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Herdeiros Alencar (Anna Luíza)

Capítulo 01

Sou Anna Luíza, tenho vinte e um anos e sou a segunda das trigêmeas Alencar, estudo direito, estou no oitavo semestre, mais um ano e estarei formada.

Quero ser criminalista igual ao meu pai, minha mãe, está de cabelos em pé por causa disso, mas eu me identifico muito com essa área, sempre admirei o meu pai, admiro minha mãe também, óbvio, ela é meu maior exemplo de mulher, mas amo uma boa briga, como diz meu pai.

Hoje é sexta-feira e estou me arrumando para ir à uma boate nova de um amigo. Ganhei alguns convites e depois de muita insistência consegui fazer Laura e Letícia irem comigo.

— Posso entrar? — meu pai pergunta batendo na porta.

— Pode papai. — digo finalizando minha make.

— Você está linda princesa. — ele diz e eu sorrio.

— Obrigada papai.

— Quem é esse seu amigo que abriu essa boate?

— Filho do juiz Bezerra.

— Ah! Eu vou deixar vocês lá.

— Não precisa papai, Letícia não bebe, ela pode dirigir.

— Outro ponto, não beba muito.

— Eu sei papai.

— Termine de se arrumar, estou esperando na sala. — ele dá um beijo em minha testa e sai, eu sorrio.

Meu pai é o melhor pai do mundo. É ciumento, morre de raiva dos nossos namorados ou pretendentes, mas faz de tudo para nos ver felizes. Como ele sempre diz, dá a vida por nós.

Termino de me arrumar, escolhi uma blusa de paetê preta de alças finas, um short saia de couro, também preto e botas pretas.

Pego minha bolsinha, coloco meu documento, cartões de crédito, um espelho, batom e meu celular.

Desço as escadas e a cena que vejo é de deixar qualquer pessoa com o coração quentinho.

Minha mãe está sentada no chão jogando uno com Davi e Noah, meus irmãos mais novos e Safira e Rubi, as gêmeas da Melissa e do Christopher, eles são amigos da família e Christopher é sócio da minha tia Bella.

As gêmeas Clara e Cecília sentadas no colo do meu pai, essas mimadas!

Minhas gêmeas estão sentadas perto do meu pai e das mimadas.

Eu tenho uma família linda, apesar de todas as diferenças, nós nos amamos muito e somos muito unidos. Minha mãe e meu pai souberam nos educar muito bem.

— Vamos? — digo.

— Papai, porque não podemos ir também? — Cecília pergunta.

— Quando você fizer dezoito princesa.

— Papai! Falta tão pouco e eu vou com minhas irmãs mais velhas.

— Nem pensar princesa, vá jogar Uno com sua mãe e seus irmãos.

— AFF! O senhor nunca me deixa fazer nada! Posso pelo menos sair com meu namorado?

— Mande ele vir pra cá, não quero vocês longe da minha vista.

— Papai! Qual sua implicância com ele?

— Lembre-se de uma coisa, seu pai sempre tem razão.

— O senhor nunca me deixa fazer nada! Todas as minhas irmãs fazem o que querem, menos eu!

— Nunca fui com a cara do namorado da Laura, e quem tinha razão no final?

— A conversa sempre chega em mim! — Laura diz.

— Vamos de uma vez? — convido, senão a discussão vai longe.

— Vamos. — meu pai diz.

Cecília fica emburrada, já Clara é muito tranquila, ela na verdade nem gosta de balada, o negócio dela são os livros.

Meu pai fica na porta da balada conosco enquanto os seguranças verificam se está tudo limpo dentro da boate.

— Tudo certo! — Lucas diz.

— Ok, cuide delas Lucas. — meu pai diz.

— Perfeitamente senhor.

— Juízo viu, principalmente você, Luíza.

— Papai! Eu sou ajuizada.

— Sei... Use camisinha, não quero ser avó ainda, estou muito jovem para isso. De preferência não fique com ninguém.

— O senhor já tem cinquenta, papai! Está passando da hora de ter um netinho.

— Luíza!

— Estou brincando paizinho. — dou um beijo em sua bochecha.

— Não fujam dos seguranças e nada de sair daqui com ninguém, ouviram?

— Sim papai. — nós três respondemos juntas.

Vamos direto para a área vip e quando olho de lado, vejo o único homem por quem meu coração já bateu e ainda continua batendo mais forte, Ruan.

Sim! Ruan, o meu primo, filho da minha tia Beatriz e do meu tio Michel. Se o meu pai sonha que já ficamos, e que perdi minha virgindade com ele, ele me mata e de quebra mata Ruan também.

O grande mistério de com quem perdi minha virgindade quando tinha quinze anos, é esse! Ruan foi meu primeiro homem e até hoje não esqueci dele. Nós passamos dois anos ficando, mas decidimos que era melhor terminar, já que tia Bella descobriu e outras pessoas poderiam descobrir também. Eu sofri muito, pois amo esse homem com todas as forças do meu coração.

Depois dele, tive um relacionamento, que durou dois anos, mas não funcionou, ele queria mais, queria casar e formar uma família e eu não queria o mesmo que ele, pelo menos, não com ele.

Após terminar o namoro, comecei a fingir que não acredito no amor e que não quero me apegar a ninguém. Fico com alguns caras apenas para tentar mascarar o que sinto por Ruan.

Ruan é mais velho que eu cinco anos, atualmente ele está com vinte e seis.

Ele é muito gentil, educado, carinhoso, amoroso e muito, muito bom de cama, resumindo, é um verdadeiro sonho.

Ele está acompanhado de outros homens, que devem trabalhar no escritório do meu pai junto com ele. Tem também algumas mulheres com eles. Controlo a vontade de revirar os olhos ao ver uma loira peituda praticamente se jogando para cima dele.

Nossos olhos se encontram e ele não consegue negar a surpresa em me ver, sorrio de lado, levanto a sobrancelha e mordo o lábio.

O olhar dele desce até minhas pernas, o short saia que escolhi é bem curto e deixa minhas coxas à mostra, a bota que estou usando é de cano alto e vai até acima dos meus joelhos, mas não impede de quem me olhar ter uma bela visão das minhas coxas, que são bem grossas, pois eu malho muito as pernas.

Ruan para seu olhar um tempo nelas e logo sobe para os meus olhos, sorrio para ele e ele engole em seco.

