Yuri Scardua, recém-completados 18 anos, compartilha sua vida com o melhor amigo Yoshiro Akiyama. A família Scardua é proprietária de uma concessionária de automóveis importados, enquanto os pais de Yoshiro trabalham na mansão dos Scardua.
A amizade entre Yuri e Yoshiro nasceu quando a família Akiyama se mudou do Japão para o Brasil, motivada por razões desconhecidas. No entanto, é sabido que os pais de Yuri e Yoshiro são amigos de longa data, o que levou o pai de Yuri a acolher a família Akiyama e oferecer-lhes emprego.
Yuri Scardua e Yoshiro Akiyama: uma amizade inigualável.
Yuri e Yoshiro se conheceram quando tinham apenas 5 e 7 anos, respectivamente. Hoje, Yuri tem 18 anos e Yoshiro, 20. Apesar das diferenças, são como irmãos.
Yuri é um jovem moreno, com cabelos cacheados e olhos verdes, conquistando corações femininos com facilidade. Já Yoshiro, com seus 1,98 metros de altura, é um japonês imponente, mas reservado. No entanto, quando estão juntos, a quietude se transforma em risadas e conversas animadas.
Essa dupla inseparável compartilha uma ligação única, forjada ao longo dos anos.
Yuri Scardua segue seu caminho acadêmico na Faculdade Emanute, no Rio de Janeiro. Já seu melhor amigo, Yoshiro Akiyama, é um mistério.
Apesar de morarem juntos, Yuri não tem ideia do que Yoshiro faz. Ele tem o hábito de sumir sem aviso, desaparecendo no meio da noite e reaparecendo apenas na manhã seguinte ou até dias depois. Esses sumiços deixam Yuri intrigado.
"O que Yoshiro faz quando some?" é uma pergunta que Yuri ainda não conseguiu responder.
(Yoshiro Akiyama!)
Agora que as apresentações estão feitas, vamos começar. Meu nome é Yoshiro Akiyama, mas há um segredo que poucos conhecem: meu pai é um membro do Yakuza. Por direito de nascimento, eu também deveria seguir esse caminho, mas meu pai mudou tudo ao roubar uma fórmula de alteração genética do principal laboratório Yakuza no Japão.
Meu pai, um gênio químico, criou a droga Zoom, uma substância revolucionária que promete experiências inéditas. Seu segredo está na capacidade de proporcionar sensações intensas e constantes, como se fosse a primeira vez a cada uso. De acordo com relatos, a Zoom supera sua própria eficácia a cada dose, oferecendo uma experiência cada vez mais intensa.
Meus sumiços têm um motivo. Trabalho secretamente para o pai de Yuri, realizando tarefas que exigem discrição e habilidades específicas, incompatíveis com o perfil de um empresário proeminente como ele.
Além disso, participo de lutas no submundo, um mundo desconhecido para muitos brasileiros. Esses encontros atraem uma clientela exclusiva: políticos, empresários (inclusive o pai de Yuri), policiais, delegados e até traficantes. No submundo, rivalidades são postas de lado, e todos se unem para apostar e torcer por seus lutadores favoritos.
Eu sou um desses lutadores, conhecido por minha habilidade e força.
O coro de apostadores gritando meu nome me eletriza, me injeta adrenalina. "Yoshiro! Yoshiro! Yoshiro!" A energia da multidão, a expectativa, me impulsiona a dar mais, a lutar com todo o meu ser.
(Agora!)
Com um golpe poderoso, meu punho atingiu o rosto do meu adversário, fazendo-o girar enquanto sangue voava pelo ar. Sem hesitar, avancei e desferi outro golpe devastador no estômago dele. O impacto foi tão intenso que ele foi levantado do chão, apenas para cair novamente, já inconsciente.
A multidão enlouquece: "Yoshiro! Yoshiro! Yoshiro!" O som dos gritos ecoa pelo local, enquanto a energia da torcida atinge o auge.
Depois de varrer o ambiente com o olhar, encontrei o pai de Yuri, que me dirigiu um olhar de orgulho e aprovação. Mesmo coberto de suor e sangue de alguns ferimentos, eu estava lá, triunfante, como o campeão.
