NovelToon NovelToon

Minha Mãe

1° Capítulo + Personagens

PERSONAGENS:

Marina Rodrigues/ Marjorie Del Rey

Henry/ Henrique Almeida

Aurora Mendonça

Alexandre Rodrigues

Miguel Almeida

Celma

Berenice Almeida Costa

Teodoro Almeida

********************************************

CAPÍTULO 01:

<***MARINA***\>

Cinco anos... Foi o tempo que eu precisei para conseguir finalmente encontrar a mulher que meu pai sempre me fez acreditar que nos abandonou.

Eu não sou boba. Sei que não é uma boa ideia aparecer para ela e dizer que eu sou sua filha. A reação dela pode não ser a reação que eu espero. Por isso, tive a ousadia de fazer falsos documentos. Sei que é errado, mas foi necessário. Já tenho tudo planejado.

Ficarei cara a cara com a mulher que me colocou no mundo e irei ouvir da sua boca o que realmente aconteceu. Irei ouvir a sua versão da história. Afinal, todos nós merecemos uma chance de se explicar, não é mesmo?

Meu pai infelizmente não está mais entre nós desde os meus treze anos. O corpo dele nunca foi encontrado. Talvez tenha sido engolido pelas proeu mantive-meio. Por um tempo, eu me mantive forte e com esperança de que ele seria encontrado com vida, mas isso infelizmente não aconteceu.

Meu irmão teve que amadurecer sozinho para poder cuidar de mim. Acho que para ele não foi muito difícil, afinal, ele já tinha dezoito anos na época. Dez anos se passaram e essa proteção continua a mesma. Eu diria até mais exagerada. Ele me trata como criança. Eu já tenho Vinte e três anos, poxa!

Espero que ele, meu irmão, possa me perdoar pelo que eu estou fazendo. Espero que ele entenda que a única coisa que eu quero é descobrir a verdade.

Nosso pai sempre nos disse que nossa mãe nos trocou por um homem rico, poderoso e que poderia bancar as suas vontades, seus desejos mais caros e que eram impossíveis para ele. Diferente de mim, o meu irmão acabou juntando mágoa e até mesmo ódio dela. Eu estou disposta a ouvir a versão dela. Espero que ela tenha uma boa explicação, não quero estar errada.

(•••)

Antes do sol nascer, vou até o quarto de Alexandre, colocando na travesseira de sua cama uma carta. Pelo menos assim saberei que ele não irá enlouquecer de preocupação. Claro que tem a chance dele ir atrás de mim, mas até lá eu já estarei cara a cara com nossa mãe. Eu espero.

Saio de casa antes do sol nascer e vou direto para o barco que aluguei. Crescer em uma vila de pescadores foi uma dádiva, uma benção. Aprendi tudo que sempre precisei aqui, nunca me importei com essa tal de internet ou energia. Claro que temos telefones. Alguns locais da vila tem energia, mas são bem poucos.

Depois de pagar o pescador que me levara para o ponto que eu queria, vou até o ponto de ônibus mais próximo, e parto diretamente para a cidade de São Paulo.

Com apenas uma mala em mãos, me sento no último banco do veículo. Sinto todos os olhares em mim, me fuzilando, como se se perguntassem de onde eu teria saido. Talvez Pelos meus pés descalços ou meu longo vestido que aparenta ser bem velho que cobre as minhas canelas. Talvez seja também pelos meus cabelos curtos e ondulados que mais parecem cabelo de milho depois de ser tirado do pé.

Deito a cabeça na janela de vidro, pensando em como será ficar perto dela. Ficar cara a cara com Berenice, agora mulher de homem rico. Meu pai fez questão de se livrar de tudo que lembrava ela, incluindo fotos. Mas eu sempre carrego uma comigo, a única que sobrou. Ela era uma mulher linda. Seus cabelos longos e ondulados como os meus. Pele clara e lisa como porcelanato.

Como você mudou, mãe.

Podem pensar o que quiserem, mas não estou indo atrás dela por causa de dinheiro, não. Nunca me importei com isso, nunca tive ambição. Eu só quero ver essa mulher e entender o porquê disso tudo. Entender o seu lado da história.