Como ele não vem até mim, eu também não vou até ele. Se tem algo que eu não faço é me rebaixar a ninguém. Ele me viu aqui, se não veio falar comigo é porque não quer.

— Você viu quem está aí? — Laura pergunta em um tom alto por causa da música e eu assinto.

— Viu que aquela loira está se jogando pra ele? — Letícia pergunta.

— Vi, mas não viemos aqui para ficar olhando o Ruan pegando outra, viemos aqui para nos divertir e pegar uns gatos.

— Eu não quero pegar ninguém! — Laura diz.

— Laura! Já está na hora de se permitir ficar com outra pessoa.

— Eu não! Estou muito bem assim, obrigada.

— Então você e eu vamos pegar uns gatos Letícia!

— Eu queria pegar só um, mas esse eu não posso, é contra as regras.

— Pior do que a Luíza com o Ruan? — Laura pergunta.

— Não! Mas é tão impossível quanto.

— Quem é ele Letícia? — pergunto.

— Deixa pra lá! Vamos dançar que nós viemos aqui para nos divertir. — Letícia diz.

— Eu vou pegar uma bebida. — Laura diz indo até ao bar daqui a área vip.

— Oi gata, você veio! — Danilo me enlaça pela cintura e me dá um beijo no cantinho da boca. — O que achou? — ele é o filho do juiz Bezerra e dono da boate.

— O espaço é muito bonito, eu gostei.

— Que bom, tem uma área privada acima dessa, tem sofás confortáveis e até uma hidromassagem. — ele diz sugestivo.

Ele é muito bonito, mas é muito disputado, ele faz o estilo pegador, pega e não se apega, quase como eu, mas eu é para mascarar um sentimento. A verdade é que eu queria estar no lugar daquela loira peituda que está em cima de Ruan.

Falando nele dou uma breve olhada em sua direção e ele está fuzilando a mim e ao Danilo com os olhos.

— Quero muito te beijar. — Danilo diz e eu sorrio.

— A noite só está começando.

— É... Mas estou garantindo que não vai sair daqui com outro e sim comigo.

— Sabe como é meu pai, não é? Tenho que sair daqui direto para casa e onde eu for tenho que levar minhas sombras. — digo apontando para os três homens de preto um pouco afastados de nós.

— Eu também tenho seguranças, comigo estará segura, bom, pelo menos de certos perigos, porque não estará segura contra mim e tudo quero fazer com você. — sorrio.

— Hum... Você é perigoso assim?

— Nem imagina o quanto. — ele me olha de cima à baixo.

— Tá quente aqui não é?

— Vou pegar uma bebida pra você e mandar aumentarem o ar.

Começa a tocar Watermelon Sugar de Harry Styles, Laura, Letícia e eu amamos essa música.

As duas se aproximam de mim já sorrindo e nós três começamos a dançar a música e a cantar a todo pulmão, isso acaba chamando a atenção das pessoas, pois além de verem três mulheres lindas, gostosas e ainda por cima iguais, eles sabem exatamente quem nós somos.

As trigêmeas Alencar!

Danilo vem dançar atrás de mim, e não evito rebolar contra seu corpo, ele coloca uma mão em minha barriga e a outra desce pela minha coxa exposta, sinto sua ereção crescer atrás de mim, e sorrio.

Outros dois caras vêm dançar com minhas irmãs, mas são dispensados na hora.

— Você rebolando assim me dá mais vontade ainda de te levar daqui.

— Eu vim para aproveitar a balada e beber um pouco, vim me divertir.

— Posso te divertir, você vai adorar a diversão que eu tenho em mente. — sorrio e nego com a cabeça. — Faz tempo que quero ficar com você Luíza.

— Hum...

— Me deixa te beijar vai?

Olho para o lado e vejo Ruan engolir em seco e cerrar o maxilar, a loira ao lado dele tenta puxar assunto, mas ele não dá muita atenção.

Está com ciúmes doutor Ruan?

Continuo rebolando ao som da música que já mudou, agora toca Treat You Better de Shawn Mendes.

Ruan olha para mim e nega com a cabeça e diz um: "não faz isso", só com os lábios, sem emitir som, eu sorrio e pisco para ele.

Passei o restante da noite entre dançar com minhas irmãs, beber, dançar um pouco com Danilo e tentar fugir das investidas dele, tudo isso debaixo do olhar de falcão de Ruan.

— Eu acho que está na hora de irmos. — Laura diz, olhando a hora no celular, passa um pouco das 3:00 horas da madrugada.

— É verdade. — Letícia completa.

— É! Vamos, Danilo quer que nossa festa acabe em outro lugar, mas eu não estou afim hoje, vim me divertir um pouco e encontro o motivo da minha angústia aqui, mas eu deveria suspeitar que ele estaria aqui, metade dos advogados da cidade estão, por essa boate ser do filho do juiz Bezerra.

Vamos pagar a comanda, mas o bartender diz que nossa comanda é por conta da casa, agradecemos e nos preparamos para ir embora.

— Já estão indo? — Danilo pergunta.

— Sim. — respondo.

— Mas nem conheceu a área privada.

— Outro dia, já está muito tarde.

— Fica vai.

— Hoje não.

— Você vai gostar. — ele diz segurando em meu braço.

— Ela disse que não! — a voz grossa e rouca me faz estremecer no lugar.

— E você quem é? — Danilo pergunta.

— Sabe muito bem quem eu sou, mas eu posso refrescar sua memória, Ruan Alencar.

— Alencar!

— Sim! Alencar! Agora se nos der licença, entramos indo.

Ruan segura em meu braço e me guia para fora da boate.

Laura e Letícia olham para mim e sorriem, as duas estão amando a cena de ciúmes que ele está fazendo.

— Não deveria ter passado a noite inteira dando mole pra esse otário, óbvio que no final da noite ele iria querer outra coisa. — ele diz. — Entra. — ele diz abrindo a porta do carro dele para mim.

— Vou voltar com minhas irmãs, meu pai me mata se eu não chegar com elas e as sombras estão de olho em nós.

— Sou seu primo, esqueceu? posso te dar uma carona para casa.

— Ruan...

— Entra.

Eu entro no carro e ele vai até onde os seguranças estão e conversa com eles que assentem.

Minhas irmãs se aproximam da porta do carro e me olham divertidas.

— Aproveita muito, dá logo essa b*ceta de uma vez pro bonitão do nosso primo. — Laura diz.

