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Grávida, Minha Segunda Chance

Capítulo 1

                 Luna

Estou planejando tudo tão perfeitamente que não vejo como poderia dar errado...

É o primeiro pensamento que tenho após terminar de fazer o pedido por telefone no meu restaurante favorito. O Martine'S é o mais famoso e melhor restaurante de Ventos Dourados, a comida de lá é excelente, preparada pelos melhores chefs da cidade e por esse motivo pedi um jantar completo para comemorar.

Faz duas semanas que tenho a confirmação de que estou grávida, foi algo inesperado, sem nenhum tipo de planejamento, confesso que quando fiz o primeiro teste de farmácia e deu positivo acabei me desesperando um pouco, disse a mim mesma que não estava pronta ainda e que um filho seria uma responsabilidade muito grande, mas então eu percebi que na verdade sempre tive um enorme desejo de ser mãe e que esse desejo ficou guardado bem fundo em meu coração com o decorrer dos anos.

Não é que vai ser fácil, ser uma verdadeira mãe nunca vai ser fácil, no entanto eu tenho ao meu lado alguém carinhoso e que me apoia e com tudo isso não poderá existir um momento melhor.

O Fernando e eu namoramos a um pouco mais de cinco anos, então apesar de não morarmos juntos e não estarmos casados, temos um relacionamento estável o suficiente para lidarmos bem com a novidade.

Estou andando impaciente pela sala afinal faz bastante tempo desde que descobri a gravidez e a estou escondendo. Quando ouço a porta sendo aberta, em questão de segundos ele está vindo até mim com um sorriso no rosto.

Fernando coloca o paletó sobre o sofá então se aproxima me puxando pela cintura e beijando meus lábios. Retribuo o beijo com o mesmo entusiasmo.

Luna: Como foi no trabalho hoje? Você parece muito cansado. Pergunto quando me afasto.

Fernando: O mesmo de sempre. Ele usa uma mão para erguer o meu queixo. Não se preocupe com isso.

Fernando começa a descer com beijos em meu pescoço o que me deixa um pouco mais agitada.

Meu namorado é um homem alto e atraente de 32 anos, cabelos e olhos claros que sabe exatamente o que fazer para me deixar com os ânimos a flor da pele, então se eu não o parar agora, dificilmente o farei depois.

Luna: Acho melhor não fazermos isso agora.

Fernando: Isso o quê? Pergunta deixando outra beijo em minha pele.

Luna : Você sabe exatamente do que estou falando.

Ele me olha e solta uma risadinha animada.

Fernando : O que acha se sairmos para jantar essa noite?

Luna: Eu adoraria, mas sinto muito em ter que estragar os seus planos, não vamos saír hoje... E aliás eu pedi um jantar para dois.

Fernando: Você é tão eficiente quando se trata em pedir comida... Posso saber o motivo que nos impediu de sair?

Luna: Já vou te contar, me dá só um minuto.

Vou até a mesa de centro onde se encontra minha bolsa e começo a procurar pelo exame, enquanto isso Fernando senta no sofá tira seus sapatos e afrouxa sua gravata ficando mais a vontade.

Fernando: Sabe, vai ser difícil te manter longe da cama se continuarmos em casa...

Já com o papel que procurava em mãos, vou até ele um pouco ansiosa e com um sorriso nos lábios.

Fernando : O que você tem aí? Algum documento que precisa da minha análise? Sinto em lhe informar que o meu horário de trabalho já terminou por hoje... Fala com um certo humor em sua voz.

Luna: É óbvio que não, no momento não estou precisando dos serviços do meu excelente advogado.

Fernando: Então...? Segura a minha mão e eu me sento de lado em seu colo.

Luna: Tenho algo muito importante para te dizer.

Fernando: Pode falar. Diz um pouco desconfiado.

Respiro fundo então lhe entrego o exame para que tire as suas próprias conclusões.

Depois de passar alguns segundos analisando tudo o que está impresso no papel ele me olha com confusão em sua feição.

Fernando: Não entendi... Você não está doente, ou está?

Nego rapidamente com a cabeça.

Fernando: Ainda não compreendi o que você está querendo...

Luna: Eu estou grávida. Falo um pouco rápido demais.

Ele parece não ter processado a informação.

