas são pessoas boas e sempre nos deram o suficiente, a minha mãe é cozinheira, uma das melhores e juntos eles abriram um pequeno restaurante no central park, um dos melhores que já vi, são pessoas boas e eu os amo muito.
Levy me ajudou a abrir uma editora de livros, eu sempre fui apaixonada pela leitura, principalmente pelos romances e ele me deu esse presente no nosso primeiro ano de casamento.
Eu amo a minha empresa, os meus funcionários, a minha vida.
Mas, tudo mudou quando a Ana chegou, ela sempre foi ambiciosa, sempre quis o melhor da vida e estava decidida a passar por cima de qualquer coisa.
Apesar de sermos gêmeas, somos diferentes em várias coisas.
( Jaiane, eu gostei desse nome e é esse que vai ser )
( Ana, ela vai ser mais vaidosa, atraente e sempre aparecerá bem arrumada )
Ana estudou, conseguiu uma bolsa na melhor faculdade de administração, e agora está de volta.
- eu já disse que você precisa tomar cuidado com essa mulher, sei que é sua irmã que você a ama, mas não acho que deveria dar tanta confiança a ela.
- eu sei, mas o que eu posso fazer? - Camila é minha grande e melhor amiga, nos conhecemos desde crianças, e eu a tenho como uma verdadeira irmã.
Ela faz parte do FBI, isso mesmo, tenho uma amiga que faz parte das autoridades de nova York, é a melhor se assim posso dizer, e tenho muito orgulho dela.
Acabamos de chegar na empresa, eu vim trazer uma surpresa para o Levy, descobri ontem a noite que estou grávida, vamos formar a nossa tão sonhada família, desejamos tanto esse bebê.
- bom dia, Verônica, o Levy está ocupado? - ela é secretária do meu marido, uma ótima moça e super simpática.
- bom dia, senhora Edwards, não acabou de passar por aqui? - ela franziu a testa e eu neguei - eu juro que acabou de passar uma mulher idêntica a senhora, e eu garanto que não estou louca! Ela até se apresentou com o seu nome.
- deve ser a minha irmã, somos gêmeas - olhei para Camila - mas por quê ela viria aqui e ainda se apresentaria com o meu nome?
- Verônica, vamos entrar e não diga que estamos aqui - Camila me segurou pelo braço e seguiu comigo pelos corredores - isso não está me cheirando bem.
- não! Eu não quero entrar! - parei no meio do caminho e olhei para ela - eles não devem estar fazendo nada demais, talvez ela tenha vindo pedir emprego agora que se formou em administração.
- porque ela não falou com você antes? - ela cruzou os braços e negou com a cabeça - se está acontecendo alguma coisa, você vai saber agora - ela tomou a caixa de presente das minhas mãos e me empurrou até a porta.
eu respirei fundo e engoli o nó na minha garganta, não deve ser nada, tenho certeza que não é nada.
Pus a mão na maçaneta e abri a porta com cuidado, e lá estavam os dois, se beijando no meio da sala sem o menor pudor.
Camila me olhou com cara de " eu te avisei para não confiar nela " e eu neguei pedindo que não entrasse.
Eu dei alguns passos para trás e saí apresada, antes, eu olhei para Verônica e pedi que não falasse que eu vim aqui.
- porque não entrou lá e quebrou a cara deles? - Camila me olhou sem entender.
- eu não tive forças, Camila, é o meu marido, o homem que eu amo está lá dentro! Se beijando com a minha irmã! - tentei pegar as chaves do carro na minha bolsa, mas elas caíram no chão - porque eles fizeram isso comigo?
- deveria ter entrado lá, talvez ela tenha armado isso ou se passado por você!
- que tipo de marido é esse que não reconhece a própria esposa? - Camila pegou as chaves do chão e abriu o carro para que eu pudesse entrar - que tipo de pessoa é ela?
- o que vai fazer agora? - Camila deu partida no carro enquanto eu só sabia chorar - se acalma, Jai, pensa no bebê, por favor - ela segurou a minha mão.
- eu não sei, eu só quero sumir desse lugar.
Eu cheguei em casa completamente tomada pela dor e desespero, eu fiz as minhas malas sem saber para onde iria, tirei a aliança do meu dedo, peguei os meus documentos e pedi para Camila me levar para qualquer lugar bem longe daqui.
Depois eu falo com os meus pais, mas eu só quero ir embora desse lugar que só está me trazendo dor e sofrimento.
- Jai, eu sei que está nervosa, que está com raiva, mas ainda sim deveria falar com ele, eu não vi o Levy a agarrando, ela quem estava em cima dele, talvez a safada da Ana tenha armado toda essa situação! - ela acelerou o carro - por que não voltamos? Vai acabar com o seu casamento por causa dela?