— Vocês duas são duas pervertidas. — Letícia diz.

— Vai bem dizer que você não queria dar também Letícia? — Laura pergunta.

— Queria, mas pra quem eu quero não pode. — Laura e eu olhamos para a direção que ela está olhando e nos olhamos de volta, entendendo perfeitamente de quem ela está falando.

— Ah! Mas agora tá explicado! — digo.

— O papai vai tirar o couro desse pobre e do doutor bonitão ali também. — Laura diz quando Ruan se aproxima.

— Nos dão cobertura? — Ruan pergunta para Laura e Letícia.

— Claro. — as duas respondem juntas e se afastam indo para o carro.

— Eu disse que você vai dormir com a Duda no apartamento dela. — Ruan diz dando partida no carro.

— E eu vou?

— Não! — ele sorri de lado.

— Se meu pai perguntar pra ela? Aliás, ela está onde?

— Ela está no apartamento dela com a Manu, meus pais fugiram para namorar, sabe como são esses velhos.

— Sei, meus pais vivem fazendo isso! Então a Duda sabe de nós?

— Sabe! Aquela bisbilhoteira invadiu meu quarto e viu seus bilhetes.

— Você ainda guarda?

— Claro. — sorrio.

— E aquela loira que estava com você?

— Trabalha comigo.

— Ah! É advogada?

— É.

— Hum... Vou mandar meu pai demitir ela. — digo e Ruan gargalha.

— É mesmo? Está com ciúmes Lulu?

— Não! E não me chame assim.

— Lulu, é tão bonitinho.

— Aí, cala essa boca! — ele sorri.

Passamos pelo portão de entrada do condomínio que ele mora e ele estaciona o carro na vaga dele e nós subimos até o andar que ele mora.

Ele aperta a senha para abrir a porta e eu observo, 1012!

— 1012?

— É...

— Sério?

— Sim, o que tem?

— 10/12, dez de dezembro, meu aniversário. — ele sorri de lado.

— É?! Nem percebi. — ele diz e eu estreito os olhos.

— Sei...

Ele deixa a carteira, o celular e as chaves em cima da mesa de centro e eu faço o mesmo com minha bolsa.

— Quer beber alguma coisa? — ele pergunta.

— Eu queria aquele drink de morango com tequila que você faz, mas já está tarde, pode ser vinho mesmo.

— Eu faço pra você, só vou trocar de roupa, quer vestir algo mais confortável também? — assinto.

Nós passamos pelo corredor e entramos em seu quarto, eu nunca havia vindo aqui antes.

Ele tira a camisa e eu não evito olhar para os seus músculos, depois tira os tênis e por fim a calça, ficando apenas de com uma boxer azul escuro.

Ele deixa o tênis no closet e coloca a roupa no cesto de roupas sujas. Depois pega uma regata branca e uma calça de moletom azul e veste.

— Vai ficar só me olhando ou vai tirar essa roupa também?

— Quer me ver sem roupa é? Saiba que não estou usando sutiã e que minha calcinha é indecentemente pequena.

— P*rra! Você gosta de provocar, não é? — ele pergunta e alisa o membro por cima da calça, ele já está duro.

— Não! Quer ver com seus próprios olhos? — ele assente.

— Sente. — ele pede e eu sento na cama.

Ele abre minha bota e tira do meu pé e deixa um beijo em minha panturrilha, depois ele tira a outra bota e também beija minha outra perna.

Ele enfia o rosto no meio das minhas pernas e beija minha intimidade por cima da roupa, apenas esse gesto me faz ficar molhada.

— Depois... — ele diz, eu sorrio e nego com a cabeça.

— Gosta de provocar também não é? — ele sorri.

Puxo a blusa para cima e seus olhos vão direto para os meus seios, que como eu falei não estou usando sutiã, fico de pé e puxo o zíper lateral do short e me livro dele também, os olhos de Ruan descem e encaram a minúscula calcinha de renda vermelha que eu estou usando, ele nega com a cabeça e faz sinal com o dedo para eu dar um voltinha.

E assim eu faço, dou uma voltinha e paro de costas para ele, olho por cima do ombro e ele está me comendo com os olhos.

— P*ta que pariu Luíza! Não tinha uma maior não?

— Não! Tem menores. — digo e ele nega com a cabeça.

— Você usa essas coisas todos os dias?

— Não essas de renda, essas são só para ocasiões especiais, mas as do dia a dia são tão pequenas quanto essas, para não marcar na roupa.

— Ocasiões especiais? Como assim Luíza?

— Sei lá, nunca se sabe quando vai encontrar um advogado sexy na boate. — ele nega com a cabeça e eu me viro para ficar de frente para ele outra vez.

— Seu pai me mataria se soubesse onde você está e o que pretendo fazer com você.

— O que pretende fazer?

— Te comer até você pedir pra eu parar.

— Aí...

— Faz seis anos Luíza, seis anos que você foi minha pela primeira vez e faz quatro que eu não te toco, isso é tempo demais!

— Até parece que não comeu quase metade da cidade nesse tempo.

— Comi, mas nada se compara a você, nunca te esqueci. Eu não sei que p*rra você fez comigo, mas eu só penso em você e pensar que você ficou com outros me deixa louco.

— Direitos iguais, você também ficou com outras.

— A questão é que eu não quero ficar com outras, eu quero ficar com você Luíza, mas isso causaria uma guerra em nossa família, seu pai me mata, depois sua mãe me mata e depois a minha mãe me mata, meu pai é de boa.

— Eu sou apaixonada por você, desde que eu tinha dez anos Ruan, nunca consegui gostar de mais ninguém, fiquei com muitos outros, mas você sempre vai ser o homem que eu amo, por isso eu quis que você fosse o primeiro, pois seria algo que lembraria para sempre. — ele sorri.

— Eu também amo você. — ele diz e eu sorrio.

— Ama é? — pergunto e ele assente.

— E o que fazemos?

— Ficamos juntos, no sigilo e se alguém descobrir, assumimos e aguentamos as consequências.

— Quem sabe de nós?

— Da minha parte, Laura, Letícia e tia Bella, só.

— Do meu lado só a Duda e talvez a Manu, ela desconfia por causa das nossas trocas de olhares.

— Eu acho que elas não vão contar.

