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O DOCE AROMA DA PAZ A BEATA E O VARÃO

Capítulo 1 " UMA MANHÃ DE DOMINGO "

⚠️ Este livro não possui fotos dos personagens ( para que o leitor se coloque no lugar dos personagens e resgaste as suas memórias)

⚠️ Ele é narrado na primeira pessoa com diálogos independentes ( recurso lembranças)

⚠️ Ele não possui Hot. Mais o momento de intimidade do casal (Não passa em brancas nuvens não)

Tendo dito isto!!!

...Vamos lá.......

Imagem retirada da internet

LUÍSA

Mais uma manhã de junho… Nada como o amanhecer de um novo dia. Trazendo esperança para o nossos corações.

Sempre fui aquele tipo de pessoa que acorda de bom humor e confesso que morar em um sítio influi e muito nessa alegria matinal que sinto logo que abro os meus olhos pela manhã.

Poder ver ao vivo e a cores pela janela do meu quarto as mais belas paisagens é um privilégio que poucos possuem, eu sei e sou grata a Deus por esse privilégio. A vida no campo é maravilhosa.

Daqui vejo um campo verde e vasto onde algumas vacas pastam calmamente como se o tempo não passasse-lhes tão feroz e impiedoso como de fato passa para nós humanos.

De pronto sou tomada pelo doce perfume das flores do meu jardim que invadem minhas narinas causando uma sensação de paz. E assim que finalmente me levanto e aproximo-me da janela sou brindada pelas belíssimas flores que exibem as suas melhores cores um verdadeiro deleite para os meus olhos.

E não tem como não exclamar "eu moro no paraíso".

O sol acaba de nascer majestoso no Horizonte e pedi passagem para mais um dia árduo de trabalho. Passo o rabo do olho no relógio do criado mudo e vejo que já são 5:20 ⏲️

E como é domingo não tenho que fazer a minha caminhada de todos os dias da semana, então posso-me dar ao luxo de continuar debruçada na janela por um bom tempo.

Ai o pensamento vai longe e como vai...💭💭💭💭💭💭

Fecho os meus olhos e posso ouvir claramente os gritos de vovó Lurdes.

— Oh! Luísa, anda menina calça a sandália.

Vamos à casa da comadre Firmina, rápido minha filha.

— Estou indo vovó, pera, pera, vamos!

Era costume no interior antigamente as amigas de longa data se chamarem de comadres. Sem ao menos batizar criança alguma uma da outra.

E quando já estávamos lá. Minha vó não tinha cerimónias. Rsrs

— Já vou entrando comadre Firmina. Já tô é dentro vice. Oxi comigo não têm dessas coisas não, eita mais que belezura de quintal esse seu muer. Todo limpinho não têm um mato que seja. Homi faz gosto viu. Uma belezura de quintal.

— Pois se achegue comadre. Eu gosto de mantê-lo assim limpinho e toda a tardinha e toda a manhã eu varro as folhas que caem das fruteiras que dão essa maravilha de sombra. Também o meu netinho gosta de correr livre por todo o lado. Sendo assim tenho medo que ele se machuque, hora com criança todo cuidado é pouco, não tô certa minha comadre?

— Pois Firmina você tá! é certa minha amiga.

Luísa dar boa tarde para dona Firmina, filha!

— Boa tade Mina!

— Mais que menininha mais fofa é essa. Chegue mais perto minha fia. Essa é a menina da sua filha Mariana, comadre? Mais tá uma mocinha já. Quantos anos ela têm ?

— Têm cinco anos mais nem parece. Essas crianças de hoje em dia. Já nasce tudo esperta e sabe é coisa viu. Culpa dessa tá de tcnologia comadre. Essa tá de interneti. Deus é mais viu. Misericórdia!

— É os novos tempos comadre é assim mesmo, o meu pastor disse que veremos de tudo nessa vida. É o fim dos tempos comadre. Olha lá o meu neto correndo, vou chamar ele pra brincar com a luisinha.

