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O Chamado De Aldric

"Apresentação e Introdução"

"Atualmente a família Sombraul se estabeleceu em SombraVale como uma família bem sucedida, onde vivem a intercalar entre vindas e ida à Luporum. A antiga casa de Adrian deu lugar a uma mansão no centro da floresta, onde abriga a família toda. O que por sua vez gera muito mistérios em torno deles, para os moradores locais. Ana e a sua mãe são sócias, possuindo uma agência fotográfica. Amanda se tornou uma grande estilista, enquanto João se tornou um renomado professor e pesquisador, ao qual ele, Pedro e Aldric, realizam pesquisas juntos. Devido sofrer bullying na escola Aldric passou a usar lentes desde seus 8 anos. Mas felizmente ele já terminou os estudos."

Aldric/18 anos.

Haldor/17 anos.

Ana/39 anos.

Amanda/39 anos.

Catherine/18 anos.

Darius.

Pedro.

João.

Isabela/17 anos.

Carmem.

Adrian.

Voraker.

"Tons de SombraVale"

Catherine

Enquanto estou organizando as flores no pátio da nossa floricultura, um vento suave começa a soprar, criando uma atmosfera tranquila e relaxante. E então, um carro preto passa lentamente na rua, e o vidro se abaixa suavemente revelando o rosto do garoto ruivo, aquele por quem meu coração acelera toda vez que o vejo passar. Seus olhos encontram os meus, e parece que o tempo desacelera, enquanto a brisa suave balança suavemente meus cabelos.

Colocando uma mexa do meu cabelo atrás da orelha e segurando uma flor na mão, meus olhos permanecem fixos nos dele. Por mais que eu seja muito tímida, não consigo desviar o olhar. Meu coração acelera, como sempre acontece quando nos olhamos. E então o carro desaparece pela rua, se distanciando. Ele é um Sombraul, uma família conhecida por ter uma mansão no meio da floresta e ser uma das mais influentes e bem-sucedidas aqui em SombraVale. Meu pai sempre me diz para manter distância deles, sugerindo que podem ser uma espécie de seita ou algo do tipo.

Não sei se meu pai está certo, mas devo confessar que eles transmitem uma vibe meio misteriosa. Além disso, são uma família bastante numerosa, e muitas vezes me confundo tentando entender quem é irmão de quem ou quem são seus pais. A maioria deles parece tão jovem, o que só aumenta o mistério ao redor deles. Mas aquele garoto mexe muito comigo. Eu então, internamente, me repreendo: por Deus Catherine! Vigia, garota! Não é hora para divagações.

E assim, foco no meu trabalho e continuo a organizar as flores. Passam-se os minutos, mas a imagem dele persiste em minha mente, como uma cena em repetição. Enquanto arrumo as flores, não posso deixar de me perguntar sobre aquele olhar intenso e sobre o que ele poderia significar. Será que ele sente o mesmo que eu? Será que também está intrigado comigo?

Minhas mãos continuam seu trabalho mecânico de organizar os arranjos, mas minha mente está em outro lugar, mergulhada em pensamentos sobre ele. De repente, uma voz suave me tira de meus devaneios.

— Cat, você está aí? — pergunta meu pai, aproximando-se do pátio da floricultura.

E então, continuando ele diz:

— Preciso de ajuda com uma entrega urgente.

Sacudo a cabeça para dispersar os pensamentos e volto à realidade.

— Claro, pai. — respondo, colocando as flores restantes no balcão e me preparando para ajudá-lo.

Enquanto caminhamos em direção ao carro de entrega, tento afastar os pensamentos sobre o garoto ruivo da minha mente. Afinal, o que importa agora é cumprir minhas responsabilidades e ajudar meu pai na floricultura. Mas uma parte de mim sabe que aquele garoto não será facilmente esquecido e que talvez, apenas talvez, haja mais entre nós dois.

Enquanto ajudo meu pai, o observo com carinho. Um senhor de bigode e cabelos grisalhos, Vicente é literalmente meu herói. Desde que minha mãe faleceu, quando eu tinha apenas oito anos de idade, ele tem sido minha rocha, meu apoio inabalável.