No vestiário, ainda ensopado após o banho, recebi uma visita inesperada do pai de Yuri. Seu rosto se iluminou com um sorriso, e ele expressou sua admiração com uma salva de aplausos, reconhecendo minha vitória.
"Parabéns, Yoshiro! Você me enche de orgulho!", exclamou Marco, enquanto prolongava os aplausos, destacando sua admiração pela minha vitória.
"Senhor Marco, não esperava sua visita!", disse eu, cobrindo-me com uma toalha.
Marco observou-me com um sorriso. "Os remédios do seu pai estão realmente fazendo milagres. Você está mais forte e mais alto do que nunca, Yoshiro!"
"O soro Akuma é fruto de anos de dedicação do meu pai, e eu sou a prova viva de sua eficácia! Estou aqui, forte e vitorioso, graças ao seu trabalho incansável!", afirmei com convicção.
Marco: "Lembro-me perfeitamente quando seu pai começou a trabalhar para mim. Você era um garoto franzino e fraco, mas agora... após o soro Akuma... você é uma verdadeira transformação! Está parecendo a porra do Capitão América japonês!" Ele exclamou, terminando com uma explosiva gargalhada.
Eu: "Obrigado, senhor Marco. Mas, sinceramente, não acho que o senhor veio aqui apenas para me parabenizar e elogiar o trabalho do meu pai, não é?" Digo, sentindo certa hesitação.
Marco: "Garoto, você está certo, tenho um trabalho para você!" Disse, acendendo o charuto com um gesto tranquilo.
Eu: "Qual é o trabalho, senhor?" Perguntei, curiosidade estampada no rosto.
Marco: "Eu não costumo trabalhar com clientes misteriosos, mas este fez uma oferta irrecusável. Ele comprou dois dos meus carros mais caros e precisa que sejam entregues no porto do Rio de Janeiro, na Rua Acre."
Eu: "Sei exatamente onde é, senhor!" Interrompi, ansioso.
Marco: "Ótimo. O cliente é... peculiar. Quer que a entrega seja feita discretamente. Você é o único em quem confio para isso."
Marco: "Esse é o meu garoto!", disse, após uma longa tragada no charuto, seus olhos brilhando de satisfação. "Você está crescendo rápido, Yoshiro."
Eu: "Peço perdão por interrompê-lo, senhor Marco", disse eu, sentindo um arrepio no estômago, temendo ter sido impertinente.
Marco: "Não precisa se desculpar, Yoshiro. Você é um jovem de atitude... Não, você já é um homem!", corrigiu-se, com um sorriso. "E isso me enche de orgulho!", acrescentou, colocando a mão em meu ombro, seu toque transmitindo aprovação.
Eu: "Muito obrigado, senhor Marco!" Exclamei, sentindo um calor no coração ao receber seu reconhecimento.
Marco: "Agora vá, se arrume! O trabalho precisa ser feito ainda hoje!", ordenou, virando-se para sair.
Eu: "Sim, senhor! Considero o trabalho feito!", afirmei, já pegando minhas roupas no armário, determinado.
Com essas palavras, eu aceitei o desafio que mudaria minha vida e, indiretamente, a de Yuri também.
No local da entrega, eu e dois mercenários contratados pelo senhor Marco aguardávamos. O cliente fantasma estava atrasado, e minha paciência estava esgotada. Ao pegar meu celular para ligar para o senhor Marco, uma frota de cinco carros apareceu no porto.
Rapidamente, nós três saímos de nossos carros, armados até os dentes. Cada um de nós empunhava uma MP5 Heckler & Koch e uma pistola Taurus G2C calibre 9mm na cintura, prontos para qualquer coisa.
Os capangas do cliente fantasma emergiram de seus carros, armados com submetralhadoras Uzi M11, vestidos de preto e com expressões ameaçadoras. Silêncio absoluto. Então, um homem imponente, careca, barba ruiva e vestido de branco, saiu de um dos carros com um sorriso enigmático.
