Colômbia, sexta feira a noite.
Eu sou muito feliz, estou casada com o Murilo há seis anos, e amanhã faremos sete anos de casados, quero fazer uma surpresa, já que ele pensa que eu não conseguir a passagem para voltar a tempo de comemorarmos o nosso dia, o dia que escolhemos viver um para o outro, o dia do nosso, sim!
Conhece o Murilo durante o meu estágio na empresa dele, foi amor a primeira vista, eu tinha dezenove anos e ele vinte e cinco na época, todos diziam que não ia dar certo, ele era rico e eu uma estudante de economia, e acabou que deu certo, lembro do nosso primeiro beijo, foi no elevador da empresa, casamos após seis meses de namoro, casei virgem, um cerimônia linda.
Suzane
_Suzane, aqui leve com você, esse é o colar da fertilidade, pertenceu à geração de mulheres da nossa família. Conforme engravidávamos, repassamos para a próxima, a Catharine está grávida, então agora é seu._ Minha mãe fala entregando o colar, fico emocionada, pois há dois anos estou tentando engravidar.
_ Ah, mamãe, obrigada! Espero que esse colar me traga muita sorte e consiga engravidar logo.
_ Não vai demorar, olha, a Catharine já está grávida, descobriu tem uma semana.
_ Estou tão feliz, meu irmão vai ser papai e eu vou ser titia, nem da para acreditar.
Após me despedir da minha mãe, vou para o aeroporto, faço meu check-in.
No avião, me acomodo na minha poltrona.
_ Boa noite!_ Um homem fala, sentando-se ao meu lado, tem um ar de gente arrogante.
_ Boa noite!_ Falo sem nem olhar para ele.
_ Está na minha poltrona, sábia? — Ele pergunta.
_ Não, não sabia.
_Você não olhou na passagem?
_ Eu olhei, mas como não havia ninguém, não vi problema em sentar perto da janela, mas já vou sair do seu lugar._ Falo e me levanto.
_ Não, não precisa, pode ficar. _ Ele fala segurando em meu braço, só então olho nos olhos dele, aquele olhar me dá uma sensação estranha.
Puxo o meu braço.
_ Se não se importava, e não estava fazendo questão da sua poltrona, por que ficou me dizendo que esse era o seu lugar?
_ Para chamar sua atenção.
_ Hum?
_ Te dei boa noite e você me respondeu sem olhar para mim, então achei um meio de fazer com que me desse a sua atenção. _ Ele fala bem próximo a mim.
_ Está me assediando, senhor? — pergunto.
_ Não, se sentiu assediada?
_ Não.
_ Então, se sentiu atraída?_ Ele fala, convencido!
_ Olha aqui, eu sou casada._ Falo mostrando a aliança no meu dedo.
_ Sinto muito por você!
_ Por que sente muito? Eu sou muito feliz, sabia? Eu tenho um marido lindo que me ama.
_ Pela sua pele, diria que não está tão feliz assim, tem pele de mulher que não transa há um bom tempo._ Ele fala e isso me irrita profundamente, como ele sabe disso só olhando a minha pele?
_ Não que seja da sua conta, mas temos motivos para isso, meu marido trabalha muito e chega muito cansado.
_ Hahahaha!
_ Do que está rindo?
_ Nada, inocente!
_ Escuta aqui, eu quero viajar tranquilamente, você está me irritando, então, se você não calar a boca, eu juro que enfio esse fone na sua boca!
_ Tudo bem, princesa, prometo ficar quieto o resto da viagem._ Ele fala, coloca os fones e fecha os olhos.
Ele é um homem muito bonito, é lindo e arrogante, sem noção. É a primeira vez que olho para um homem assim, desde que conheci o Murilo, sempre tive olhos só para ele. É estranho olhar para esse homem e sentir isso.
Acordo, o avião está passando por uma turbulência, começa a rezar, não quero morrer! Estou nova e não quero deixar meu marido, ainda mais no nosso aniversário de casamento.
O estranho segura na minha mão, estou com tanto medo que nem protesto, aperto a mão dele com toda força. A turbulência passa e eu estou ainda de olhos fechados, rezando.
_ Já passou!_ Ele fala, abro os olhos e ele está sorrindo para mim.
_ Por que está segurando a minha mão? _ Pergunto, puxando bruscamente.
_ Vi que estava com medo, então segurei na sua mão.
_ Eu não estava com medo.
_ Imagina se estivesse.
_ Você é sempre chato e intrometido assim? Eu só quero viajar em paz.
