Como é normal aqui em Spokane Washington, nesta época do ano, dias chuvosos, sem calor, folhas caídas, quase já não vistas, mais não deixa de ser lindo.
Estamos em dezembro mês de inverno e neve, o sol reflete no branco, mais não é o suficiente para o desfaze.
As luzes dos enfeites, colorem o branco, mais ao mesmo tempo, são quase invisíveis ao dia, podendo ser notado somente ao anoitecer.
Aqui sentada e olhando essa linda paisagem de inverno pela janela do meu quarto me lembro de como o tempo passou rápido.
- Ou não? ( pergunto a mim mesma ). Depende de como se lembra...
Me chamo Olívia Brayni Pratts, tenho 23 anos e estou no final do 5° ano da faculdade de Medicina.
Hoje começo meu estágio no hospital da Cidade de Spokane, uma oportunidade digamos que única, e para poucos neste hospital.
Ainda bem vou poder ter um auxílio e suprir as minhas necessidades diárias, sem depender de ninguém, não que eu dependa mais, conseguirei seguir com meus objetivos.
Moro atualmente com meus tios paternos, tia Dora e tio George, eles são boas pessoas, mais não são meu país, e já viu não é fácil.
Não por eles, mais pela minha prima que constantemente me lembra, que não estou no meu lar.
O engraçado que sempre fomos amigas e do nada... mais tudo bem...
Saudades de meus pais, senhor Lucio Pratts e Mariana B. Pratts, éramos inseparáveis, minha mãe então, minha amiga e confidente.
Aiii pai que falta a mamãe e o senhor me faz... ( falo e vejo uma lágrima cair )
Eu venho de uma cidade muito aconchegante ao redor de Seattle “Lá Conner’’ nasci e cresci lá, tinha alguns amigos e familiares, na verdade mais amigos, o restante eram interesseiros; desde que meus pais se foram, não consigo voltar, tudo me lembrava eles.
Eu só tinha 17 anos, e estava no último ano do Ensino Médio, quando recebi uma ligação; se soubesse nunca teria atendido.
Meus pais estavam voltavam de uma conferência médica que teve em Seattle, maldito dia... ( choro em suspiro )
O Dia estava chuvoso, meu pai era tão cuidadoso, mais mesmo assim, o carro perdeu o controle e capotou, e eles não sobreviveram.
Dói ainda, dói muito (Respiro fundo)
Todas as manhãs acordava com eles grudados, faziam tudo juntos, inseparáveis.
O amor que impressionava qualquer Pessoa.
Se um dia eu amar alguém, quero que seja igual a eles.
Mãe com sorriso encantador alegrava quem estivesse por perto, e o meu pai se fazia de sério, todo bravo, cheio de pose, mais não deixava passar nada caçoava de tudo, um verdadeiro brincalhão (sorrio em lágrimas) Limpo os meus olhos com lenço.
Ele me chamava de sua menina...
- É sua menina cresceu, mais ainda precisava de você ( falo em voz alta, para mim mesma )
E respiro fundo.
Mais hoje eu começo, um novo ciclo e vou conseguir realizar mais uma etapa da minha vida, e eu sei que vocês estariam orgulhosos de mim, faltam pouco para que eu seja igual vocês a Dra. Pratts.
A 6 anos...
Mariana: bom dia! minha filha…
Olívia: Oie mãe! Bom dia!.
Mariana: como você está minha linda?
Olívia: me recuperando mãe, mais bem, ainda bem que tenho você e o papai...
Mariana: sempre meu amor, sempre...
(Minha mãe me da um beijo na testa, e me puxa da cama)
- agora vamos levantar, se arrumar e vamos tomar nosso café...
Sua voz é calma e tão suave.
Olívia: nãooooo! (Falo fazendo bico) só mais um pouquinho mãe...
Mariana: nada disso, vamos mocinha, hoje temos a conferência para ir...
Olívia: não quero ir mãe deixa eu ficar, estou toda inchada...