— Na minha igreja o padre não fala nada disso não Firmina. Que fim muer. O fim só se for para nós duas que estamos como dizem a moçada em giria na filha do arrasta pra cima. Com o pé na cova. Pra juventude é apenas o começo.

— O começo sei. Oh! Caleb menino corre aqui pega umas goiabas pra Luísa, vai com ele minha fia. Vai! Ocê já pensou comadre se os nossos netos se apaixonarem um dia e se casarem. Como será minha amiga?

— Pode vovó, bincar cun ele?

— Pode Luísa. A gente tá de olho. Não suba nas fruteiras pra não se machucar. Oxente Firmina tu tá! jogando praga na minha criança muer? Querendo sofrimento pro, dois é? O seu menino é evangélico filho e neto de evangélicos e a minha menina é católica de berço e vai continuar católica se Deus quiser até a morte. Pois, que que prosa essa comadre. Tome tento Firmina.

— Nessa vida tudo pode acontecer fique a senhora sabendo vice! E você pensa que coração de ninguém, percebe a diferença de cor, de religião de pobre e rico, percebe não minha comadre. Ele faz isso não! Além do quer, Luísa pode vim a ser uma evangélica lá na frente. Você num sabe. Kkkkk

Elas continuaram conversando e rindo entre elas enquanto eu segui de mão dada ao garotinho que gentilmente me entregou uma linda goiaba madura. Naquele momento mesmo pequenos dava início a nossa estória de amor. Louco pensar nisso, mais é a mais pura verdade.

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💡Quem ai têm lembranças com a vovó pra compartilhar com a gente?! Aquele Conselho jamais esquecido ou aquela comida que só ela fazia, hum!...Escreve ai nos comentários! 👇😉

Capítulo 2 " A FLOR "

Certas lembranças nunca morrem...

Elas ficam vivas nas nossas memórias para guardadas eternamente. E isso independe de serem boas ou ruins. Mais vamos focar nas boas por enquanto. Engraçado como guardamos para todo o sempre pequenos momentos mais que geraram grandes emoções em nossas vidas, um gesto, uma palavra, uma atitude, um abraço ou uma carta são feitos que ficam com a gente para todo o sempre.

Caleb era dois anos mais velho que eu e naquele tempo, digo naquele tempo não tinha essa maldade de hoje em dia não! Tudo era inocente e puro. E com a leveza própria da idade, pois éramos crianças. Nós corríamos um atrás do outro, em outros momentos cada um por sua vez se escondia e outro tinha que achar o que estava escondido, também brincávamos de fazer bolinhas de sabão. Colhiamos a fruta fresquinha do pé e sentados no galho da fruteira ali mesmo comíamos a manga madura e durinha. Que tempo bom aquele, é tão mágico ser criança e quando somos só queremos crescer, ser grande. Com a tola ilusão que seremos isso e aquilo, quando na verdade seremos é escravo do tempo que corre implacável e das obrigações e dos deveres do mundo dos adultos. Mundo sem graça é esse nosso. Rsrs

Éramos inseparáveis como irmãos, porém todas as tardes quando eu e a vovó chegávamos a sua casa ele esperava-me com uma florzinha na mão e logo me estendia dizendo TOMA PRA VOCÊ… eu ficava toda boba ao recebe-las. Ele pegava na minha mão e saíamos correndo pelo quintal a fora, livres e felizes. Livres dos preconceitos e dilemas da vida adulta. Que saudade eu tenho daquela época. Éramos tão novinhos e puros. Nem imaginávamos o que estava por vim em nossas vidas. Quais voltas elas dariam e deram! Muitas voltas, sofreriamos pela audácia do tempo inconstante e pela fraqueza do nosso ser. Não existe aquele que possa prever o futuro ou ter todo controle do que ainda está por vim. Só Deus sabe e só ele pode nós preparar para o incerto da vida. Porque com ele vamos além do que achamos que somos capazes de ir. Ele nós capacita para a batalha e luta ao nosso lado. Porque ele é o autor da vida. E porque ele é Deus devemos confiar mesmo sem entender. Na certeza que nele e com ele encontraremos a nossa vitoria.