No ano passado, enquanto chegávamos a SombraVale, eu observava a exuberante vegetação pela janela do carro e me perguntava que surpresas essa cidade reservava para nós. Meu pai nunca teve medo de recomeçar. Como pastor, já nos levou por diversas cidades, sempre buscando lugares onde sua presença pudesse fazer a diferença.

E aqui estamos nós, em SombraVale. Apesar de ser uma cidade mais nublada do que ensolarada, desde que chegamos há um ano atrás, tem sido muito bom, na verdade. Toda essa natureza ao nosso redor nos traz uma certa calma e serenidade, algo que eu aprendi a valorizar cada vez mais ao lado do meu pai.

À medida que continuamos nossa tarefa, meu pai parece tranquilo, imerso em seus próprios pensamentos. Eu admiro sua capacidade de se adaptar e de encontrar beleza mesmo nos lugares mais inesperados. Ele sempre diz que onde há necessidade, há oportunidade de fazer a diferença, e isso ficou gravado em minha mente desde que me entendo por gente.

Enquanto carregamos as caixas de flores para o carro de entrega, olho para o horizonte, onde as montanhas se erguem majestosas, envoltas em névoa. É como se a própria paisagem estivesse sussurrando segredos de tempos passados, histórias antigas que esperam para serem contadas.

É fácil entender por que meu pai escolheu SombraVale como nosso novo lar. Apesar de seus mistérios e da sombra que paira sobre esta cidade, há algo de mágico nessas paisagens, algo que me faz sentir parte de algo maior, algo que mal posso esperar para descobrir. E com meu pai ao meu lado, eu sei que estamos prontos para enfrentar qualquer desafio que venha em nosso caminho.

"Tumulto Matinal: Entre Sonhos e Realidade"

Aldric

Ela aproxima seu rosto do meu, estamos a centímetros de distância, nossas respirações se misturam num ritmo acelerado. Sinto meu coração bater descompassado enquanto nossos lábios quase se tocam, prestes a se unirem num beijo promissor... De repente, sou atingido por algo macio em cheio no rosto.

Desorientado, vejo a imagem de Catherine se desfazendo diante dos meus olhos, substituída pela figura de meu irmão, que agora está ao meu lado na cama, segurando uma almofada.

— Acorda, refinado! Vamos lá tomar café e depois praticar uma corrida na floresta. Ei, refinado!? Está me ouvindo!? Acorda, garoto! — ele diz, com um sorriso travesso no rosto.

Com um suspiro resignado, ainda meio atordoado pelo sono, encaro Darius, que me observa com diversão.

— Bom dia, refinado! Pronto para o nosso dia de hoje? — ele pergunta, com entusiasmo.

Com um grunhido de protesto, viro-me na cama, encarando o teto enquanto passo a mão pelo rosto.

— Você literalmente é um perturbado, Darius. Me acordou na melhor parte do meu sonho, seu palhaço — respondo, minha voz rouca de sono revelando minha irritação.

Darius solta uma risada alta e provocativa, como se estivesse se divertindo com minha reação sonolenta. Com um movimento ágil, ele se aproxima da porta do quarto, ainda rindo.

— Ah, relaxa, Aldric! Parece que eu interrompi um sonho bem interessante aí, não é? Mas não demore! Estamos te esperando lá embaixo para o café. — ele diz, lançando-me um olhar divertido antes de desaparecer pelo corredor.

Resmungo baixinho para mim mesmo, ainda frustrado por ter sido acordado tão abruptamente de um sonho promissor. Mas no fundo, sei que não adianta ficar remoendo o que poderia ter sido. É hora de levantar e enfrentar o dia que se apresenta. Com um suspiro resignado, começo a me preparar para mais um dia cheio de surpresas ao lado de Darius e do resto da família.

E então, assim que termino minha rotina matinal e me dirijo para onde está o restante da minha família, as lembranças da imagem de Catherine, cuidando das flores no dia anterior, invadem minha mente. Enquanto ando pelo corredor, não consigo evitar um suspiro profundo escapar de meus lábios. Internamente, uma torrente de pensamentos se agita dentro de mim.

Ah, Catherine, se você soubesse o quanto mexe comigo. Cada gesto seu, cada olhar, parece deixar uma marca indelével em meu coração. Sinto meu peito se encher de uma mistura de emoções: desejo, esperança, incerteza. Será que ela sente o mesmo? Será que sabe o quanto a admiro, o quanto a desejo?