Mariana: está com rosto inchado, de tanto chorar, mais minha filha o que passou, passou. Dói eu sei que dói, mais vamos seguir minha linda... você tem um futuro pela frente ainda...
Olívia: okay, vou levantar, mais não quero ir por favor, durmo na tia Branda com a Flora...
Mariana: okay mais amanhã você volta antes do almoço, está bem? Eu e seu país vamos vim assim que acabar a conferência
- levanta e se arruma e antes de seguirmos deixamos você na Branda.
Olívia: obrigada mãe.
Me levanto, tomo meu banho e vou tomar café com meus pais.
Lucio: bom dia pequena, está bem?
Olívia: sim pai, ainda dói, mais igual a mamãe falou vida que segue, né?
Lucio: isso mesmo minha filha, sua mãe disse que você não vai..
Olívia: não quero pai, estou com a cara inchada e os remédios me dão sono.
Lucio: okay, você vai para Flora?
Olívia: sim, amanhã volto para almoçar com vocês.
Lucio: não esquece amanhã é dia da família...
Olívia: isso... falo com empolgação, mais por dentro (só eu sei)
se passou nossa manhã, e almoçamos todos juntos.. preparei uma bolsa pequena só para dormir e o meu remédio, quando vou para sala
Olívia: ual! Que gata...
Mariana: obrigada filha.
Minha mãe veste um vestido tubinho longo, verde musgo, sem decote, com uma pequena abertura na lateral da perna e salto, seus cabelos loiros dourados, em uma trança de lado, sua maquiagem era marcante.
Meu pai veste uma camisa branca, calça social e blazer preto.
Olívia: meus gatões, amo vocês.
Os dois: te amamos filha.
E assim seguimos para casa da tia Branda. Chegando lá desci do carro e a tia e a Flora já me esperavam, dou um beijo em meus pais e eles se vão.
Flora: vamos? Tenho muitas fofocas para você...
Olívia: Oie primeiro doida, oi tia...
Branda: Oie minha flor entra...
Flora: flor sou eu mãe...
(E rimos)
Entramos e passei o restante do dia e a noite com a Flora me contando, as fofocas da escola...
Depois do ocorrido, no meu aniversário, não fui ainda para escola... dormimos já eram duas e quarentena da manhã. Por volta das oito horas, o meu celular toca...
Olívia: Oie; quem é? (falo com sono)
- achamos seu contato, no celular da senhora Mariana.
Olívia: sim sou filha dela...
- okay! Seu nome?
Olívia: Olívia Brayni Pratts, você pode me falar o que está acontecendo logo, sem enrolação, por favor (falo já irritada)
- okay, Olívia, você precisa comparecer no hospital... o mais rápido possível. Caso seja de menor, venha acompanhada.
Olívia: okay, mais o por quê?
- seu pais sofreram um acidente...
Esta hora meu mundo caiu e gritei, a Flora acorda e a tia vem correndo, e pegaram o celular da minha mão...
Meu mundo acabou, quando chegamos no hospital, fiquei sabendo que meus pais haviam falecido, no acidente. Tia Branda, avisou a todos, eu não tinha cabeça, já estava tomando remédios fortes e depois da notícia fiquei no hospital por dois dia.
O tio George vem conversar comigo e como parente mais próximo em grau, pode me dar alta e assim fui ao enterro de quem eu mais amava....
Hoje…
Tomo meu banho e termino de me arrumar e desço, cheirinho de café fresco, vou até a cozinha e está a chata da Anni (minha prima).
Anni: Olívia! Olívia! (olha-me de cima em baixo)
Menina insuportável (penso).
Olívia: Anni
Dora: oi filha, bom dia! Já está indo?
Olívia: bom dia tia, sim hoje começo meu estágio no hospital.
- Cadê o meu tio?
Anni: Maravilha logo você vai embora e posso ficar com seu quarto.