— F*da-se. — ele avança para cima de mim e me beija com muita intensidade. — P*rra! Que saudade que eu tava dessa boca! Ninguém mais vai encostar em você Luíza! Eu vivi um inferno nesses últimos quatro anos, tendo que ver cada filho da p*ta daqueles encostando em você, eu ficava louco a cada vez que te via com outro cara. Que p*rra estava pensando?

— Foi meu jeito de te superar e tentar te esquecer, mas foi impossível, nunca consegui.

— Nem eu! Eu quero você Luíza, eu não me importo mais com nada! Eu vou ficar com você e eu não me importo mais com o que vão falar e se eu tiver que te tirar daqui para isso eu não me importo.

— Ruan...

— Eu sei que estou muito f*dido, o tio Caio vai me matar, mas eu enfrento ele e qualquer outra pessoa, para ficar com você. — sorrio.

— Nem sabe quanto eu esperei por isso, nem sabe quantas vezes eu fantasiei na minha cabeça que você faria isso.

— Eu já esperei tempo demais, você é minha e de ninguém mais Luíza, só minha.

— Eu sempre fui sua.

Ele me joga na cama e já vai puxando a camiseta para cima livrando-se dela.

— Abre as pernas! — ele diz e assim eu faço. — P*rra de calcinha! — ele arranca a calcinha de mim e joga para longe.

Ele sorri quando percebe que eu estou totalmente molhada.

Ruan beija minhas coxas e vai subindo até chegar em minha intimidade, ele lambe de cima a baixo e sua língua se detém em meu clitóris, enquanto me penetra com um dedo.

— Ruan... Por favor... Eu preciso... — não consigo terminar.

— G*zar?

— Sim! Por favor!

— Então g*za vai! G*za na boca do seu homem!

— Ruan...

Ele acelera os movimentos com a língua em meu ponto sensível e me penetra com dois dedos, os movimentos são rápidos e precisos e logo alcanço um orgasmo forte e intenso.

Ruan não para e eu grito e me contorço, porque estou sensível do orgasmo e logo outro vem bem forte.

Estou tão molhada que sinto escorrer entre as pernas, Ruan está com o rosto todo molhado e sorri satisfeito.

— Agora eu vou te comer!

— Faça isso, mas faça logo! — ele sorri.

— Camisinha?

— Você está limpo?

— Sim, nunca fiz sem proteção, está se cuidando?

— Sim.

— Sem?

— Sim!

Ruan me vira com um braço só me deixando de quatro.

— P*rra! — ele dá um tapa na minha b*nda.

— Aí...

— Grita mesmo, grita com meu p*u atolado na sua b*ceta. — ele diz isso e me penetra de uma vez. — Diz a quem você pertence Luíza? — não consigo formular uma palavra, tamanho é o prazer que estou sentindo. — Diz! — ele dá um tapa forte em minha b*nda. — Diz Luíza!

— SUA! P*RRA! EU SOU SUA!

— C*ralho! Eu não vou durar muito Luíza. B*ceta gostosa do c*ralho!

— G*za vai!

— P*rra! Filha da mãe gostosa!

O sinto pulsar dentro de mim e sei que está perto.

Levanto e fico de joelhos na frente dele e abro a boca, ele se toca até alcançar seu clímax, e vai tudo em minha boca e eu engulo tudo, depois lambo e chupo toda a sua extensão o deixando limpinho.

Sorrio para ele e ele passa o polegar em meus lábios e me puxa para um beijo.

— Você é minha, entendeu? — ele diz segurando em meus cabelos me fazendo olhar para ele.

— Sim!

— Nenhum homem vai tocar no que é meu outra vez.

— Nenhum. — digo negando com a cabeça.

— Vamos tomar um banho amor?

Esse homem muda de um safado para um cavalheiro carinhoso em questão de segundos e é isso que eu amo nele.

— Vamos.

Entramos no box juntos e iniciamos o banho.

— Vai querer seu drink ainda?

— Não! O leitinho já foi suficiente. — olho para ele e mordo o lábio inferior.

— Você não tem jeito Luíza! — ele sorri e nega com a cabeça. — Não tem a menor possibilidade de te deixar solta por aí, você é um perigo.

— Eu sou! Muito cuidado comigo.

— Vou ter sim, tenha certeza.

Terminamos nosso banho e saímos do banheiro, ele veste apenas uma boxer branca e eu uma camiseta dele e nós ditamos.

— Boa noite Lulu. — ele diz beijando o topo da minha cabeça.

— Boa noite Ruanzinho.

Adormeço nos braços do homem que eu amo, completamente realizada e feliz.

Isso parece até um sonho...

Capítulo 02

...Ruan...

Luíza sempre foi muito próxima a mim, mas eu nunca havia olhado para ela com outros olhos, até porque sempre fomos ensinados a tratar nossos primos como irmãos.

E quando Luíza começou a me tratar de outro modo eu estranhei muito e tentei lutar contra a todo custo, mas quem disse que ela se deu por vencida. Ela insistiu até que eu acabei cedendo e nos beijamos.

Eu fiquei muito confuso, e passei dias a evitando, até o dia em que meus pais a levaram para viajar para a casa de praia conosco e ela acabou entrando em meu quarto e nós dois acabamos tr*nsando.

Me senti muito sujo e culpado por isso, afinal Luíza é minha prima e era só uma menina, tinha quinze anos e eu já era um homem, tinha vinte.

Pensei em contar para os nossos pais, mas ela implorou para eu não fazer isso e eu acabei me calando.

Passamos dois anos ficando sem ninguém saber, até o dia em que a Bella descobriu e nós decidimos terminar antes que outra pessoa descobrisse e desse uma confusão maior.

Isso foi muito difícil para mim, pois desde o exato momento em que ela me beijou algo mudou em mim e eu me apaixonei por ela e depois disso não consegui gostar de mais ninguém.

Fiquei com muitas outras, e tive um relacionamento sério que durou por dois anos, mas acabou em nada.

Luíza também namorou um moleque, por dois anos, foi um martírio para mim ter que vê-la em todas as reuniões de família com ele ao lado.

Passei a noite me segurando naquela boate para não partir para cima daquele otário, não estava mais aguentando vê-lo com as mãos em cima dela.

Tive que tirá-la de lá e trazê-la para o meu apartamento e mostrar para ela que ela é minha e de mais ninguém. Tive que mostrar que ela e seu corpo pertencem a mim.