_ Tudo bem, desculpe-me, não vou, mas incomoda-te.
_ Ótimo, eu agradeço, essa é a primeira coisa sensata que diz._ Falo e ele nada responde.
Assim é melhor, durante o resto do voo ele permaneceu calado. Pousamos na Espanha por volta das seis horas da manhã, vou conseguir chegar em casa, antes do Murilo ir para a empresa.
Saio do avião e o estranho fingi nem me conhecer. Quando ele chegar na parte do desembarque, uma mulher muito bonita o recebe, pula em cima dele, o safado tem mulher e fica dando em cima de outras, homens infiéis são os piores!
Corro para pegar um táxi, como quero fazer uma surpresa, não quis ligar para o motorista, após algum tempo chego em casa.
_ Senhora, por que não avisou que viria? _ A Maria pergunta.
_Quis fazer surpresa, faz um café da manhã caprichado._ Peço.
Vou devagarinho para o nosso quarto, abro a porta bem devagar, a cena que vejo é como um tiro no meu peito, aquilo me destrói de todas as formas possíveis, o meu amor, o homem da minha vida, o meu feliz para sempre agora estava me destruindo, causando em mim uma dor terrível, lágrimas começam a brotar nos meus olhos.
Do mesmo jeito que entrei, eu saio, devagarinho, com lágrimas descendo, molhando o meu rosto, vou até à cozinha, eu sinto o ar fugir dos meus pulmões.
_ O que houve, senhora? Está bem? _ Maria pergunta.
_ Maria pode tirar o dia de folga e avise os outros funcionários também, estão todos de folga.
_Como assim, senhora? Por que está chorando?
_ Maria, vai ficar tudo bem, por favor, agora saia.
Ela sai e, minutos depois, olho pela janela, vejo os outros funcionários saindo, respiro fundo e penso no que faço a seguir. Vou até o escritório do Murilo e procuro a arma dele, abro as gavetas e lá está ela brilhando. Me passam tantas coisas na cabeça, penso se terei coragem de fazer.
Preparo o café com bastante sal, uns sanduíches com pasta de amendoim, o Murilo tem alergia, por último um suco de pimenta. O perfeito café da manhã de aniversário de casamento, sete anos de mentira!
Volto lá para cima, antes de entrar no quarto, vejo se a arma está carregada, seco as lágrimas que teimam em sair, respiro fundo e entro no quarto novamente.
_Bom dia, meu amor!_ Falo alto e depois dou um tiro para cima.
Suzane...
Os dois safados se assustam, a alma deles deve ter saído do corpo, a vagabunda da Júlia está tão assustada quanto o imbecil do Murilo.
Murilo
\_ Meu amor, fica calma, por favor, abaixa essa arma.
\_ Seu amor? Seu amor é um cacete!
Vamos conversar, a gente pode conversar? Ele pergunta, e começa a andar na minha direção.
Pare, se não eu atiro. Falo e ele recua.
\_ Miserável, esse é o presente de casamento que você me dá? Me traindo com essa vagabunda?
Eu não sou vagabunda! A Julia fala.
\_ Cala sua boca! Eu não dei a você permissão de falar, e se falar de novo, eu atiro em você!
\_ Não faça besteira, Suzane, vamos conversar só eu e você, deixa a Julia fora disso.
\_Deixa ela fora disso? HAHAHA!
\_ Ela vai estar dentro até o pescoço, porque ela devia ter pensado nisso antes de ter se envolvido com você, em pensar que dei a ela a chance de trabalhar na empresa.
Por favor, senhora Suzane, foi ele que me seduziu.
\_ Ah, e você, pobre inocente, se deixou levar ... \_Falo com sarcasmo.
\_ Vocês dois são nojentos! E você, Murilo, é pior do que ela, porque me devia lealdade e respeito, você que tinha o compromisso comigo, ela é só uma boba que achou que ganharia vantagem em ser amante do chefe.
\_ Por favor, querida, me perdoe?
\_ Há quanto tempo, hein? Espera, deixa eu adivinhar, há mais ou menos um ano, né?
\_ Sim, mas ela não tem importância, é você que eu amo.
\_ Cretino! Vem dizer que me ama? E tem um caso com a minha secretária há um ano?
\_ Me escuta, amor, por favor?
\_ Eu vou te escutar, vamos descer os dois!
Eu vou vestir minha roupa. Ela fala, pegando as roupas dela do chão.
Nem pensar, vão descer assim pelados, bora! Grito e atiro para cima.