A verdade é que mulher é bicho bobo desde sempre. Desde a terna infância até a velhice somos sentimentais. Eu acredito que mais ainda que todas as outras.

Sou uma eterna romântica devo confessar.

Imagem retirada da internet

Com o tempo as brincadeiras de pique esconde de pega- pega foram substituídas por livros. Eu já levava os meus livros e cadernos logo de casa.

💭.........💭..........💭..............💭...........💭

— Oxente menina pra quer esses, diacho desses caderno e livros pra ir à casa da vizinha. Tá! bom bora logo.

— vozinha o Caleb está me ensinando a ler e escrever. Isso é muito bom porque no colégio eu posso ajudar as minhas colegas nas tarefas e me saio melhor nas provas vovó.

- Entendi. Vamos entao Luísa.

De início, nós estudávamos na calçada dos fundos mesmo, próximo das nossas avós que seguiam as suas discussões infinitas sobre as suas igrejas versus religiões. Mais com o tempo elas foram se afastando para a sombra das mangueiras e como estava no tempo da fruta elas uniam o útil ao agradável, pois o sol dava na calçada em dada hora. Para fugi do sol, elas iam pra baixo das mangueiras, então se balançavam nas redes e chupavam as mangas (Rosa) docinhas que só elas 🍯🍯🍯doce que nem mel.

Certo dia dona Firmina disse pra gente ir pro outro lado da casa onde tinha um muro velho de uma antiga casa abandonada, pois lá era sombra a tarde inteira, mais lá elas não viam a gente. Num belo dia tudo mudou… Eu não esperava o que estava por acontecer naquele bendito dia.

Eita que começou a garoar é melhor eu fechar essa janela e curtir esse friozinho gostoso na minha cama porque afinal hoje é domingo e estou sozinha em casa. Mais antes deixa eu fazer o meu devocional antes que as lembranças me peguem novamente e eu viaje de bom grato ao passado aos meus momentos da infância e juventude na roça.

Eu sei que têm muitos cristãos que não fazem o devocional, mais ele é uma prática vital em nossa vida é um momento especial da nossa manhã e deve fazer parte da nossa rotina. Aquele tempo que tiramos para ler a bíblia com profundidade e reflexão, momento onde meditamos sobre as nossas condutas e fazemos uma reflexão pessoal e oramos ao pai pedindo pelo novo dia que se inicia que o bom e amoroso Deus guie os nossos passos e nos conduza para as melhores escolhas e assim eu faço diariamente 🙏 Porque sem oração não somos nada nessa vida. Ela é o combustível que mantém o cristão de pé, mesmo diante a prova. Sem oração não podemos prosseguir a nossa caminhada em busca da paz. E se a fazemos tem que ser de todo o nosso coração. Para ser realmente ouvida por aquele que pode nós socorrer e nós socorre.

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💡 Alguém ai teve um amor de infância igual a nossa prota ou também pode ser daqueles platônicos, não vivido mais intensamente sentido, divide ai com a gente nos comentários 👇😉

Capítulo 3 " BANHO DE CHUVA "

Agora sim, com a oração em dia, onde eu parei mesmo, deixa eu agasalhar-me bem nesse cobertor. Quer saber, vou cobrir a minha cabeça também e ficar no escurinho do edredom. Engraçado quando se é criança não temos medo de nada, eu costumava tomar banho de chuva e era um momento maravilhoso, nós corríamos em baixo das gotas da chuva que caia forte sobre nossas cabeças até estarmos completamente molhados e as nossas roupas ficarem ensopadas e nós felizes da vida com aquele riso gostoso no rosto. Lembro até que na casa de vovó tinha um cano aberto que desviava a água das goteiras da parte do fundo da casa para um imenso tanque. Era direto da telha pra bica e da bica pro tanque. Assim chamávamos o cano que conduzia a água de " bica".

