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O Diretor E A Engenheira

Prólogo

Atenção alerta de gatilho: estupro

Eu não descrevo o ato acontecendo, mas falo que aconteceu.

7 anos atrás

Dália

Desde criança o meu avô era o único que me fazia eu me sentir amada e especial, os meus pais sempre me trataram com desprezo e frieza, eu sempre vi o meu avô como meu herói até eu chegar a adolescência. Quando cheguei na minha adolescência eu percebi que o meu avô via a minha avó em mim e isso me deixava de certa forma triste e me fazia me questionar se ele realmente me amava como dizia ou só amava o fato de eu ser idêntica a minha avó.

Os dias na escola eram difíceis, as meninas que se aproximavam de mim e me chamavam para as festas era por pura falsidade só porque a minha família era rica, mas eu já cansei de ouvir elas falarem mal de mim pelas minhas costas e mesmo assim de vez em quando eu saia com elas porque eu não tinha amigos, todos me achavam esquisita por causa do meu jeito alegre e diferente das outras garotas eu não sou tão fútil, eu adoro me maquiar e até quero futuramente lançar minha linha de maquiagem, mas eu só uso maquiagem quando eu vou sair, eu não venho toda maquiada e bem arrumada como se eu estivesse indo para uma festa, gostava mais de usar calça jeans, regata e tênis, às vezes quando eu queria vim mais arrumada eu usava vestido ou saia com com bota cano baixo.

Muitas meninas da minha idade já teve mais de um namorado e eu estava saindo com alguém pela primeira vez, mas não foi com ele o meu primeiro beijo e sim com o Owen, a pessoa que quem eu sempre fui apaixonada, mas aquele foi o único beijo, eu foi alguns dias depois desse dia até o apartamento dele levar um presente que eu comprei para ele de aniversário e vi que ele estava com a ex namorada dele e aquilo me deixou muito triste e me fez pensar que ele só queria brincar com os meus sentimentos.

O Andy era o menino que eu estava saindo e eu estava gostando de estar vivendo esse momento, nenhum menino se aproxima de mim por me achar esquisita, ele foi o único que quis me conhecer e disse coisas tão bonitas que eu me encantei.

Depois de mais um dia de aula e ter dado uns beijos no Andy eu voltei para casa e chegando lá eu ouvi pessoas conversando, parecia ser o meu avô e a minha mãe e eu fui para lá porque ouvi meu nome, mas me arrependi assim que ouvi a conversa.

_ Até quando o senhor vai pagar para aquele garoto sair com a Dália? perguntou minha mãe

_ Por algumas semanas só para que ela não se sinta triste pelo fato dos meninos não se aproximarem dela _ disse meu avô

Meus olhos se encheram de lágrimas, eu não podia acreditar que ele tenha feito isso comigo, eu abri a porta sem bater e eles se assustaram por eu ter entrado assim.

_ Minha querida neta, você estava chorando? meu avô perguntou

_ Não me chama de querida neta. Como você teve coragem de fazer isso comigo? Quando eu finalmente acho que alguém se aproximou de mim porque realmente quis me conhecer eu descubro que só se aproximou porque você está pagando _ eu disse gritando

_ Não grita com o seu avô sua garota malcriada _ disse minha mãe

_ Eu só queria que ficasse mais feliz, eu fiz isso por você _ disse meu avô

_ Eu nunca iria querer viver uma mentira, você não tem noção de como eu me sinto humilhada, você pagou uma pessoa para brincar com os meus sentimentos, nunca esperei isso de você, quer saber eu vou sair daqui _ eu disse saindo do escritório

_ Calma minha neta, vem cá vamos conversar _ disse meu vindo atrás de mim

_ Eu não quero conversar, me deixa em paz _ eu disse gritando

Eu saí dali arrasada, fui para a casa da Katherine, ela é casada com o irmão do Owen e a única pessoa que eu considero amiga de verdade, vejo ela como irmã mais velha, chorei bastante deitada com a cabeça nas pernas dela, tudo que eu vivi com o Andy foi uma mentira, ele nunca teria se aproximado de mim se o meu avô não tivesse pagado e eu me sinto horrível com isso, sou tão desprezível assim para que nenhum garoto queira se aproximar, eu fico pensando se realmente eu sou tão chata e tão ruim ou se sou muito feia para não despertar interesse neles.