A cena de humilhação desses dois é a melhor.
\_ Vamos sentar, querido, o café da manhã é especial!
\_ E já que dei folga aos funcionários, essa vagabunda vai te servir.
\_ Vamos, sirva, o meu marido ama sanduíche com pasta de amendoim.
Sabe que sou alérgico! Ele fala assustado.
Você merece comer esse sanduíche, e o suco é especial para você, minha melhor secretária. Falo debochando.
\_ Vamos começar a nos deliciar com esse café da manhã especial.
Ele dá uma primeira mordida no sanduíche, começa a mastigar e, não demora, a cara dele fica pipocada, ela bebe o suco e começa a chorar pedindo água.
\_ Você tem alguns minutos para socorrê-lo, querida, então corra!
. Mas estamos nus.\ Ela fala chorando.
\_. Mas é assim que vocês adoram ficar, né? Então, vai levá-lo assim, os dois, e acho melhor se apressar.
Coff! Coff! Coff! Ele começa a tosse e ficar vermelho.
\_ Seu tempo está acabando, ele vai morrer!
Ela se desespera e os dois saem pelados, ele cambaleando.
Se ele morrer, vai ser a segunda vez, porque para mim ele já morreu quando eu abri aquela porta e o vi deitado na nossa cama com ela.
Choro descontrolada, sentido meu coração despedaçado, pego boa parte das minhas cosias e coloco nas malas, retiro a aliança, jogo no sanitário e dou descarga.
Coloco tudo no meu carro e vou para a casa da Olivia. Durante o caminho, eu mal enxergo a estrada de tanto que eu choro. Chego na casa da Olivia, assim que abri a porta, ela me olha preocupada e, sem nem saber de nada, ela me abraça e eu choro ainda mais.
\_ O que aconteceu, amiga?
Acabou, meu casamento acabou! Falo entre soluços.
\_ Como assim? O que aconteceu?
\_ Ele me traiu, estava tendo um caso com a Julia, minha secretária.
\_ Eu não acredito! Aquele imbecil!
\_ Eu vou buscar água para você!
Aqui, toma um pouco de água e respira fundo. A Olivia fala, me dando o copo com água.
Fico um tempo em silêncio tentando me acalmar.
\_ Consegui me contar agora o que aconteceu?
\_ Sim, estou mais calma.
\_ Como você soube?
\_ Eu quis fazer uma surpresa para ele, estamos fazendo sete anos de casados hoje, e olha o presente que ele me deu, ele na nossa cama com aquela vagabunda!
\_ Eu não entendo, o Murilo sempre se mostrou muito apaixonado por você, amiga.
\_ Pelo visto, não foi o suficiente, fico me perguntando o que fiz de errado? Será que o sexo comigo estava tão ruim que ele precisou se aventurar com outra? Ou eu fiquei feia com o passar dos anos? O que fiz para ele fazer isso comigo, com o nosso casamento?
\_ Não vai começar a procurar defeitos em você, falhas para tentar justificar o que ele fez. Ele traiu você porque ele é um homem fraco, porque não teve a capacidade de respeitar e valorizar a mulher incrível que você é Suzane.
Tem razão, você poderia ligar para a mãe dele e perguntar como ele está? Eu acho que ele deve estar mal, eu o fiz comer sanduíche com pasta de amendoim. Falo e ela se acaba de rir.
\_ Você não fez isso? Fez! Hahaha! Ele deve estar todo inchado e vermelho a essa hora, hahaha!
Começo a rir junto, e depois choro de novo.
\_ Eu a fiz tomar suco de pimenta!
\_ Aí, meu Deus! Como você fez isso? Hahahaha!
\_ Eu ameacei eles com a arma do imbecil do Murilo.
Conto tudo para Olivia, ela está se acabando de rir.
Eu imagino os dois pelados chegando na emergência! Ela fala e dá muitas gargalhadas.
\_ Ela deve estar com uma gastrite agora após tomar aquele suco de pimenta.
Eu espero que ela tenha hemorroidas! A Olivia fala.
\_ Minha amiga, você foi maravilhosa!
Eu me sinto mal, e se ele morrer? Eu vou ser presa! Chifrada e presa. Falo e começo a chorar e rir ao mesmo tempo.
\_ Suzane, gente ruim não morre fácil, e o que você fez não chega perto da dor que ele te causou, aquele infeliz!
Obrigada, amiga, só você para me fazer rir agora! Falo e ela me abraça.
\_ Eu vou sempre estar do seu lado, e se quiser ficar aqui comigo como nos velhos tempos, pode ficar.