A água jorrava forte nesse local e eu colocava a minha cabeça em baixo era uma sensação incrível, pergunte se eu sentia frio naquele momento, nenhum! Hoje em dia eu tenho pavor de me molhar penso logo na gripe ou em estragar o meu cabelo a minha roupa o meu calçado enfim! Mudamos muito com o tempo isso é certo. Na fase adulta quando ousamos tomar banho de chuva é para esconder as nossas lágrimas naqueles momentos em quer o chão por (N) motivos nos falta. Como se ela a chuva tivesse o poder de limpar a nossa alma sufocada pela dor dilacerante que nos toma por completo em determinados momentos, aqueles mais dolorosos. E a mesma chuva que blindava os nossos momentos alegres da infância sem preocupações que se torna a testemunha e companheira da nossa dor na fase adulta, dependendo da situação.

A chuva continua chuva, nós é que mudamos.

Deixa eu voltar ao passado.

Onde eu parei 💭💭💭💭💭💭 Hummm!!!

— Luísa vêm cá. Anda garota larga esse caderno. Rápido, tá! quase na hora da vó Lurdes ir embora. Vêm, não fica ai parada garota.

— O que você quer Caleb - olhei torto pra ele porque não estava gostando do jeito dele. Fala logo! Ainda tenho que terminar a equação! Fala já estou de pé. O que houve senhor Caleb? Que cara estranha é essa?

Eu não esperava era que Caleb me puxasse forte pelo braço e me empurasse na parede. No início eu não podia acreditar. Caleb estava fazendo igual os mocinhos das novelas. Me empurrava cada vez mais forte contra o muro que eu não sei como, ele não desabou de vez. Chamando a atenção de nossas avós para nós dois e eu com certeza tomaria uma bela de uma surra seguida de um sermão daqueles da minha avozinha. Quero nem pensar na vergonha que seria. Imagine!

Eu continue parada, feito uma estátua sem acreditar no que estava acontecendo e ele bem continuava beijando o meu pescoço insistentemente até que pegou o meu queixo e tocou os meus lábios com os dele de uma forma bruta e desajeitada. Eu permaneci imóvel de boca fechada não dei moral não, até que senti de repente algo rígido se roçando no pé da minha barriga, me afastei com tudo nesse momento dando um empurrão em Caleb e peguei os meus livros e caderno, e saí correndo dali em disparada pra casa nem esperei por vovó. Tampouco respondi aos seus acenos e gritos.

- Oh! Luísa filha me espera menina! O que houve? Que pressa é essa? Oxente! Mais esses jovens viu.

Estava confusa decepcionada e assustada. E com raiva muita raiva, na minha cabeça aquilo era um absurdo pra uma menina de doze anos. Sempre certinha desde sempre! Me senti muito mal com o que tinha acontecido entre a gente. Eu não esperava isso dele. Como ele tinha sido capaz de fazer semelhante barbaridade pensava eu com a minha maturidade exacerbada para uma pré-adolescente.

No dia seguinte pensei em não acompanhar a minha vó a casa da dona Firmina, mais logo pensei melhor e vi que queria mesmo era confrontar Caleb e o olhar olho no olho e dizer umas boas verdades. Ele tinha que me ouvi e me explicar o porque daquela situação ter acontecido e mesmo não tendo nunhum justificativa para o que ele tinha feito. Queria ouvi-lo, pois ele era o cuplado, Caleb estava estragando a nossa amizade e mandado a minha inocência pro ralo por nada. Isso não entrava na minha cabeça. Me questionava porque chegar assim me agarrando sem pedir permissão de forma tão grosseira. Não tinha outro remédio a não ser confronta-lo cara a cara. E assim o fiz. Fui até ele! Mais o que eu não esperava era o desfecho da nossa conversa.

...Ah!!!! Caleb, Caleb....

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💡Meus leitores e leitoras, quem de vocês ai já tomou banho de chuva? Foi bom igual ao banho de criança ou foi daqueles de adulto?Deixa nos comentários o seu relato👇😉

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