Passaram-se uma semana e eu não estava falando com o meu avô e o Andy admitiu que só estava saindo comigo porque o meu avô pagava, mas que por ele mesmo isso nunca teria acontecido porque ele não tinha nenhum interesse em mim. A escola toda ficou sabendo disso e eu virei uma piada, uns me olhavam com deboche e outros com pena, eu ficava sentada encostada que lá escola, chorando morrendo de vergonha pela situação, um dia desses eu saí da escola e fui para uma praça e vi o Owen, ele quis se aproximar de mim, mas eu não quis a companhia dele, eu queria ficar sozinha.

Cheguei em casa e os meus me mandaram ir na casa do meu avô hoje para conversar com ele, eu não queria falar com ele, mas se eu não fosse os meus pais iam me castigar.

Na parte da noite fui até a casa do meu avô, quando cheguei lá vi ele no sofá da sala só de cueca e algumas garrafas de cachaça vazia, parecia que só tinha ele na casa porque estava tudo muito silencioso, eu fiquei um pouco desconfortável, nunca tinha visto o meu avô de cueca e eu quis ir embora na mesma hora, mas meu avô se levantou e me segurou para que eu não fosse embora.

_ Vovô me solta, eu não vou conversar com o senhor desse jeito, eu vou embora _ eu disse

_ Não você não vai, você não vai me deixar Margareth, você é só minha e vou te lembrar disso _ disse meu avô me segurando

Pela primeira vez eu senti medo dele, ele estava com um olhar de ódio que me deu arrepios.

_ Me solta vovô, eu não sou a vovó, por favor me deixe ir _ eu disse tentando me soltar dos braços dele

_ Já disse que você não vai, você sempre foi e sempre será só minha _ disse o vovô

Ele tentou me beijar, mas eu virei o rosto, eu gritava para ele me soltar morrendo de medo que ele faria comigo, mas ele não me soltou, gritei por socorro, mas ninguém apareceu e eu vivi o pior pesadelo da minha vida que me deixou totalmente destruída, a pessoa que um dia amei agora eu odiava, me fez eu sentir a mulher mais suja do mundo, depois que ele fez o que fez eu saí dali o mais rápido que pude e fui para a casa da Katherine, na casa dela estavam ela, o marido dela e o Owen na sala, ainda bem que as crianças estavam dormindo, assim que me viram souberam o que aconteceu comigo, o sangue escorrendo pela minhas pernas já dizia tudo e os homens queriam chamar a polícia e saber quem tinha feito o que fez comigo, mas eu não queria nem dizer quem foi e nem chamar a polícia porque meu avô é bem influente e conhece várias juízes e iria comprar eles e não aconteceria nada com ele e eu ficaria sendo criticada porque as maioria das pessoas desse bairro consideravam ele uma boa pessoa.

A Katherine chamou uma amiga sua que era médica para cuidar de mim, eu fiquei por lá mesmo nessa noite e nem meu avô e nem os meus pais souberam onde eu estava, a Katherine dormiu ao meu lado, tiveram que me medicar para dormir porque toda a vez que eu pegava no sono eu acordava gritando me lembrando de tudo que aconteceu.

Capítulo 1

Dália

Meu nome é Dália Dlaurent, atualmente eu tenho vinte e dois anos e sou formada em engenharia química, fiz essa faculdade porque eu sou apaixonada por maquiagens, gosto de me maquiar, mas eu não queria ser maquiadora profissional e sim criar a minha linha de maquiagem que fosse boa e não fizessem mal a pele, minha paixão por maquiagens surgiu através da Katherine que é maquiadora profissional, a família dela trabalha no ramo de organização de eventos e eles são muito procurados pela alta sociedade porque eles tem parceria com algumas empresas de roupas e restaurantes e a equipe de maquiagem da Katherine e outros profissionais.

Fiz minha faculdade e me dediquei ao máximo para ser uma aluna excelente e consegui e trabalhei em uma ótima empresa no ramo de maquiagem e tive ótimas experiências e a faculdade foi um pouco melhor do que o meu ensino fundamental e médio porque eu tinha uma amiga, a Abigail, ela não era do mesmo curso que eu, mas nós nos demos bem, não éramos tão próximas, mas mesmo assim gostava da companhia dela e tinha algumas pessoas na turma que eu também me dava bem e uma delas era a Russelia, uma ótima pessoa, que eu nem sonhava que futuramente eu descobriria que ela era minha prima, mas já tinha percebido a semelhança dela com a Rosa. Eu e a Russelia éramos as mais excluídas da turma, a maioria dali eram muito esnobes e eu e a Russelia éramos totalmente diferentes.