\_ Eu vou aceitar, não quero voltar para aquela casa.
\_ Pode ficar aqui, eu vou fazer um kit sofrimento para você, como aquele que você fez para mim quando o Alex terminou comigo, lembra?
\_ Sim, filme romântico, brigadeiro, um pote de sorvete e uma garrafa de tequila!
E ums biscoitos especiais. Ela fala.
Assim foi meu dia, chorei, chorei e chorei, a noite assistimos a um filme romântico e eu chorei, virei uma garrafa de tequila e chorei de novo, no final eu estava bêbada, com uma panela de brigadeiro, destruída.
*A minha mãe me deu esse colar da fertilidade ontem, eu achando que a essa hora estaria fazendo um bebê com o idiota do Murilo*!\ Falo mostrando o colar para Olivia.
\_ Esquece esse infeliz, vamos sair ?
\_ Estamos bêbadas !
Pablo González...
Voltar para casa é a melhor parte após meses fora. Passo pela estranha, linda e gostosa, sem dizer nada, percebo ela me olhando, logo avisto a Paola, que quando me vê vem correndo e pula em mim.
_ Que saudade, maninho!
_ Também estava com saudades!
_ Como foi a viagem?
_ Foi ótima, dessa vez fui premiado, vim com uma mulher linda ao meu lado.
_ E já sei o final, acabou pegando ela no banheiro do avião.
_ Que nada, vontade não me faltou, ela nem olhou para mim, infelizmente era uma mulher casada, apaixonada e fiel.
_Se deu mal! A Lucrécia andou me ligando, querendo saber quando você ia chegar, disse a ela que não sabia. A mulherzinha chata e pegajosa é aquela!
_ Quero ver como saio desse problema. Eu já disse com todas as letras que só foi curtição, mas ela fingiu não entender.
_ Ela é bem estranha é obcecada.
_ Se eu soubesse, não tinha aceitado o convite dela, e agora ela me persegui, pensei que se eu ficasse esse tempo fora ela ia me esquecer, eu tive que bloquear ela.
_ Então é por isso que agora ela fica me ligando.
_. Não vamos, mas falar dela. Vamos falar de você, e aí disse que tinha novidades._ Falo.
_ Eu tenho, mas só vou dizer quando chegarmos em casa.
_ Hum, não gosto disso!
_ Eu adoro deixar você curioso!
_ Eu sei que gosta, você é uma irmã muito má.
_ Começou o drama.
_ Eu sou o irmão dramático, já que você pegou o papel da irmã má.
_ Seu bobo!
Chegamos em casa, o Rufos vem correndo abanando o rabo, como sempre mija no meu sapato. O Rufos é um cão da raça São-bernardo, tenho ele há quatro anos.
_ O papai também estava com saudades._ Falo acariciando ele, que deita e chora se esfregando no meu colo.
_Está vendo Paola? É assim que você tem que me receber!
_ Pode deixar que da próxima vez eu abaixo e mijo no seu sapato.
_ Hahahaha! Sua idiota!_ Falo e ela me dá língua.
Pego o, Rufos no colo e entro em casa, tem um cartaz enorme no hall de entrada.
"Bem-vindo titio do ano "
Fico parado olhando e ela põe a mão sobre a barriga.
_ Você está grávida? _ Pergunto já com lágrimas nos olhos.
_ Sim, vamos ter um bebê!
_ Sério? Não está me zoando, né?
_ Não, você vai ser titio, descobrir tem duas semanas!
_ Ah, vem cá!_ Falo abraçando ela novamente.
_ Se for menino, tem que colocar meu nome.
_ Nem sonhando! O Felipe vai escolher o nome se for menino, e se for menina, eu deixo você me ajudar escolher.
_ Então, vai ser uma menina linda do titio.
_E agora que estou grávida, nada de viagem pelo mundo, eu quero você aqui comigo, eu só tenho você!
_Com certeza eu vou ficar, e quero assistir ao parto, tenho direito como irmão mais velho.
_ Agora que está grávida, não pretende voltar a morar com o Felipe?
_ Depois que o bebê nascer, talvez eu pense nesse assunto.
_Se quiser continuar morando aqui por mim, tudo bem, essa casa é muito grande para um homem sozinho.
_ Vou descansar, porque mais tarde tem a inauguração da boate.
_ Está linda, eu passei lá ontem à tarde, e a divulgação na Internet tem vários comentários, então se prepare que vai ser um sucesso!