Desperto com um som que atormenta meus ouvidos. Buzinas, gritos... Finalmente chegamos na cidade grande. Ao descer do ônibus e sair da rodoviária, fico boquiaberta com tamanha lindeza.

Não vim para cá desprevenida, meu pai tem casa aqui. Ele fez questão de deixar essa casa para nós, e é lá que irei ficar. Depois irei seguir o meu destino.

Posso até ter nascido e crescido em uma vila onde o único transporte disponível são barcos, mas sei muito bem o que é um táxi.

Ao chegar na casa, largo minha mala no chão.

A casa é bem simples. Tem dois quartos, uma cozinha que se liga com a sala e um banheiro também próximo a cozinha. Uma casa simples, mas aconchegante. 

Depois de analisar a casa até em seus mínimos detalhes, levo minha mala até o quarto onde irei dormir. Logo de cara avisto uma mesa que fica próxima a janela de vidro que dá a visão da rua lá em baixo.

Meu pai pode ter tido uma boa escolha ao comprar essa casa, mas parece que não pensou muito na escadaria. Que negócio cansativo subir esse tanto de degrau! Quem vesse, acharia que a casa é um prédio todo só por causa desses malditos degraus.

Na vila tinha uma Lan house que facilitou muito na minha pesquisa. Graças a isso, consegui descobrir tudo, absolutamente tudo que eu preciso saber para encontrar a minha mãe. Mas no momento eu estou morta de cansaço. Preciso de um banho e muitas horas de sono. Amanhã irei tomar o meu caminho. Amanhã eu irei finalmente adentrar nessa nova vida da minha mãe. Ou pelo menos, na vida que ela pensa que é dela.

[ANTENÇÃO! CAPITULO EDITADO NO DIA 16/04/2024]

Primeiro capítulo entregue. E aí? O que acharam? Não se esqueçam de comentar e votar, para assim, eu saber o que estão achando ♥️♥️🥰

ATENÇÃO: Capítulo editado dia: 02/05/2024

2° Capítulo

A ansiedade tomava conta  de Marina naquele momento. Ela estava parada, em frente a casa que agora vive a sua mãe. A noite passada foi um sonho, dormiu feito um anjo. Agora sim parece que está em realmente em um sonho. O sonho que ela sempre quis estar.

Um vestido longo, da cor verde, sem qualquer detalhe. Seu chinelo de couro e os seus curtos  cabelos amarrados em rabo de cavalo. Era assim que Marina se vestia, confiante e nervosa, afinal, não é todo dia que você encontra a mãe que você só sabe como é, graças a uma fotografia.

—Bom dia! — Um sorriso simpático e cativante esbanjava em seu rosto para a mulher que  acabara de atender a porta. Uniformizada e com um olhar profundo e nenhum pouco amigável, ela analisava Marina dos pés a cabeça. Talvez procurando algo para julgar.

—O que deseja? — Sua voz soava autoritária. Cada palavra que saia da sua boca, parecia um sacrifício. Era nítido a sua grosseria.

— Eu vim por causa do emprego de doméstica que estão oferecendo.

—Ela guia uma de suas mãos até o seu cabelo, colocando a mexa que acabara de fugir novamente atrás da orelha.

—Sou nova na cidade e...— Ela é interrompida pela empregada da família Almeida.

— Aguarde aqui, vou chamar os patrões. — Sem esperar por uma resposta, ela fecha a porta na cara de Marina, que aguarda meio sem jeito do lado de fora. Será agora que ela irá conhecer a sua mãe?

Seus pensamentos são interrompidos pelo rangido da porta que acabara de ser aberta novamente, dessa vez, por um homem alto, de cabelos grisalhos e com um ar de superioridade.

— Entre, por favor! — Sua educação admirável encantou Marina. Diferente da mulher que a atendeu, ele demostrou educação e simpatia. Um homem de classe.