Luna: Aqui está confirmando que estou grávida... Eu tinha feito uns testes de farmácia, mas não confiei muito no resultado, então acabei fazendo este exame que confirmou tudo... Você vai ser pai Fernando. Digo com emoção na voz e espero sua reação. Estou grávida de seis semanas, isso não é incrível?

Continua me encarando enquanto eu fico a espera de alguma demonstração de felicidade.

Luna: Diz alguma coisa, você tá...

Paro de falar quando percebo a seriedade em seu rosto.

Com uma rapidez surpreendente ele me tira de seu colo e eu fico de pé um pouco atordoada.

Fernando: Isso é sério Luna?

Luna: É claro... eu não... b-brincaria com uma coisa dessas. Falo com a voz um pouco falha.

Fernando: Quando você descobriu?

Luna: Há duas semanas, mas...

Percebo seu nervosismo quando fica de pé e começa a passar a mão pelo cabelo o deixando bagunçado.

Fernando: Grávida de seis semanas. Repete para si mesmo. Como foi que você deixou isso acontecer?

Uma pequena irritação começa a tomar conta de mim.

Luna: Como assim? você sabe muito bem que eu não engravidei sozinha.

Fernando: Mais é claro... Eu só pensei que você ainda estivesse tomando os seus remédios e...

Luna: Faz quatro meses que parei de tomar o meu anticoncepcional, e você já sabe... Fernando você concordou que iríamos nos previnir de outra forma.

Fernando: Não me recordo de termos...

Tivemos uma conversa séria sobre o assunto, não parei de tomar meus remédios sem informar nada a ele, e a sua forma de agir agora me deixa um pouco assustada.

Olho para Fernando e percebo que ele não está nada satisfeito.

Luna: Essa realmente não foi uma reação que eu esperava de você... O que vamos fazer...?

Fernando: Você eu não sei, mas de verdade Lu, eu não quero essa criança... Não vamos ter esse filho.

Luna: Como assim não vamos...

Fernando: Toma algum remédio ou vai a algum lugar que possa fazer o serviço... Não importa o valor, eu pago se a questão for dinheiro.

Luna: Se a questão for dinheiro? Repito suas palavras e uma lágrima ameaça cair de meus olhos. Não vou tir@r essa criança... Isso é inegociável. Falo engolindo em seco e com a voz firme.

Fernando: Vou te dar um tempinho para pensar, agora você está confusa com tudo isso, mas tenho certeza de que você também não quer um filho, isso seria um erro.

Olho indignada para o homem a minha frente, é como se eu não o conhecesse, ao menos não mais.

Luna: Não ouse falar por mim, eu quero essa criança, eu sempre quiz ser mãe... E até onde eu sabia você também queria ser pai, disse que ficaria feliz com um filho nosso.

Ele fica mais agitado com as minhas palavras.

Fernando: Acabei mudando de opinião... As pessoas mudam Luna. Olha seriamente para mim.

Luna: Eu não mudei e vou ter essa criança.

Capítulo 2

Ele fica um tempo sem dizer nada, apenas me encara por um momento.

Fernando: Você não pode estar falando sério porr@, será que não percebe o quanto isso seria incoveniente... Não precisamos dessa criança Luna.

Me sentindo um pouco derrotada eu me sento no sofá e junto as mãos.

Luna: Se você não quiser fazer isso comigo farei sozinha. Falo decidida.

Fernando: Já tomei a minha decisão querida, ou você interr0mpe a gravidez ou acabamos por aqui.

Suas palavras são duras e ele não tem o menor dos receios ao solta-las, não se importa com as consequências.

Eu sei o que fazer, e não tenho a menor dúvida quanto a isso.

Luna: Vai embora. Falo em um tom não muito alto.

Fernando: O que você...

Luna: Pegue as suas coisas e dê o fora da minha casa. Digo com firmeza.

Fernando: Você não está falando sério. Diz confuso.

Luna: Nunca falei tão sério em toda a minha vida, não quero que fique mais aqui, como você mesmo disse, acabou.

Fernando: Então é assim... Ele aparenta indignação. Você prefere ficar com uma gravidez que nem ao menos sabe se vai dar certo?

Luna: Cala a sua boca. Falo com raiva.

Fernando: Mais essa é a verdade... Não dá pra saber se...