Ruivo: "Boa noite, cavalheiro. Sou Ruivo, negociante do senhor M esta noite!" Ele fez uma reverência, contrastando com a hostilidade dos capangas.
Eu: "Trouxe os carros. Onde está o dinheiro?" Minha impaciência era evidente.
Ruivo: "Grosseria, senhor! Não vai se apresentar?" Seu sorriso malicioso contrastava com minha seriedade.
Eu: "Prefiro tratar de negócios. Vamos direto ao ponto."
Ruivo: "Ok, ok! Vamos aos negócios, senhor. Poucas palavras!" Ele ri, abandonando a formalidade.
Eu: "Mostre o dinheiro e eu mostrarei o estofamento de luxo dos carros!" Meu olhar era firme, sabendo que o "estofamento" escondia a droga Zoom.
Ruivo: "Você é um jovem ousado, não é?" Seu sorriso revelava admiração.
Com um gesto elegante, Ruivo ergueu a mão esquerda e fez um sinal discreto para um de seus homens. O capanga se aproximou do carro e retirou um notebook do porta-malas, entregando-o a Ruivo.
Ruivo: "Muito bem, garoto! Mostre-me o estofamento luxuoso e farei a transferência agora mesmo!"
Com um aceno, ordenei aos mercenários que baixassem suas armas. Em seguida, abri um dos carros premiados, liberando o zíper lateral de um dos bancos traseiros.
Ruivo: "Ah!" Seus olhos brilharam de excitação ao ver os pacotes com os comprimidos coloridos da droga Zoom.
Ruivo: "Seu chefe é homem de palavra, mas quero certeza de que o estofamento é de couro legítimo." Seu sorriso malicioso revelava desconfiança.
Eu sabia que essa era uma condição comum em negociações de drogas, então permiti que Ruivo retirasse um comprimido de Zoom e desse a um de seus capangas.
"Prova", Ruivo ordenou.
O capanga ingeriu o comprimido e, em instantes, o efeito do Zoom se manifestou. O capanga cambaleou, perdendo o controle.
Ruivo sorriu, satisfeito. "Muito bem, garoto. O produto é autêntico."
Ruivo: "Negócio fechado!"
Com um clique no computador, a transferência do dinheiro foi concluída. Eu entreguei as chaves dos carros, cumprindo minha parte do acordo.
Eu: "Faça bom proveito."
Mas Ruivo não parecia satisfeito em encerrar a transação.
Ruivo: "Espera um pouco, ainda não acabamos!" Seu tom de voz mudou, revelando uma ameaça subjacente.
Eu me virei lentamente, preparado para reagir, mas foi tarde demais. Um tiro no ombro me derrubou no chão.
Instintivamente, rolei para debaixo do carro enquanto os mercenários eram metralhados. Eles conseguiram levar dois capangas com eles.
Ruivo gargalhou, revelando seu verdadeiro intento.
Ruivo: "Senhor M disse que você lhe custou muito dinheiro. Então, ele comprou sua vida. Pagou bem ao senhor Marco por isso!"
Sua risada ecoou, enquanto eu jazia sangrando sob o carro.
Eu: "Filho da puta, isso é mentira!"
Furioso, eu rolei para o outro lado do carro, me levantei rapidamente e disparei contra Ruivo. Mas ele era rápido demais.
Ruivo se abaixou no último segundo e deu uma cambalhota para frente, se protegendo na lateral do carro.
Ruivo: "Você pensou que vitórias consecutivas no submundo deixariam os poderosos satisfeitos? Deixe-me explicar: quem ganha demais gera pouco dinheiro. Você precisava perder, mas se recusou, seu verme!"
Seu discurso revelava o verdadeiro motivo por trás da traição: eu havia recusado propostas para perder lutas e garantir lucros maiores, priorizando minha honra acima de tudo.
Eu: "Desgraçado, vai se foder!!!"
Enquanto os capangas de Ruivo me bombardeavam com tiros, eu me mantive protegido atrás do carro.
Ruivo: "Acabou, garoto!"
Quando eu menos esperava, Ruivo apareceu ao meu lado, um revólver calibre 38 cano curto cromado apontado para minha cabeça.