— Então, Você está aqui pelo emprego?— Ele pergunta, se sentando no sofá, ao lado Marina, que mesmo usando um vestido tão longo, demostrava classe. Alguns podem pensar: Uma moradora de uma vila de pescadores com certeza jamais mostraria classe ou educação, jamais saberia como agir diante de pessoas tão elegantes. Mas Marina  provava o contrário.

— Sim, senhor. Eu preciso desse emprego. Eu ficaria muito feliz se conseguisse, e seria muito grata, é claro. — Com o mesmo sorriso no rosto, Marina o analisava dos pés a cabeça de forma discreta, enquanto ele parecia fazer o mesmo, mas sua indiscrição não passava despercebido.

— Aliás, me chamo Teodoro. Teodoro Almeida.  — Um aperto de mão que causou em Marina um certo estranhamento. Ela estava ao lado do homem que causou o fim do casamento de seus pais. Óbvio que ela não iria se sentir nenhum pouco confortável.

— Prazer em Conhecê-lo Senhor almeida. Me chamo... — Uma pausa de poucos segundos, mas que parecia horas. Talvez o medo de não conseguir dar continuidade ao seu plano ou por medo de ser descoberta. Estava se colocando em risco, mas sua força de vontade era maior, o desejo de encontrar a sua mãe falava mais forte. — Me chamo Marjorie Del Rey, sua criada. — Sua forma de agir e de se pronunciar causava algo em Teodoro, talvez empatia. Ele não tem perfil de homem que causa fim de casamentos. Mas quem vê cara, não vê coração.

Após um bom tempo conversando e após mostrar todos os seus documentos, Marina ganha a chance de se mostrar competente. Amanhã você irá iniciar o seu trabalho de Empregada doméstica. Apenas um teste, mas para ela, já estava ganho. Afinal, se considera uma ótima profissional.

(•••)

Ao chegar em casa, o coração  de Marina quase saí pela boca. Seu irmão, sentado no sofá lhe encarava como se fosse lhe matar ali mesmo.

— Você enlouqueceu, Marina?! O que se passa na sua cabeça, hein garota? — Com um pulo, Alexandre se aproxima de sua irmã, que não exita em mostrar surpresa por vê-lo.

Será que seu plano iria por água a baixo agora com a presença indesejada de seu irmão?

3° Capítulo

                   

Eu sabia que uma hora ou outra o Alexandre viria atrás de mim, mas não imaginei que seria tão rápido assim. A presença dele aqui pode pôr o meu plano em risco. Eu não posso deixar isso acontecer. Eu vou encontrar a minha mãe, ele querendo ou não.

— Como entrou aqui?— Marina pergunta, se aproximando de seu irmão que continua sentado, mantendo fixo os seus olhos cor de mel na sua irmã.

— Essa casa também e minha. Marina, o que você pensa que tá fazendo? E não adianta mentir pra mim. Eu sei muito bem o que você veio procurar. O quê não, mas sim, quem.

Marina respira fundo e seus olhos arregalaram quando a mesma percebeu que o seu irmão já tinha conhecimento do que ela planejava.

— Como você... — Antes que tivesse a chance de completar a sua pergunta, Alexandre se pronunciou.

— Você nunca foi boa em guardar segredos. E também eu fui na Lan house lá da vila e descobri que você tava procurando informações sobre aquela mulher. —  Sua voz soou como um trovão quando citou a sua mãe, deixando claro o ódio que sentia pela mulher que o seu pai mesmo lhe fez odiar.

— Eu não entendo.— Marina se sentou do lado de seu irmão, abaixando a cabeça, quebrando a troca de olhares.

— Por que esse ódio, Alê? A gente não sabe de absolutamente nada da nossa mãe, poxa. Tudo que sabemos foi o pai que contou. Eu... Eu só quero ouvir a versão dela. Ela tem esse direito.

Uma risada irônica escapa dos lábios de Alexandre antes de se levantar do sofá. Ele meneava com as mãos, enquanto tentava convencer a sua irmã de desistir da ideia de encontrar Berenice.