Depois que eu sofri a experiência traumática causada pelo meu avô na minha adolescência e eu soube que ele pagou um garoto para sair comigo é lógico que me afastei, ele tentou várias vezes ir falar comigo na casa dos meus pais, mas toda vez que eu ouvia a voz dele eu fugia de casa para a casa da Katherine ou para qualquer outro lugar para não ficar no mesmo lugar que ele e ainda bem que ele parou de insistir e me deixou em paz e os meus pais passaram a me tratar pior do que já me tratavam porque eu não queria saber mais do meu avô. Depois de tudo que passei a Katherine me levou em uma psicóloga, que também era psiquiatra e consegui superar o trauma, mas desenvolvi o problema de ansiedade, no início eu tinha as crises com frequência, mas depois da chegada das minhas primas as crises diminuíram.

A questão de nenhum garoto ter se aproximado de mim na adolescência e quando um se aproximou foi porque estava sendo pago pelo meu avô, me tornou uma pessoa muito insegura e eu não me sinto boa o suficiente para ter alguém do meu lado e quando eu penso muito nessas coisas eu me sinto mal, a crise de ansiedade ataca e enquanto a minha mente pensa um monte de coisas negativas eu começo a suar frio, meu coração acelera como se fosse sair pela boca e eu começo a sentir falta de ar e eu sou obrigada a tomar remédio para me acalmar. A verdade é que eu tenho muito medo de viver sozinha e não ser amada e qualquer pensamento que eu tenha a respeito disso desperta as crises.

Já tive alguns namorados e até relações sexuais com eles, mas nenhum namoro durou muito tempo porque eu sempre perguntava se eles tinham a intenção de se casar algum dia e isso espantava os caras, eu perguntava não pelo motivo de eu querer casar com pouco tempo de namoro, não era isso que eu queria eu só queria ter certeza que eu estava sendo levada a sério e percebi que não estava todos eles me traíram e eu sofri mesmo que eu não tenha amado nenhum deles e essa situação só aumentou a minha insegurança porque eu me esforcei para ser uma boa companheira e eu queria me sentir amada e isso não aconteceu, a cada término eu tive que procurar a minha médica e fazer terapias porque as minhas crises ficavam frequentes o que me fazia eu me sentir a pessoa mais estranha do mundo e uma pessoa fraca por não conseguir controlar os meus pensamentos e ter que ficar procurando a médica e eu simplesmente parei de tentar me relacionar com os homens, não queria me envolver em nenhum relacionamento a sério e acabar magoada e em crise, toda vez que eu acabei tendo que procurar a médica além de eu me sentir fraca eu sentia vergonha por ter essas crises, mesmo a médica me dizendo que eu não deveria me sentir assim e que eu não tinha nada do que eu me envergonhar que eu passei por muitas coisas que me deixaram assim e que isso era mais comum do que eu imaginava, ela sempre me disse eu sou especial e tenho qualidades únicas e para não deixar a opinião das pessoas definirem quem eu sou e que eu iria ser muito feliz com a pessoa certa e que essa pessoa iria se importar comigo de verdade, mas eu não tinha essa esperança, a minha insegurança e a baixo autoestima tinha chegado num nível que eu não acreditava mais que eu conseguiria ser feliz com alguém e eu simplesmente parei de tentar e estou atualmente quase um ano sem me envolver com ninguém, nem só para pegação eu estou me envolvendo porque eu não quero me apegar e depois sofrer quando eu ver que não significo nada para a pessoa e também eu não quero ter crises frequentes e ter que procurar a minha médica.

Capítulo 2

Owen

Meu nome é Owen Lombardi, eu tenho vinte e cinco anos e hoje sou dono de várias escolas de renome e fico como diretor de uma delas porque gosto de acompanhar de perto o desempenho dos estudantes. Desde pequeno eu sempre gostei de estudar e também adorava ensinar, conforme eu fui crescendo eu vi eu não queria ser somente um professor, mas sim dono de uma escola de renome, uma escola diferenciada em que os alunos sairiam daqui e conseguiriam entrar em excelentes faculdades e aprenderiam tão bem algumas línguas estrangeiras que poderiam até mesmo fazer um intercâmbio ou estudarem no exterior se quisessem e eu consegui realizar esse sonho, a minha escola eram tão boas que eu convênio com excelentes faculdades que distribuem uma certa quantidade de bolsas de estudos para os melhores alunos. Tive ajuda do meu primo Aaron para que o meu sonho saísse do papel, tive ele e outros investidores que ajudaram o meu sonho sair do papel, mas o Aaron foi o maior investidor e somos parceiros de negócios e ele que estuda os melhores lugares para abrir as escolas e no final ele sempre está certo porque todas as escolas que abrir no local que ele falou foram um sucesso e hoje sou muito bem sucedido. No início as coisas foram difíceis, porque os meus pais queriam que eu trabalhasse na empresa da família e eu até trabalhei por um tempo no setor de Recursos Humanos, mas não era o que eu queria e eu saí para realizar o meu sonho e como consequência disso os meus pais me expulsaram de casa e eu fui viver com o meu irmão Odin, eu já ficava bastante tempo com ele mesmo e a família dele que ele me recebeu de braços abertos e ainda me deu um apartamento caso eu não quisesse ficar lá com ele e a família dele, um apartamento que hoje em dia nem uso mais e passei para o nome dos meus sobrinhos por algumas situações que aconteceram.