Enquanto esses pensamentos tumultuam minha mente, chego à sala onde minha família está reunida. Com um esforço consciente, tento afastar essas preocupações e me concentrar no presente. Afinal, o dia está apenas começando, e quem sabe o que ele nos reserva? Com um último suspiro resignado, entro na sala com um sorriso no rosto, pronto para mais um dia ao lado das pessoas que amo.

Assim que adentro o ambiente, sou recebido por conversas calorosas que preenchem o ar. Minha mãe, Amanda, e minha avó Carmen estão empenhadas em colocar o café da manhã na mesa, cada uma ocupada com sua tarefa. Enquanto isso, observo Isabela e Haldor discutindo acaloradamente sobre um fone de ouvido perdido, uma cena típica entre eles que parece se repetir com frequência em nossa casa.

Enquanto me aproximo, vejo meu pai, tio Voraker e Darius ajudando suas respectivas parceiras a prepararem tudo para o café da manhã. É uma cena familiar, cheia de movimento e energia, onde vozes animadas se misturam com risadas e conversas. Observo-os atentamente, maravilhado com a harmonia e o caos controlado que parecem definir nossa rotina.

Com um sorriso nos lábios, me aproximo da mesa, sentindo-me grato pela energia contagiante que emana de minha família. Observo cada rosto conhecido, cada gesto familiar, e sinto meu coração se encher de amor e gratidão por fazer parte desse grupo tão especial.

— Bom dia, pessoal! — exclamo, cumprimentando a todos com entusiasmo.

Minha mãe levanta os olhos e sorri ao me ver.

— Bom dia, Aldric! Que bom que você chegou. Estávamos esperando por você para começarmos o café da manhã — ela diz, com carinho na voz.

Meu pai, ao meu lado, dá-me um tapinha amigável no ombro.

— Você está com fome, filho? — ele pergunta, com um sorriso gentil.

Assinto com a cabeça, sentindo-me abençoado por ter uma família tão unida e acolhedora. Enquanto me acomodo à mesa, cercado pelo calor e pelo amor dos meus entes queridos, sei que não há lugar onde eu prefira estar. Enquanto desfrutamos do café da manhã juntos, o ambiente é preenchido com alegria e calor. Minha avó Carmen, com sua voz suave e envolvente, entretém a todos com histórias antigas da família, mergulhando-nos em um mar de nostalgia e encanto.

Amanda, com seu talento e criatividade, compartilha suas últimas criações na área da moda, deixando-nos maravilhados com sua habilidade de transformar tecido em arte. Seus esboços revelam uma fusão única entre o urbano e o natural, com elementos da natureza fluindo elegantemente em suas peças.

— Olhem só para esses novos modelos que estou desenvolvendo! Estes elementos da natureza em minhas peças, dão um toque mais orgânico e autêntico. — ela comenta, mostrando seus desenhos com entusiasmo.

Minha mãe e Amanda conversam animadamente, Haldor e Isabela, tomam café serenamente, nem parecem que minutos atrás brigavam por conta de um fone de ouvido. Meu pai e meu tio Voraker mergulham em uma discussão séria sobre os planos para a próxima volta deles em Luporum. Suas vozes ressoam com autoridade e determinação, pois como líderes da matilha, têm a responsabilidade de garantir a segurança e o bem-estar de todos os membros.

— Adrian, precisamos comparecer com mais frequência na aldeia lá de Luporum. Nossa matilha precisa dos líderes. — meu tio Voraker argumenta, com um olhar sério e determinado.

Meu pai assente, compartilhando sua preocupação:

— Concordo, Voraker. Devemos estar presentes para orientar e proteger nossa comunidade.

Enquanto isso, Darius, sempre o palhaço da família, faz piadas e provocações, arrancando risadas de todos ao redor. Seu humor leve e descontraído é como um raio de sol em meio às conversas sérias e às preocupações do dia a dia.

— Hey, velhotes! Se precisarem de ajuda, podem contar comigo. Ninguém resiste ao meu olhar feroz. — ele brinca, fazendo todos rirem com sua ousadia.

Assim, em meio a conversas animadas e risadas sinceras, compartilhamos momentos preciosos em família, fortalecendo nossos laços e lembrando-nos do valor da união e do amor que nos une.

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