Eu: "Vai pro inferno!!!"
Eu larguei a MP5 e rapidamente puxei a pistola da minha cintura. Ruivo tentou me executar com um tiro na cabeça, mas consegui reagir a tempo.
Com um movimento rápido, em um piscar de olhos eu apontei e disparei. O tiro atingiu o rosto de Ruivo, envolvendo-o em uma explosão de sangue.
Enfurecido e agonizante, Ruivo descarregou o revólver em meu peito, crivando-me de balas enquanto eu jazia no chão.
Convencido de que me havia matado, Ruivo chamou seus capangas. Eles rapidamente carregaram os carros e evacuaram o local, deixando-me para trás.
Eu jazia no chão, sangrando profusamente, meu corpo insensível à dor. Mas, contra todas as expectativas, ainda estava vivo.
Quando a esperança parecia perdida, uma figura misteriosa emergiu das sombras. Uma mulher, com uma voz suave e ao mesmo tempo firme, se aproximou de mim.
"Mas que merda, eles acabaram com você, não foi mesmo, Yoshiro?" Sua voz era uma mistura de surpresa e preocupação.
Tentei responder, mas minha voz foi abafada pelo sangue que enchia minha garganta. Eu estava engasgando, meus pulmões se esvaziando.
A mulher se abaixou ao meu lado, seu rosto determinado. Com movimentos rápidos e precisos, ela retirou uma seringa do bolso e injetou um líquido transparente no meu peito.
A mulher misteriosa olhou para mim com uma expressão séria. "Este soro vai mantê-lo vivo até chegarmos à sua casa, mas lá, caberá ao seu melhor amigo tomar a decisão mais difícil."
Ela fez uma pausa, sua voz baixando. "Não é direito meu decidir se você vive ou morre. Mas há algo mais: a única maneira de salvá-lo é transformando completamente sua vida... e seu corpo."
Após a injeção, um estranho alívio tomou conta do meu corpo. Embora ainda impossibilitado de me mover, senti uma leveza inesperada.
O sangramento havia parado, e minha mente, antes turva, agora estava clara. Um pensamento predominava: "Por favor, Yuri, não seja idiota. Não me deixe morrer agora."
Uma ameaça silenciosa ecoou em minha cabeça: "Se ele me deixar partir, juro que voltarei para assombrar aquele imbecil."
(Yuri Scardua!)
A noite estava sendo incrível, graças à festa de gala do meu pai. Embora eu não fosse mais seu favorito, ele ainda me convidou, claro que para manter as aparências.
Para um empresário respeitado como ele, a imagem de uma família unida era essencial.
Depois das fotos e formalidades, a festa ficou mais relaxada. Foi quando conheci Cherry, Andressa e Suzana, três amigas animadas que não resistiram ao charme do "filho do empresário".
Ser herdeiro de um empresário bem-sucedido — e um pouco controverso — tem seus privilégios.
As três mulheres me cortejavam ao mesmo tempo, prometendo uma noite inesquecível. Mas então, meu celular tocou, interrompendo o clima.
Verifiquei o visor e meu coração deu um salto. Era Yoshiro, meu melhor amigo.
Não poderia ignorar.
Eu: "Fala, meu gigante!"
Mas, surpreso, ouvi uma voz feminina do outro lado da linha.
Voz feminina: "Oi, Yuri, não é?"
Eu: "Sim, sou eu. E você, quem é? Namorada do Yoshiro ou alguém que ele conquistou?"
Voz feminina: (risadinha) "Nem uma, nem outra. Sou... uma amiga!"
Eu: "É, também tenho amigas assim. E minha noite está prestes a ficar incrível, graças a três amigas que conheci. Então, se me permite, vou desligar. Divirtam-se você e o Yoshiro..."
Mas, antes que eu pudesse desligar, ela interrompeu, urgente:
"Yuri, o Yoshiro está morrendo! Só você pode salvá-lo."
Meu coração gelou.
"Como é? O Yoshiro está bem?" perguntei, preocupado.