- não é por causa dela, Camila, é pela falta de caráter do meu marido.
Não saímos da cidade, só estamos em um canto mais afastado, em uma casa que comprei recentemente, em uma rua simples, e aconchegante. É aqui que vou ficar nos próximos dias até decidir o que fazer.
Eu coloquei a minha bolsa no sofá, e me sentei tentando processar tudo que aconteceu nas últimas horas.
Talvez eu devesse agir feito uma mulher adulta e encarar os meus problemas de frente, mas ao invés disso, eu preferi fugir, preferi não encarar aqueles dois traidores desgraçados!
Mas, tudo isso também foi pensando nessa criança que carrego, fruto do maior amor que já senti por alguém em toda minha vida.
Desejamos tanto esse bebê, ele não me deu nem mesmo a oportunidade de anunciar essa notícia maravilhosa!
Eu abrir a caixa que trouxe junto comigo, e chorei ainda mais.
Eles são dois miseráveis! Destruíram o que existia de mais lindo em mim, eu fechei a caixa e olhei para Camila.
- não fale a ninguém que eu estou aqui, não quero que saibam dessa gravidez, não quero que saibam onde estou - enxuguei minhas lágrimas.
- e os seus pais? Vai deixar eles preocupados?
- eu vou inventar uma desculpa qualquer, mas antes de tudo, eu quero zelar pelo bem estar dessa criança, desse bebê que eu desejei mais que tudo nesse mundo! Desse bebê, Camila, que eu desejei ter ao lado dele, e agora eu estou aqui, sozinha e com essa dor horrível no peito!
Enxuguei minhas lágrimas e levantei do sofá.
- obrigada por ter vindo até aqui comigo, obrigada por estar sempre ao meu lado, mas não precisa ficar se não quiser, tem a sua vida lá fora, pode ir.
- eu jamais te deixaria sozinha, e você sabe disso - ela segurou minha mão, e depois me abraçou - eu vou passar essa noite com você, e também todos os próximos dias, vamos ficar aqui até quando você quiser.
- e o seu trabalho?
- eu tenho umas férias acumuladas - ela suspirou pesado - vá descansar, eu vou procurar um mercado para fazer umas compras e prepararei uma comida deliciosa para você.
(...)
Eu subi para o quarto, e tomei um bom banho, estava precisando relaxar, liguei o meu celular, e vi as inúmeras ligações que ele fez.
Não vou atender e muito menos retornar, falar com ele agora, vai ser muito pior para mim.
Eu liguei para os meus pais, e contei a eles tudo que aconteceu, pedi que não falassem nada, que no momento certo eu iria agir, não dava para esconder isso deles.
Os mesmos choraram junto comigo, eu disse que os amava e ele breve estaria de volta.
Depois eu arrumei as poucas roupas que trouxe, e o meu celular tocou mais uma vez.
Eu respirei fundo e atendi.
- O que você quer? - fui fria em minha pergunta.
- amor? Onde você está? Já são três da madrugada, estou feito louco te procurando por cada canto da cidade! pensei ter acontecido alguma coisa com você! - pelo tom da sua voz, eu diria que ele está mesmo preocupado, mas não vou cair na sua conversa - eu chamei a polícia, eles estão te procurando - ele suspirou pesado - me diz onde você está, eu estou indo buscar você.
- eu não quero te ver, Levy - engoli a saliva presa em minha garganta.
- o que? - sua voz saiu baixa - o que aconteceu? Eu fiz algo errado?
- eu vi vocês dois juntos! - deixei uma lágrima cair pelo meu rosto - eu vi você e ela se beijando - solucei - a quanto tempo, hein? A quanto tempo vocês estavam me fazendo de idiota? A quanto tempo estavam brincando comigo?
- eu posso explicar, não é nada disso que você está pensando, eu te amo!
- que tipo de amor é esse que machuca os outros? Que tipo de amor é esse, Levy? Com a minha própria irmã?
- Jai, me diga onde você está que eu vou te buscar, você vai entender tudo que aconteceu.
- eu não quero ouvir mentiras! - enxuguei minhas lágrimas - você nunca mais vai me ver, faça bom aproveito dela.
Desliguei a ligação e também meu celular, deixei ele em cima da cama e desci as escadas.
- você está bem? - Camila já voltou, e agora prepara algo para a gente comer, eu agradeci pela sua atenção, mas estou sem fome.
- eu vou dormir um pouquinho - sorri para ela e voltei para o quarto.
Eu só quero dormir e esquecer que esse dia aconteceu, talvez isso seja apenas um sonho ruim.
(...)