Não de uma forma abusiva e possessiva, não sou assim. Quando digo que ela é minha é uma forma de dizer que eu a amo de verdade e que nós devemos ficar juntos, pois só seremos felizes um com o outro, pois eu também a amo e não consigo mais ficar longe dela e nem vou conseguir ser feliz com nenhuma outra que não seja minha Lulu.

Observo a linda morena dormindo de bruços em minha cama, os cabelos longos espalhados pelo travesseiro. Luíza é uma mulher muito bonita, chama atenção por onde passa e eu não posso deixar outro tomar o meu lugar. Mesmo que para isso eu precise brigar com metade da minha família, eu não me importo, o que importa é ficar com minha morena.

— Amor? — a chamo e dou um beijo em sua bochecha.

— Hum?

— Acorda princesa.

— Estou com sono ainda.

— Cansada?

— Sim, fomos dormir muito tarde, que horas são?

— 12:30.

— Sério?

— Sim amor, eu fiz café.

— Vou tomar um banho.

— Tem uma roupa da Duda pra você, pedi pra ela trazer.

— Ela veio aqui?

— Sim, somos vizinhos, ela mora aqui ao lado.

— Ah!

— Ela disse que sua mãe ligou, e ela disse que você estava dormindo, acho melhor ligar para eles.

— Eu vou ligar.

— Aproveita e diz que vai passar o resto do dia aqui.

— É! Eu vou dizer assim: "Oi mamãe, não vou pra casa agora, vou tr*nsar mais um pouco com meu primo advogado gostoso". — ele sorri.

— Sou seu primo, mas também sou seu namorado e outra, eu sou adotado, nem seu sangue de verdade eu tenho.

— Sabe que na nossa família não há distinção, você e suas irmãs são da família e pronto.

— Eu sei, nossa família é incrível.

— Sim, muito.

— Eu sou muito grato aos meus pais por terem acolhido as minhas irmãs e a mim.

— Eu sei meu bem, ainda bem que eles escolheram vocês. Seus pais são incríveis, eu amo muito os dois.

— Eu também amo seus pais Lulu.

— Para de me chamar de Lulu! Esse era meu apelido de criança.

— Eu gosto de te chamar assim.

— Ha, ha! Muito engraçado. — sorrio para ela.

Só que meus pensamentos voltam para um lugar onde eu não queria, mas precisamente para a o pequeno quarto com um banheiro, sujo, na periferia da cidade.

Eu visualizo, uma mulher muito magra, jogada em um sofá sujo, drogada, enquanto três crianças sujas, magras e famintas ficam sentadas no chão perto dela, sendo que uma delas é apenas um bebê, sendo cuidada por outras duas crianças.

Os pesadelos com essa época ainda me assombram, passei tanta fome e fui tão maltratado, mas sempre tentei cuidar das minhas irmãs.

Duda também sofre com pesadelos, isso foi algo que marcou nossas vidas, por sorte Manu era só um bebê e não lembra de nada, os únicos pais de quem ela se lembra são Beatriz e Michel, os anjos que apareceram em nossas vidas.

— Amor, não precisa lembrar dessa época, está tudo bem agora. — Luíza diz e me abraça.

Eu acaricio seus cabelos e beijo seu pescoço. É muito bom tê-la aqui comigo, se eu pudesse ela estaria sempre, mas infelizmente temos que esconder o que temos.

Meu celular toca em cima da mesa de cabeceira, ela vai até lá e pega para mim.

— Seu pai. — ela diz.

— Oi pai. — digo atendendo o celular.

— Tudo bem filho?

— Sim, e com o senhor?

— Bem demais! Escuta, deixa eu te falar.

— Sim.

— Sua mãe e eu decidimos ficar até domingo e queria pedir para você ir alimentar os cachorros, molhar as plantas e também dar uma olhada nas suas irmãs.

— Pode deixar pai, aproveite, diz pra minha mãe que eu mandei um beijo.

— Tá bom filho, obrigado.

— Por nada pai, amo vocês.

— Também te amo, meu filho.

Luíza me olha e sorri, que sorriso, que mulher meu Deus!

— O que foi? — pergunto.

— Sei lá! Tenho medo de acordar e perceber que tudo isso é um sonho.

— Não é um sonho princesa, é bem real.

— Eu não quero mais ficar longe de você Ruan, já sofri demais.

— Eu também não quero ficar longe de você, se quiser vamos agora pra sua casa e eu converso com o tio Caio e resolvemos isso logo de uma vez.

— Vamos com calma, eu posso fugir para ficar com você de vez em quando.

— De vez em quando?

— Sim.

— Te quero todo dia.

— Casa comigo então! — ela diz e eu a encaro.

— Tá passando da hora mesmo! Tenho 26, daqui a quatro anos faço 30, tenho que casar mesmo e vai ser com você.

— Tem que ser comigo mesmo! Eu sempre soube que eu iria me casar com você.

— Será que seu pai deixa?

— Provavelmente ele vai querer matar nós dois.

— É verdade! O tio Caio é muito ciumento com vocês.

— É nada! É só pose, mas agora entre mim e você é complicado, porque na cabeça das pessoas da nossa família nós somos irmãos.

— Eu só sei de uma coisa Luíza!

— O quê?

— Você não vai mais ficar com ninguém!

— E nem você! Pode tratar de dizer pra aquela loira peituda que você tem dona.

— Tá com ciúmes?

— Morrendo...

— Hum... não precisa ter minha princesa.

— Pois trate de dizer que agora você tem dona!

— Eu sempre tive, sempre foi você.

Antes que ela possa dizer algo a companhia toca, nós olhamos um pro outro sem saber o que fazer.

— Vai abrir! Eu vou ficar aqui no quarto!

— Ok.

Visto a calça de moletom e vou abrir a porta, me deparo com Théo parado na porta.

— Preciso conversar cara. — ele diz entrando.

— Fala aí.

— Acho que eu fiz merda!

Se você fez, imagina eu!

— Eu fiquei com uma das nossas primas. — nego com a cabeça e me jogo no sofá.

— É sério? Qual delas? Foi com uma das minhas irmãs?

— Não!

— Cara! É quem eu estou pensando? — ele assente e vira a tela do celular mostrando uma foto dela para mim. — Você tá f*dido, mas vocês tr*nsaram?

— Não, foram só uns beijos, mas estou me sentindo culpado.

— Sei bem como é isso. — ele me olha confuso.