Não estou disposta a escutar mais nada que sai de sua boca, suas palavras me machucam e ele com certeza já disse o suficiente para me fazer entender que não quer esse bebê tanto quanto eu.

O deixo sozinho na sala, vou até o quarto entro no closet e pego as poucas peças de roupa que ele mantém aqui e as jogo no chão. Em questão de segundos ele já está atrás de mim.

Fernando: Ficou maluca... O que pensa que está fazendo?

Luna: Colocando você pra fora da minha casa.

Jogo alguns de seus ternos no chão e então voltando para as prateleiras estendo os braços e pego uma pequena mala de viagem, eu a coloco no chão ao lado de suas roupas.

Luna: Coloca tudo dentro da mala e vai embora, não quero nada seu aqui.

Fernando me encara com raiva em seu olhar.

Luna: Estou te dando a chance de levar as suas coisas... Você não vai mais colocar os pés aqui dentro depois que saír.

Ele se abaixa e coloca as roupas dentro da mala as pressas, sem se preocupar se vão ou não ficar amassadas. O observo se voltar para as prateleiras e pagar alguns objetos que também são seus.

Quase cinco minutos depois ele terminou de pagar as suas coisas.

Luna: Se já terminou pode ir.

Fernando me encara, por um momento penso que vai dizer alguma coisa, mas então ele sai do quarto em direção a sala.

Ando impaciente atrás dele enquanto pega seus sapatos e seu paletó. Resolvo ir na frente e destranco a porta para ele passar.

Luna: A minha chave. Falo me referindo a cópia da chave que lhe entreguei.

Ele a procura por alguns segundos e então me entrega, sai do apartamento e fica parado por um tempo soleira da porta.

Fernando: Você vai se arrepender por ter me deixado Luna.

Não respondo, apenas bato a porta em sua cara.

Então é isso, eu o mandei embora.

Quando olho para baixo, percebo que ainda estou segurando a maçaneta.

Foi a coisa certa a se fazer.

Ele queria que eu interr0mpesse a gravidez.

Com passos lentos e um pouco atordoada vou até meu quarto e sento na beira da cama.

Penso em tudo o que aconteceu nos últimos trinta minutos, em tudo o que eu disse, em tudo o que ele me disse.

Meus olhos ardem com as lágrimas quando lembro em como ele recebeu a notícia, em como não se importou nem um pouco com o filho que estou esperando.

Como ele pôde ser tão babac@? Não me lembra em nada o homem doce e gentil que disse que me apoiaria, queria construir uma família comigo.

Saio um pouco dos meus pensamentos quando ouço o meu celular tocar na sala.

Será que é ele? O Fernando se arrependeu de ter dito aquelas coisas?

Vou até a sala com isso em mente, mas antes mesmo de alcançar o telefone descarto a ideia.

Olho o número e percebo que é da portaria.

???: A sua comida acabou de chegar Luna... Se quiser eu posso subir rapidinho com ela.

O homem do outro lado da linha é o seu Chico, o porteiro do prédio em que moro, ele é uma boa pessoa e sempre jogamos um pouco de conversa fora quando tenho algum tempo.

Luna: Ah não precisa, muito obrigado, mas realmente o senhor não precisa fazer isso...

Não quero descer lá, nem ao menos quero saber de qualquer comida que seja.

Chico: Não seria um incômodo...

Luna: De verdade não precisa e não quero atrapalhar o seu trabalho... Aliás o senhor pode ficar com ela, não tenho mais fome. Digo passando a mão pela testa já sentido um pouco de dor de cabeça.

Como era de se esperar de início ele recusa e levo algum tempinho até finalmente conseguir convencê-lo de que pode ficar com o meu jantar... No momento ele aproveitará melhor do que eu.

Quando termino de falar volto para o quarto e me deito na cama, puxo o cobertor e me cubro deixando apenas a cabeça de fora.

Só então a primeira lágrima cai de meus olhos e raiva e desespero tomam conta de mim.

Acabou, você realmente o mandou embora Luna.

Choro e soluços se misturam as minhas emoções, não é como se eu me arrependesse, mas gostaria que as coisas não tivessem acabado dessa forma.

Nunca imaginei que as coisas acabariam desse jeito.