Eu sempre fui muito apegado ao meu irmão Odin, ele sempre foi muito importante na minha vida e foi o meu apoio quando os meus pais me viraram as costas, eu me dediquei e me esforcei ao máximo, não queria que o apoio do meu irmão fosse em vão, quando eu saí da empresa e fui expulso de casa eu já estava fazendo faculdade de Psicologia e Pedagogia e quando concluí eu fiz uma especialização em Psicopedagogia e diversos cursos na área de educação, eu me destaquei tanto na faculdade que eu fui chamado para trabalhar em várias escolas e claro que eu escolhi que era melhor na época, fiz algumas mudanças junto com o dono que adorou e trouxe mais estudantes, o dono do local faleceu e ele só tinha um filho que vivia no exterior e tinha a carreira dele e como ele não queria saber dos negócios do pai ele vendeu a escola e o Aaron me ajudou a comprar e eu assumi totalmente e depois de anos abrir outras filiais.

A única coisa que faltava na minha vida era uma mulher, tive várias namoradas, mas não deu certo com nenhuma delas, todas estavam comigo por interesse e o meu coração desde a adolescência era totalmente da Dália Dlaurent, muitos diziam que ela era esquisita por causa do seu jeito de se comportar e de se vestir, mas eu sempre fui totalmente apaixonado por ela justamente por ela ser diferente das outras e eu queria muito ter tido a oportunidade de ter namorado ela, mas acho que ela não gostava de mim e ainda houve um mal entendido que eu não consegui explicar porque ela parou de frequentar a casa do meu irmão, sim ela ia muito lá porque ela é muito amiga da minha cunhada, e eu não consegui falar com ela na casa dela os pais dela sempre me impediram de falar com ela e eu não tenho certeza se ela não queria falar comigo eu se ela nunca soube que eu fui atrás dela na casa dela porque eu percebi que os pais dela não gostavam dela, só o avô dela que tratava ela bem, mas eu nunca gostei dele porque eu sabia que ele via a Dália como mulher e não como neta, ele desejava ela porque ela era idêntica a falecida avó dela e o meu irmão concordava comigo, minha cunhada achava que a gente via coisa onde não tem, mas eu e meu irmão somos homens e conseguimos perceber a malícia em outro homem que nem sempre as mulheres conseguem perceber.

No dia que a Dália chegou chorando na casa do meu irmão chorando e com sangue escorrendo pelas pernas ficou claro que ela tinha sofrido um abuso e eu fiquei com ódio e queria ir atrás da pessoa e o meu irmão ficou do mesmo jeito, meu irmão considerava ela da família, todos ali gostavam dela, as crianças adoravam ela, mas ela não quis contar quem foi o canalha, mas eu sabia que tinha sido o avô dela e eu quis ir atrás dele, mas não podia acusar ele sem provas. Aquele dia foi horrível, minha cunhada dormiu com a Dália e eu e meu irmão ficamos com as crianças, ouvir a Dália acordar gritando me deixou muito mal e o meu irmão não sabia se tranquilizava as crianças ou a mim porque eu fiquei numa mistura de ódio e tristeza pela situação que ela estava, eu tremia de ódio e as lágrimas escorriam sem parar pelo meu rosto por saber que ela estava sofrendo por causa covarde que teve coragem de ser tão baixo e cruel com ela e eu não pude impedir.

Fico pensando em como ela está atualmente, vi pelas fotos que ela está mais linda do que antes, sei que hoje ela mora com as primas e se tornou modelo, provavelmente ela deve ser feliz e nem lembrar que eu existo, só tenho curiosidade se ela desistiu de criar a sua linha de maquiagens e vai ser modelo para o resto de sua vida, não tenho nada contra, mas achei que ela iria mesmo seguir esse sonho de criar maquiagens e ela dizia que era isso que ela queria com tanta determinação que é difícil que ela tenha desistido para poder ser modelo.

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