— Sabe?

— Eu imagino.

— O que eu faço?

— Se você gosta dela, vai em frente.

— É esse o conselho que você me dá?!

— É o que eu faria!

Literalmente.

— Você é um filho da mãe Ruan! — sorrio.

— Eu sou!

— Está acompanhado filho da mãe? — ele pergunta segurando a bolsa da Luíza.

— Estou.

— Eu vou indo então, não quero atrapalhar! Até mais, use camisinha. — ele diz e vai embora.

Eu volto para o quarto e não encontro Luíza, ouço o barulho do chuveiro, minha morena está tomando banho. Tiro a roupa e entro no box com ela.

Meu p*u já está duro, essa mulher vai ser minha morte.

— Não me esperou?

— Estava precisando de um banho.

— Certo.

— Quem era?

— Théo.

— O que ele queria?

— Conversar.

— Ah! Homens!

Desligo o chuveiro e a encosto na parede.

— Eu vou ter que te comer outra vez Luíza.

— Faça isso. — sua mão desce até o meu membro.

— Não consigo ficar longe de você amor.

— Então não fique. — ela se ajoelha na minha frente e abocanha meu membro.

— P*rra! Chupa gostoso vai.

— Vai me dar leitinho?

Essa Luíza é uma safada, e eu adoro isso nela, carinhosa e safada na medida certa.

— Vou, mas antes quero comer sua b*ceta.

Ela passa alguns minutos me chupando e que chupada, essa filha da mãe sabe usar essa boca.

Luíza sempre foi pra frente, nunca teve vergonha de nada. Tanto que em nossa primeira vez, ela tirou toda a roupa, puxou meu calção pra baixo e caiu de boca em mim.

Essa peste sempre foi um perigo.

Puxo ela pelo cabelo a fazendo levantar e viro-a de costas, a encosto no box e a penetro de uma vez, ela geme e joga o corpo para trás.

Seguro firme em seus cabelos enquanto meto com força, puxo sua perna esquerda para cima e seguro firme e continuo minhas investidas em sua b*ceta.

— Ruan... Eu vou...

Paro de penetra-la e me abaixo, colocando uma de suas pernas em meu ombro e começo a chupar sua b*ceta, enquanto a penetro com dois dedos, ela geme alto e sinto suas pernas fraquejarem e eu a seguro firme no lugar.

— G*za vai, g*za na boca do seu homem!

O prazer dela é tanto que a safada esguicha na minha cara, eu sorrio satisfeito. Luíza sempre foi muito sensível, sempre teve orgasmos muito intensos, em sua primeira vez eu a fiz g*zar duas vezes.

— Eu não consigo ficar em pé! — ela diz.

Eu a pego no colo e lhe sento na bancada da pia e volto a chupar sua b*ceta.

— Eu quero mais, g*za na minha cara de novo vai!

— Seu filho da mãe! Vai me matar desse jeito.

— Só se for de prazer, g*za safada vai.

Continuo chupando e movimento meus dedos rapidamente dentro dela, até que vem outro esguicho na minha cara e eu sorrio satisfeito.

— Agora meu leitinho. — ela diz tentando controlar a respiração.

— Consegue levantar? — pergunto.

— Sim.

Tiro-a de cima da bancada e ela se ajoelha na minha frente e começa a chupa meu p*u, logo encontro minha libertação dentro de sua boca, a safada engole tudo e ainda lambe os lábios, e eu nego com a cabeça.

A puxo para um beijo e nossos gostos se misturam em nossas bocas, isso é muito gostoso e excitante.

Tomamos um banho e quando saímos do banheiro já passa das 14:00 horas da tarde. Também ela levantou às 12:30, e eu ainda conversei um pouco com Théo, o tempo voou.

Visto apenas uma cueca boxer preta e ela uma camisa minha.

— Vai querer tomar café ou almoçar?

— Acho que almoçar. — ela diz.

— Vou pedir alguma coisa, eu até cozinharia, mas já está muito tarde.

— Claro! Você só pensa em me comer!

— E tem coisa melhor? Se eu pudesse inclusive te comeria agora, outra vez, mas eu preciso te alimentar com comida de verdade, se seu pai soubesse que além de te comer eu não te alimentei direito aí que ele me matava de verdade.

— Pode ter certeza que sim.

A campainha toca outra vez e ela olha para mim assustada, ela é ousada, mas morre de medo do tio Caio descobrir de nós dois.

Vou até ao quarto para me vestir e Luíza vem atrás de mim. Visto um calção de tecido fino e volto para a sala e ela fica no quarto.

— Trouxe comida. — Duda diz.

— Ah! Obrigada, eu ia pedir algo.

— A Manu tá doida pra vir aqui ver com quem você está, cadê a Luíza?

— Tá no quarto.

— Vocês dois são doidos!

— Eu sei!

— Mas se te faz feliz, eu te apoio irmão e te ajudo no que precisar.

— Obrigado e pode dizer pra pirralha que ela estava certa, só peça para ela ser discreta.

— Ok! Já estou indo e diz pra Luíza ligar pra mãe dela.

— Tá, obrigado.

— Por nada. — ela me dá um abraço e um beijo no rosto e vai embora.

— Pode sair Lulu!

— Não me chama de Lulu!

— Você sempre vai ser minha Lulu.

— Não sou mais criança Ruan.

— Não mesmo! Você já está pronta para fazer crianças.

— Não tão cedo, tenho vinte e um ainda, quero me formar, trabalhar e depois talvez eu tenha um filho.

— Nós! Nós teremos um filho! Por que serei eu o pai. — ela suspira.

— Aí Ruan... para de dizer essas coisas! Assim eu fico cada vez mais apaixonada por você.

— Essa é a ideia! Eu vou casar com você Luíza, nem que eu precise te roubar do seu pai. — ela sorri e tudo ao redor se ilumina e eu sinto uma coisa estranha no peito.

— Eu te amo, Ruan. — essas palavras fazem meu coração palpitar no peito.

— Eu também te amo, amor, amo muito.

Capítulo 03

Recolho minha roupa que usei na noite anterior e procuro a calcinha, mas não acho em lugar nenhum.

Estou usando a roupa que Duda trouxe para mim.

— Viu minha calcinha? — pergunto para Ruan.

— Vi.

— Onde está?

— Agora ela é minha.

— É sério isso?

— Sim!