Eu expulsei o homem que amo da minha vida... e apesar de sentir que fiz a coisa certa ao escolher ser a mãe que tanto sonhei em se tornar um dia a dor de ter feito essa escolha não some ou fica menor.

Sentindo o meu corpo trêmulo levo minha mão até a minha barriga e a acaricio por um tempo.

Somos só eu e você agora, não precisamos dele.

Capítulo 3

Uma semana depois

???: e agora o que você pretende fazer?

Luna: em primeiro lugar eu preciso de um novo trabalho.

???: Você não deveria ter saído de lá desse jeito... Agora mais do que nunca você precisa estar bem financeiramente.

Pego a almofada laranja chamativa do sofá e enterro meu rosto nela.

Gaby é minha melhor amiga desde sempre, fizermos faculdade e estudamos juntas então apesar de ter um gosto bem peculiar para decoração ( a exemplo da almofada laranja com glitter que tenho em mãos) é uma das melhores pessoas que conheço... Uma amiga de verdade.

Luna: É eu sei... Eu não teria saído da empresa se soubesse como as coisas acabariam.

Faz uma semana desde o dia em que expulsei o Fernando de casa, não tem sido fácil pois apesar de tudo eu ainda sinto a sua falta, mas até que estou lidando bem com a situação.

Ele não me ligou até o momento, ao mesmo tempo em que alimento um pouco de esperança estou convicta de que fiz a coisa certo.

Só me arrependo de não ter lhe contado antes, talvez assim eu não tivesse tomado a decisão que tomei.

Eu pedi demissão quando confirmei a gravidez , agora vejo que foi uma decisão muito precipitada, mas era o que eu sempre pensei em fazer.

Anos antes quando conversei com Fernando sobre o assunto disse a ele que quando ficasse grávida tinha o desejo de parar de trabalhar e me dedicar totalmente a gravidez , não é que eu não fosse capaz de trabalhar era só um desejo meu mesmo.

Na época ele concordou comigo, disse que quando acontecesse eu poderia parar de trabalhar sem problema algum, que ele seguraria as pontas... Não é como se ele fosse me sustentar sozinho, eu sempre fui muito bem organizada com questões de dinheiro e mantenho uma reserva considerável guardada.

Seria o suficiente para eu ficar ao menos um ano inteiro sem me preocupar... E com a possível ajuda de Fernando eu não precisaria me preocupar em voltar a trabalhar por pelo menos uns dois anos. Essa era a ideia inicial, e só agora eu percebo em como fui burra em planejar uma coisa dessas, confiei totalmente nele.

Esperei duas semanas para lhe contar e durante todo esse tempo fiquei resolvendo questões que envolviam a minha saída da empresa.

Agora estou sem o meu trabalho, e aparentemente serei mãe solteira.

Gaby: Talvez o seu antigo chefe te aceite de volta... Não tem tanto tempo assim que você sai Lu.

Luna: Dúvido e muito... Eu mesma deixei uma pessoa em meu lugar.

Ela me olha e vejo a preocupação em seu rosto.

Gaby: O dinheiro que você tem guardado é o suficiente para te manter por algum tempo?

Luna: Por um ano inteiro talvez... Isso se eu parar de ajudar os meus pais.

Meus pais são aposentados, eles já não eram mais tão jovens quando tiveram eu e minhas duas irmãs mais velhas

Eles vão ao médico com uma frequência considerável e por isso o gasto com remédios e consultas é um pouco acima do que eles podem manter sem ficarem endividados.

Faço questão de enviar um valor todos os meses, afinal eles não mediram esforços para que suas filhas se formassem... Todas nós ajudamos de acordo com as nossas condições.

Quando planejei que pararia de trabalhar a ideia era continuar ajudando os dois, talvez eu diminuísse um pouco o valor, mas ainda assim continuaria mandando um dinheiro todo os meses até que eu voltasse a trabalhar.

Só que agora estou sozinha, e não tenho a segurança que de certa forma o Fernando me traria... Não quero parar de ajudar as pessoas que tanto fizeram por mim, mas talvez eu deva se não encontrar um emprego em pouco tempo.

Gaby: Você deveria conversar com seus pais, eles vão super te compreender Lu.

Luna: Eu ainda não contei para eles sobre a gravidez... E agora não sei se quero contar.