— Você é muito boba, Marina. Se ela se importasse mesmo, você não acha que ela teria desistido desse tal homem pra ficar com a gente? –Ele se ajoelhou de frente para a sua irmã, que deixava as lágrimas escaparem de seus olhos castanhos. Ela passava suas mãos nos olhos, afim de impedir que as lágrimas continuassem a cair .

Mesmo não querendo, ela sabia que seu irmão estava certo. Se Berenice se importasse mesmo com a família, ela teria voltado. Mas ao invés disso, ela preferiu o dinheiro. Ela mostrou que para ela bem material é mais valioso do quê o amor de uma familia.

Será mesmo que as coisas realmente aconteceram desse jeito?

Mesmo sabendo disso, Marina estava disposta a prosseguir com a ideia de se infiltrar nesse novo mundo que a agora a sua mãe vive.

— Eu... Você tem razão, Alê. — Ela se levanta do sofá junto ao seu irmão, que segura suas mãos.

— Mas eu já estou aqui e vou continuar com o meu plano. Desculpa, mas não posso viver com essa dúvida que me devora aos poucos  por dentro. —Largando as mãos do irmão, ela as leva ao seu peito.

— Você  vai se arrepender disso, minha irmã. Eu sei que você vai se arrepender. E eu vou estar aqui pronto para secar suas lágrimas e te mostrar o que é família de verdade. – Com as mãos no rosto de sua irmã, que continuava a chorar, Alexandre a abraçou fortemente.

No fim do dia, eles se reúnem para jantar.

Sentados a mesa, eles se serviam com arroz, feijão e um saboroso peixe que Alexandre acabara de cozinhar.

— Não acredito que você trouxe peixe da Vila, homem de Deus. – Um sorriso escapava de seu rosto, enquanto uma mexa de cabelo dançava na frente de seu rosto.

— Eu já vim preparado, ué. Nunca se sabe o que pode acontecer em cidade grande, não é mesmo?  – Ele se servia, enquanto Marina apenas o olhava, admirando o irmão maravilhoso que tinha. Um irmão que se mostra verdadeiramente preocupado com ela. Um irmão que é capaz de tudo para vê-la feliz.

(•••)

Berenice Almeida costa. Uma mulher de classe, reconhecida mundialmente pelos romances que escreve. Romances esses que contam histórias de amores Verdadeiros, e que inclui o lindo amor que viveu ao lado de Vicente, seu primeiro amor. O homem que lhe deu dois filhos. Filhos esses que a fazem chorar toda noite de saudade.

— Meus bebês! Como vocês devem estar hoje? —Sentada sobre a cama, usando uma longa camisola vermelha e os seus longos cabelos castanhos soltos, Berenice admira uma foto onde se mostra estar muito feliz ao lado dos filhos e do marido.

— Eu só queria outra chance. Poder recuperar o tempo perdido. Mas você Vicente, fez questão de destruir tudo. Afastou de mim os meus bens mais preciosos. Meus filhos. Meus tesouros. Os dois frutos do nosso amor.

Ao ver a maçaneta da porta sendo girada, ela esconde rapidamente a fotografia na primeira gaveta do pequeno armário que fica ao lado da cama, que carrega um abajur logo acima.

— Boa noite, meu amor! Não vai descer para jantar? —Teodoro se senta ao lado da esposa, que sorri para ele.

— Eu não estou com fome. Eu estou com um pouco de dor de cabeça. Preciso dormir um pouco.

Por algum motivo, a sua justificativa não convenceu o seu marido, que continuou a insistir para que ela se reunisse a ele e aos seus filhos na mesa para jantar, mesmo que fosse apenas para lhe fazer companhia.

Sem outra alternativa, Berenice acaba cedendo aos caprichos do marido, que se retira, dando tempo para ela se vestir apropriadamente para a ocasião que, para a família Almeida é muito importante, já que dificilmente os seus filhos jantam com eles.

Antes de se casar com Berenice, Teodoro manteve um bom relacionamento com a mulher que hoje não está mais entre os vivos. Desse casamento, ele teve dois filhos. Henrique, que é chamado por todos de Henry, e Miguel, o caçula. Irmãos esses que são tão diferentes quanto água e vinho.