_ Como tudo que eu faço!
_ Nem se acha!_ Ela fala revirando os olhos.
Vou para o quarto, tomo um banho e me jogo na cama. Que saudade da minha cama!
Acordo com a Paola me chamando.
_ Hei, acorda!
_ Deixa, eu dormi mais um pouco!
_ Precisa comer, já se passa das quatro horas da tarde!
_ Dormi tanto assim?
_ Sim.
Levanto, tomo um banho para despertar, vou até a cozinha onde encontro a Margareth, ela está de costas na pia, vou devagarinho para ela não percebe minha presença.
_ Boa tarde, Margareth!_ Falo abraçando-a por trás.
_ Aí, menino, que susto!
_ Sentiu saudades, Margareth?
_ Muita, pensei que não fosse voltar, mas.
_ Eu voltei, Marga, e agora vou sossegar um pouco.
_ Melhor assim, porque eu fico preocupada!
_ Eu sei que fica!
A Margareth é a minha cozinheira, é como uma mãe, trabalha na família desde que eu era moleque. Quando meus pais morreram, ela passou a trabalhar aqui comigo.
As horas passaram voando, e eu estava pronto para a inauguração da minha nova boate, me olho no espelho.
_ Fiu-fiu._ A Paola assobia quando entra no quarto para me ver.
_ Como estou?
_ Gato de mais, lindo de mais!
_ Eu sei que disso!
_ E convencido, a modéstia mandou lembranças.
Chego na boate e já encontro alguns amigos.
_ E aí, meu irmão, você fez falta!_ O Lucca fala, me dando um abraço.
_ E como fez falta! _Fala, Francine, empurra o Lucca e me abraça.
_ Eu senti saudades de vocês também, e a Cássia não veio?
_ Disse que chegaria um pouco mais tarde.
_ Então tem uma área vip para nós, vamos!_ Falo e vamos para a área.
Uma parte reservada da boate fica no segundo andar, tem uma parede de vidro espelhada, quem está lá fora não vê nada aqui dentro, mas quem está aqui dentro vê toda a pista de dança.
A boate está cheia, olhando a multidão lá embaixo, eu avisto uma figura conhecida, as luzes refletem nela e está abraçando alguma coisa, daqui não consigo ver direito.
_ Me dê licença, preciso verificar algo._ falo e saio da sala.
Conforme me aproximo da pista, eu confirmo que é ela, a mulher do meu voo, está linda e abraçada a um pote de biscoitos?
_ Oi! _Falo alto e então ela olha para mim, e meu Deus, ela está doidona.
_Você! Eu te conheço, calma aí que vou lembrar!_ Ela fala meio grogue e rindo além da conta.
_ Nos conhecemos no voo ontem à noite!
_ É mesmo hahaha! Você é o gostosão do avião._ Ela fala, tocando no meu peito e faz isso várias vezes.
_ Hum, você faz musculação né? — Ela pergunta.
_ Sim, você está sozinha aqui?
_ Não sei, eu acho que estou passando mal._ Ela fala tentando se apoiar em mim, seguro ela.
_ Olha, se confiar em mim, eu te levo até o meu escritório lá em cima, tá bom?
_ Está bem.
Levo-a lá para o meu escritório, ela vai todo o caminho agarrada ao pote de biscoitos, abro o escritório e sento-a na poltrona, pego uma garrafa de água e ela bebe tudo de uma vez.
_ Me dá aqui esse pote._ Peço e ela agarra o pote.
_ Não, esses biscoitos são especiais.
_ Então, tudo bem.
_Você está aqui com o seu marido?
_ Meu marido? Aquele infeliz, não, e nem quero vê-lo nunca mais!
_ Você está sozinha?
_ Eu vim com a Olivia, eu disse a ela, estamos bêbadas! Ela me ouviu? Não, não me ouviu e disse que hoje eu tinha o direito de meter o pé na jaca! Por quê? Eu sou uma mulher traída! Chifrada! Hahaha!
Ela fala e depois começa a chorar.
_ Aquele desgraçado me traiu, e hoje era o nosso aniversário de casamento, sabia? — Ela fala e depois abre o pote de biscoitos e come mais um.
_ Quer um biscoito? A Olivia disse que é de erva._ Ela fala e agora eu entendo o porquê dela estar assim.
_ Me dá o biscoito, chega de biscoito, agora você só vai beber água.
_ Vem, vou te levar para sua casa, onde você mora?
_ Agora eu não lembro._ Ela fala com dificuldade e mal abre o olho.
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