Eu dormi bem mal essa noite, me revirei na cama, e acabei levantando às seis da manhã.
Eu preparei o café, dei uma varrida na casa por que estava precisando, tomei banho, fiz minha higiene matinal e sai para dar uma voltinha no meu quintal.
Estamos literalmente na praia, essa é a vista do meu quintal, Levy nunca soube desse lugar, comprei recentemente, queria fazer uma pequena reforma antes de mostrar a ele.
Eu tirei minhas sandálias e fechei os olhos ao sentir os meus pés tocarem na Areia.
Eu fui caminhando sentindo o vento bater em meu rosto e bagunçar os meus cabelos.
Andei até os meus pés tocarem na água, suspirei e toquei minha barriga agradecendo a Deus pela vida dessa criança.
- esse lugar é lindo, não é? - abrir os olhos ao ouvir a voz desse até então desconhecido.
- sim, é lindo! - olhei para ele e suspirei pesado - mora aqui?
- não, eu só estou de passagem - ele me olhou de relance - e você?
- eu acho que vou morar aqui agora - cruzei os braços em cima do peito - é um belo lugar, ele me trás paz.
Ficamos conversando por alguns minutos até uma mulher chamá-lo por um nome que eu não entendi muito bem.
Ele se despediu e eu continuei aqui, agora sentada na beira do mar deixando a água molhar o meu corpo.
Eu só quero que os dias passem de pressa, e em breve o meu bebê esteja bem aqui, do meu lado.
Céus! Eu juro que se pudesse voltar ao tempo, eu jamais teria sido tão boba em relação ao Levy, em relação a Ana, eu fui idiota!
Já se passou uma semana que estou aqui, esses dias eu venho me sentindo bem mal, muitas dores ao pé da barriga, enjôo e tudo de ruim que se dá para sentir durante a gravidez.
Eu sinto falta da minha casa, das minhas coisas, sinto falta dele, mas não pretendo voltar tão cedo, quero ocupar a minha mente com algo, talvez procurar um emprego enquanto a editora fica fechada.
- você vai o que? - Camila acha que eu devo voltar, pedir o divórcio e tirar do Levy tudo que tenho direto, mas eu não tenho condições psicológicas de fazer isso agora, estou magoada, e sei que voltar agora, irá abalar ainda mais o meu psicológico.
- sabe que detesto ficar em casa o dia inteiro! Então eu vou procurar um emprego - dei de ombros - e também, talvez eu volte o quanto antes para casa, mas por enquanto, eu quero ficar aqui, quero conhecer novas pessoas.
- e um novo amor também? - ela ergueu as sobrancelhas e eu neguei.
- não, tudo que eu menos quero é me envolver com outra pessoa novamente - levantei do sofá e andei até a janela - eu quero ficar sozinha, Camila, será apenas eu e o meu bebê.
(***)
Eu consegui o emprego de secretária em uma empresa de advocacia, eu já trabalhei assim antes, e sei bem o que devo fazer.
Será apenas para não ficar em casa o dia inteiro sem fazer nada, já passei no obstetra também e relatei sobre tudo que estou sentindo, fizemos uma ultrassom e o bebê está ótimo! Em poucas semanas poderemos saber o que é. Já estou caminhando para o terceiro mês.
Eu já cheguei na empresa, acho que me vesti de maneira exagerada, faz tempo que não trabalho com algo assim, eu fui chefe por muitos anos e dava liberdade aos meus funcionários para se vestirem como quiserem.
Ainda não sei como será o meu chefe! Velho, rabugento, não sei! Mas com certeza serei uma boa funcionária, e se me encher o saco, irei embora e ponto final!
- bom dia! Você é a minha nova secretária?
Ele acabou de chegar, e pela ótima memória que tenho, é o mesmo homem que encontrei na praia no dia em que cheguei aqui.
Bonito, barbara grande, atraente, e um perfume extremamente forte que está me causando enjôos.
- sim, sou eu - levantei da minha cadeira e suspirei enquanto passava as mãos na minha roupa.
Ele me olhou fixamente, e depois travou o maxilar, ele parece não ter gostado de me ver aqui.
- o que devo fazer? - acho que estou muito mais empolgada do que deveria.
- bom, temos muito trabalho a ser feito hoje, está tudo uma bagunça - ele colocou algumas pilhas de papéis em minha mesa - a minha antiga secretária era uma bagunceira, e eu odeio bagunças - ele olhou para mim e colocou as mãos no bolsa de sua calça - organiza isso tudo aí, data, hora, tudo de maneira correta.
Eu sentei em minha cadeira e me preparei para ficar o dia inteiro aqui, com certeza teremos longas horas de trabalho.