Gaby: E que motivo você teria para não dizer nada?

Luna: O fato de eu ter deixado o meu emprego e ter confiado em um homem que não pensou duas vezes em dizer que não queria esse filho é motivo mais que suficiente.

Gaby: Não há vergonha alguma em ser mãe solteira, você...

Luna: Sei disso, só não quero preocupar eles agora... Também não quero virar motivo de pena pra toda a família.

Todas as mulheres de minha família são bem casadas e com seus respectivos filhos, elas se orgulham de terem um marido que de certa forma são uma rede de apoio, inclusive as minhas irmãs.

Sou a jovem mais bem sucedida da família, como eles gostam dizer, ou ao menos costumava ser.

Eu tinha um bom trabalho, carro e apartamento próprios, estabilidade financeira e um excelente namorado que tinha uma boa posição... para eles eu deveria me orgulhar por possuir tudo isso e ter apenas vinte e cinco anos.

Não foi fácil, eu tive que me esforçar muito, economizar e planejar muito bem tudo o que pretendia fazer desde muito nova enquanto dívida o meu tem entre os estudos e alguns trabalhos de meio período.

Gaby: E vai fazer o quê? Esconder a gravidez até o momento de dar a luz?

Luna: Não seria uma má ideia.

E seria bem possível já que moro um pouco distante de meus pais, geralmente sou eu que dirijo até a antiga cidade em que morei para vê-los.

Gaby: Você não pode estar falando sério.

Luna: Ao menos não vou contar até conseguir um novo emprego... Vai ser uma coisa a menos para eles se preocuparem.

Gaby: Não acho que vá ser difícil, você tem um bom currículo.

Luna: Sim, mas não adianta de nada ter um bom currículo se não houver um lugar precisando de alguém com as minhas qualificações.

Gaby: Sei disso...vou ver se consigo te ajudar.

Minha amiga vai até a cozinha e busca uns biscoitos de chocolate para nós duas.

Gaby: Aqui experimenta, são os seus favoritos... E dessa vez fui eu que fiz.

Antes de levar os biscoitos a boca olho meio desconfiada para ela.

Gaby: Esses estão bons, não estão duros de quebrar os dentes como os que fiz da primeira vez... O meu pai me ensinou o ponto certo de tirar eles do forno.

Com um pouco mais de confiança dou a primeira mordida e sinto o biscoito desmanchar em minha boca.

Luna: Muito bom. Falo enquanto mastigo com calma.

Gaby: Você quer um copo de suco? Em hipótese alguma voltarei a te oferecer café enquanto essa criança não vier ao mundo.

Luna: Obrigada, vou ficar só com os biscoitos mesmo.

Fico um tempo sem dizer nada e então ela se dá conta.

Gaby: Você sente a falta dele não é?

Confirmo com a cabeça.

Gaby: Aquele canalh@ não te merece Lu, não merece vocês dois. Diz olhando para a minha barriga. Você fez bem em expulsar aquele imbecil.

Repito isso para mim mesma a todo o momento.

Gaby: Vou estar sempre ao seu lado e sua família também estará quando você decidir contar, tenho certeza disso. Ela segura a minha mão para me trazer algum conforto.

Luna: Até o momento estou lidando bem com as coisas sozinha, mas faz apenas uma semana... E também não sei como vou me sentir se o encontrar em alguma loja ou se começarem a perguntar muito por ele.

Gaby: Espero não ter que me encontrar com aquele verme na rua... do contrário ele precisará de uma medida protetiva.

Conheço a Gabryela Monteiro o suficiente para saber que essa mulher, mesmo não tendo mais que um e cinquenta e sete de altura é capaz de qualquer coisa para proteger as pessoas que ama. Eu a amo muito por isso, é praticamente uma terceira irmã para mim.

Luna: Não quero que faça nada de que possa se arrepender.

Gaby: Qualquer coisa que eu fizer por você já vale e muito a pena.

De repente me sinto um pouco emotiva.

Gaby: Ah vem cá. Sentada ao meu lado ela me abraça. De agora diante só quero lágrimas de felicidade vindas de você.

Luna: Vai ser difícil. Falo fungando um pouco.

Gaby: Mal posso esperar para ser madrinha... Eu vou ser a madrinha não é?

Luna: Com toda a Certeza.

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