O vestido verde florido destacava os olhos cor de mel de Berenice, que descia elegantemente as escadas, seguindo para a sala de jantar, onde Teodoro já se encontrava ao lado de seus dois filhos e sua afilhada, que passa mais tempo na casa deles do que na sua própria.

— Você está linda, Madrinha! — A garota de pele negra e curtos cabelos enrolados;  sentada ao lado de Henry, sorria, elogiando Berenice.

— Obrigada, querida! Você também está belíssima! —Ela se sentou ao lado de seu marido, ficando entre ele e Miguel, que olhou para a mulher com um sorriso tímido no rosto, e ela o olhou com o mesmo sorriso, porém, bem mais contagiante.

— Posso servir o jantar agora, senhor?—A mulher de curtos cabelos grisalhos, pele branca e com vestimenta de empregada doméstica da cor preta, perguntou, se mantendo próxima do homem.

— Pode sim, Selma. —Sem manter contato visual com ela, Teodoro respondeu, mas com um sorriso simpático no rosto.

Teodoro e Aurora, sua afilhada, conversavam, enquanto todos se mantiveram em silêncio, apenas degustando o jantar que Selma preparou.

— E como estão os seus país, Aurora? 

— Estão muito bem, padrinho! Esses dias estiveram reclamando que o senhor e a madrinha não estavam indo mais visitá-los. A mamãe então... Nem digo nada. — Com uma de suas  mãos nos ombros de Henry, Aurora conversava sorridente com Teodoro. Mas por algum motivo Henry se mostrava incomodado com aquilo. A mão de Aurora em seu ombro o incomodava, o deixava desconfortável. Ele sempre soube que a garota é apaixonada por ele, mas nunca demonstrou gostar dela. Pelo menos não como ela queria.

Henry é um homem sério, assim como o seu pai. Está sempre usando roupas que o deixam bem mais sério do que ele realmente é. Ele é um homem com uma fama nenhum pouco invejável, já que ele é conhecido como um galinha. Seus cabelos escuros curtos encaracolados e sua pele morena lhe tornam realmente uma tentação. Talvez seja também pelo seu corpo malhado. Seus olhos são escuros como os de seu pai. Um olhar sedutor.  Está sempre em alguma festa, por isso dificilmente se reúne á família para jantar. Mesmo sendo um homem festeiro e famoso por ter todas as garotas que quer em sua cama, Henry se transforma em outra pessoa quando o assunto é os negócios da família.

Diferente do irmão mais velho, Miguel é tímido e apaixonado pela leitura. Foi por causa dessa paixão que ele tem pelos livros que ele se tornou o queridinho de Berenice. O garoto se apegou muito a ela, ao ponto de aprender a chamar a mesma de mãe.  Miguel é um jovem gay, e todos a sua volta já sabem disso. Depois que se assumiu, aquela união que ele tinha com Hanry se desfez feito papel na água. Feito algodão doce na boca de criança. Aquela amizade de irmãos se foi como o vento. 

Miguel tem a cor dos olhos da mãe, que morreu no parto, e por esse motivo ele é tão fechado. Miguel se sente culpado pela morte da mãe. Os seus olhos são verdes, destacados pela sua pele escura. Tudo nele lembra a mãe que se foi. Olhos, personalidade, até mesmo a sua timidez. Talvez por isso ele não seja um jovem de muitos amigos. Por causa da timidez. Com os seus vinte anos, Miguel cursa na faculdade de letras, já que ele deseja seguir a mesma profissão da Madrasta. A sua inspiração. 

No fim do jantar, Berenice se despede de todos, voltando para o quarto e olhando novamente a fotografia dos filhos que  deixou para trás a anos atrás, mas que nunca se esqueceu. Aquela fotografia aquecia o seu coração. O coração de uma mãe. O coração de uma mulher que se sente incompleta. Talvez, uma mulher amargurada.

Para mais, baixe o APP de MangaToon!

novel PDF download
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!