Quando eu vim para cá, dormia na sala, aí tive a ideia de reforma o sótão, ele é enorme, bem iluminado e tem um banheiro pequeno mais tem, arrumei ele deixei a minha cara, fiz um pequeno closet, e ficou tudo lindo. Agora ela quer meu espaço e sempre joga na minha cara que não estou na minha casa.
Dora: que isso menina, em vez de desejar que ela se vá, deveria se esforça como ela.
- Seu tio saiu cedo para a escola hoje tem reunião com os professores!
Meus tios são professores, mais nos últimos anos minha tia se dedicou mais a casa.
Olívia: não se preocupa tia, já estou acostumada (dou um beijo na minha tia e saio).
Vou para o ponto e espero meu ônibus passar, ainda não comprei meu carro, a pensão que recebo dos meu pais, pago a faculdade e ajudo meus tios, a casa dos meus pais ainda está lá, não quis vender, não tive coragem, as vezes meus tios vão para ver se está tudo okay para limpar e deixar em ordem.
Pego o meu ônibus que chegou e vou...
Quando vou Chegando em frente ao hospital, vai me dando um friozinho, não pelo tempo, mais aquele frio na barriga (começo a rir sozinha de nervoso em meus pensamentos) entrar como estagiária e diferente.
- uffa! então vamos (falo comigo mesma).
Chegando na recepção já vejo o meu orientador, vou até ele.
Olívia: bom dia! Dr. Jacob!
Jacob: Bom dia Dra. Pratts, preparada?
Aiii meu Deus, ele me chamou de Dra Pratts, que tudo... mesmo sabendo que ainda não sou uma doutora formada, mais ao ouvir isso me fez lembra que está perto. Pode parecer besteira mais para mim não era.
Olívia: pronta e meu nome Doutor.
Ele sorri de lado sem deixar a seriedade.
O Dr. Jacob conhecia minha mãe das
conferências médicas. E ele fez a residência com meu pai.
O pessoal foi chegando e o Dr. Jacob nos orientou.
Como estamos no 5° ano não podemos ficar sem nosso orientador ou responsável.
Seguimos o que ele nos falou e assim se passaram um mês.
E é Janeiro o inverno ainda é tenso e início do 6° ano.
Somos um grupo de 12 novos doutores, mais eu só tinha afinidade com o Pablo e Lívia, somos inseparáveis.
Amigos de balada, estudos, praia... e agora estágio...
Pablo: bom dia Dra. Lívia e Dra. Olívia (falou sério)
Lívia: Dr... (ela com deboche)
E começamos a rir ...
Olívia: bom dia ! Meus amores !
E seguimos nossa rotina diária.
Auxiliamos os médicos orientadores, passei visitas nos quartos de internações sobre supervisão, separamos fichas dos paciente, ajudei na campanha de doação de sangue...
As 13hrs fomos almoçar e depois para aula. A cada semestre estava mais apaixonada pela medicina, ainda mais agora estagiando.
Um mundo totalmente maravilhoso...
E assim se passaram mais 6 meses.
Estamos no mês de julho. Verão e o calor já dava para notar, então Prainha nos esperava.. e raro então aproveitamos ao máximo o calor.
Curtimos essa folga do frio, muita bagunça e brincadeira, e aproveitamos, a noite no barzinho e casa do Pablo..
Os pais dele são incríveis... e achavam graça nas nossa loucuras e muitas vezes participavam. Se meus pais estivessem vivos seriam iguais..
Essa semana ficamos por aqui, na casa dele, muita prova e estudamos sempre juntos, e mesmo com nossas bagunça e loucura era um lugar de paz...
Sempre que estava com eles, eu esquecia de tudo...
Pois Ainda estou morando na casa dos meus tios, com a insuportável da Anni me perturbando.
Sempre ficávamos juntas, nas nossas férias escolares, meus pais e meus tios presavam muito este momento em família, ainda mais por ser só os dois de irmãos, então mesmo morando longe, éramos inseparáveis e agora ela me atormenta...
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