— Pegou calcinhas de mais quantas doutor Ruan?

— De nenhuma outra, só as suas mesmo. Lembra quando eu entrava escondido no seu quarto para te chupar?

— Sim, bons tempos!

— Lembra que eu sempre levava sua calcinha comigo?

— Lembro. O que fez com elas?

— Estão todas aqui, no meu closet.

— Sério?

— Sim.

Ele abre uma gaveta do closet e tira de lá um saquinho transparente cheio de calcinhas minhas.

— Nunca lavei. — ele diz.

— Eca Ruan! — ele gargalha alto.

— O lance era ficar com seu cheiro gostosa, se não fosse para isso não pegaria nenhuma delas, nem tem mais seu cheiro, por isso precisava de uma nova. Não imagina quantas vezes eu bati uma cheirando essas calcinhas e pensando em você. — dessa vez eu que gargalho.

— Era só ter me procurado, eu teria maior prazer em matar seu desejo.

— Eu achava que não sentia mais nada por mim, primeiro namorou aquele moleque e eu namorei a Júlia, eu me sinto péssimo por ter feito isso, ela gostava mesmo de mim e eu nunca gostei dela de verdade.

— Foi o mesmo com o Pedro, ele queria casar e tudo, mas eu não poderia fazer isso com ele. Se for pra casar eu só vou casar com você doutor. — ele sorri.

— Aí meu Deus do céu! Seu pai vai me matar.

— Vai.

— Eu sei que vai, mas sem você é que eu não fico. — ele me beija.

— Eu preciso ir.

— Eu te levo.

— Será que é uma boa ideia?

— Nós vamos levar a Duda e a Manu, com a desculpa de ver suas irmãs. Manu já sabe e ela estuda com as gêmeas e são primas, temos a desculpa perfeita.

— Tudo bem então.

— Só vamos passar antes na casa dos meus pais para molhar as plantas e alimentar os cachorros.

— Ok.

— Quando vamos nos ver de novo gostosa?

— Não sei, você fica no escritório até que horas?

— Até às 17.

— Pode me dar uma chave?

— Claro.

— Saindo da faculdade, eu venho pra cá e te espero. — ele morde os lábios e sorri.

— Perfeito meu amor.

Saímos do apartamento de Ruan, já passa um pouco das 17:00 horas, espero que meus pais não perguntem nada não quero mentir mais.

Não havia notado, mas o apartamento da Duda é ao lado do dele.

Ruan toca a campainha e ela e Manu saem e nos olham sorrindo.

— Vocês são loucos. — Duda diz me abraçando.

— Eu sei. — digo.

— Bem que que desconfiei! — Manu diz.

— O tio Caio vai matar vocês. — Duda diz.

— Ele não precisa saber agora! — digo.

Me sinto péssima por mentir para os meus pais, pois eles são muito amigos e parceiros conosco, mas eu não sei como dizer isso para eles. Eu sei que minha mãe entenderia apesar de tudo, mas meu pai tenho certeza que não.

Ele vai ficar decepcionado comigo por ter mentido. Ele não ficou chateado por ter perdido a virgindade aos quinze, apesar do ciúme dele, sexo nunca foi um tabu em nossa casa, meus pais sempre conversaram abertamente sobre isso, meu pai nem tanto, pois somos mulheres, mas nossa mãe sempre conversou muito conosco e sempre fez questão de nos levar ao ginecologista, para exames e fazer uso de anticoncepcional, mas sem dispensar o uso de preservativo, porque gravidez não é só o que se tem que evitar, mas também doenças sexualmente transmissíveis. Nunca me relaciono com ninguém sem preservativo, somente com o Ruan.

Passamos na casa de tia Beatriz e tio Michel, Ruan alimenta os cachorros e Manu molha as plantas.

Logo, Ruan está estacionando o carro em frente a grande mansão dos meus pais, olho para Ruan e a partir de agora temos que fingir que não temos nada, essa é a pior parte nisso tudo.

Entramos em casa e meus pais estão na sala montando um quebra cabeça com Davi, Noah, Clara e Cecília.

Todos olham para nós e eu tento fazer minha melhor cara se paisagem.

— Oi tios. — Manu diz e vai abraçar meus pais.

— Oi Manuzinha. — minha mãe diz. — Está tão linda.

— Obrigada tia, a senhora que é linda.

— Como está sua mãe, Manu? — meu pai pergunta.

— Está bem tio.

— Oi tios. — Duda diz e também vai abraçar meus pais.

— Oi Dudinha. — minha mãe diz. — Está linda também.

— A senhora que o diga, cada dia mais linda. — minha mãe sorri.

Minha mãe olha para mim e eu tento fazer minha melhor cara de paisagem, mas ela me conhece muito bem.

— Oi Ruan. — minha mãe diz para e olha fixamente para ele.

— Oi tia, como a senhora está?

— Bem, e você cada dia mais bonito.

— Obrigado, tia, a senhora também.

— E as namoradas? Um homem tão bonito desses e sozinho.

Faço minha melhor cara de paisagem, Ruan também faz a sua e responde minha mãe.

— Tem uma garota aí tia, estou gostando muito dela.

— Hum, que bom, espero que dê certo. — minha mãe sorri e olha para mim.

Se minha mãe não sabe, ao menos desconfia e conhecendo minha mãe, tenho certeza que ela vai dar um jeito de descobrir.

— Como está o caso do Ferraz? — meu pai pergunta.

— Tudo certo tio, tudo sob controle.

— Ótimo.

— Nós já estamos indo, vamos meninas? — Ruan convida.

— Fiquem para o jantar. — meu pai convida.

— É fiquem! — Clara diz já puxando a Manu para o quarto dela, elas são muito amigas, estudam juntas e Cecília também.

Ruan olha para mim e eu não falo nada.

— Eu vou tomar uma banho, depois devolvo sua roupa Duda. — digo.

— Sem problemas.

— Duda! — Laura diz descendo as escadas.

As duas se abraçam, como eu disse, os nossos primos são como nossos irmãos, nos gostamos muito.

Duda também é advogada e trabalha no escritório Alencar.

Não vejo a hora de me formar para trabalhar lá também, mais um ano e finalmente pego meu diploma.

Subo as escadas e vou para meu quarto, assim que entro minha mãe entra atrás de mim e eu já sei que vai ter interrogatório.

— Dormiu no apartamento da Duda? — ela pergunta.