Ela falou com voz trêmula: "Não, Yuri... O Yoshiro foi baleado. Ele precisa de você agora, urgentemente! Esteja no seu apartamento em 20 minutos, no máximo!"
Eu: "Estou saindo agora! Estarei lá em 10 minutos!"
Eu desliguei o telefone e rapidamente me direcionei à saída do salão. As três garotas notaram minha pressa e me interceptaram.
"Onde você está indo?", perguntou Cherry, sua voz carregada de curiosidade.
"É um problema pessoal", respondi, tentando ser breve. "Preciso ir."
As garotas trocaram olhares, mas permaneceram na esperança de uma resposta.
Eu: "Meninas, peço desculpas, mas algo mais urgente surgiu. Talvez..."
Suzana me interrompeu, sua voz carregada de indignação:
"Quem você pensa que é para nos dispensar assim? Acha que pode simplesmente nos ignorar e ir embora?"
Seus olhos brilhavam de desafio, enquanto Cherry e Andressa observavam a cena com interesse.
"Não é assim", tentei explicar. "É uma emergência, realmente preciso ir."
Cherry: "É, só porque o papai tem dinheiro, você acha que pode nos tratar como lixo descartável? Nós não somos objeto de diversão para você, entendeu?"
Sua voz estava carregada de raiva e ressentimento, enquanto Andressa e Suzana observavam, esperando minha reação.
Eu: "E você, Andressa? Tem alguma coisa a acrescentar à isso?" perguntei, dirigindo meu olhar para ela.
Andressa cruzou os braços, sua expressão neutra.
Andressa: "Apenas que não gostamos de serem deixadas de lado sem explicação. Você parecia interessado há alguns minutos e agora nos ignora completamente."
Sua voz era calma, mas havia uma ponta de decepção.
"Peço desculpas", disse eu. "Mas essa situação é mais importante do que vocês podem imaginar. Preciso ir."
Andressa parecia ser a mais comportada do grupo, então ela só desviou o olhar sem jeito.
Assim que deixei as meninas para trás, eu corri para o meu carro. Mal havia ligado o motor quando meu celular tocou novamente. Vi que era meu pai e, considerando a urgência da situação, decidi ignorar a ligação.
Engatei a marcha e segui em direção ao apartamento que Yoshiro e eu dividíamos. Meu coração batia acelerado, preocupado com o estado do meu amigo.
"O que pode ter acontecido com você, Yoshiro?", pensei, pressionando o acelerador.
"Yoshiro!!!" gritei, entrando no apartamento com urgência.
A mulher misteriosa emergiu das sombras, vestindo um casaco longo e preto que contrastava com seu short curto. Um boné preto cobria seus cabelos, adicionando um ar de mistério ao seu olhar intenso.
"Estou aqui", disse ela, sua voz baixa e calma. "Yoshiro está no banheiro. Ele está... grave."
Meu coração afundou ao ouvir suas palavras.
Mulher misteriosa: "10 minutos exatos, senhor Scardua! Você é bem pontual."
Eu: "Onde está o Yoshiro?" pressionei, sem tempo para cortesias. Meu melhor amigo estava em perigo e eu precisava saber.
Mulher misteriosa: "Pois bem, vamos", disse ela, fazendo um gesto para que eu a seguisse. "Eu o coloquei na banheira."
Meu coração afundou. "Na banheira? Por quê?" perguntei, seguindo-a até o banheiro.
Ao entrar, vi Yoshiro deitado na banheira, pálido e ensanguentado. Meu estômago revirou de preocupação.
"O que aconteceu com ele?" perguntei, tentando manter a calma.
Eu: "Mas que porra é essa? O que aconteceu com ele?" gritei, desesperado.
Mulher misteriosa: "Se sua pergunta vai ser respondida ou não, isso vai depender da sua escolha!"
Ela cruzou os braços, seu olhar firme e enigmático.
Eu: "Ok, o que eu preciso fazer para salvar o meu amigo?" perguntei, disposto a fazer qualquer coisa.
Mulher misteriosa: "Você precisa fazer uma escolha. Salvar Yoshiro vai custar caro. Está preparado para pagar o preço?"
Sua voz era fria e calculada, deixando-me com um pressentimento sinistro.