(***)
Às horas passaram bem devagar, minhas mãos estão doendo, já fazia tempo que eu não trabalhava tanto assim.
Além de organizar toda aquela bagunça, atendi ligações e marquei reuniões, já são dez da noite e eu estou na porta da empresa, morrendo de fome, e esperando a Camila chegar para me buscar, ela não atende as ligações, e eu não sei se ainda tem táxi aqui uma hora dessas.
E para melhorar tudo, começou a chover, uma chuva extremamente forte! Céus! Onde está Camila?
- o que faz aqui nessa chuva? - o meu chefe ainda está aqui, ele é o último a sair agora.
- estou esperando a minha amiga - estou batendo o queixo de tanto frio que estou sentindo.
- vem, eu vou te levar para casa - o manobrista acabou de trazer o carro dele, e o mesmo me ofereceu carona, mas não quero incomodar.
- não precisa, ela já está chegando - agradeci a gentileza, não quero parecer mal educada ao recusar a carona, mas ele é meu chefe, não quero que pense que estou tentando me aproveitar.
- por favor, não me obrigue a passar a noite inteira aqui com você - ele abriu os braços para eu me aconchegar, e assim eu fiz.
Ele meio que me colocou dentro da sua roupa para me proteger da chuva, e juntos corremos até o carro.
Céus! O céu parece estar desabando sobre nossas cabeças.
- está toda molhada, pode pegar um resfriado - ele deu partida no carro e eu neguei.
- eu estou bem, só quero chegar em casa - fomos o caminho inteiro em silêncio, ele não disse nada e muito menos eu.
Ele me deixou na porta de casa e só saiu depois que eu entrei.
- Camila, onde você estava? - olhei para ela com reprovação.
- eu perdi as chaves do carro - ela me olhou de maneira assustada - eu estava preocupada com você! O seu celular estava caindo na caixa postal!
- lembra aquele cara da praia que eu te falei?
- sim, o bonitão? - ela me olhou desconfiada e eu confirmei.
- sim, ele é o meu chefe, o mesmo me trouxe até aqui - tirei algumas peças da minha roupa que estou super molhadas e coloquei sobre a mesa - ele é tão estranho, não parece aquele mesmo homem que vi na praia, ele fingiu não me conhecer - dei de ombros - mas eu também pude notar a aliança em seu dedo, com certeza é casado e respeita a sua esposa, diferente do meu marido.
Sentei no sofá e respirei fundo, pensar no Levy é como cravar uma faca em meu coração, pensar nele, é como sentir tudo ao meu redor girar.
Eu resolvi ligar para ele, quero ouvir da sua boca que foi a Ana quem se jogou para cima dele, quero ouvir da sua boca, que foi tudo um mal entendido e eu volto agora mesmo para casa.
- Amor? - ele atendeu do outro lado de maneira desesperada - onde você está? Eu coloquei pessoas atrás de você! Estou desesperado!
- Levy.... Por favor, me responda uma coisa - deixei algumas lágrimas caírem pelo meu rosto - você e ela estavam juntos? Por favor, seja sincero.
- Jaiane.... - ele suspirou pesado - ficamos juntos durante uma noite, eu juro que me arrependo amargamente, eu não queria te magoar, eu juro que não queria - ele ficou em silêncio por alguns segundos - naquele dia que você nos viu juntos, eu estava pedindo para ela ir embora daqui, para ela se afastar de nós, mas, ela disse que está grávida.
- o que?
- eu não sei se o filho é realmente meu, mas eu não a quero, eu amo você, eu te amo e amaldiçoou a minha vida por te fazer sofrer tanto, eu juro que não foi essa minha intenção! Ela fez tudo isso por ambição, não vou colocar a culpa somente nela, as coisas não teriam chegado a esse ponto se eu não tivesse sido fraco.
- você... Ela vai ter um filho seu? - levantei do sofá sem acreditar em tudo que estava ouvindo - e quando você iria me contar que estavam me enganando dessa maneira?
- foi apenas uma noite, a pior de toda a minha vida - ele ficou em silêncio por alguns minutos - eu estava saindo da empresa quando a vi na rua, eu ofereci carona e acabamos parando em um bar, tomamos alguns drinks e de lá fomos para o motel.
- vocês são dois desgraçados! Eu odeio você! - Camila me olhou preocupada - eu pensei que você me amava!
- eu te amo...
- eu quero o divórcio, ouviu bem?
- não faz isso, me dê uma chance, por favor.
- não tem chance para isso, não tem perdão, Levy - solucei - amanhã o meu advogado vai te procurar.
Eu desliguei o telefone e sentei no sofá, custando acreditar em tudo que acabei de ouvir.
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