— A senhora sabe que não.

— Foi ele Luíza?

— Foi mamãe, foi ele.

— Seu pai vai surtar, vai querer matar o Ruan.

— Eu sei, mas mamãe eu amo o Ruan desde quando eu tinha dez anos.

— Ele te ama também?

— Ama.

— Onde aconteceu sua primeira vez?

— Na casa de praia mamãe, quando fui com eles.

— Foi só uma vez e só voltaram agora?

— Não mamãe, passamos dois anos juntos, tia Bella descobriu e nós ficamos com medo e terminamos, eu sofri tanto e o pior que tive que passar por isso sem deixar ninguém perceber, mas ao menos tinha o apoio das minhas irmãs.

— Se encontraram na balada?

— Foi, ele ficou com ciúmes do Danilo e me tirou de lá.

— Tr*nsaram?

— Sim.

— Usou camisinha?

— Não, Ruan está limpo e eu uso anticoncepcional.

— Numa dessas engravidei de vocês.

— Vira essa boca pra lá mamãe!

— É sério filha, tem que ter cuidado, se você engravida dele ai a confusão vai ser maior.

— Meu pai vai me matar! — digo entrando no banheiro seguida pela minha mãe.

— Ele vai, mas primeiro mata o Ruan e sua tia Beatriz também vai surtar com ele.

— Eu sei, o que faço mamãe?

— Deveriam falar com seu pai antes que descubram por eles mesmos, se a Bella descobriu e agora eu, outras pessoas também podem descobrir.

— Eu não tenho coragem.

— Tudo bem, é opção sua contar ou não, você já é adulta, mas assuma as consequências dos seus atos depois.

— A senhora está chateada comigo.

— Não por você ficar com quem você ama, pois eu quero que vocês sejam felizes, fiquei chateada por não confiar em mim e me contar com quem perdeu a virgindade.

— Fiquei com medo da senhora contar para o meu pai.

— Seu pai e eu não temos segredos e se tratando de vocês temos uma parceria, somos pais de vocês, mas eu não vou contar, não agora, você mesma vai fazer isso e espero que seja logo. Não gosto da ideia de mentir para o seu pai.

Tiro a roupa e minha mãe pega e coloca no cesto de roupa sujas.

— Tudo bem mamãe, vou criar coragem e contar.

— Tudo bem, te amo princesa.

— Também te amo mamãe.

— Termine seu banho e eu vou ver como estão todos já embaixo.

— Desculpa mamãe.

— Tudo bem filha, fico feliz que esteja feliz, tudo que quero é que fiquem bem e que sejam felizes. — ela sorri para mim e sai do banheiro.

Termino meu banho e visto um vestido longo verde esmeralda, ele é bem levinho e de alças finas. Prendo meus cabelos em um rabo de cavalo e passo um pouco do meu perfume e desço as escadas.

Ruan não está na sala, deve está no escritório com Ruan e Eduarda falando de trabalho.

As gêmeas estão fofocando com Manu no quarto.

Davi e Noah estão jogando uno junto com minha mãe, Laura e Letícia.

Já passa um pouco das 19:00 horas da noite, cheguei do apartamento de Ruan umas 18:00, já que ainda passamos na casa dos pais dele.

— O jantar já está pronto senhora. — Mônica avisa.

— Obrigada Mônica, daqui a pouco estamos indo. — Mônica trabalha para o meu pai antes mesmo de nós nascermos, temos um carinho muito especial por ela. — Noah, vá chamar seu pai e seus primos para jantar e você Davi, vá chamar suas irmãs e sua prima lá no quarto.

— Tá mamãe.

— A mamãe já sabe. — sussurro abraçando minhas gêmeas e elas me olham surpresas.

Meu pai vem do escritório junto com Ruan e Duda e vamos todos para a cozinha.

Cada um pega seu lugar à mesa e Ruan senta ao meu lado e tento agir naturalmente.

Mônica preparou peixe grelhado com ervas, que nós todos gostamos, fez arroz, salada e aspargos refogados. Para o meu pai ela fez um caldinho de carne com legumes, já que ele não pode comer muito, principalmente à noite.

Ruan passa a mão na minha coxa por baixo da mesa e eu faço minha melhor cara de paisagem, ele dá um beliscão de leve na b*ceta e eu tento ficar parada e tiro a mão dele, o safado sorri de lado.

Fiquei molhada apenas com esse toque, bem que eu queria sair daqui e dar bem gostoso para ele.

Esse homem é um perigo!

Terminamos o jantar e estamos bebendo nosso chá de camomila de todos os dias, que minha mãe prepara para nós, pois segundo ela acalma.

— Bom, nós já precisamos ir. — Ruan diz. — Obrigado pelo jantar tios.

— Imagina, podem vir sempre. — minha mãe diz.

— Venham com seus pais qualquer dia desses. — meu pai diz.

— Pode deixar tio. — Ruan diz.

Meus pais abraçam os três e eles saem, quando Ruan chega na porta e sem ninguém perceber mandar um beijo para mim e eu sorrio.

Vou para o meu quarto e sou seguida por Laura e Letícia que me enchem de perguntas, sobre como nossa mãe soube. E eu explico a elas.

Uma mãe de verdade sempre conhece seu filho, não sei como ela ainda não havia descoberto.

Meu celular vibra, é uma mensagem de Ruan.

"Pensando em você amor."

"Eu também em você."

"Temos que resolver logo isso, não quero ficar me escondendo, não temos mais idade para isso."

"Calma, logo nós vamos contar para os nossos pais, aliás, minha mãe já sabe."

"Contou pra ela?"

"Não, digamos que ela desconfiou, meio que me perguntou e eu não neguei."

"Ela brigou com você?"

"Não! Você sabe que minha mãe é muito tranquila."

"Que bom, porque a minha parece um furacão e vai me matar quando descobrir vai me matar."

"Vamos dar um jeito."

"Vamos sim meu amor, sem você é que não fico mais."

"Nem eu amor."

"Te amo gostosa, até amanhã."

"Também te amo gostoso, até amanhã."

Bloqueio meu celular e deixo de lado.

Minhas gêmeas decidiram que querem dormir comigo hoje e quando dou por mim meu quarto está invadido pelos os meus seis irmãos. Nós jogamos os colchões do chão e dormimos os sete juntinhos, eu os amo muito, eles são os melhores irmãos do mundo.

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