"O que você quer dizer?" perguntei, sentindo um arrepio na espinha.
Ela sorriu, revelando um plano sombrio.
Mulher misteriosa: "Você só precisa tomar uma decisão. Você pode deixar o seu amigo morrer, ou salvar a vida dele com essa injeção... Mas vou logo avisando que, ao aplicar a injeção, você mudará a vida dele por completo. Você não mudará só a vida dele, como também o seu corpo físico!"
Ela estendeu a mão com a seringa na palma, sua expressão impassível.
Eu: "Isso vai mesmo salvar a vida do meu amigo?" perguntei, olhando profundamente nos olhos da mulher misteriosa, procurando por alguma garantia ou sinal de traição.
Seus olhos permaneceram neutros, mas uma leve ruga entre as sobrancelhas revelou uma sombra de dúvida.
"O que exatamente essa injeção faz?" pressionei, hesitante em confiar nela.
A mulher misteriosa segurou minha vista por um momento antes de responder: "Seu amigo morrerá de qualquer forma, a pergunta é, você quer tentar salvá-lo ou não?"
Sem hesitar mais, peguei a seringa das mãos da mulher misteriosa e olhei para Yoshiro. "É intravenosa ou muscular?", perguntei.
Mulher misteriosa: "Realmente não importa, o efeito é imediato de qualquer forma!" Ela disse com um sorriso enigmático.
Sem questionar, eu injetei a injeção diretamente no coração de Yoshiro. Imediatamente, seu corpo moribundo reagiu com um impulso de adrenalina. Ele começou a se debater, os olhos se abrindo com um brilho intenso.
Os projéteis alojados em seu corpo foram expelidos pelos ferimentos, e logo eu os vi fechar e cicatrizar instantaneamente. A pele de Yoshiro se regenerou diante dos meus olhos, como se nunca tivesse sido ferida.
Eu: "Está funcionando... Moça, está mesmo funcionando..."
Quando eu olhei em volta, percebi que estávamos sozinhos. A mulher misteriosa havia desaparecido, deixando um clima estranho e opressivo.
Voltei meu olhar para Yoshiro e notei algo incrivelmente estranho, além de sua cura instantânea. Seu cabelo crescia, ficando mais longo e volumoso. Seu corpo alto e magro diminuía de tamanho, enquanto seu rosto mudava.
Seu rosto... Ele estava ficando fofo, como o de uma criança. E então, em questão de segundos, seu corpo passou por uma transformação radical.
Yoshiro agora tinha seios, e sua pele estava mais suave e clara. Seus olhos, antes intensos e fortes, agora brilhavam com uma doçura infantil.
"Yoshiro... O que está acontecendo com você?" perguntei, confuso e assustado.
Ele olhou para mim, igualmente perplexo, e disse: "Eu... Eu não sei!"
Sua voz era agora mais suave e aguda, quase feminina. Eu estava em choque, sem entender o que havia acontecido.
"O que aquela mulher fez com você?" perguntei, sentindo-me responsável pela transformação de meu amigo.
Eu estava em choque, minha mente lutando para processar o que acabara de testemunhar. Yoshiro, meu amigo, meu irmão, agora estava sentado na banheira, completamente transformado.
Seu corpo masculino havia se modificado, assumindo uma forma feminina. O que antes era um traço distintivo de sua masculinidade agora havia se transformado em algo completamente diferente.
Eu: "MAIS QUE PORRA ACABOU DE ACONTECER AQUI???" Gritei, minha voz ecoando pela sala, enquanto minha mente tentava compreender o incompreensível.
Yoshiro olhou para mim, igualmente perplexo, e disse: "Eu... Eu não sei! O que está acontecendo comigo?"
Sua voz era agora suave e feminina, e seus olhos estavam cheios de lágrimas e confusão.
Eu não sabia o que dizer ou fazer. Estava paralisado, observando meu amigo, agora transformado em uma mulher.
O silêncio foi quebrado apenas pelo som da água da banheira, e pela respiração pesada de ambos. Eu sabia que nossa vida nunca mais seria a mesma.
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